Fractais escrita por Prih


Capítulo 26
Fabricação de brinquedos


Notas iniciais do capítulo

ola lindos.
três notícias
primeiro. agora tenho uma coautora a linda da ~Twinkle_Mel, então nos duas escreveremos essa fic e com isso não teremos mas aquela quantidade absurda de erros de portugues
segunda. ainda estou buscando ajuda, lembro que algumas pessoas ofereceram ajuda, mas como demorei muito tempo para responder, não sei se ainda querem ajudar então se quiserem me ajuda enviem uma mensagem( preciso de capista e mais 1 coautor.)
terceiro. teremos dois cap então calma negada assim que acabar algumas coisinha no próximo postaresmos não esqueçam de comentar... isso nos ajuda muito



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Todos os esforços para cativar os sorrisos e a fé das crianças, calcados a medonhos e pesadelos. Finalmente as criaturas malignas poderiam regozijar com o feito, finalmente o desejo da criatura tão sórdida quanto uma mácula incurável havia se concretizado.

O grandalhão barbudo segurava uma das suas peças de brinquedos partidas em uma das mãos. De repente, os ombros de Nicolas St. North não pareciam tão grandes, nem mesmo seu olhar tão ameaçador. O Velho homem presenciou todo o tipo de atrocidade e há muito tempo não se encontrava tão perto de perder a esperança, de falhar completamente como um guardião, falhar como amigo dos Yetis e falhar com seu próprio cerne. As montanhas de brinquedos destruídos ainda estavam sujas com areia negra dos pesadelos galopantes, e pela primeira vez North desejou que realmente fosse um pesadelo e que tudo estaria agitado e animado quando acordasse, mas sabia que esse desejo não deveria nem mesmo ser feito, desejar por um pesadelo é tão terrível quanto desejar um choro de criança.

O pesado ambiente sobrecarregava a todos, mesmo os humanos recém-chegados podiam conjecturar a verdadeira urgência no acontecido. Bunnymund, que raramente demonstrava sua compaixão, comoveu-se com os sentimentos desolados do Ex-cossaco e grande amigo. O coelho sabia que precisava encher de esperança todos que estavam naquela sala. Mesmo não tendo um plano formulado para salvar o Natal, ele ainda precisava acreditar e fazer todos acreditar, pois a esperança é a verdadeira crença no intangível.

— Nós não podemos desistir! – O orelhudo falou, em um tom seguro, tentando levar ânimos a todos que ali estavam.

North concordou com a cabeça, mas não largou a peça do que parecia ser um trenzinho de sua mão. Essa não foi a melhor resposta que poderia ter recebido. Ao invés de erguer a moral do amigo, o fez cair em seu próprio fracasso.

— Ah!  –Anna soltou o grito mais forte que seus pulmões conseguiam chegar. Isso assustou a todos no salão que, sobressaltados, ficaram prontos para uma batalha, e então a encararam nitidamente confusos. Anna respirava aliviada. Só então percebeu os olhares cheios de interrogações de todos, percebeu que poderia talvez fazer algo e desatou a falar.  – Eu sempre grito quando caio de um despenhadeiro.

— Anna, você está louca? Você não está caindo de um despenhadeiro. – Seu noivo a repreendeu severamente.

— Está querendo nos matar de susto? – Elsa censurou sua irmã, ainda tentando abaixar os pulsos que estavam prontos para congelar qualquer monstro.

— Eu sei. Eu sei, mas todos aqui pareciam caindo. - Anna disse, começando a demonstrar uma animação costumeira. – Além do mais, é sempre bom gritar quando se tem muita vontade.

Anna então tentou andar até um local onde todos a podiam ver, enquanto continuava sua elocução atropelada e explodindo sincera confiança.

— E mais! Vocês são os guardiões das crianças, não podem se deixar abalar por isso. E como eu dizia, uma das muitas vezes que eu podia jurar que ia morrer foi quando eu estava caindo de um despenhadeiro. Apesar deu ter caído de um despenhadeiro somente uma vez, eu realmente achei que morreria com o Kristoff.

Todos se entreolharam sem compreender nada do que ela dizia ou onde queria chegar, exceto o coelho da páscoa, que conseguia ver a sinceridade e ingenuidade das palavras da garota, um coração acentuadamente oposto ao da irmã. Anna continuava a falar as palavras como uma verdadeira matraca.

— E nós conseguimos sobreviver! Claro que a neve fofa que minha irmã tinha feito foi a responsável pela nossa sobrevivência. O que eu quero dizer é que é possível sim! Nós podemos salvar o Natal! Mesmo que pareça impossível! Porque esse vai ser o primeiro Natal que eu vou passar junto com as pessoas que eu mais amo nesse mundo. – Essas palavras bagunçadas e engraçadas foram poderosas, todo o ar pesado da fábrica de brinquedos pareceu evaporar dando lugar a uma atmosfera brilhante como um raio iluminado de Sol. E antes que alguém pudesse se manifestar de forma pessimista, Anna se antecipou. – E nós temos uma arma secreta, Elsa! – Disse em uma outra explosão de alegria, enquanto a loira encarava cética a última fala. – Vamos lá, eu sei que já está bolando algo.

— Como!? Anna, como você diz algo impensável assim. – A loira se aproximou de sua irmã, a cômica cena gerou um burburinho de risos, a rainha pela primeira vez demonstrou-se completamente desconcertada pelas últimas falas malucas da ruiva.

— Não importa o quão ruim possa estar, eu sei que a minha irmã pode ajudar com algo incrível!

— Eu acredito – Jack entrou no meio da discussão.

— Jack, você também não. Anna, isso é meio precipitado de se dizer. – Elsa ainda continuaria a se justificar para a irmã e Jack, mas foi interrompida por uma gargalhada que rompeu todo o local.

— Garotinha, você me lembra alguém. – Era North com seu sotaque russo adorável, demonstrando uma súbita mudança de humor. – A Katherine. Não podemos desistir. –  Ele que apalpou a cabeça da ruivinha com suas mãos grandes e pesadas, fazendo a cabeça dela balançar para os dois lados.

— Eh! – Berrou cheia de empolgação. - Não podemos ficar parados, não podemos deixar o vilão ganhar.

— Vamos logo pessoal, mãos à obra! Temos um Natal por vir e muitos brinquedos para serem feitos.

    O velho russo bateu suas mãos seguidas vezes, criando um estampido seco e agudo. Automaticamente, todos começaram a se aglomerar empenhando-se em trabalhar em algum brinquedo. Um verdadeiro caos. Não havia nada de organização. Anna se deixou levar pela empolgação coletiva, logo estava seguindo um dos Yetis que começaria a trabalhar na montagem de um dos poucos moldes de gelo que ainda encontrava-se intacto. Elsa estudava toda a situação, peças velhas e quebradas sendo aglomeradas em um canto, algazarra de Yetis berrando alto, fadas zunindo loucamente em todas as direções. Aquela fábrica conseguiu ser massivamente barulhenta.

O irritante zunido não perturbava tanto a rainha. O que realmente a incomodava  era a maneira como as coisas estavam sendo produzidas. Era uma completa bagunça desorganizada. Mentalmente, ela calculou estimado o tempo de desperdício.

Não se conteve em seguir North ao notar que se distanciava apressado em direção a sua sala fria. Na tentativa de manter a mesma velocidade de North, ela teve que dar pequenos impulsos.

—North, perdoe minha intromissão, mas o que pretende fazer?

— Ora, os brinquedos. – Disse sem encará-la e sem parar seu caminhar, continuando a falar no seu costumeiro sotaque russo. – Os Yetis precisam de alguns moldes de gelo, brinquedos de gelo que eu faço.

—Não é disso que estou falando. – Comentou enquanto desviava de algumas peças espalhadas ao chão. – Estou falando dessa bagunça de perda de tempo.

North então a encarou incrédulo. Tentou definir se o que ela tarjava como perda de tempo eram os brinquedos ou o Natal. Esperou que ela se manifestasse novamente para reparar no que havia acabado de dizer.

— Olhe a sua volta, e me diga o que vê. – O parrudo apalpou sua enorme barba enquanto fitava toda sua fábrica. Não conseguiu enxergar nada de errado em meio a bagunça, talvez somente mais agitado que o habitual, mas nada além disso. Elsa soltou levemente o ar dos pulmões, sutilmente desapontada com a cegueira do velho guardião. – O máximo que conseguira disso tudo é uma centena de brinquedos e não temos tempo para fazermos tudo correr com a bagunça de sempre, precisamos mudar a maneira de produzir os brinquedos.

— Ha! Poderia explicar a sua ideia? – North cruzou os braços em frente e ao peito e a observou.

— Essa escala de produção está completamente errada. Olha, um único Yeti é responsável pela produção de um brinquedo. – Um a um os trabalhadores percebiam a conversação dos dois e aos poucos paravam de trabalhar para assistí-los. – Nós precisamos de tempo. E a melhor maneira é otimizar a produção inteira.

Seu porte soberano e a sua fala convicta foram as verdadeiras responsáveis pelo convencimento do grandalhão. Anna, que conhecia muito bem sua irmã, parou no ato, ela já vira Elsa convencer monarcas, mesmo eles estando certos, e sempre amava ver sua irmã discutir sobre um ponto de vista. Exceto quando a pessoa a ser persuadida era ela.

Elsa explicou de maneira clara e precisa o quão defasado e precário era o processo adotado por North, evitando indelicadeza e exageros. E após levantar os erros, ela esperou que o grandalhão desses sinais de entendimento, iniciando imediatamente sua solução para o problema.

Pelo plano da rainha, os Yetis seriam responsáveis exclusivamente pela produção e montagem dos brinquedos, isso dividido em dois grupos. Jack, Anna e Kristoff ajudariam na produção junto com os Yetis. Elsa lembrava de uma menção feita pelo coelhão sobre um rio de tinta, que foi apenas um argumento em meio a uma conversa antes de lutarem com o kappa. Isso foi o suficiente para deixar Bunnymund o responsável por colorir os brinquedos prontos. Toothiana e suas fadinhas poderiam costurar peças de tecido e roupas de bonecas. A qualidade das roupas feitas pela amiga alada era espetacular, tendo em vista que o conjunto indiano dourado foi feito por ela. Sandman, que já estava dormindo a essa altura, ficaria responsável pelo transporte dos brinquedos. Mesmo Olaf e os elfos receberam um trabalho plausível a suas capacidades, eles fariam os embrulhos de presentes. Elsa também salientou a importância da organização do salão de montagem, para que retirassem os brinquedos quebrados e se possível, selecionassem as peças que ainda poderiam ser utilizadas.

Antes que todos dessem conta, a Rainha controlava toda a produção de brinquedos. Mesmo North não notara o quão envolvido estava na obediência para com a rainha. A loira não tinha interesse em ser reconhecida ou ser tratada como especial, mas era natural agir como rainha e era natural todos a obedecerem. Ademais, as atitudes da moça eram somente o pagamento de uma dívida que possuía com os guardiões, se houvesse algo que ela pudesse fazer para pagar ela faria. E essa dívida de gratidão já estava bem alta.

O fluxo de produção de brinquedos tomou uma proporção inédita aos guardiões, nunca antes a fábrica produzira tantos brinquedos em tão pouco tempo. Bunnymund, porém, permanecia inquieto, o sábio Pooka ainda não confiava na garota. A tolerava, mas não confiava. Os instintos de Pooka diziam que ela não era digna de confiança, desde o momento em que ele viu o seu desejo assassino no rio Yangtzé. Ele não poderia ignorar essa realidade obscura que a rainha insistia em não sentir e encobrir em meio aos seus sorrisos e bons modos.

As horas deslizavam rapidamente. Minuto após minuto, hora após horas, em uma velocidade incrível os brinquedos eram produzidos na fábrica. Depois enviados para a terra de Páscoa, exatamente na toca do coelho que em seguida eram mergulhados no rio de tinta, para então, serem  emergidos com a ajuda dos ovoides. Sandman, com sua areia dourada, era responsável pelo retorno dos brinquedos à fábrica para serem empacotados e ensacados.

Elsa e Kristoff, apesar de determinados e fortes, ainda eram humanos e quase não notavam quando necessitavam dormir, somente se davam conta que estavam pegando no sono, quando inconscientemente encostavam em algo e cochilavam. Isso aconteceu algumas vezes com Elsa e Kristoff, o que divertia profundamente os guardiões e outros seres mágicos que assistiam a cena. Já Anna, adversamente a situação, parecia multiplicar sua energia e resistência. Em momento algum fraquejou ou deixou ser alcançada pelo cansaço.

Em meio a todo o furdunço e correria, Jack mal teve tempo para pensar sobre o que acontecia com a sua magia de gelo ou seu crescimento, ou qualquer uma das outras coisas que deveria começar a perturbar sua mente. Ele nem mesmo teve tempo de conversar com Elsa. Claro que ele poderia parar seu serviço a qualquer hora ou procurar fazer algo perto da rainha para conversar ou somente estar próximo, mas inevitavelmente acabavam ficando distantes. Jack não notava, ou estava fingindo não ver, pois Elsa possuía uma sobriedade distinta e sutilmente matinha distância do garoto nevado. Desde o momento em que ela desvendou seus verdadeiros sentimentos decidiu esconder. Esconder de todos. Elsa tinha plena consciência que Jack era um guardião das crianças do mundo e esse título deveria ser mantido. E para o pobre Jack, sem saber o que acontecia dentro do coração de Elsa, somente a vislumbrava ao longe.

Saber que estava apaixonada pelo guardião a deixou levemente desapontada, porque no fundo gostaria que a sua magia mudasse, mesmo que pouco, como havia prometido a sua irmã a muitos dias.


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Notas finais do capítulo

[curiosidade - ROTG - jaime]
Vamos falar um pouco sobre Jaime, sim o amado garotinho que acreditou. Primeiramente, todos os personagens de Rise of the guardians tem um cerne, e o único motivo de Jaime ser a última luz é que o cerne do garoto é FÉ. Essa informação foi liberada pelo produto do filmes. No filme Jaime é filho de mãe solteira, de classe média baixa. os brinquedos de seus quarto são em maior parte feito material reciclado, demonstrando o nível financeiro da família. Sophie tem o corte de cabelo daquela forma porque é a própria mãe que corta o cabelo dela. A casa em que vivem é herança de família, e agora vem o “Plot Twist” um dos produtores revelou que existe uma ligação entre Jack Frost e Jaime Bennett , e que gostaria que houvesse mais tempo no filme para poder mostrar qual era. então acreditamos que Jaime seja como um ‘tataraneto’ de Frost.



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