Fractais escrita por Prih


Capítulo 7
Maldição


Notas iniciais do capítulo

Yo mina-san, pois é né demorei a postar esse cap, mas pelo menos ta enorme né.
Eu sei galera todo mundo tava afim de ver os dois junto, eu também, meu problema é que eu me empolgo quando escreve, e olha que eu tento enxugar os caps enormer( teve vezes de apagar um parágrafo todo para encurtar a historia)
Bem tenho duas noticias para você, uma boa e uma ruim. Contarei a ruim como voltei a estudar meus post ficaram comprometidos a apartir de agora, a noticia Boa é que acreditava que seriam 7 matérias, nesse semestre, mas será somente 6(ainda bem né) porém continuarei a ter aulas no sábado XD....



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Polo norte, 2016.

Novamente estavam todos dentro do trenó. North parecia mais vermelho que o habitual sua preocupação em abandonar a fabrica de brinquedo há poucas semanas para o natal era latente. Coelhão de olhos fechados segurando a madeira com suas garras pequenas, toothiana voava ao lado do trenó, Sand aproveita a carona com um sorriso discreto no rosto, Jack estava muito ansioso para se divertir com a velocidade que o trenó alcançava, imaginava como deveria ser esse extraordinário humano, deveria ter quase dois metros de altura, cheios de músculos e cicatrizes por todo o corpo. Conversar com um homem que matou o dragão seria empolgante.

Encontrar um matador de dragão ou um de seus descendentes era o mínimo que esperavam encontrar. Apesar de serem imortais os guardiões ainda possuíam a vaga noção, de tempo, três séculos para o mundo mortal é mais que suficiente para criar varias gerações. O rato alertou que o último matador poderia, não somente, estar vivo como também envolto a uma maldição. Mesmo sendo palavras de Ikun, North aderiu à possibilidade, por isso exigiu certas precauções. Jamais deveriam se separa, acontecesse o que fosse, deveriam ficar juntos.

Noruega é um país com quase de 330 000 km² de área costeira, isso sem contar lagos e rios. Seria muito mais difícil encontrar-lo, se o rato não informasse a que região se tratava a memória.

O Monte Elsa, segundo uma lenda da região, há muitos anos uma bondosa rainha viveu nessas terras, mas foi atingida por uma doença e quando morreu as pessoas a enterraram na montanha mais alta da região, com uma vista de seu reino, para que pudesse cuidar seus amados súditos por toda a eternidade. As pessoas juram, por suas vidas, que a rainha anda pelas florestas e quem a encontra poderá realizar um desejo. Contudo isso não passa de uma lenda da região.

Noruega, 2016.

Todos desceram do trenó, Bunny poderia beijar o chão assim que suas patas tocaram a terra firme. Muito próximo a montanha existia uma bela cidade, com o nome de Arendelle e, apesar de fortes influência da modernidade, ainda guardava seus traços medievais: casas de pedras com telhados de duas águas, uma charmosa avenida de pedra que começava na entrada do frondoso castelo que era tombado como patrimônio histórico. O castelo foi o primeiro lugar que os guardiões decidiram procura. Um dia lugar onde hospedava reis e rainhas, agora era um grande museu.

As vantagens de ser invisíveis aos olhos dos descrentes era poder entrar e sair onde bem entendessem sem chamar atenção, se bem que um com um time que competia por tudo, até com quem encontrasse primeiras pistas do matador de dragão, seria um tanto difícil passar completamente despercebidos. Jack apreciava a vista. Já entrou em vários castelos, mas aquele tinha alguma coisa em especial, algo diferente, como se fosse mágico. Encantado. Não chegou a comentar com ninguém, talvez fosse loucura demais para verbalizar suas idéias.

一 Espera. – Jack disse do corredor antes de entrar no quarto em que todos estavam. – Como faremos para que o matador de dragão nos enxergue? – Apesar de ser algo obvio ninguém pensou na possibilidade de serem invisíveis ao guerreiro também.

一 É simples. – North disse depois de pensar um pouco. – Se ele não nos enxergar, nós o colocaremos em um saco e o jogaremos no portal dimensional. Isso funcionou com você.

一 Ha! – O menino jogou um riso sarcástico enquanto brincava com seu cajado, passando ele de uma mão a outra. – Claro! Depois ele destruir a todo o lugar. – girou o cajado apontando para o redor.

一 Eu o seguro, si ele enlouquecer. – O Coelhão já ficou em pé sobre as pernas traseiras, mostrando uma postura de lutador. – Ou sugere outra ideia?

一 Deixem a parte da crença comigo, minha ideia tem menos estragos que a suas. – segurando o cajado em uma das mão balançou e mostrou como pretendia utilizar a sua magia de neve, assim como fez com Jaime.

Procuram por todo o castelo, mas nada. Cômodo a cômodo vistoriavam nenhuma pista, os séculos forma capazes de apagar qualquer vestígio do herói. Nos cômodos em que era permitida aos visitantes a entrada, foram alterados com novas tapeçarias e moveis. Talvez isso tenha dificultado a procura.

一 Aqui não tem nada. – Bunny exasperado dizia depois de revirar o 28º quarto.

一 Talvez devêssemos procurar em outro lugar, onde sugere Sand? – A fada olhou para o homenzinho dourado.

Sand criou sobre a cabeça varias arvores pequenas.

一 É. – Disse Jack dando com os ombros. – A floresta não seria uma má ideia.

North permanecia extremamente quieto. Pensativo. Nem parecia estar com os guardiões. Todos cogitaram que poderia ser seu estresse à prévia do natal e o medo de ouvir xingamento ao perguntar não permitia que eles aplacassem essa dúvida.

Jack foi o primeiro a encontra a porta que dos fundos do castelo. Uma saída de emergência, evasiva para a nobreza, se o castelo fosse pego em guerra. A porta dava de fundo ao fiorde, Exatamente onde deveria ter um navio esperando os reis para fugirem as pressas. Do outro lado a floresta que, apesar dos vários séculos, permanecia intacta. As arvores tronaram frondosas centenárias. Os anos poderiam ser cruéis com humanos, mas não às arvores, isso somente servia para provar a força.

Uma luzinha azul, perto do leito do outro lado do fiorde, chamou a atenção do menino nevado. Ela bailava entre as arvores. Sentiu-se atraído. Podia ouvi-la dizer “vem”. Piscou e esfregou os olhos tentando tirar deles qualquer engano, mas ela permanecia lá. Levantou Vôo, assustando seus amigos, que permaneceram no outro lado da margem, por alguns segundos. Logo levantaram vôo e juntara-se ao menino. A Fada carregava Bunny e North sentado em uma nuvem de areia dourada. Rapidamente chegaram do outro lado da margem.

A fada tentou repreender o menino, por ter saído sem avisar, mas ele se quer deu atenção a ela. Outra esfera translúcida azulada bailou na frente do alvo. A intrigante luz o chamava e a curiosidade lhe foi de mais valia que o medo, estendeu a mão para tocá-la e ao fazer, a luz desapareceu reaparecendo mais distante. Parecia querer brincar, com insistência, chamava para mais profundo da floresta.

一 ...Jack, o que esta fazendo, devemos ficar juntos! - Concluiu a fada.

一 Vocês não vêem? – Apontou com o cajado para uma das luzes.

一 Ver, o que? – Bunny já saltou para perto do rapaz. – Não tem nada ai, além da floresta.

一 Elas querem que eu às sigam. – Sand e North se entreolharam, pareceram compreender do que se tratava - Vamos lá, vai ser divertido. – Deixou um sorriso de canto, estampar seu rosto. Não sentia medo e flutuando acima da trilha colocou-se a segui-las.

一 Luzes do destino? – sussurrou North finalmente demonstrado sua presença entre os guardiões.

Sand concordou com a cabeça e seguiu o menino que voava muito depressa.

As luzes do destino são como espreitar por de trás de uma cortina, uma imagem turva e desenforme. Elas são à fenda da cortina, os minúsculos buracos por onde a visão se espreme para aguçar a curiosidade do destinado e leva-lo ao seu chamado. Elas eram capazes de iluminar o caminho do menino, pois somente ele as via. North e Sandman eram os únicos que entendiam esse significado.

A longa trilha terminou perto de uma estranha formação rochosas, cheia de gêiseres e aquecida por uma fenda vulcânica inativa. O rapaz continuou a procurar algum sinal das luzes, mas elas sumiram. Assustou-se quando o homenzinho dourado repuxou a barra de sua calça.

一Sand?! As luzes sumiram. – Apertou seu cajado fortemente com suas duas mão.

O guardião dos sonhos apontou para um canto onde uma enorme porta de cristal, literalmente, brotou entre as pedras redondas. Liza e azulada com belíssimos adereços de flocos de neves na porta. Os dois se aproximaram, Sand esticou um dos bracinhos e ao tocá-lo recuou sobressaltado.

一O que foi? – Jack, que flutuava ao seu lado, indagou.

Sand olhou para ele logo em seguida à sua mão, então indicou que o menino tocasse a porta. E assim o fez. Tocou. Piscou algumas vezes processando o que acabara de sentir. Era fria, fria demais para ser somente cristal.

一É... Gelo? – maravilhado olhava sua mão que ainda estava apoiada-a porta.

A curiosidade embaralhou a mente de Jack. Queria saber o que aquela porta escondida, o que de tão mágico acontecia naquele lugar. O matador de dragão poderia esperar. Empregou um pouco de forca empurrando-a. Uma brisa suave, correu de dentro da escuridão e tocou dois guardiões delicadamente brincando com os seus cabelos.

一 Esperem! - Fada grito tentando tomar fôlego, assim que chegou da corrida. – Isso deve ser uma armadilha!

一 Saiam de perto dessa porta! – Coelhão apareceu saltando de uma moita.

North logo atrás apareceu arfando.

一 Ah! Por favor? Sou um guardião, sei muito bem me defender.

一 É melhor sair de perto da porta – Bunny sustentou todo o seu peso sobre nas patas traseira. – Não seja tão inconsequente moleque.

一 Ha! – O nevado cruzou os braços frente ao peito – Vem me parar então... Canguru. – Instigou já preparando seu cajado pronto para um luta.

一 Não duvide disso – Puxou sua dupla de bumerangues

一 Eu irei à frente – O sotaque russo se destacou em meio à discutição.

O grandalhão atravessou, sem nenhum humor em seu semblante, calando a todos. Dentro da misteriosa câmara, a luminosidade era escassa, mas ainda podia se identificar o enorme salão circular e ao centro algo cintilava sutilmente refletindo o pouco raio de luz, um vulto de cristal.

Cautelosamente um após o outro entraram no recinto e avançavam com atenção redobrada. O velhão liderava, quando bateu contra algo, uma parede invisível. Tateou a sua frente era uma parede, os outros também deram de cara.

一 O que é isso? – A fada tateava a parede invisível.

一 Talvez uma proteção. – Sugeriu o parrudo apalpando sua enorme barba branca.

一 Proteção? – Jack continuava a flutuar. Girou o corpo quando ultrapassou todos para verificar o porquê de todos pararem.

一 Você passou... – Balbuciou ela.

一 Passei pelo que? – O alvo desvencilhou seu sorriso costumeiro.

一 Isso é uma armadilha. – O orelhudo concluiu. –– Volte para cá Jack!

O rapaz arregalou os olhos encarou todos que estavam estranhamente bloqueados. Vendo o coelhão com os bumerangues nas patas, Toothiana com as mãos próximas ao corpo, North carrancudo não demonstrava nenhuma emoção e Sandman permanecia com um sorriso cálido em seu rosto, então o pequeno acenou par que prossegui-se. Jack aguardou também a autorização de North, o que lhe foi concedido.

Rápido como uma lebre voou ao centro. Não se importou com os berros insistentes do coelho. O Rapaz só queria descobrir o porquê de tudo aquilo.

Aproximou um pouco mais um vento quente soprou sua face o fazendo parar. A sua frente uma criatura feita de luz surgiu. Um animal translúcido de quatro patas com enormes galhadas em cabeça. Bateu a pata no chão e inclinou a cabeça para frete. Galopou em disparada queria acertar o garoto. Que quase sem ação, apontou o cajado e inutilmente jogou seu poder tentando deter, porém o poder atravessou a luz. O Enorme quadrúpede surpreendentemente não acertou o garoto, somente o transpassou, Jack permaneceu imóvel, somente girou o rosto para o centro onde se encontrava a escultura. A fada gritava com todo pulmão, chamando seu amigo. Isso atraiu a atenção da enorme rena translúcida, que correu em direção ao grupo. E como ocorrido com Jack, o quadrúpede só os atravessou sem nada mais acontecer.

O Animal mágico caminhou para a saída, virou-se e, mesmo sem traços em seu focinho, era possível senti-lo sorrir. Saltitou algumas vezes e desapareceu e junto com ele a proteção invisível.

Jack estático vislumbrava a escultura em cristal. Um traçado delicado desenhava uma silhueta encantadora, uma mão solta próxima ao quadril a outra retraída junto ao peito, o vestido surrado que usava não era digno de tal graciosidade de cristal. Passo após outro o jovem aperfeiçoava sua visão, àquela distância, podia ver os cabelos ainda presos em dois ou três nós de trança, os fios em um emaranhado levemente bagunçado. Até que finalmente pode vislumbra a face angelical, os suaves contornos das sobrancelhas que sediam espaços para o nariz perfeitamente traçado entre as maçãs de seu rosto, seu olhar majestoso eternamente desafiando os céus e a boca carnuda concluía a mulher mais linda que esse mundo já vira. As obras de Michelangelo eram seres desformados, comparados a ela, as pinturas de Leonardo Da Vinci contorciam de inveja perante ela e todas as formas de retratação de beleza eram meras gotas desprezadas pelo tempo comparadas ao mar absoluto de do ápice da sua perfeição.

Ela transmitia dois sentimentos difusos e intensos para Jack, eram eles ternura e aflição. Ela parecia realmente estar viva.

Ele necessitava tocá-la, necessitava sentir a pele de cristal. Sua mão direita, inconscientemente, ergueu-se e aproximou mais, ficando centímetros da bochecha da estatueta.

一 Jack! – O jovem saltou para o lado. – Não me escutou chamar? - A fada observava preocupada.

O garoto olhou a amiga, que não parecia mais tão bela como antes, a beleza distinta da escultura apagou por inteiro todas as outras belezas que Jack já havia conhecido. A fada flutuava a meio palmo do chão os outros guardiões também conseguiram atravessar a parede de proteção assim que a rena desapareceu.

一 Olha. – Ela apontou para acima deles – Apareceu logo depois do animal sumir.

Ele, ainda extasiado, ergue a cabeça. E para seu espanto, letras mágicas flutuavam no teto e dizia:

“Cor glaciem

Anima cristallum

Frigore tutus, nunc fata

Quod autem de partibus corporis vestri,reperio in aeternum

Dum aliud solvere poterat, ista maledictio.”

一 A maldição. – North sussurrou, mas não baixo o suficiente, pois todos ouviram.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que o cap anterior não foi lá essas coisas. Só foi divertido para mim , já pra quem leu... espero que esse cap e o próximo compensem a espera.
Dessa vez não será uma lenda, como nos outros caps.
Dessa vez a historia é sobre o dragão,ou melhor, sobre antes do dragão. É a historia de um homem, um soldado romano. Não era do alto escalão , porém não as patente inferiores. Seu passa tempo predileto era tortura, assassinato, saques e estupros, igual a todos os soldados romanos. Certa vez perdeu-se junto com todos de seu escalão, em meio ao oceano. Ficando a deriva por dias, vários de seus companheiros morreram de desidratação. Quando finalmente o barco parou em uma ilha, provavelmente na Grécia, só ele permanecia vivo. Mesmo fraco desceu do navio e alimentou das primeiras coisas que lhe apareceu. E nessa ilha encontrou um tesouro, ignorando os avisos de tesouro do dragão, ele tomou para si tudo que podia carregar. Por estupidez o homem roubou o ouro, e por ignorância transformou-se em um ser amaldiçoado. Todo tesouro de dragão é amaldiçoado, quem tenta roubá-lo transforma na própria fera, suas memórias são afetadas, de acordo com a maldade no coração do humano. Depois de centenas de anos hibernando sobre seu tesouro foi despertado.



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