Fractais escrita por Prih


Capítulo 6
Ratazana


Notas iniciais do capítulo

Mais um Cap meus lindos leitores! Eu avisei que poderia ter hiatos esse foi para pesquisa. Algumas curiosidades minhas sobre o filme ROTG: quando vi o Bunny entrar em um de seus túneis e no lugar do buraco apareceu uma flor eu pensei: WTF? Como isso seria escrito em um livro! Esquisito, todo o filme me prendeu, mas foi essa cena que me deixou com uma pulga atrás da orelha. North tem sérios problemas de aquecimento em sua fabrica de brinquedos (serio o gelo lá dentro não derrete) acredito que só onde os guardiões se reuniram é o único lugar aquecido, já que os brinquedos são criados a partir de blocos de gelo e seus funcionário são Yetis peludos.



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Tuneis subterrâneos; 2016.

Com o cenho franzido, orelhas repuxadas, o Coelhão corria em um dos milhares de túneis. Com 1,85 de altura mestre em artes-marciais, carregando seus bumerangues atados a duas tiras de couro, não estava nada contente, pois sobrou a ele descobrir a ultima aparição de dragão. Em uma eleição democrática de um único voto o de North, decidira determinante que o Bunny Eastter seria responsável por isso.

O único que poderia ter informações sobre qualquer assunto na face da terra, era o Camundongo dos barbantes, Ikun¹ O desprezível, egoísta e egocêntrico. Ratazana recolhedor de historias. Ikun um ser totalmente insociável, socado em alguma toca, em alguma parte do subsolo africano. Ele recolhia todas as histórias contadas em todo mundo. Bunny preferia, sem sombra de dúvida, falar com a desajeitada marmota que se submeter a humilhação de implorar um auxilio ao rato de esgoto, esse era o tratamento empregado a ele pelo coelhão.

Parou na quarta bifurcação e farejou o ar. Torceu o nariz ao captar o odor de mofo e curtume vindo do túnel a sua esquerda. Entrou exatamente naquele que o fedor era predominante ao se aprofundar túnel a escuridão tornava-se mais densa a ponto de não enxergar nem um palmo a sua frente, o que lhe guiava eram seu olfato e audição apurados. Acabou batendo seu focinho, com força, contra a porta de madeira redonda. Massageava o nariz ferido enquanto tateava a porta a procura da maçaneta, girou-a rapidamente assim que a encontrou.

Seus olhos se ajustaram a luminosidade da toca do Camundongo, as primeiras coisas que conseguiu distinguir era uma enorme mesa de madeira, completamente roída.

— Ora, ora! Olha quem veio me visitar?! – A voz do animal vinha de trás da mesa. – posso até ser um rato, mas gosto quando as pessoas se anunciam antes de entrarem em minha residência. – O rato soltou um sorriso sínico, mostrando seus incisivos podres

Encoberto por um pelo marrom expeço e completamente bagunçado, uma barriga flácida com o furo do umbigo profundo, usando uma espécie de cinto, quase que imperceptível já que a barriga caia por cima, no cinto estava preso uma tesoura, fitas de remendos e uma cabaça cheia de coalhada, que hora ou outra bebericava, um nariz grande que não cessava de correr uma gosma verde, seis bigodes desarranjado, dentes pontudos que saltavam de sua boca, todo corroído por cáries, um par de enormes orelhas no alto da cabeça , com uma argola de ouro e sentado em sua mês a não conseguia definir exatamente seu tamanho, Mas já era conhecido pelo Coelhão. O roedor de pouco mais de um metro tentou por várias vezes entrar na toca do coelhão, sempre com o pretexto de conseguir novas historias, por sorte nunca passou das carrancas de pedra.

—Desculpe. - Disse o coelhão, tentando não transparecer sua irritação. – Eu sou o Bunny Easter um dos guardiões, sinto ter entrado sem anunc...

— Blah! – o rato balançou a mão ríspida, exigindo silêncio. - Pouco me importa quem é você, já entrou, diga logo o que deseja. – Com expressão de desdém.

— Venho em nome dos guardiões. – Pensou em usar o peso do nome dos guardiões para, talvez assim, que o rato cooperasse com mais facilidade. – Nós precisamos de uma informação. – Apertando as duas patas, tentando assim deter a raiva que insistia em subir a cabeça.

— Hum... – O camundongo coçou seus bigodes, sua boca se repuxou mostrando os dentes podres percebendo a oportunidade de lucro na situação. – Os guardiões... deve ser algo realmente sério, se rebaixaram ao ponto de falar com um subterrâneo como eu. O que eu ganho com isso? – Pegou sua cabaça de coalhada e chacoalhando-a perto de seu ouvido checando a quantidade de leite azedado dentro dela, logo em seguida bebericou enquanto o gigante de longas orelhas falava.

— Imaginei que iria dizer isso. – O coelho puxou um saco, cheio de bugigangas e ouro, e jogou sobre a mesa com sua excepcional pontaria, mesmo estando a metros o saco deslizou parando exatamente ao meio da mesa. – Nós precisamos encontrar um matador de dragão e precisamos da localizaçã... – Calou a ser interrompido pelas patas imundas que exigiram o silêncio, as interrupções do rato tornava ainda mais difícil de manter-se calmo.

— Ratos não bichos estúpidos, isso vai ter um custo muito mais alto. – Voltou a bebericar sua coalhada nem mesmo deu credito ao que lhe foi arremessado à mesa.

— Mais?

— Eu quero os ovos de páscoa! – Berrou. – Todos eles! – Com uma estranha agitação exibia seus dois dentes pretos.

— Como? Os ovos são das crianças... – Bunny gesticulava veemente a cada palavra dita perdeu, quase que completamente a paciência. – E não de um rato mesquinho como você.

— Não quero os ovos das crianças humanas, eu quero os ovos poder e quebrados – A saliva da ratazana saia em cuspis para fora da boca. – Hum, deliciosos ovos podres.

O coelho arqueou de espanto, os podres, claro que se fosse isso não teria problema. Concordou quase que instantaneamente, o que não devia ter feito, o rato percebeu seu desespero e com certeza tomaria mais vantagens. Fechou um contrato de 20 anos de entregas gratuitas de ovos estragados, claro que não seria difícil encaminhá-los aos túneis até a toca da ratazana. Ikun custou a levantar seu traseiro da cadeira, sua barriga balançava como uma gelatina.

— Venha comigo. – Indicou o rato apontando para uma porta circular feita de argila seca. – É só me seguir.

Bunny teve que se curvar ao atravessar o portal. Era escuro dentro do corredor o cheiro de curtume queimou suas as narinas, um fedor que pareceu não incomodar em nada o camundongo. A caminhada era longa e quanto mais afundo iam mais fétido ficava. A risada insistente do rato egocêntrico perturbava as orelhas sensíveis do Coelhão.

— É tão sério assim? – Finalmente o rato falou por entre as gargalhadas escrotas. – O que mais posso conseguir com isso? – O rato caminhava no escuro sobre as duas patas traseiras, sabia muito bem onde devia pisar e continuou sua oratória. – Sim... aquela fadinha bem que dá uma bela mão de obra... Como é o nome mesmo Tooth...

Não pode terminar a frase, sua garganta estava sendo esmagada com forma pelo braço do coelho que o forçava contra a parede. A gota que precisava para transbordar o cálice das emoções explosivas do coelho foi derramada.

— Nunca fale o nome da Fada. – Mal se podia ver um palmo à frente, mas o lampejo de ódio refletidos pelos olhos do grandalhão cinza, fez Ikun tremer por debaixo de sua banha. – Nem seu nome deve ser sair de sua boca. E mais! Cancele tudo, não precisamos de sua ajuda.

A oportunidade única de milhares de ovos poderes por vinte anos corria entres os dedos do rato. O coelho virou-se de costa e saltitou para entrada.

— Mas as informações onde vai conseguir? – Isso deteve o coelho, porém não por muito tempo.

— MoB². – falou convicto.

— Man of the Book? – Ironizou o rato. – O velho já está gagá... Não encontra nem um elefante, mesmo que esteja na sua frente pintado de rosa.

Mob era um velho que, assim como o rato, catalogava as historias do mundo todo, em livros dentro de sua arvore.

— Você pode até ter razão. – E tinha mesmo, o velho era um lunático, passou tanto tempo lendo catalogando seus livros, que acabou. – Qualquer coisa, é melhor que você.

— Perdão. – Berrou o rato, sempre desejou os ovos poderes de páscoa, não podia deixar aquela oportunidade escapar. – Eu não falo mais na fada ok! Vamos estamos chegando – insistiu temeroso. – Até o tempo do contrato pode cair para dez anos, todavia deixe-lhe mostrar os barbantes...

A situação tinha mudado. O coelho logo captou, e, concordando com o novo trato, tornou a caminha ao lado do animal imundo.

O caminho logo acabou, quando uma luz forte cortou a escuridão do túnel. O cheiro de couro estava impregnado sobre todos os lugares. Assim que os olhos se ajustaram à luminosidade puderam vislumbras e enorme antessala, que mais parecia uma enorme tinturaria marroquina. Com vários tanques de tintura, separado em cores distintas em vários degraus os superiores eram as cores quente: vermelho, laranja e amarelo e os inferiores as cores frias: Azul, Roxo e verde. No teto alto existia milhares de furinho e deles corria barbantes brancos, antes que chegassem a tocar o chão, enormes escaravelhos verde-musgo voavam e carregando os barbantes aos tonéis coloridos no chão, o que gerava um zumbido ensurdecedor das asas de centenas de besouros. O sistema funcionava da mesma forma que os vários tanques de tintura em Marrocos, entretanto invés de humanos tingindo couro, eram escaravelhos tingindo barbantes que desciam do teto. Cada cor tinha um significado: cores vermelho eram histórias de perigo, que geraram mortes ou uma destruição massivas; as azuladas eram a de contos de fadas e contos mágicos e românticos; verdes eram sobre caminhos, estrada e passagens histórias de terra seca; lilás historias de marinheiros, que surgiram do meio do oceano; laranjas historias relacionadas a comidas e remédios. Cada cor tinha uma razão diferente para colorir os barbantes e catalogar as histórias.

— Cada barbante desses é um rato no mundo, tudo que eles vêm, escutam e fazem ficam selados nesses barbantes. – O rato finalmente rompeu o silêncio. – Olha aquele. – Ele apontou para um fio que caia solto. – Aquele acaba de morrer. – Riu sarcástico. – Rato tolo, devia saber que vassoura de humanos são poderosas. – Bunny revirou os olhos enquanto o rato bebericava sua coalhada.

Continuaram caminhando por entre os tonéis, tomando cuidado para não caírem dentro eles, atravessaram todo recinto até a outra porta. O rato parou, esboçou um sorriso sínico, cuspiu em sua pata e ao girar a maçaneta, linhas coloridas desenharam na porta e correndo toda a porta a destrancou.

—Segurança. – Disse por entre os ombros. – As historias que estão aqui são muito perigosas, tem poder de trazer de volta à terra algo que poderia destruí-la.

Entraram em um salão escuro com os barbantes com cores mais vivas e pulsantes. Bunny poderia até jurar que brilhavam. O rato entrou dirigiu-se a um barbante vermelho escarlate exposto na parece de barro.

— Esse que você procura. Depois desse barbante nenhum dragão foi visto. – O rato hesitou ao entregar o barbante. – Como posso saber que vai cumprir sua palavra?

— Eu não sou você.

Ikun, curvou as sobrancelhas encheu seu pulmão e soprou sobre o barbante. Tudo foi transportado não tinha toca, nem besouros, nem barbantes só uma lua cheia no alto céu, as casa de tijolos e um dragão urrando de um telhado. Tudo muito real Bunny se jogou no chão, sua pernas falharam de susto e medo.

— Hahaha! Onde esta sua marra agora Pernalonga? – O rato gargalho ruidosamente – isso é só uma memória.

— Uma... me...mória ? – Sussurrou enquanto se erguia.

— Esta meio apagada, olha ali. - apontou para um canto onde parecia ser um lago ou fiorde, era um vulto azulado. Uma silueta franzina, não conseguia identificar ao certo o que era, a única certeza é que era humano. O dragão ergue vôo ao ser atingido por algo, e a memória acabou.

Então eles são transportados de volta para o salão escuro.

— A partir daqui o rato foge.

— onde isso aconteceu?

— Noruega, entre os séculos XVI e XVII, mais ao norte, acho que a cidade hoje se chama Elsa... ou algo assim.


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Notas finais do capítulo

¹Ikun: Rato em uma língua nativa da áfrica
²MOB: não é meu personagem foi criado pela NandaUchira e não é free! tive que chorar muito para conseguir menciona-lo em minha fic(valeu Nanda fofa) e todos os direitos autorais são NandaUchira(qualquer outra historia que apresente qualquer um dos personagens originai dela e que não estejam sendo postado como usuário NandaUchira é plágiom então denuncie) a esse personagem é fácil compreender para quem gosta de fanfic Jelsa, uma das melhores fanfic que já li. Ela foi escrita da forma que eu gosto, com coerência entre os personagens e o tempo coexistentes . Mob( man of the book )é um personagem que aparece no 4º cap de once in the eternity. Ele não é exatamente como descrevi, mas vale a pena ler a historia. (http://fanfiction.com.br/historia/496019/Once_in_the_eternity/)
Lenda de hoje é:
Lámia é uma criatura com parte de corpo cobra e parte do corpo de mulher. Diz a lenda que antes de ser um monstro, ela era uma Rainha muito bela, mas seu coração se corrompeu pela vaidade e o ódio, passou a exigir que seus súditos entregassem seus filhos para que ela os devorasse. Então os seus súditos passaram a caçá-la e em meio à floresta ela se perdeu. Diz que até hoje ela vagueia pelos prados e florestas e quando encontra alguma criança a devora em um instante, também se transforma em uma mulher belíssima quando encontra, um homem e suga seu sangue.



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