Minha Doce Maldição. escrita por Nath Di Angelo


Capítulo 20
O caça a bandeira.


Notas iniciais do capítulo

GENTEEEEEEEEEEEEEEEE, CHEGUEI!
Amores, desculpem a demora mas cá está o capítulo lindo para você (Lindo mesmo porque acho que esse foi o capítulo que mais gostei de escrever! HOHOHO) E junto com isso tenho uma noticia pra dar para vocês... Minha Doce maldição entra em sua reta final (DESVIA DAS ADAGAS ALA MATRIX.) CALMAAAA BESHAS, EU DISSE ENTRAR NA RETA FINAL, NÃO É COMO SE A FIC FOSSE ACABAR AMANHÃ, MAS ESTEJAM PREPARADOS!
Pretendo fazer no MÁXIMO mais 8 capítulos para MDM, pois, realmente, não dá para esticar mais que isso. Então caprichem nos reviews de reta final e leiam esse capítulo super legal! : D
Boa leitura e desculpem qualquer erro! (ME AVISEM QUALQUER ERRO)



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PDV NICO.

Coloquei as mãos na cabeça, andando um tanto que desnorteado para dentro da floresta. Parei, escorado em um tronco de árvore, tentando regularizar minha respiração. Minhas pernas estavam bambas só pelo fato de ter participado do maldito abraço de Percy, e seu cheiro, uma mistura de maresia com um perfume amadeirado, parecia impregnado em minhas narinas.

–Merda, merda, merda...-Grunhi. Deuses, eu, realmente, não o entendia! Como Percy podia não ver?! Como podia não enxergar como eu me sentia?!

Fechei os olhos por um momento, respirando o mais fundo que eu conseguia. Aos poucos, consegui senti o ar entrando normalmente por meus pulmões, mas meu coração continuava a pulsar loucamente. Fui tirado de meus devaneios quando meus ouvidos capitaram uma tilintar de água corrente. Abri os olhos percebendo que eu estava perto de um monumento para íris, mas precisamente uma fonte. A mesma parecia uma fonte comum, tirando o fato de ter um grande cristal em seu centro, criando um pequeno arco-íris. Me aproximei da fonte, vasculhando os bolsos a procura de dracmas. Achei um, jogando-o no meio do arco-íris, vendo-o desaparecer logo depois.

–Ó, íris, deusa do arco-íris, mostre-me Hades no mundo inferior.-Mandei. A paisagem em minha frente mudou, e em dois tempos eu estava diante da sala de trono do meu pai. Abri a boca pronto para começar a falar, porém, me calei quando vi que não se tratava de Hades em minha frente. Perséfone ergueu uma sobrancelha, parecendo extremamente surpresa ao me ver. A deusa abriu a boca mais eu a cortei antes que pudesse falar.

–Perséfone, onde está meu pai?-Indaguei. A deusa fechou a cara.

–Boa tarde para você também...Como você se chama mesmo, garoto?-Questionou. Bufei.

–Pode, por favor, chamar o meu pai?!-Perguntei. Perséfone olhou-me irritada.

–Eu devia ter te deixado para sempre como um dente de leão quando tive a chance, moleque.-Reclamou, antes de elevar a voz, gritando alto.-Marido, seu filho bastardo está aqui!!

–Nico?!-Ouvi a voz de meu pai, um tanto que tremula. Segundos depois Perséfone saiu de minha frente dando lugar ao meu pai. Hades piscou para mim.-Oque quer, Nico?-Questionou. Meu pai parecia tenso demais para quem estava de férias de mim, e isso me deixou um tanto que irritado.

–Oque eu quero? Oque eu quero?!-Indaguei.-O senhor me esqueceu, me deixou trancado nesse acampamento por mais de três meses!-Protestei. Hades franziu o cenho.

–Pelo que eu me lembre você está de castigo, Nico.-Falou meu pai.

–Castigo?! Por três meses?! Pelos deuses, não pode ainda estar com essa ideia fixa na cabeça, pai!-Reclamei.

–É claro que está!-Retrucou a voz de Perséfone ao longe. Trinquei meu maxilar.

–Pai, entenda...Você precisa me tirar daqui!-Falei.

–Não vejo o porque, Nico. Olhe, parece que está se divertindo ai.-Falou meu pai, apontando algo em minha mão. Olhei para baixo, percebendo que eu ainda segurava o elmo que Annabeth havia me dado.-Ao meu ver o Acampamento está fazendo bem para você.

–Não!-Rebati.-Não está! Isso não tem nada a ver, eu nem queria participar desse jogo idiota mesmo! Só quero que me tire daqui, pai, por favor!-Implorei. Hades suspirou pesadamente, esfregando o rosto entediado.

–Por mais que me peça eu não irei te liberar do castigo, Nico. Sinto que...Ainda não está pronto para sair dai.-Olhei incrédulo para ele, enquanto o mesmo continuava, parecendo buscar argumentos no nada.-E também, estarei ocupado por esses dias. As guerras que estão acontecendo por todo o mundo aumentaram em duas vezes o numero de almas a serem julgadas. Os campos de punição estão lotados como nunca ficaram, estou trabalhando de mais.

–Isso nunca foi empecilho para mim ficar ai. Nunca te atrapalhei seu trabalho!-Falei. Hades bufou, massageando as têmporas.

–Já tomei minha decisão, Nico. Sabe como detesto quando retruca minhas ordens.-Falou meu pai.-Falo com você em alguns meses. Te liberarei do castigo apenas quando me mostrar sua mudança.

–Espera, você disse alguns meses?-Indaguei incrédulo, mas Hades já havia passado a mão pelo ar, dissipando a mensagem de Ísis. Fiquei parado, um tanto que descrente. Deuses, não era possível...

–Merda!-Gritei, apertando o elmo em minhas mãos, pronto para joga-lo em uma arvore, porém, fui impedido antes de conseguir.

–Não faça isso!-Cortou Natália, vindo até mim apressadamente. A mesma tirou o elmo da minha mão, enquanto eu franzia o cenho para a mesma.-O elmo não tem culpa de nada e muito menos as arvores...Sabe que ira machucar uma ninfa se fizer isso.

–Está me seguindo?-Indaguei. Natália franziu o cenho, trocando o peso do corpo de uma perna para outra, parecendo estar considerando algo.

–É obvio que não.-Falou a filha de Poseidon, por fim. -Mas isso não importa, vim falar com você.

–Falar oque?-Grunhi, um tanto que irritado. Natália respirou fundo, nem se importando com o meu tom irritadiço.

–Só vim pedir para não se importar com Percy... Acredite ou não, ele não sabe de nada.-Falou Natália.-Sabe que ele é muito impulsivo e se incomoda por você ser tão...recluso. Ele te considera como um amigo, sabe disso.-Falou Natália, encarando-me com aqueles dois olhos irritantemente verdes. Dei um sorriso sem humor.

–Amigo...-Repeti. Natália fez uma careta.

–Eu...Não gosto de te ver assim.-Falou.-Quer dizer...Não gosto de ver você e Percy assim.Tipo, brigados.-Acrescentou rápido.

–Se esse é seu problema fique tranquila...Não somos brigados.-Respondi.

–Eu sei.-Falou a garota com pesar. A encarei por um tempo, vendo-a parecer considerar algo.-Não me odeie está bem?-Indagou, e eu levei apenas um segundo para processar aquilo.

–Natália...-Avisei, mas já era tarde. A filha de Poseidon já tinha se esticado, puxando-me para seus braços em um abraço apertado. Gemi em desaprovação, ouvindo sua risada em meu ouvido. Aquela garota... Natália tinha o mesmo cheiro de maresia de Percy, misturado com uma fragrância doce que me lembrava chiclete. Fechei os olhos, respirando fundo, colocando minhas mãos delicadamente nas costas de Natália. Deuses...Eu nunca entenderei essa garota.-Okay, você já pode me soltar.-Murmurei. Natália obedeceu, enfiando o elmo em minha cabeça antes de me soltar por completo. Suas bochechas estavam vermelhas e a mesma sorria tão docemente que me contive para não retribui-lo.

–Está bem.-Falou a garota. A encarei.

–Você é irritante.-Declarei. Natália riu.

–Eu sei. Hm...Te vejo na caça a bandeira?-Perguntou.

–Estarei lá.-Fale. Natália assentiu animada, acenando para mim antes de sair. A segui com os olhos até a mesma não estar mais em meu campo de visão, balançando a cabeça negativamente. Deuses, me ajudem.

PDV NATÁLIA.

A noite já havia caído no Acampamento e pela primeira vez o toque de recolher havia sido totalmente ignorado. O time azul estava enfurnado dentro do campo de morangos discutindo estratégias. Percy e Annabeth estavam debruçados sobre um mapa, explicando a todos oque iriamos fazer, mas eu os ignorava. Eu espiava para fora das folhas, com a desculpa de ver se nenhum inimigo se aproximaria de nós, mas na verdade tudo oque eu fazia era ver se Nico não iria aparecer. É, parece que o "estarei lá" do filho de Hades não foi bem uma promessa pois até agora ele não havia chegado.

–...Então, entendidos?-Indagou Percy. Todos assentiram inclusive eu, por mais que eu não houvesse ouvido uma palavra se quer. Uma sirene tocou ao longe e Percy sorriu animado.-Está na hora.-Declarou. Fomos juntos até o pavilhão onde o time vermelho nos esperava. Nesse momento pude ver o olhar de Clarisse se fixar em mim; um olhar que demonstravam um fogo ardente que todos do time vermelho possuíam, mas o seu olhar era de vingança. Comprimi os lábios. É, algo me dizia que muitas pessoas iriam para enfermaria hoje.

–Heróis!-Chamou Quíron, fazendo todas as conversas paralelas se calarem. Sr. D estava em seu lado, parecendo tão entediado que olha-lo me fez perder um pouco da vontade de jogar.- Vocês conhecem as regras. O riacho é o limite. A floresta inteira está valendo.Todos os itens mágicos são permitidos. Se lembre que tudo isso não passa de um jogo, e o único objetivo é pegar a bandeira.

–E por favor...Tentem não se matar. Isso seria problemático demais.-Acrescentou sr.D. Quíron sorriu

–Muito bem, que o jogo comece!- Sorri, saindo correndo numa muvuca total. O time vermelho tomou outro caminho, fazendo-me ficar um tanto que aliviada por isso. Me escondi dentro da floresta sentindo a adrenalina subir por minhas veias, até que o time vermelho nos encontrou. Era como um caos em massa; gritos de guerra, gritos aflitos, pedidos de ajuda, tudo se misturava em algo que poderia ser fácil, fácil ouvido do Olimpo. Flechas sobrevoavam a floresta, junto com barulhos de espadas e palavrões. Saquei encanto da bainha de meu sinto, enfiando-me no meio da confusão também.

–Não morrer, não morrer...-Falei para mim mesma, enquanto diversas batalhas explodiam ao meu lado. Eu até estava indo bem, correndo para fora da multidão, quando um filho de Morfeu entrou em minha frente, sorrindo cruelmente. Engoli em seco, Avançando para ele com minha espada em mãos, mas parei bruscamente, sentindo um sono descomunal me invadir. Tudo parecia estar em câmera lenta, e minhas pálpebras estavam pesadas. Aos poucos fui sentindo-me mais sonolenta, como se fosse desmaiar. O garoto em minha frente não portava nenhuma arma, estava com os braços cruzados com os olhos fixos em mim. Trinquei o maxilar.-Maldito...filho de Morfeu.

–Aprenda a jogar, filha de Poseidon.-Sorriu, mas sua alegria se esvaiu rápido. Uma sombra surgiu atrás do garoto, que foi ao chão. Mal tive tempo de acordar quando a "sombra veio até mim. Senti uma leve pressão em minha mão e em um segundo tudo ficou escuro; fechei os olhos me sentindo sendo sugada pela escuridão, vozes sussurravam em meu ouvido, sentia o ar frio gelar até os ossos. Quando abri os olhos novamente estava em outra parte da floresta, uma que , até então, estava totalmente vazia. Olhei assustada para a frente vendo Nico encarar-me cético.

–Oque foi?-Indagou.

–Nico...-Sussurrei, elevando a voz logo depois.-Mas que porra foi essa?!-A sombra de um sorriso surgiu nos cantos dos lábios do filho de Hades que me olhou entediado.

–Viagem nas sombras. Já fez isso uma vez, lembra? Quando te salvei da primeira vez.

–Eu estava desacordada!-Protestei.-Ai, céus... oque está fazendo? Porque não apareceu na reunião do time?

–Eu não preciso de reunião, sei oque fazer numa caça a bandeira.-Rebateu.-Mas não é por isso que te trouxe aqui.-Falou, puxando-me para o pulso para em meio a algumas arvores.-Veja.-Ordenou, apontando para longe. Segui seu dedo, vendo fincada no chão uma bandeira de cor avermelhada. Olhei incrédula para Nico, abrindo um sorriso.

–Você é... incrível!-Falei.-Como a achou?!

–Isso não importa. Vá lá e a pegue.-Mandou.

–Porque você não a pega? É justo, você a achou!-Protestei.

–Porque não quero chamar a atenção. Demorei demais para faze-los me esquecer um pouco e quero que esse "pouco" vire para sempre.-Falou. O encarei por um momento, vendo seus olhos escurecerem.-Vai!

–Okay!-Falei. Apertando o cabo de encanto e indo em direção a bandeira. Sorri, estendendo minha mão para pega-la quando senti algo bater contra minhas costas. Grunhi, virando o corpo, dando de cara com Rachel.

–Achou mesmo que iria ser tão fácil, sua patética?-Indagou. A olhei com raiva, enquanto a filha de Afrodite rodava sua espada em punhos.-Deuses, é muita sorte...Como pode ser justamente você a vir buscar a bandeira quando estou de guarda?-Olhei na direção de Nico, vendo-o querer vir para cá, mas meu olhar fez o mesmo parar. Eu não queria que o mesmo viesse aqui, queria que pegasse a bandeira.-Responda quando eu falo com você!-Rachel bateu contra minha mão, fazendo-me rosnar. Minha espada caiu no chão, fazendo-me fulmina-la com o olhar.

–Então...É isso oque você quer?!-Indaguei. Rachel sorriu, enquanto eu me esquivava de um de seus ataques. Rachel passou sua espada raspando por minha cabeça, enquanto eu me agachava a procura da minha, não consegui agarra-la, tendo que rodar para desviar de mais um golpe da mesma.

–Imagine o prêmio que minha mãe me daria por te machucar ou, pensando alto, te matar?-Questionou Rachel. A mesma passou sua espada por meu braço, criando um pequeno corte.

–Acha que conseguiria isso?-Perguntei. Tentando achar Nico, sem sucesso algum.

–E você ainda tem duvidas?-Rachel riu.-Por favor, eu te livraria de sua maldição e...-Antes que Rachel pudesse terminar a empurrei, correndo para onde minha espada estava. A filha de Afrodite praguejou, chegando até mim ao mesmo tempo que eu pegava minha espada, parando um de seus golpes com a mesma. Um barulho alto de ferro se batendo soou, enquanto eu e Rachel parecíamos ter a mesma ideia. Mudei o trajeto de minha espada, colocando-a no pescoço de Rachel no momento em que a mesma fazia o mesmo comigo. Senti o aço frio do bronze celestial contra a pele de meu pescoço, Rachel pareceu controlar sua respiração, forçando-se a não encostar em minha lamina. Apesar da situação, um sorriso brotou em meu rosto.

–Acho que não será tão fácil me matar assim, Rachel.-A garota olhou-me com raiva, não mexendo um músculo para tirar sua espada de minha garganta, mas eu também não o fiz. Ficamos assim, até sermos cortadas pelo barulho de uma multidão. Aos poucos soldados vermelho e soldados azuis se misturaram, parecendo nem ao menos nos notar, mas correndo juntos em direção a bandeira.

–Natália oque...?!-A voz de Percy me acordou, fazendo-me olhar para a bandeira. Soldados já se aproximavam da mesma, quando Nico surgiu do nada, puxando-a do gramado, olhando irritado para a multidão. Meu queixo caiu, ao mesmo tempo que todos pareciam ficar perplexos. Rachel deixou a espada cair de meu pescoço, saindo de perto antes que algo sobrasse para ela.

–Heróis, já temos um resultado!-Gritou Quíron, chegando-o trotando. O centauro deu um sorriso, apontando para Nico.-O time azul é o campeão!-Eu gargalhei, enquanto todos os soldados azuis gritavam felizes. Nico continuava impassivo, e apenas jogou a bandeira no chão, cortando o caminho pelos campistas, mas o mesmo não conseguiu nem chegar perto da saída.

–Três vivas para Nico Di Angelo!-Gritou Percy. Nico virou incrédulo para meu irmão, e ficou mais incrédulo ainda quando nosso time obedeceu, gritando o nome de Nico como se o mesmo fosse um deus. Vários campistas deram tapinhas amistosos nas costas de Nico, agradecendo e dizendo o quanto ele mandou bem. Nico ainda estava incrédulo, Olhando para os semideuses como se não acreditasse que todos aquelas pessoas estavam ali ,não para zoa-lo e nem para encher seu saco, e sim para gratifica-lo.

–Nico...-Sussurrei, me colocando a correr para o filho de Hades. Nico estava tão perplexo que só percebeu minha presença quando eu grudei em seu pescoço, rindo como uma idiota. Minha força foi tanta que Nico quase se desequilibrou, segurando-me estupefato. -Nico!

–Sua...-Começou o garoto mas eu não deixei que o mesmo terminasse.

–Maldou bem, mio soldatino.


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Notas finais do capítulo

Mooooooooonas, babado!
Hueheuheuehueheuehueheue' ontw, gostaram do capítulo? Mandem reviews okay?! e Mais uma vez desculpe os erros (pois estou com sono e meio que não revisei nadenha :/)
Até o próximo!