Fractais escrita por Prih


Capítulo 8
Desgelo


Notas iniciais do capítulo

Ola gente! EBA finalmente o cap saiu( e vcs pensaram que eu tinha abandonado a fic né?)
Pois é assim... sinto muito pelo hiato, acabou que cada final de semana surgia alguma atividade para fazer, não só as escolares, mas também os da minha vida social hehehe!
meu lindos leitores, eu amei seus comentários, muito obrigada pelo incentivo, desculpa não tê-los respondido mais rápido. eu quero dizer que a unica, Repito, A unica coisa que me faz durmir só menos de 6 horas por dias a fio escrevendo fanfic são seus comentario, então você que esta acompanhado essa fic e não quer que ela pare comente... sem falta(vc realmente nao tem ideia do que eu passo para escreve-la)



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Área dos Gêiser, 2016

一 Olha! Apareceu logo depois do animal sumir.

Extasiado Jack ergueu a cabeça para enxergar as letras mágicas flutuavam no teto que dizia:

“Cor glaciem

Anima Crstallum

Frigore tutus, nunc fata

Quod autem de partibus corporis vestri,

reperio in aeternum

Dum aliud solvere poterat, ista maledictio.”

一 A maldição.

一 O que isso quer dizer? – Bunny perguntou ao Sand, que respondeu com um ponto de exclamação sobre a cabeça seguida de uma série de figuras que de tão rápidas não era possível identificar ao certo o que ele queria dizer.

一 Eu sei o que está escrito. – O parrudo logo traduziu para todos. Sua vida de fanfarrão dos tempos antigos veio a calhar, seu latim não podia ser dos melhores, contudo servia.

“Coração de gelo.

Alma de cristal.

O frio que a salva, seja agora perdição.

Que as frações de seu coração encontrem a eternidade,

até que outro poder desfaça essa maldição”

一 Essa é a prisão do matador de dragão. – North completou

一 Está me dizendo que... – O coelho franziu o cenho e apontou o dedo para a belíssima escultura. – Ela é o Matador de dragão?

一 Provavelmente. – North apalpou a barba.

Jack mal pode disfarçar seu espanto. O olhar do garoto oscilava entre as letras mágicas, os guardiões e a garota congelada. Até finalmente desistir de compreender essa loucura deixando se fixar na garota, fazendo uma indagação que martelava sua mente:

一 Ela está... viva?

Grandalhão deu com ombros, em resposta. Podia estar viva em uma espécie de encanto da bela adormecida ou morta pela maldição.

Um turbilhão de pensamentos fervilhava os miolos do rapaz alvo. Quem ela era? como viveu? Qual era seu nome? O que gostava de fazer? O menino mal foi capaz de acompanhar a turbulência que seus pensamentos faziam. Sentiu o desejo ainda maior de tocá-la, porém saber que ela estava viva, mesmo em uma forma de escultura de gelo, o inibia.

一 Uma garota! Finalmente mais uma garota para se juntar aos guardiões! – A fada deixou escapar seu entusiasmo.

Finalmente outra garota se juntaria a turma dos guardiões. E logo quem matou o dragão. O time das mulheres não seria mais tão pequeno. Ela não seria mais tão isolada. Sempre cercada daqueles parrudos bárbaros. Eram ótimos amigos, mas não podia conversas coisas de garotas e acabava deixada de lado a maioria das vezes. Sempre houve momentos em que conversar com uma garota seria tão reconfortante.

Já começou a cogitar todas as coisas que poderia conversar com sua nova amiga. Começariam falando sobre o assunto mais afável à fada, dentes. Os incisivo laterais os molares e os pré-molares. A fada decidiu que seria sua instrutora dos novos aparelhos de limpeza odontológicos. Tentou imaginar em outros assuntos, sobre as lutas que teve com Pich, sobre seu palácio dos dentes, sobre os outros guardiões, contudo sempre terminava no mesmo ponto dos dentes.

一E... Como faremos... – Jack rompera os pensamentos frenético de Toothiana. – para... – Ele só não conseguiu concluir a frase, apontou para a garota congelada.

一 Não sei. – O Gordo Russo cruzou os braços tombou o corpo à direção do menino. – Me diga você, tudo indica que você é o destinado a quebrar essa maldição.

一 Eu? mas eu não...

一 North está certo. Você trousse a todos até aqui Jack, sem dúvida, é o mais indicado. – Ela disse tocando levemente seu ombro esquerdo.

Jack sentiu seus ombros pesarem e não era pelo toque suave da fada, sobretudo o peso da responsabilidade de salvar a garota. Ele nem imaginava o que deveria fazer ou se era capaz, de algum dia, libertá-la da maldição. E se ele nunca conseguisse liberta-la. E se ela ficasse eternamente fossilizada. Não. Isso definitivamente não aconteceria, Jack se decidira que faria de tudo para salva-la.

Apertou seu cajado de madeira, direcionou o olhar convicto ao esplendor de cristal. Talvez uma rajada de gelo, ou uma suave rajada de gelo, seria o suficiente.

Até que outro poder desfaça essa maldição”.

Por conta dessa frase Jack decidiu usar sua magia, uma brisa, poderia ser o suficiente. Liberou-a Brisa que emanava das fendas brilhantes de seu cajado de madeira. A Magia durou alguns segundos, O menino esperava que fosse suficiente, entretanto para seu pesar nem um sinal de mudanças. Para certificar até a tocou com o cajado, tracejado seu usual arabesco de gelo que correu de seu ombro esquerdo, onde era tocado, aos braços e pescoço. Jack sentiu-se demasiadamente constrangido, soltou-a no mesmo instante, por sorte seu estado atual não lhe permitia corar, pois certamente estaria igual a um pimentão.

一Hey moleque! – Bunny cruzou os braços. – Isso é o máximo que consegue? Nem parece a mesma pessoa que fez a nevasca de 68, naquele domingo de páscoa.

一 Não me desafie coelhão que eu posso congelar suas patinhas. – Soltou então um sorriso maroto, girou o cajado que transluzia um brilho cerúleo, fazendo cair uma grande quantidade de neve sobre todo o salão.

Apesar de todo seu poder emitido, fracassou novamente, a culpa desabou sobre sua mente.

Manny, o homenzinho dourado, que observava tudo, resolveu manifestar sua opinião. Puxou a barra da calça de North para ter sua atenção e em seguida criou a imagem de um abajur*¹.

一 Ha! Bem que eu vi que essa história era familiar. – O grandalhão finalmente esboçou um pouco de humor.

一 Hum.. Nightlight? Realmente tem muita semelhança. – A fada disse com um pesar em sua voz. – Mas e se Jack se transformar em humano como ele?

一 Jack já é humano. – O coelhão demonstrou uma marra maior que a habitual.

一 Hey, espera ai. Quem é esse Nightlight? O que aconteceu com ele? – O menino nevado irritou-se por ser o único que não entendia o que estava acontecendo.

一O Nightlight era um guardião assim como nós. – A fada começou a explicar. – Foi um dos primeiros, era o guardião do homem na lua. – Respirou fundo e fitou Jack. – Você se parece muito com ele.

一 Ele “era”, o que aconteceu?

一 Na época havia uma humana entre nós, a Katherine. – North soltou um sorriso ao se lembrar da doçura daquela menina. – Ela escrevia as nossas histórias, e sempre contava histórias, era uma boa menina.

一 Certa vez. – A fada continuou. – Pitch a enfeitiçou com seus pesadelos e ela caiu em sono eterno.

一 E o que aconteceu com ela? – O menino amava uma boa história, principalmente de um antigo guardião que parecia tanto com ele.

一 Bom... Tentamos de tudo para salva-la, mas nada do que fizemos adiantou. – North engoliu seco, só com a lembrança do ocorrido com sua amiga. – Mas Nightlight, consegui a despertar do sono.

一 Como?

一Com "beijo de boa noite". – North se divertiu com a expressão de assombro do menino.

一 É isso Beija-la é a chave. – Concluiu Bunny, segurando a gargalhada com as patas depois de presenciar o olhar fulminante que frost derá a ele.

一 Vocês não estão pensando...? – O menino de olhos esbugalhados e suas sobrancelhas totalmente arqueadas, apertou seu cajado determinado a não fazer aquilo.

Manny sorriu satisfeito, criou sobre seu coro cabeludo um chapéu duas abas, pontiagudo na frente e completando com uma pena volumosa, iguais aos dos príncipes antigos. Tirou-­o de sua cabeça afirmou em entre seus dedinhos e contraiu seus lábios formando um bico exagerado.

一 Nem pensar! – gritou. – Podem tirar essa idéia da cabeça de vocês. Eu não vou beija-la – O Menino cruzou os braços determinado em sua idéia de “não beijos”.

一É só um beijo garoto – Bunny não banalizava os beijos, ele os levava muito a sério, mas ele já estava de saco cheio de tudo que tinha passado desde falar com o rato de esgoto, perseguir luzes imaginarias, monstros reluzente, ele só queria um pouco de sanidade e sua toca quentinha.*²

一 Eu não vou fazer isso.

一 Seja coerente Jack é só possibilidade...

一 A maldição não diz nada sobre beijos. Nightlight fez isso e não eu.­ – enfatizou o “Nightlight” e “eu”.

一 Não tenho o dia todo, há milhares de brinquedos para concluir até o natal. – O grandalhão virou as costas pisando alto. – Quando decidir fazer algo que funcione eu volto. Vamos embora.

一 Mas o Jack... – A fada intercedeu.

一 Deixe­ ele. – Bunny bateu a pata no chão abrindo seu túnel. – Vamos Tooth, ficar aqui não resolverá nada. – Antes que o coelho pulasse no buraco foi detido por North, que o segurou o pelas orelhas.

一 O que?! North me largue. – O coelho debatia. – Elas são sensíveis.

一 Você vem comigo. E você... – O russo apontou o indicador para o menino birrento. – Não saia daqui até quebrar essa maldição. – Partiu e carregando o coelho em meio aos protestos e suplicas pelas orelhas sensíveis.

一 Agora estou de castigo?

一 Boa sorte Jack. – Fazendo um gesto de adeus a fada seguiu a dupla. Até mesmo Sand subiu em sua nuvem de areia. Despediu­-se com um rosto iluminado por um generoso sorriso.

Logo ele se deparou com a sala vazia. Toda essa história de maldição, magia, luzes dançantes e camundongos de barbantes, já estava expirando a pouca paciência que juntará. Na maldição não havia nada sobre beijo, era sobre poder. E o garoto se convencera disso. Não a beijaria, ao invés disso pensou em fazer algo que não havia tentado antes. O guardião da diversão preparou uma bola de neve, aplicando sua magia da diversão na bola e a lançou. Acertando diretamente no rosto da menina. Foi inevitável segurar a risada à situação, cabeça dela era um alvo, porém o sorriso desapareceu de seu rosto ao perceber que nada mudou.

一 Talvez, mais poder.

Começou a mandar todo poder de gelo que seu cajado poderia conduzir. Em alguns segundos a sala já estava repleta de neve e gelo. Mas a magnífica continuava da mesma forma, não se movera nem um centímetro, nem mesmo um arranhão foi causado por maior que fosse a nevasca.

一 O que você é?­ – O menino disse arfando. –­ Um demônio?

Jack, desanimado, apoiou a cabeça em seu cajado. Estudava a postura onipotente, a cabeça levemente inclinada para cima, como se desafiasse alguém no céu, sua mão direita retraída sobre os seios e a esquerda solta próxima a cintura. Sua beleza excedia a de todas as mulheres que essa terra já sustentou. Não era um demônio deformado. Puniu-se mentalmente por julgá-la igual a um. O olhar impetuoso envolto em um congelamento eterno. A mesma curiosidade que sussurrou nos ouvidos de Jack, voltava a falar mais alto em sua consciência. Ela emanava mistérios por aquele olhar cristalizado. Como um oceano congelado, de aparência calma, mas, em suas profundezas, sepulta a turbulência de uma tempestade, esperando pacientemente para ser liberta. Jack começou a se sentir coagido por aquele olhar, pela postura majestosa, uma posse de monarca. como uma Rainha.

一 Para onde está olhando?­ - Tentou de alguma maneira mudar seu foco.

Flutuando girou o corpo a procura de algum sinal no teto. Mas nada além das letras mágicas que começaram a desaparecer. Soltou o ar dos pulmões deixando a responsabilidade afundar-lhe os ombros. Não estava preparado para tal tarefa diferente da vez em que foi convocado para ser guardião contra vontade, o desejo de ajudar a garota batia forte em seu peito.

一 O que eu devo fazer?

Com os pés firmes sobre o piso áspero, passava a mão na nuca, já não tinha mais o que fazer. Começou a ceder a ideia de que o beijo a salvaria. “Vamos lá só, um beijo não pode me matar.” Tentou se convencer. Olhou para todos os lados certificando que estava realmente só. Somente depois de confirmar tomou a iniciativa, aproximou­-se da Donzela. Quando estava a um palmo de distância percebeu, para sua tristeza, que ela era um centímetro mais alta. Outra humilhação, até onde ela poderia ser tão surpreendente? Chacoalhou a cabeça se livrando de qualquer outro pensamento. Agora flutuando, para ficar a sua altura, fechou os olhos, sua respiração ficou estranhamente descompassada. Apoiou­-se segurando ao ombro dela, realmente era fria como uma pedra de gelo.

“ Não tem segredo é só tocar a boca dela.” com esse pensamento o fez engolir seco. Já estava a menos de dois dedos de distância. Brecou antes de tocar os lábios, pois sentiu, que por debaixo de sua mão, algo esquentava, afastou­-se para averiguar. Espantado notou que onde tocou derreteu em uma velocidade assustadoramente rápida. O degelo percorreu o ombro e desceu pelo braço, também ocorria por todas as outras partes do corpo. Um mar que despertava após o fim da sua Era glacial, a donzela soltou o corpo. A pele dela era branca e à medida que o gelo derretia, mais de seus mistérios eram revelados. Jack assistia sua roupa, esfarrapada e de um tecido leve, balançar livremente. Até finalmente o rosto libertar, a boca era de um vermelho sangue, os fios de cabelos loiros platinados e os olhos de um azul mágico. Sem perceber ele já estava boquiaberto. Aquela criatura possuía a beleza maior que a de um anjo. Nascida da mais pura formosura e banhada com o óleo da imponência.

Os olhos delas pesaram seu corpo ficou sem sustentação pendia em uma queda. O Rapaz apressou para ampará-la antes de encontrar o chão. O seu corpo cheio de hematomas e seu cansaço eram evidentes. Ela ergueu a cabeça para encara a quem pertenciam àquelas mãos gélidas. Os olhos dos dois se encontraram. Os segundos seguidos daquele olhar foram eternos. Até que Jack tomou consciência de um detalhe óbvio.

一 Você pode me ver?


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Notas finais do capítulo

1 NightLight significa abajur em inglês, sacou o trocadilho.

2 E eu também Coelhão. JACK Beije logo a moça.


Gente!! To com dois projetos bem bacanas. De Mericcup( acho que tenho complexo de casais Disney-Dreamwork) e uma Songfic da música A the tale of Six trillion year and night.(Yes baby Vocaloid!)
Mas realmente acho que não vai passar de processos por isso quem se interessar, por favor, entre em contato comigo pelas MP .]
Curiosidade
Para quem não sabe, especulasse que o filme Frozen foi baseado no conto “A rainha da neve” estrito por Hans Christian Anderson em 1985. outros filmes da disney, como a pequena sereia, também foi baseada no livro. ( mas o desfecho é bem diferente e eu sinceramente prefiro a original.)
Bem eu tive curiosidade de ler conto... e bem não tem nada a ver... ou + - por que tipo assimm... tem relação de amor entre irmãos, guerras contra o medo, congelamento de pessoas... enfim a única diferença é os contextos( tem um espelho criado pot satanás... tipo é muita viagem)
Link para acessar o livro do conto: http://issuu.com/letrias/docs/livro_43_contos_hans_c_andersen