Fractais escrita por Prih


Capítulo 1
Ameaça


Notas iniciais do capítulo

Ok! primeiro ponto é a atenção nas datas do inicio do texto.tentarei postar toda semana... mas sejamos sensatos, eu estudo, trabalho e tenho um vida social( o acredito ter) por isso não me sobra muito tempo pra escrever... mass prometo fazer meu melhor para não deixar hiatos muito grandes... no maximo 15 dias ok!



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Arendelle, Outono de 1706.

A belíssima rainha estudava seus vários documentos, a maioria sobre importações, exportações e câmbios. O reino de Arendelle era uma zona portuária de grande influência em todo o continente, a movimentação de embarcações cotidiana impulsionava a economia do reino e era fundamental para o avanço monetário da região. Por esse motivo, sua rainha tomava nota de cada tratado que assinava de cada navio que atracava e partia. Em meio à maioria de documentos presentes em sua mesa de mogno real, existiam muitas cartas de seus súditos. Variavam de reclamações a elogios e pedidos a agradecimentos. Suspirou uma vez ao terminar de assinar o último relatório autorizando a criação de um novo porto para Arendelle. Passou seus dedos cansados por seu cabelo trançado, que possuía uma cor loira, quase prata. Esfregou seus olhos fadigados e vislumbrou pela janela um lindo crepuscular laranja e rosa que os raios de sol teciam nas nuvens. Estremeceu com a memória de seu passado, trancada toda a sua infância, vendo o mundo pela janela de seu quarto. Balançou a cabeça, tentando livrar-se desse pesadelo. Os lindos olhos azuis moveram-se e tornaram a ler dessa vez as cartas dos aldeões, o que ela fazia com diligência. Em seu conteúdo, felicitações pela última tarde que todos do reino prestigiaram um nevar em pleno verão.

Três batidas na sua porta a tiraram de sua concentração, não precisava pensar muito para saber quem batia a porta nesse horário, porém esperou paciente a pessoa se manifestar.

— Elsa, você quer brincar na neve? – a voz feminina de sua irmã era animada como sempre.

Já havia se negou tantas outras vezes a brincar, mas dessa vez seria diferente, as papeladas poderiam esperar. Vagarosamente atravessou o escritório do palácio, arrastando seu vestido de linho na cor turquesa, que havia ganhado de sua irmã no dia de sua coroação. Cuidava para não tocar ou tropeçar nas poltronas rubras ou no tapete de urso; apesar de estar mais controlada, ainda congelava uma coisa ou outra sem querer, o que acabava sendo motivo de deboche à sua irmã.

— Sim, Anna – Disse abrindo a enorme porta entalhada.

Anna não se conteve, arrastou sua irmã pelas várias escadas até chegar ao salão de dança.

Elsa fez um sinal com a mão, chamando-a para perto. Mexeu os dedos levemente e fez uma bola de neve. Anna admirava a criação, quando, em um movimento rápido, a bola foi esmagada contra seus cabelos ferrugem. Elsa ria ao ver a cara de brava da irmã, e antes de ela explodir de raiva, apontou para o chão criando uma enorme barreira de neve.

— Você me paga, Elsa! – Moldou uma bola de neve e jogou em direção à irmã.

Elsa correu se afastando da bola, mas acabou sendo acertada por uma, e depois por outra e outra, mal conseguia se mover. Com um movimento rápido de seus dedos, fez crescer uma pequena barreira de gelo para se proteger. Dentro do enorme salão de dança nevava. Anna era uma exímia atiradora de bolas de neve, melhor que a própria criadora de neve. Uma lástima para a loira, foi incapaz de sair de seu refúgio. A ruiva, com seus cabelos amarrados sempre em duas tranças, olhos azuis celestes que emanavam uma inocência e ingenuidade de criança e a sua pele corada, criavam um contraste gritante com sua irmã, esta que possuía uma pele alva e os cabelos loiros claros, olhar de raposa, cheios de astúcia e brandura. Não era somente a aparência que as distinguiam, psicologicamente ambas eram diferentes. Anna possuía alguns aspectos infantis, não que isso a denegrisse, pelo contrário, isso a definia como sempre amável e positiva em relação às circunstâncias, além de uma resistência descomunal. Elsa não possuía nenhuma ingenuidade, era como uma rainha devia ser: obstinada e justa, uma mente de mulher em um corpo de garota. Contudo hora ou outra se tornava criança com sua irmã. Era sábia em suas palavras, mas péssima arremessadora de bolas de neve, por isso mal se mexia atrás da pequena parede de gelo.

— Elsa, o que foi? Ficou presa atrás do gelo? – Sua irmã zombava.

— Ah! Isso não é justo, pare de atirar tantas bolas de neve.

— Eu? Nunca!

— Sendo assim... – A loira esticou seus dedos no chão e criou um caminho de uma fina lâmina de gelo até os pés de Anna, que se desequilibrou e caiu sobre o amontoado de neve fofa.

— Hora da revanche!

Saindo de sua proteção, ergueu as mãos para o alto, criando uma bola de neve tão grande quanto um barril de rum. Aproximou-se de Anna, pronta para atiras sua “revanche”, porém a ruiva foi mais rápida e com uma mão atirou sua última e pequena bola no rosto da irmã, deixando-a desnorteada, assim fazendo a enorme bola despencar sobre a cabeça loira, fazendo-a tombar no chão.

— “Feitiço contra feiticeiro”. – Anna gargalhou até seu estômago não suportar.

Deitadas sobre a neve fofa, ambas começaram a fazer anjos de neve, as risadas diminuíram até só restar o silêncio confortável. A neve se materializava no ar e descia ao chão tranquilamente.

— Elsa. Você disse uma vez que o amor era a chave para derreter o gelo... – A menina suspirou profundamente, mas não concluiu o raciocínio, não tinha coragem de verbalizar a pergunta que martelava sua cabeça há semanas.

Quando se tratava de diversão, Elsa podia não ser tão boa como Anna, mas entendia as palavras presas na garganta como ninguém.

— Anna, pode perguntar – Virou-se para ver a expressão da menina que brincava com os dedos, tentando formular as palavras.

— É que... se você amar alguém, digo amar de verdade, como eu amo Kristoff, nunca mais poderá criar gelo? – Deixou sua preocupação transparecer.

— Eu sou uma rainha, Anna. – Usou um tom compreensivo – Esses tipos de sentimento são negados a mim. – Olhando novamente para o teto forrado, balançou os dedos, criando um lindo cristal de gelo com várias ramificações, e continuou – Vivo para meu povo e você.

A ruiva bufou com a resposta, não tinha sido isso que havia perguntado. Revirou os olhos e cruzou os braços, como a irmã poder tão invencível? “Não sentir... Será que isso ainda repercute em sua mente, mesmo depois de tudo?”, pensava quando foi interrompida por Elsa, que percebendo seu desapontamento disse:

— E mesmo que algum dia isso aconteça, meus poderes não vão simplesmente acabar... Serão diferentes... – Foi a única coisa que passou por sua mente.

Anna já tomava fôlego para fazer outra pergunta, quando a porta do salão abriu sem aviso. Quem sempre fazia isso era Olaf, querendo entrar na brincadeira, entretanto as duas se assustaram ao ver um homem alto, forte e de pele bronzeada, era o general da guarda real. Elsa logo imaginou mil e uma atrocidades acontecendo ao reino ao se deparar com o semblante de pavor. Levantou-se rapidamente e ajudou Anna a se levantar com uma mão, enquanto com a outra retirava o gelo do salão.

— Vossa Alteza! – O general a reverenciou.

— Sim, que notícia traz? – A rainha tentou manter firme a voz.

— Arendelle corre um grande risco – Ofegante, tornou a falar – Um dragão está se dirigindo ao nosso reino.

— Dragão? – Sibilou incrédula.


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Notas finais do capítulo

levantando dos mortos.
Fala galera, é voltei! *desvias das pedras e tijolos*
Desculpa gemmte... ou melhor... podem me odiar... mas por favor não odeiem a história, eu realmente tive uma porção de dificuldades para continuar escrevendo, alem do desejo de parar de escrever...>



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