Capitulo 3

P.O.V. Bella

Todos ficaram em silencio depois que eu falei. Eu olhava apreensivamente para Edward. Era ele que importava. O silencio foi quebrado pela risada de Emmett.

– Que brincadeira legal, Bella - disse ele rindo.

– Não é brincadeira, Emmett - eu disse entredentes.

– Você não pode ser uma vampira, Bella - ele respondeu. - Você come, dorme, seu coração bate, seus olhos não são vermelhos ou dourados, sua pele não é tão branca, nem tão dura, sangue corre pelo seu corpo fazendo você ser quente, no sentido não malicioso, é claro - ele explicou e eu ri.

– Eu sou uma vampira de outra especie, Emmett - eu expliquei calma. Vi pelo canto do olho Edward se mexer.

– Ah quanto tempo você é... assim? - ele perguntou. Me doeu sentir a frieza na voz dele.

– Outra espécie de vampiros? - Carlisle murmurou admirado.

– Eu vou contar o começo da nossa espécie, pode ser? - eu perguntei.

– Claro - disse eles em conjunto. Emmett era o de longe o mais animado.

– Por favor não interrompa - eu pedi. - Há mil anos atrás, uma família vivia em paz em uma aldeia, mesmo tendo lobisomens por perto. 20 anos de perfeita paz. Essa familia era composta por nove pessoas, a mãe, o pai, duas meninas e cinco meninos. Mas, em uma noite de lua cheia, dois desses meninos, Klaus e Henrik, foram até a floresta observar a transformação dos lobisomens. Então, quando amanheceu, Klaus voltou para casa carregando seu irmão nos braços. Morto. Herik Mikaelson fora morto por um dos lobisomens.

'' Não querendo perder mais algum de seus filhos, Esther, a mãe, que era uma bruxa, lança um feitiço invocando o sol para a vida e o carvalho banco para a imortalidade. No intanto, o feitiço leva a alguns atos inoportunos. Sem nada saber, os filhos beberam vinho misturado com o sangue de Tatia Petrova, uma doppelganger, e depois, o pai Mikael, dirigiu uma espada em seus corações. Após despertar, Mikael forçou seus filhos a se alimentarem de morador local, completando então a transição para vampiros.''

– Só que essa transformação acabou revelando dois segredos. Primeiro: Niklaus ou Klaus, não era filho de Mikael. Esther teve um caso com um dos lobisomens da aldeia, gerando Klaus. Esther guardou esse segredo, porém, quando Klaus foi transfomado, sua descendência lupina veio a tona, fazendo com que Mikael descobrisse a traição. klaus se tornou um hibrido. Meio vampiro, meio lobisomem.

'' Segundo: uma das garotas herdara a magia de sua mãe. E quando ela foi transformada, ela ficou tão poderosa que ela ganhou a abilidade de comandar os elementos; água, fogo, terra e ar.''

– Só que essa transformação tinhas suas fraquezas. As flores que cresciam no cravalho branco, a verbena, os queimava e impediam de hipnotizar os humanos, o sol queimava suas peles e eles só podiam entrar nas casas de seus vizinhos com um convite. Eles notaram que a madeira do carvalho branco era fatal para eles. Por esse motivo, eles decidiram queimar a árvore.

'' Depois da primeira vitima de Klaus, os genes lupinos são revelados. Esther anulou a habilidade de Klaus com feitiço. Esther foi morta por ele. O corpo de Esther foi preservado no caixão por sua amiga bruxa, Ayana, que a alertara sobre os perigos que isso provocaria.''

– Os vampiros acharam um jeito de poder andar a luz do dia. Mas é muito raro consegui um. Eles precisam ter um anel, um colar ou uma puseira. Qualquer coisa que usem diariamente e tenha a pedra lápis lazuli. - eu mostrei meu anel.
Os Cullen's arfaram.

– Uau - disse Rosalie analisando o anel que eu tirara do meu dedo. - É lindo. Como conseguiu?

– Bom - eu dei um sorriso de canto -, digamos que como vampira Original eu tenho meus privilégios. - Eles me olharam espantados.

– Você faz parte da família original? - perguntou Alice de olhos arregalados.
Eu assenti.

– Prazer, sou Isabella Marie Mikaelson - eu disse fazendo uma reverencia feminina tipica daquela época. Edward se aproximou de mim com os olhos brilhando e fez uma reverencia.

– É um prazer conhecer uma dama tão linda como a senhorita. Prazer, Edward Cullen a seu inteiro dispor - ele disse dando um beijo na minha mão enquanto eu ria.

– Eu ouvi uma dose de malicia nessa frase, sr. Cullen - eu disse divertida.

– Foi com a melhor das intenções, srta. Mikaelson - ele disse.

Todo mundo riu e eu abracei meu namorado.

– Eu estou perdoada por ter escondido isso de você? - eu perguntei a ele.

– Vou pensar no seu caso - disse ele sério, mas seus olhos dava pra ver que estava se divertindo. Cínico.

– Então Bella - começou Alice. - Quais são os nomes dos seus irmãos?

– Tem o mais velho, Finn, em seguida tem o Elijah, depois vem o Niklaus, depois a minha irmã Rebekah e meu irmão Kol.

– Aonde eles estão agora? - perguntou Carlisle.

– Não sei - eu fiz uma careta. - A última vez que os vi foi a uns anos atrás quando Klaus estava enfiando uma estaca no coração deles.

– Que horror - disse Esme. - Como ele teve coragem de fazer isso com a própria família?

– Klaus é doido - eu respondi. - Mas, ele faz isso porque ele acha que nós vamos abandonar ele na primeira oportunidade. Tá, tudo bem que eu fugi quando eu tive chance, mas, ele deve saber que a Bekah e Lijah nunca o abandonariam - eu fiz uma careta. - Eu acho.

– Ele matou a própria mãe - disse Esme escandalizada. - Quem faz isso?

– Eu teria feito isso se ele não tivesse chegado mais rápido - eu disse entediada.

– Bella! É sua mãe - disse Esme.

– Mãe? Aquilo não é mãe, Esme - eu respondi revoltada. - Se fosse você no lugar dela, o que teria feito?

– Eu teria me mudado daquele lugar e reconstruiria a minha vida ao lado dos meus filhos e do meu marido - respondeu ela com firmeza.

– Viu, era isso que ela devia ter feito - eu respondi. - Mas não, o que ela faz? Nos transformam em mostros sanguinários. Se ela realmente nos amasse, ela não teria feito isso.

– Você disse que o corpo dela foi preservado, não foi? - perguntou Carlisle. Eu assenti confirmando. - Então ela pode voltar se quiser?

Eu bufei.

– Eu acho bom ela não fazer isso - eu respondi. - Porque se ela o fizer, quem vai matá-la dessa vez sou eu.

– Você fala como se ela não tivesse sido uma boa mãe - Rosalie apontou.

– E não foi mesmo - eu grunhi com raiva. - Ela deixava o Mikael me bater.

– Seu pai? - Jasper perguntou com olhos arregalados.

– Não me lembre que aquele homem era o meu pai - senti meu rosto se transformando e rapidamente virei de costa saindo do abraço de Edward.

Lembranças amargas daquela época vieram a minha mente.

– Bella? - Esme me chamou delicadamente. Senti ela se aproximando. - Minha filha, está tudo bem com você? - sua mão pousou no meu ombro.

Meus olhos se encheram de água.

Esme e Carlisle só me conhecera a alguns meses e já me tinha como filha. Passei dezoito anos da minha vida com Esther e Mikael, e eles me tratavam com uma escória.

– Olha para gente, Bella - pediu Carlisle.

Eu fiz o que ele pediu. Todos prenderam a respiração quando viram o meu rosto .

– É assim que eu fico quando estou com raiva ou magoada ou quando estou me alimentando - eu disse um pouco receosa.

Então Esme me abraçou. Sabe aquele abraço gostoso que você só recebe de sua mãe? Poisé, era esse abraço que eu estava recebendo agora. Eu não controlava mais minhas lágrimas.

– Seja mais uma uma vez bem-vinda a família, minha filha - Carlisle disse colocando a mão no meu ombro.

– Obrigado, Carlisle - eu sussurrei e ele sorriu.

– É Belinha, agora você pode vir caçar com a gente. Podemos apostar corrida - e adivinha quem disse isso? Se você respondeu Emmett, Parabens! Você vai poder conhecer Damon Salvatore e vai ser transformada em vampira(o). Mentira tá, você não vai conhecer ninguém não.

– Falando em caça - começou Carlisle sem jeito. - Hã... Bella, eu posso te perguntar uma coisa?

– Claro, Carlisle - eu disse sorrindo já sabendo qual seria a pergunta.

– Como é a sua alimentação? - ele perguntou ansioso.

– Sangue humano, sangue de animal e comida normal - eu respondi tranquilamente.

– Você mata humanos? - Alice perguntou.

– Não, Alice. Eu me alimento de bolsas de sangue. Mas eu faço um equilíbrio entre sangue humano, sangue de animais e comida de humanos.

– Você não pode só se alimentar de sangues de animais? - Esme me perguntou.

– Poder eu posso, mas, o sangue animal diminue a minhas forças. E digamos que, muitos vampiros estão loucos pra ter a cebeça de um dos originais pendurada na sua sala de estar. E eu não posso dá chance, vai que eles conseguem - eu arregalei os olhos com se a ideia de um vampirozinho querendo a cabeça de original fosse assustadora. Mas meu sorriso irônico me denunciava.

– Então você não mata humanos? - Edward perguntou parecendo aliviado.

– Não, quando não precisa - eu respondi. Então me lembrei de uma coisa. - Amanhã vai fazer sol não é?

– Infelizmente - respondeu Alice emburrada. - Nem vou poder ir pra escola amanhã para poder mostrar o carro que eu ganhei do Edward.

– Espera só um segundo - eu disse e na minha velocidade vampírica fui até meu carro. Peguei uma pequena sacola no banco de trás e a uma sacola com umas roupas minhas já que eu irei dormir aqui e corri para dentro de casa. Coloquei a sacola na mesinha de centro. - Isso é pra vocês.

– O que é isso? -Alice perguntou animada.

– Abre - eu incentivei.

Ela pegou a sacola e abriu. Lá tinha vários aneis de Diamante Negro.

– Joias? - Rosalie perguntou descrente.

– Escolham um para cada um de vocês enquanto eu vou ali em cima e já volto.

– Bella... o que? - Edward perguntou confuso quando eu passei por ele como um furacão.

– Anda logo - eu gritei já no segundo andar.

Fui até o quarto da Esme e do Carlisle entrei e fechei a porta. Fechei os olhos proferi um feitiço. Sai e fui até o quarto da Rosalie e do Emm e fiz a mesma coisa. Repeti o gesto no quarto da Alice e do Jasper e no quarto do Edward aproveitando para deixar a sacola lá mesmo. Edward colocara uma cama em seu quarto para quando eu quisesse vim durmir aqui. desci e vi que eles tinham escolhido suas joias.

– Escolheram? - eu perguntei.

– Sim, sim - disse Alice mostrando um anel.
Eu sorri assentido.

– Perfeito. Edward. - eu me virei para meu lindo namorado.

Ele sorriu e mostrou o anel de lápis lazuli. Eu abri um enorme sorriso e o abracei.

– Ficou lindo - eu disse a ele.

– Mas pra que você mandou a gente escolher isso, Bella? - perguntou Alice analisando sua nova joia.

– Porque a partir de hoje esses anéis protegeram vocês do sol - eu anunciei e eles me olharam boquiabertos.

– Sério? - perguntou Rosalie e eu assenti.

Então Rosalie fez algo que me surpreendeu ela se levantou e me abraçou.

– Muito obrigada - ela sussurrou. - E me desculpe por ter falado aquilo com você.

– Tá tudo bem, Rose - eu disse acariciando seus cabelos. - Você só queria proteger sua família e eu entendo. Apesar de brigarmos pra caramba, eu não deixaria ninguém relar um dedo nos meus irmãos.

Ela se afastou sorrindo.

– Quer dizer que eu vou poder sair no sol? - perguntou Alice.

– Sim, Alice.

– Ótimo vou poder mostrar pra Jéssica, pra Angela e aquelas recalcadas o meu lindo carro.

– Do jeito que você é eu não duvido nada que esse carro é um Porshe turbo amarelo - eu disse sorrindo e todos me olharam espantados. - Ah não, Não me diga que seu carro é realmente esse?

– É sim, Bella - ela respondeu sorrindo.

– Tudo bem. E Alice, não chame a Angela de recalcada. Afinal, quanto mais velho nós somos, mais fortes seremos.

– A Angela é uma vampira também? - perguntou Carlisle espantado.

– Transformada a 500 anos e o Ben foi transformado a uns 473 anos - eu respondi.

– Só falta dizer que o Charlie é vampiro também - Edward falou irônico.

Eu comecei a assoviar.

– Sério, Bella? Não acredito.

– Culpada - eu falei sorrindo. - Ele é meu padrinho. E quando nós fomos transformados, eu contei toda a verdade para ele. E quando a mamãe morreu e o Mikael foi embora, ele pediu para ser transformado. Ele e a esposa dele.

– A Rennee? - perguntou Esme.

– Não. A Rennee tem só duzentos anos e o Phil, o marido dela, tem cento e vinte - eu falei. - Tô falando da Lilian. Minha madrinha.

– E o que você foi fazer lá em cima? - perguntou Alice.

– Uma vez o Edward me disse que por vocês serem vampiros, privacidade é slgo que vocês não tem aqui - eles se olharam desconfortaveis. - Por isso, eu coloquei em cada quarto, de cada casal, uma proteção. Enquanto a porta estiver fechada, ninguém do lado de fora vai poder escutar o que acontece lá dentro. Nem Edward poderá escutar seus pensamentos - eu sorri pra eles.

– Bella? - chamou Rose. - Você é a melhor.

Eu sorri.

– Obrigado, Rose. Por que vocês não verificam se o feitiço deu certo?

– Eu vou lá - Emmett falou animado e num segundo ele já estava lá.

Ficamos em silencio e nada. Já fazia cinco segundos que ele estava lá.

– Emmett, abre a porta agora - eu gritei e ele assim o fez. Quando ele abriu a porta o som do Kiss chegou até nós tão forte, que fizemos uma careta e tapamos os ouvidos.

– Chega Emmett - Esme falou a música parou. Num segundo, Emmett se justou a nós.

– Ótimo, o feitiço funciona - eu falei. Contra a minha vontade, o bocejo saiu da minha boca.

– Você está com sono - disse Edward. - Precisa dormir, amanhã temos aula. Quer subir?

– Claro - eu disse já sonolenta. - Boa noite, pessoal.

– Boa noite, Bella - disseram todos.

– Não vai fazer nada proibido, viu Bella - Emmett falou malicioso.

– Pode deixar, Emmy - eu disse sorrindo de canto. Ele riu. Desgraçado.

Subimos e entramos no quarto do Edward. Soltei um novo bocejo. Eu estava realmente estava cansada.

– Vou me trocar - eu disse.

– tudo bem.

Peguei a bolsa e fui até o banheiro. Escovei os dentes, tirei a maquiagem e a roupa. Coloquei um moletom vermelho e um short cinza. Arrumei tudo e saí.

Edward arregalou os olhos quando viu o meu short e seus olhos pararam nas minhas pernas.

– A visão tá boa, sr. Pervertido? - eu perguntei ironica. Joguei minha bolsa no sofá e deitei-me ao seu lado.

– Eu te amo, Bella - ele falou e o traidor do meu coração começou a disparar. Desgraçado.

– Eu te amo também, Edward - eu disse e o beijei.

– Durma, minha Bella - ele falou depois do beijo. Eu deitei em seu peito, aconchegando-me.

– Boa noite, Edward - eu falei.

– Boa noite, Bella -eu sussurrou e começou a cantarolar minha canção de ninar. Dormir em poucos segundos.