Era cedo naquela amanhã, tinha acordado com uma leve dor de cabeça, pediria a Quiron algum remédio mas tarde. Foi tomar um banho, a água quente do chuveiro era relaxante,em quanto se banhava,ficou pensando nos semideuses que vieram no dia anterior, não deram muitos detalhes, mas todas tinham algo incomum, não sabiam como foram parar no chalé 69. Os semideuses ficavam com essas coisas na cabeça e não prestavam atenção em suas aulas, eles poderiam perder a cabeça (literalmente) com isso, tinha que resolver essa caso o mas rápido possível. Desligou o chuveiro e começou a se secar.

Quando voltou para o quarto foi direto para o seu armário, onde colocou algumas roupas que tinha comprado. Como teria de entrar na floresta colocou uma roupa simples que uma pessoa usaria para caminhar, uma blusa preta de linho, por cima um moletom cinza com branco, uma calça legging, calçando um All Star. Como seu cabelo estava molhado, secou como podia com a toalha depois o penteou e amarrou em um rabo de cavalo baixo. Antes de sair do quarto pegou seu anel, que era seu arsenal.

Quando chegou a varanda, poucos semideuses tinham acordado, tinha alguns filhos de Atena e de Ares e alguns novos que não conhecia. Foi andando calmamente para dentro do refeitório pegou seu café da manhã, oferecendo a metade na fogueira para sua mãe e foi para a mesa onde Quiron e Dionísio estavam sentados.

– Bom dia – cumprimentou

– Bom dia Silene – cumprimentou Quiron de bom humor

– Bom só se for para você – disse Dionísio mal humorado. Silene deu um riso disfarçado, o deus não mudava nunca.

– Você parece de bom humor Silene – disse Quiron iniciando uma agradável conversa

– Hoje irei falar com alguns filhos de Hermes, parece que andaram aprontando novamente – disse Silene começando a comer meu pão.

– O que eles fizeram dessa vez? – perguntou dando um suspiro

– Não se preocupe, eu resolverei o caso – respondeu o tranqüilizando – No momento não sei muito que eles fizeram, mas em breve saberei – disse Silene dando um sorriso que iniciaria todo o caso.

***

Depois de um tempo os semideuses foram acordando, saindo dos seus respectivos chalés e indo para o refeitório, Silene ficou observando a mesa de Hermes, eles eram muito animados e conversavam bastante, passou seus olhos pela mesa, tentando achar algum semideus que pudesse lhe dizer o que precisava saber, os Stoll não iriam ceder fácil mas algum outro sim,mas tinha que ter cuidado com os novatos,conhecia alguns,mas os ostros não,teria que tomar cuidado quando escolhe-se abordar um deles. Desviou seu olhar para que eles não apegassem os vigiando, antes do café da manhã acabar, já tinha uma pessoa em mente, ele cederia rápido, só precisava a ferramenta certa.

Quando o semideus que escolheu saiu da mesa de Hermes logo o seguiu, se despediu de Quiron, dizendo que precisava começar seu trabalho. Jonathan Sidney tinha chegado há pouco tempo no acampamento, ainda não estava muito sobre a influência dos irmãos Stoll, seria fácil fazê-lo abrir a boca. Tomou cuidado em quanto o seguia nos campos de morango, ele andava muito relaxado, como se não tivesse nada para se preocupar.

Silene usou seu anel para invocar uma adaga, que foi parar na sua cocha amarrada do jeito que colocaria e chamou também uma espada de ferro estige, que era seu espólio de guerra, de quando foi em missão suicida, por pouco seus companheiros não morreram naquele dia. Pegou a adaga e lançou para perto do semideus, o mesmo parou de andar assustado, olhava fixamente para aquela adaga. Silene chegou por trás, desembainhado a espada.

– Vire-se! – ordenou Silene, o garoto virou e a encarou, sua expressão era puro medo. Silene apontou sua espada para a garganta do garoto – Talvez você não me conheça, sou Silene, dou conselhos aos desesperados, tenho uma pergunta a fazer e você vai me responder com sinceridade. O que os irmãos Stoll andam aprontando?

***

Silene caminhava rapidamente para a arena, onde sabia que os Stoll estavam treinando, eles podiam fazer qualquer coisa, que não teria nenhum problema, chamar atenção deles, dar um pequeno susto e estaria resolvido, mas passar dos limites daquele jeito foi demais. O susto que eles iriam levar fariam eles ir à loucura, só Dionísio poderia ajudá-los.

Chegou à porta da arena, procurava os irmãos olhando para todo lado, quando finalmente bateu os olhos neles deu um pequeno sorriso,alguns semideuses que passavam saíram correndo quando viram sua expressão.

– STOLL’S! – gritou Silene assustando vários semideuses na arena, os dois filhos de Hermes olharam para sua direção com um sorriso amarelo. – Tem cinco minutos para voltarem ao seu chalé.

Ficou esperando os garotos chegarem, mandou todos os que estavam no chalé para fora, em quanto isso tentou achar o que tanto fez as meninas irem parar no chalé 69 mas por fim desistiu,faria os irmãos Stoll entregarem para ela. Em cinco minutos eles chegaram, olharam para ela sentada em uma cama de frente para eles.

– Me expliquem essa história de flor de lótus – pediu Silene com um olhar assustador – Lembra que acorrentei um ceifador de Thanatos então nem tente fugir – disse Silene encarando os dois.

– Podemos explicar! – disseram os dois juntos

– Assim espero – falou Silene ainda com a expressão seria – Como as conseguiram? – os dois se entre olharam mas não falaram nada. Silene sabia que eles não iam delatar ninguém, mas havia uma maneira deles falaram.

Pegou sua espada e ficou olhando para ela e para os irmãos.

– Posso fazer muitas coisas dolorosas com essa espada em vocês até conseguir o que eu quero, então ou falam ou vamos partir para a tortura – eles respiraram fundo mas não falaram nada – Okay – olhou para o Connor Stoll e fez ele lembrar das suas piores lembranças e as mais embaraçosas – Vai me dizer agora Connor Stoll? – o filho de Hermes caiu de joelhos no chão, estava envergonhado por ter lembrado daquelas coisas.

– Foi..

– Não Connor! – impediu Travis Stoll

– Travis olha para mim – mandou Silene, seus olhos se encontraram o mesmo que fez com Connor fez com o Travis, mas fez algo mais, mostrou sua vida como um mero semideus, que nunca fez pegadinha na vida, viveu uma vida normal.

– Nãooooo! Eu falo, mas por favor para! – implorou o semideus.

– Que bom que concordou em me dizer por livre espontânea vontade – disse Silene com um sorriso vitorioso no rosto – Para que as flores de lótus? E como conseguiram? – perguntou

– Os semideuses andavam meio deprimidos, demos uma festa escondidos e distribuímos as flores de lótus – respondeu Travis

– E quem deu as flores, vocês não conseguiriam sozinhos – quis saber Silene

– A filha de Momo nos deu – disse Connor

– Larissa? – perguntou Silene confusa

– Não – respondeu Connor

– Á irmã dela – respondeu Travis