Jogos de Sedução escrita por Bruhhello


Capítulo 26
3° Fase - Teria valido à pena


Notas iniciais do capítulo

Acho que deve ter gente querendo me matar... MAS EU VOLTEI... Aproveitem... explicações no final.



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            - Alô. – Atendi ao telefone às três da manhã, pela quarta vez nos últimos dois dias. Era a mesma coisa toda madrugada, o telefone tocava e tudo que eu ouvia quando atendia era apenas uma respiração pesada no fundo e depois a ligação caia.

            Já faz quase dois dias que eu cheguei a Roma, é uma linda cidade. Admito que assim que cheguei fui direto para o Coliseu. Eu fiquei maravilhada com tudo. Tirei milhões de fotos e enviei para Alice, mas parecia que ela estava me ignorando esses dias. Achei que eram por causa dos trabalhos da faculdade, mas Alice largaria tudo só para surtar com as fotos. Para ser sincera, eu não conversei com ninguém desde minha chegada, eu achava aquilo tudo muito estranho.

            - Alô. – Tentei de novo e nada, apenas a respiração. – Olha, se você não se importa, eu preciso dormir, então se não tem nada de bom pra falar...

            - Bella. – Congelei ao ouvir a voz sussurada próximo ao meu ouvido. Edward.

            - Edward, é você? Fala alguma coisa. – Eu estava ficando nervosa, sua respiração começou a ficar entrecortada.

            - Como pode? – Ele parecia estar... Chorando.

            - Como pude o que? O que eu fiz? Edward, se você está falando sobre minha vinda pra ca, nós já conversamos sobr...

            - Você não confia em mim?

            - O que? De onde você tirou essa idéia?

            - Dos fatos. – Sua resposta foi incisiva.

            - Que fatos? – Houve silêncio do outro lado da linha, vi que Edward não falaria nada, então continuei. – Edward, você sabe que eu confio em você com a minha vida, por favor, nunca duvide disso.

            - Então por que insiste em me esconder as coisas?

            Senti meu sangue gelar quando ele falou. Será que ele tinha descoberto? Como seria possível, todos juraram não contar nada para ele.

            - Eu não...

            - Não ouse negar.

            - Edward, por favor, deixe-me explicar.

            - Não há nada para ser explicado.

            Antes que eu pudesse falar alguma coisa ele desligou.

            Fiquei parada, no escuro do quarto, olhando para tela do celular, que mostrava uma foto de Edward sorrindo. O medo de ele ter descoberto tudo me assombrava. Rapidamente disquei o número de Alice na esperança de que desta vez ela atenderia.

            - Alô.

            - Alice, graças à Deus. Por que não me atendeu antes?

            - Ah, desculpe, não recebi suas chamadas. – Senti a mentira em sua voz. – Mas, espera. – Ela ficou em silêncio por um tempo. – Ai não são três da manhã? Por que está me ligando agora?

            - Alice, por favor, me diz que ele não descobriu.

            Alice ficou em silêncio me dando assim a resposta que eu mais temia.

            - Como? – Minha voz era quase irrecohecível, apenas um sibilo de dor.

            - Assim que saímos do aeroporto encontramos a Sophie. Eu não sei como ela descobriu, mas ela contou para ele.

            - Ah meu Deus. – O que mais eu poderia dizer? Eu estava a um oceano de distância deles, não poderia sair correndo para tentar concertar tudo.

            - Não o vemos há dois dias. Simplesmente pegou o carro e sumiu. Nessie não para de chamar por ele a noite. – Tive que conter o choro por causar sofrimento a pequena Nessie. – Bella, não quero te preocupar, mas ele não atende o celular, achei que você devia saber.

            - Tudo bem Alice. Por favor, tente acalmar Nessie, Edward vai voltar, ele não é tão irracional a ponto de sumir por tanto tempo.

            - Estamos contando com isso.

            - Eu vou tentar falar com ele.

            - Não Bella, se eu bem sei, amanhã começa o seu tratamento, você precisa dormir, como você disse, Edward é racional o suficiente para saber que tem que voltar, qualquer coisa te avisamos.

            Odiava admitir, mas Alice estava certa. O tratamento, como já tinham me dito, era forte, precisava estar bem descansanda.

            - Ok. Por favor, me avise.

            - Pode deixar. Eu te amo Bella.

            - Eu também te amo Lice.

            Demorei um pouco para pegar no sono, mas quando finalmente consegui a imagem de Edward veio em minha mente, assim como a nossa promessa: “Nunca vou esquecer que te amo.”

            Edward PDV


            Droga, por que eu fui abrir a minha boca? Simplesmente devia ter esquecido essa história, mas algo no fundo precisa ouvir a voz dela negando tudo aquilo, mas em momento algum ela tentou.

            Os meus sentimentos já não faziam mais sentido para mim. Eu sentia raiva, dor, me sentia traído e o pior de tudo, eu estava com medo.

            Por mais que eu estivesse magoado com Bella ainda havia uma parte de mim que queria correr até ela e abraçá-la dizendo que tudo daria certo, mas eu não sabia o que fazer. Meu orgulho era maior.

            Senti meu celular vibrando no bolso, era Alice. Estava a ignorando por dois dias enquanto me escondia num quarto no fundo do bar de um amigo. Eu não queria atender, não agora e então apenas cancelei a ligação. Mas ela não me deixou em paz e me mandou um sms. Tentei não abri-lo, mas a curiosidade era maior.

            Edward, por favor, volte para casa. Nos deixe explicar, você precisa ouvir. Estamos preocupados com você, inclusive Nessie que não para de perguntar por você. Deixe de ser cabeça dura. – Alice.

            Quando me dei conta, já estava levantando e indo em direção ao carro, não porque estava pronto para perdoá-los, mas eu precisava ver Nessie.

(...)

            Não demorei cinco minutos para chegar na faculdade, admito que assim que desci do carro pensei em voltar para o bar, mas já estava aqui e sentia uma saudade tremenda de Nessie. Fui andando com os passos retesados demorando mais do que o normal para cheagar ao dormitório das meninas.

            Toquei a campanhia e vi a porta se abrir, mas não tinha ninguém ali, só me dei conta de quem era quando senti alguém me abraçando a cintura. Olhei para baixo e acariciei a cabeça de Nessie. Me ajoelhei e percebi que a pequena chorava, tive que fazer muito esforço para não chorar junto.

            Voltar ali trouxe os sentimentos que eu mantia guardados a sete chaves à tona. Mas o que me derrubou de vez foi ver o medo nos pequenos olhos de Renesmee. Droga, ela tinha ouvido Sophie. Jurei que faria aquela mulher pagar.

            - Edward, por que demorou para voltar?

            - Desculpe lindinha, eu precisava de um tempo para pensar.

            - Você acha que a mamãe Bella vai morrer? – Meu coração contorceu não querendo compartilhar meus medos com a menina frágil à minha frente.

            - Mas é claro que não vai, ela vai voltar mais rápido do que você possa imaginar. – Mandei uma prece a Deus para que aquelas palavras se tornassem verdade.

            Olhei um instante para dentro da casa e vi todos ali parados. Para minha surpresa não senti raiva deles, talvez eu já os tivesse perdoado sem ao menos perceber. Entrei com Nessie no meu colo e a coloquei sentada no sofá.

            - Edward, escute, nós podemos explicar. – Emmett tomou a frente. Nos olhos dele percebi o mesmo medo que jazia nos de Renesmee, assim como no de todos naquela sala. – Bella não ia contar a ninguém, nós acabamos por descobrir. Queriamos te contar, mas Bella pediu o contrário.

            - Mas eu tinha o direito de saber. – Minha voz não mostrava raiva, na verdade, não mostrava nada.

            - Eu também tinha. – JP soltou, saindo da cozinha. – Odeio aquela MDM com todas as minhas forças, mas me senti horririzada com a noticia.

            - JP, não é hora de dar chilique. – Rose avisou.

            - Não vou dar chilique, loirona. Sou uma bicha que sabe se comportar, ok? Mas... – JP assoou o nariz e vi que seus olhos se enchiam de grossas lágrimas. – EU AMO AQUELA DIABINHA.

            JP se tacou no sofá ao meu lado tentando conter o choro. Admito que fiquei chocado ao ver que JP não se importava apenas com ele.

            - JP, vai ficar tudo bem, agora se acalme. – Rose deu tapinhas em suas costas acalmanda a gritaria.

            - Edward... e JP – Alice acrescentou. - Nós sabemos que deveríamos ter contado, mas tínhamos prometido a Bella, ela não queria que você sofresse.

            - Então, se não fosse por Sophie, eu nunca teria descoberto, ao menos que ela... – Não consegui dizer a palavra.

            - Aquele vaca de cabelo desbotado me paga. – JP parecia revoltado. Alice lançou-lhe um olhar esmagador e ele se calou novamente.

            - Edward. – Alice se sentou ao meu lado. – Bella tinha medo que você sentisse o que ela sentiu quando nós perdemos Charlie. Pode não ser razão pra esconder, mas Bella sempre foi assim, odiava ver as pessoas sofrendo por ela, com pena dela. Eu queria que ela te contasse, mas no fundo eu a entedia. Acho que no lugar dela teria feito a mesma coisa. Bella preferia sofrer sozinha do que te ver sofrendo, ou qualquer um de nós.

            Colocando naqueles termos eu até entendia o porquê de ela não ter me contado. Eu não estava com raiva de Bella, talvez eu nunca tivesse sentido raiva dela, o medo havia me cegado completamente. E simples como dois mais dois, eu desmoronei.

            - Eu não quero perdê-la.

            Meu peito subia e descia descompassado, minha respiração parecia querer ficar presa em meus pulmões. Senti algo quente escorrendo pelo meu rosto, com muito esforço eu percebi que estava chorando. Renesmee havia passado seus pequenos bracinho envolta de meu pescoço e sussurrou ao meu ouvido.

            - Você não vai perdê-la, já esqueceu do que disse para mim, Bella vai voltar mais rápido do que você imagina.

            Aquelas palavras deviam me confortar, mas apenas me fizeram sentir pior, não conseguindo evitar pensar no pior: E se ela não voltasse?

            Tentei à todo custo colocar esse pensamento de lado e me lembrar que Bella era forte, era decidida, conseguiria sair dessa. Eu esperava com todo meu coração que ela conseguisse.

            - Edward, temos que ser forte por ela agora, não podemos abandoná-la. Bella já sabe que você sabe. Acho que você deveria ligar para falar com ela.

            - Eu não sei se consigo Alice.

            - Edward, Bella não escondeu isso de você por mal.

            - Não é por isso, eu entendo seus motivos, na verdade, não estou com raiva dela, nem de vocês, nunca estive. Só acho que se eu ouvir sua voz nesse momento, eu não vou conseguir agüentar.

            - Eu vou ligar então, me dêem um minuto. – Alice pegou se celular e começou a discar. Olhei para o relógio e me espantei ao ver que já era três da manhã, o que significava que na Itália era oito da manhã.

            Alice colocou o celular no viva-voz e o depositou na mesa de centro a minha frente. Meu coração estava acelerado pela possibilidade de ouvir a voz de Bella.

            - Alô. – Uma decepção tomou conta do meu corpo. Era Jenifer.

            - Hey, Jenifer, aqui é Alice, irmã de Bella, se lembra?

            - Sim, claro.

            - Então, ela está por ai?

            - Não. Na verdade, ela acabou de sair para dar inicio ao tratamento. – Mas já? Bella estava a três dias na Itália e já havia começado o tratamento, não evitei e pensei: Deve ser mais grave do que imagino.

            - Como ela está? – Não consegui frear as palavras desesperadas.

            - Edward? – Confirmei. – Bom, ela está bem, um pouco nervosa por causa do tratamento, mas até que está enfrentando bem.

            - Você sabe se o médico havia receitado algum remédio?

            - Ele receitou, mas eu não me recordo o nome, mas ela não toma, pelo que parece não estava mais fazendo efeito.

            Meu coração endureceu. Me lembrei das aulas da faculdade, onde foi falado sobre o Gleevec. Esse era um remédio forte oferecido quando a doença ainda estava em seu estado inicial. Por um momento fiquei aliviado, isso queria dizer que haviam descoberto cedo, dando mais esperanças. Mas antes do alivio tomar conta do corpo repassei as palavras de Jenifer pela cabeça: “não estava fazendo mais efeito”. A doença tinha avançado.

            - A que horas ela volta?

            - Acho que na hora do almoço ela deve estar aqui.

            - Ok, tentarei entrar em contato o mais rápido. Por favor, cuide dela.

            - Eu vou, qualquer noticia, eu ligo.

            - Muito obrigado, Jenifer.

            - Disponha. – Então ela desligou.

            Eu precisava andar um pouco e me acalmar. Pedi licença a todos e me dirigi a porta.

            - Edward. – A voz de Renesmee me fez parar e olhar para ela. – Você vai voltar?

            - Eu vou. – Lancei um sorriso para ela e ela retribuiu, com isso sai para o ar frio.

            Bella PDV


September - Daughtry


            Eu não queria entrar na sala ne exames. Eu tinha medo do que o médico poderia falar. Eu sentia pânico de pensar no meu futuro. Eu queria estar apenas tendo um pesadelo, mas quando a voz do médico me chamou ao seu escritório, eu tive que me contentar de que aquilo era a minha realidade.

            - Então, doutor, quais as noticias?

            - Receio que não sejam tão boas. – Algo dentro de mim já esperava aquilo.

            - Vou precisar do transplante, acertei?

            - Sim. Não entendo o que aconteceu. O remédio devia ter apaziguado a doença, mas ele simplemente não fez efeito nenhum contra ela. Seu nome já está na fila de espera, nos resta esperar.

            - Não há outra alternativa?

            - Teríamos que ver se um de seus parentes é compatível.

            - Eles estão nos Estados Unidos.

            - Não há como eles virem para cá? Por um curto período?

            - Eu vou tentar falar com eles. Muito obrigada, doutor. – Segurei sua mão percebendo que eu tremia.

            - Tudo dará certo Bella.

            - Eu já não tenho tanta certeza. - Sai antes que começasse a chorar ali mesmo.

            Do lado de fora olhei para o carro que Jenifer havia me emprestado, mas resolvi que não queria voltar para o dormitório agora.

            Eu fui andando pelas ruas de Roma totalmente desanimada. Minhas esperanças haviam desaparecido, por mais que eu tivesse me preparado para ouvir aquilo, ainda fora um choque. Enquanto andava, comecei a reparar nas pessoas que passavam por mim.

            Vi uma moça que aparentava uns vinte anos, ela vinha andando calmamente olhando os prédios a sua volta e tirando fotos de tudo que a facinava. Ela parecia deslumbrada com as belezas de Roma. Eu deveria estar do mesmo jeito que ela, afinal, conhecer Roma sempre fora meu sonho. Infelizmente, as circunstâncias que me traziam até aqui eram outras. Não conseguia me concentrar em nada com a minha vida desmoronando.

            Algumas quadras adiante, um casal andava de mãos dadas. O homem apontava para algo e comentava. Olhei para onde ele apontava, só então percebi que estava próxima a Fontana di Trevi. A moça, sorridente, apenas o olhava e assentia. Pareciam presos um ao outro. Imaginei a mim e Edward daquele jeito, mas eu quem estaria comentando tudo para ele. A imagem que se formou em mimnha mente era perfeita, apenas eu e ele, andando. Eu estaria falando sobre tudo a minha volta e principalmente sobre a fonte. Eu pegaria duas moedas e daria uma para ele dizendo para fazer um pedido. Ele fecharia os olhos e jogaria a moeda por cima de sua cabeça. Eu faria a mesma coisa desejando tê-lo comigo para sempre.

            Mas do jeito como as coisas andavam, eu não teria o para sempre que eu tanto queria. Naquele momento me senti mal estando em Roma, aquela que muitos chamavam de cidade do amor.

            Num súbito lembrei de todos que torciam por mim do outro lado do oceano, como daria as noticias? Não poderia adiar e nem esconder, as exeperiências anteriores não deixavam. Edward com certeza não queria nem ver a minha cara depois de ter escondido tudo dele.

            Os dias, desde a minha chegada passavam devagar, massantes e ao mesmo tempo rápidos demais.

            Quando a minha vida havia virado uma tragédia? Eu ainda me lembrava do verão no Brasil, havia sido perfeito, exceto por um parte dele, quando toda essa bagunça começou. Eu perdi a pessoa que eu mais amava e agora essa perda se tornaria definitiva.

            Eu queria poder voltar no tempo para aquele momento em que eu e Edward observávamos as estrelas. Eu poderia repetir aquele dia milhares de vezes e não me cansaria de ver o jeito que ele me olhava, ou como era bom tê-lo próximo a mim.

            Parando para pensar, se nada disso tivesse acontecido, se eu não tivesse descoberto essa doença, ou se pelo menos eu tivesse a certeza de que eu me curaria, teria valido a pena no final.

September - Daughtry

(Setembro)

How the time passed away?

Como o tempo passou? 

All the trouble that we gave

Todos os problemas que tivemos
And all those days we spent out by the lake

E todos aqueles dias que passamos no lago
Has it all gone to waste?

Será que tudo isso foi em vão? 

All the promises we made

Todas as promessas que fizemos
One by one they vanish just the same

Uma à uma elas desaparecem do mesmo jeito

Of all the things I still remember

De todas as coisas que eu ainda lembro
Summer's never looked the same

O verão nunca pareceu o mesmo
The years go by and time just seems to fly by

Os anos passam e o tempo parece voar
But the memories remain

Mas as memórias permanecem
In the middle of September

No meio de Setembro
We'd still play out in the rain

Nós ainda brincávamos na chuva
Nothing to lose but everything to gain

Nada a perder além de tudo que ganhamos

Reflecting now on how things could've been

Refletindo agora como as coisas poderiam ter sido

It was worth it in the end

Valeu a pena no final

Now it all seems so clear,

Agora tudo parece tão claro,

There's nothing left to fear

Não sobrou nada à temer
So we made our way by finding what was real

Então nós fizemos nosso caminho encontrando o que era real
Now the days are so long

Agora os dias são tão longos

That summer's moving on

Que o verão está passando
We reach for something that's already gone

Nós alcançamos alguma coisa que já se foi

Of all the things I still remember

De todas as coisas que eu ainda lembro
Summer's never looked the same

O verão nunca pareceu o mesmo
The years go by and time just seems to fly by

Os anos passam e o tempo parece voar
But the memories remain

Mas as memórias permanecem
In the middle of September

No meio de Setembro
We'd still play out in the rain

Nós ainda brincávamos na chuva
Nothing to lose but everything to gain

Nada a perder além de tudo que ganhamos
Reflecting now on how things could've been

Refletindo agora como as coisas poderiam ter sido
It was worth it in the end

Valeu a pena no final


 We knew we had to leave this town

Nós sabíamos que teríamos que deixar essa cidade
But we never knew when and we never knew how

Mas nós nunca sabíamos quando e nós nunca saberiamos como
We would end up here the way we are

Nós terminaríamos aqui da maneira que somos
Yeah we knew we had to leave this town

Sim, nós sabíamos que tínhamos que deixar essa cidade
But we never knew when and we never knew how

Mas nós nunca sabíamos quando e nós nunca saberiamos como

Of all the things I still remember

De todas as coisas que eu ainda lembro
Summer's never looked the same

O verão nunca pareceu o mesmo
The years go by and time just seems to fly by

Os anos passam e o tempo parece voar
But the memories remain

Mas as memórias permanecem
In the middle of September

No meio de Setembro
We'd still play out in the rain

Nós ainda brincávamos na chuva
Nothing to lose but everything to gain

Nada a perder além de tudo que ganhamos
Reflecting now on how things could've been

Refletindo agora como as coisas poderiam ter sido

It was worth it in the end

Valeu a pena no final


            Edward PDV


            Segui andando desnorteado. Havia regras sobre passear pelo campus de madrugada, mas naquele momento eu estava pouco me fudendo para aquilo.

            Eu nunca havia me preocupado com a vida. Nunca fui de pensar muito no meu futuro ou responsabilidades. Eu vivia para festar e pegar garotas. E agora eu me surpreendia comigo mesmo. Eu estava numa faculdade, estudando a todo vapor, eu iria adotar Renesmee e eu havia me apaixonado, mesmo querendo que o amor fosse banido da minha vida.

            Mas então eu descobri que a vida é injusta. Talvez eu tenha demorado um pouco, mas a verdade finalmente chegou e me atingiu com um soco na cara. Eu não conseguia entender como algo que nos faz tão feliz tem que ser tirado da gente da pior maneira? Seria sempre assim? Ter a sensação de ser feliz por alguns momentos para depois a vida tirar tudo? Eu não me importaria com brigas se elas fossem seguidas de sorrisos, não me importaria com desencontros ou distância se no final eu estivesse com ela. Mas a vida parecia ignorar o meu pedido.

            Eu tinha que fazer algo para ajudá-la. Talvez houvesse algo nos meus livros, ou sei lá.

            Comecei a andar, mas antes de chegar ao dormitório vi Sophie vindo em minha direção. Pelo que parecia Rose havia feito um grande estrago. Seu olho esquerdo estava roxo e inchado, seu lábio inferior estava cortado e não parecia um corte superficial e seu cabelo vermelho, apesar de estar preso, parecia ter uma falha na lateral. Se Sophie resolvesse prestar queixa Rosalie estaria ferrada, mas se eu bem conheço a Rose, ela deve ter ameaçado Sophie também. Rosalie daria uma ótima mafiosa.

            - O que está fazendo acordado?

            - Acho que isso não te diz respeito.

            - Sabe, você costumava ser mais educado.

            - E você costumava ser menos falsa. Ah não, espere, você sempre foi falsa, eu só era idiota demais para perceber.

            - Vai continuar jogando isso na cara?

            - Toda vez que eu te encontrar.

            - Eu te fiz um favor te contando sobre Bella. Você deveria me agradecer, afinal, eu te contei algo que ela própria devia ter te contado.

            - O dia que eu tiver que te agradecer por algo, eu corto a minha língua.

            - Eu esperarei esse dia anciosamente.

            - Então espere sentada. – Sophie mostrou seu sorriso sarcástico, mas eu via ódio em seus olhos. – Agora se me der licença eu tenho mais o que fazer. – Disse dando as costas a Sophie.

            - Como o que? Se agachar num canto no seu quarto e chorar pela morte de sua namorada? – Meu sangue subiu e minha visão ficou embassada e vermelha.

            - Bella ainda não morreu. – Disse entre os dentes.

            - Pois é, ainda.

            Não me controlei e segurei seu pescoço. Eu não dava a mínima se a estava machucando, eu queria apertar seu pescoço até sua cabeça estourar.

            - Não ouse abrir sua boca imunda para falar de Bella.

            - Uma boca que você adorava beijar, não é? – Minhas mãos tremeram querendo estrangulá-la, mas me contive, respirei fundo e a soltei.

            - Como você ficou sabendo sobre Bella?

            - Uh, uma mudança súbita de assunto, bom, vejamos, acho que isso não te diz respeito.

            - Acho que Rosalie adoraria deixar seu outro roxo. – Ok, eu estava usando Rose como minha arma secreta, mas quando vi o espanto escondido no rosto de Sophie, percebi que poderia funcionar.

            - Eu vou dar queixa.

            - Sophie eu não faria isso se você. Eu aposto que tem muita gente por ai que adoraria dar queixa de você, considerando sua personalidade. – E mais um ponto para mim. Sophie era mais perversa do que eu poderia imaginar.

            - Tânia me contou.

            - Tânia, namorada do Jake?

            - Essa mesma. Agora não me pergunte como, porque eu realmente não sei.

            Eu precisa falar com Tânia, mas eram quatro da manhã. Ah, foda-se. Comecei a correr para o dormitório de Tânia, ou pelo menos eu achava que era aquele já que a vi saindo de la algumas vezes.

            O nome dos alunos que moravam no dormitório ficava na porta do Hall e lá estava o nome de Tânia. Subi correndo e bati na porta. Devo ter ficado quase um minuto batendo direto, até que a cara amassada de Tânia apareceu na minha frente.

            - Mas que porra é essa, Edward? Você tem idéia que são quatro da manhã? Tu vive no horário do Japão por acaso?

            - Tânia eu preciso falar com você.

            - Ah, vai se foder. Amanhã a gente conversa. – Ela ia fechar a porta, mas eu coloquei o pé. – Mas que merda.

            - Parece que alguém ta de mal-humor.

            - Vou te acordar as quatro da matina pra ver se você me recebe falando “bom dia, flor do dia.”

            - Ok, pode me xingar depois, mas eu preciso falar com você. – Ela ia começar o festival do palavrão quando eu a interrompi. – É sobre Bella.

            Vi algo em seu rosto familiar ao medo, mas podia estar vendo coisas.

            - O que tem Bella?

            - Eu acho que você sabe.

            - Eu sei que ela está na Itália em um intercâmbio.

            - Tânia, Sophie me contou. – Seus olhos se esbugalharam e ela engoliu seco.

            - Aquela vaca.

            - Ok, elogios a parte, podemos conversar?

            - Eu não tenho escolha, então, entre.

            O apartamento de Tânia era bem arrumado, mais do que eu poderia imaginar, bem mais.

            - Nem vem me chamar de maníaca da limpeza ta. – Levantei as mãos em sinal de paz. – Olha, tudo que eu te contar não pode sair daqui

            - Eu juro.

            - Bom, um dia eu estava conversando com Seth no telefone quando... – Tânia me contou tudo o que ouvira da conversa entre Seth e Bella e percebi que tinha sido no dia em que estávamos em Forks.

            - E por que você contou para Sophie? – Ela parecia um pouco relutante em me contar. – Pode confiar em mim.

            Ela respirou fundo e soltou o ar de vagar, pude notar que ela estava chorando.

            - Ela está me chantangeando.

            - O que? – Eu nunca imaginaria isso de Sophie. Mais uma prova de que eu realmente não a conhecia.

            - Ela é uma verdadeira piranha. Ela descobriu que eu... que eu...

            - Tânia? – Ela tentou segurar o choro, mas não conseguiu.

            - Ela descobriu que eu não estou grávida, mas eu disse para o Jake que estava.

            - OW. – A noticia era realmente chocante.

            - Ela ameaçou contar para ele se eu não a ajudasse a te separar de Bella. Edward, eu sinto muito. – Ela cobriu o rosto com as mãos. – Eu sou uma idiota. Eu ferro com todo mundo que fica do meu lado. Primeiro Jake, agora você e a Bella.

            - Hei, calma. Eu sei que você não queria fazer nada. Agora sobre o Jake, eu acho que você deveria contar para ele.

            - Eu já providenciei isso. Vou dar a noticia amanhã, vamos sair, então...

            - Eu vou torcer por você.

            - Obrigada.

            - Não há de que. E Tânia, não se curve à vontade de Sophie, ok? Ela pode ser bem perssoasiva quando quer.

            - Eu não vou mais. – Sorri e me virei para sair.

            - Edward, tem mais uma coisa. – Tânia mordeu o lábio antes de continuar, mas tomou coragem. – Sophie me contou que se por acaso Bella voltasse da Itália, o que ela torcia para não acontecer devo dizer, ela iria preparar algo pior. Ela mais do que uma pessoa má. Achei que você deveria saber e conta comigo. – Ok, agora eu estava com medo. O que poderia sair daquela mente diabólica de Sophie?

            - Obrigado por avisar Tânia, eu tomarei cuidado. Volte a dormir.

            Alice PDV


            Algumas horas depois...


             Se meus cálculos estivessem corretos, uma hora dessas Bella já deveria ter voltado do tratamento. Resolvi ligar para ela.

            Meus dedos tremiam com o nervosismo enquanto eu discava seu número. Tive que recomeçar várias vezes por errar as teclas. A cada toque de espera que eu escutava meu coração batia cada vez mais rápido. Uma parte de mim não queria que ela atendesse, pois eu sentia que algo não estava certo, mas então eu ouvi sua voz.

            - Alô. – Merda, ela esteve chorando.

            - Bella, como vocês está?

            - Eu não sei, Alice, sinceramente.

            - Jenifer me contou que você foi ao tratamento hoje. Como foi?

            - Foi, de certa forma, tranqüilo. Fiz apenas uns exames para ver o estágio da doença. – Sua voz começou a ficar embargada como se ela estivesse chorando. Nesse momento Edward entrou pela porta explodindo. Eu podia ver ódio saindo pelos poros dele.

            Sinalizei que estava com Bella no telefone e o vi prender a respiração.

            - Coloque no viva-voz, mas não diga que eu estou aqui. – Tampei o telefone e perguntei por que. – Porque sim, agora vai. – Fiz o que ele pediu revirando os olhos.

            - Bella, por que está chorando? – Ouvi-a fungando e tentando se acalmar.

            -Alice... E-e-eu vou morrer. – Eu achei que havia escutado mal, mas ela repetiu. – Eu vou morrer, Alice.

            - Bella, não, você não vai. – Tive que controlar minha voz para passar calma, mas eu estava a ponto de chorar.

            Ao meu lado Edward despencou no sofá ao meu lado, ele estava quase arrancando o cabelo com as mãos e pude vê-lo chorando.

            - Eu preciso de um transplante e ninguém é compatível.

            - Como você pode ter tanta certeza?

            - Alice, eu sou O-, o tipo sanguineo mais escroto que alguém pode ter, e se estou bem lembrada, eu só recebo de outro O-.

            Escutei a porta batendo e Edward não estava mais ao meu lado. Onde ele poderia ter ido? Meu primo estava seriamente pertubado com a história de Bella. Mas não era para menos, havia descoberto a pouco tempo e uma noticia como essa já caia em sua cabeça.

            - Mas Bella, o doador não precisa ser necessariamente do mesmo tipo sanguineo que o seu.

            - Eu sei, mas o médico disse que pelo grau da doença, se quisermos evitar complicações seria melhor um doador com o mesmo tipo sanguineo que o meu.

            -Olha, fique calma, nós vamos resolver. Seu nome já está na lista de espera?

            - Sim.

            - Ok, eu vou procurar por aqui também e nós vamos conseguir.

            - Alice, eu já não sei ter mais esperanças.

            - Cala a boca Bella. Você vai voltar para casa, nem que eu tenha que viajar o mundo atrás de um doador.

            - Tomara, Alice, tomara.

            - Eu amo você. Agora, relaxe, nada vai te acontecer.

            - Ok, eu também te amo.

            Mais tarde, naquele mesmo dia...


             Eu estava preocupada com Edward, ele estava sumido desde a hora que conversei com a Bella. Estava preste a ligar em seu celular, quando o telefone toca.

            - Alô.

            - Alice? É a Jenifer. – Ela parecia desesperada e tropeçava nas palavras.

            - Jenifer, calma, o que aconteceu?

            - É a Bella. Ela começou a passar mal e teve que ser levada as pressas ao hospital.

            - Meu Deus, por favor, me diz que ela ta bem?

            - Ela está inconsciente e segundo o médico, ela precisa do transplante logo, senão...

            - Não, não, não. Por favor. O que eu vou fazer?

            - Eles estão tentando achar alguém, mas ela não pode simplesmente passar na frente das pessoas na lista de espera.

            - Eu me sinto um inútil aqui.

            - Alice, acalme-se.

            - Ela a poucas horas estava falando comigo, parecia bem, e agora... Isso. – Cai em meus joelhos sentindo meu mundo despedaçar. Minha irmã estava a um oceano de distância, precisando de ajuda e eu aqui, como uma inútil.

            - Jenifer, me mantenha informada. – Disse com a voz fria.

            - Ok.

            Assim que desliguei, Emmett, Jasper, Rosalie e JP entraram no apartamento com Nessie. Eles certamente me viram chorando e correram me ajudar. Colocaram-me no sofá e tentaram obter alguma resposta, mas eu não conseguia formar frases coerentes, a única coisa com sentido que saiu com sentido foi:

            - Bella está morrendo.

(continua...)


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Notas finais do capítulo

É melhor eu correr agora ou mais tarde?
kkkkk
Então galera, eu espero que vocês tenham gostado do capítulo, é o penúltimo, eu sei que ele tá meio sem gracinha, pelo menos na minha opinião, mas devo admitir que ficar tanto tempo sem escrever me fez perde um pouco da história. Eu espero sinceramente que vocês me perdoem e se quiserem saber tudo o que aconteceu esse tempo que eu fiquei sem escrever, eu vou fazer um post e colocar no www.bruhhellofanfics.blogspot.com
Vou falar tudo lá ok? Provavelmente no sábado (01/10) ou no dimingo (02/10) eu posto.
Mas sobre o capítulo...
DEIXEM REVIEWS... E muito obrigada pela força.



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