Primeiro ano escrita por Lyttaly


Capítulo 8
Memória


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas^^
Desculpa a demora. Estava sem inspiração esses dias. Mas agradeçam à Katharynny Gabriella que me pressionou (só um pouquinho) a escrever. Aí está Katharynny! Não sei se está muito bom mas postei assim mesmo.
Queria agradecer a Raura para sempre e Duda sama que também favoritaram minha fic. Obrigada também a todos que estão comentando. Um obrigada especial a Katharynny Gabriella que recomendou essa história (lágrimas), eu não esperava, realmente fiquei emocionada. E bem vindos novos leitores!
Chega de blá, blá, blá...
Boa leitura^^



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– Cinco... dias?

– Sim. Você dormiu cinco dias – não conseguia conter as lágrimas.

– O... que aconteceu comigo?

– Você bateu forte a cabeça – tentei controlar, em vão, o tremor na voz – O diagnóstico foi traumatismo craniano... grave. Você perdeu a consciência logo depois de cair. Alguém chamou a ambulância e você foi trazida para cá em estado grave. Foi minha culpa você ter caído, ter batido a cabeça e...

– Você não tem culpa Diego – ela me interrompeu.

– M-me desculpa.

– Você passou todo esse tempo aqui? – ela disse me olhando – Você não sabe quando parar de me proteger né? – ela sorriu – Obrigada.

Ela não me culpava. Em seus olhos eu via gratidão e não raiva.

– Por quê? – balbuciei. Durante todo esse tempo eu me culpei e ela simplesmente me agradecia.

– A culpa não foi sua, Diego. Não sei de onde você tirou isso. Eu só escorreguei.

– Mas... você escorregou porque...

– Porque eu sou uma desastrada – ela me interrompeu, rindo.

– Me desculpa.

– Você precisa parar com isso, cavalheiro – ela disse piscando um olho e sorrindo. Sorri, secando as lágrimas e tentando me convencer de que isso era verdade.

– Obrigado – disse me aproximando. Sentei na cadeira ao lado da cama e levantei a mão para segurar a dela. Hesitei e, para minha surpresa, ela segurou minha mão – Não vou deixar que nada de ruim te aconteça de novo. Prometo.

Ela sorriu e voltou a dormir. Algum tempo depois a senhora Linz chegou. O hospital a tinha avisado que Karolina tinha acordado e eu fui para casa. Desde o dia do acidente eu ficava no hospital até que ela chegasse. Ia em casa para descansar, coisa que eu não conseguia fazer, depois voltava para o hospital. A mãe dela não quis concordar com isso no início, mas a convenci. Apesar de não ter muita idade, perecia ter no máximo 45 anos, seu corpo não estava bem o suficiente para ficar sentada tanto tempo ao lado da filha. A vida deve ter sido muito difícil para ela. Minha mãe entendia que eu precisava ficar no hospital. Ela não sabia exatamente por que, mas me apoiava. Meu pai, para variar, não tomou conhecimento.

Finalmente consegui dormir. Estava feliz por ela ter acordado, por estar bem e por não me culpar pelo que aconteceu. Eu não estava completamente convencido disso, mas me sentia bem por ela pensar assim.

No fim da tarde voltei para o hospital. A senhora Linz conversava com a filha. Fiquei olhando por um tempo a cena. Karolina sorria enquanto sua mãe lhe contava alguma coisa sobre um pombo que estava a seguindo em seu caminho para o hospital. Não quis interromper e sentei em um banco fora do quarto. Depois de alguns minutos ela saiu.

– Oi Diego.

– Oi senhora Linz. Como ela está?

– Está bem. Um pouco cansada, então acho melhor deixa-la sozinha por um tempo.

– Tudo bem – eu queria vê-la, mas entendi que era melhor esperar um pouco.

– Quer comer alguma coisa? Tem uma lanchonete aqui em frente que serve um sanduíche ótimo – fiz que sim e saímos.

Pedimos o tal sanduíche, que era realmente muito bom, e conversamos por um tempo, apesar de eu não prestar muita atenção. Estava impaciente demais para isso. Antes de se despedir ela disse:

– Obrigada, Diego. Você passou esse tempo todo aqui – seus olhos se encheram de lágrimas – Eu fico feliz que a Karol tenha um amigo tão dedicado como você.

– Não precisa agradecer senhora Linz. Não foi nenhum sacrifício para mim. Não conseguiria ficar em casa pensando em como ela estava. Queria ficar ao lado dela.

– Mesmo assim, obrigada – ela me abraçou e se despediu.

Fui para o quarto da Karolina que ainda dormia. Fiquei a observando por um tempo até que peguei no sono.

– Diego?

– Oi – disse ainda sonolento.

– Onde eu estou?

– Como assim? Você está no hospital.

– Ah é, eu caí na escola. Onde está minha mãe?

– Ela foi para casa, descansar.

– Hum – ela tentou se levantar, mas parou – Minha cabeça está doendo. Devo ter batido.

– Eu te falei que você bateu. Você devia evitar fazer movimento.

– Você me falou? Quando?

– Hoje de manhã, antes de a sua mãe chegar. Não se lembra?

– De manhã? Mas estávamos na escola hoje de manhã. Eu caí e acordei agora. Como você pode ter falado alguma coisa comigo?

Ela não se lembrava. Minha culpa.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor. Vocês também leitores fantasminhas.
Se você leu até aqui #obrigada^^



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