Primeiro ano escrita por Lyttaly


Capítulo 10
Sinal


Notas iniciais do capítulo

Lo siento... Gomen nasai... Sorry... Desculpa... Não sei me desculpar em mais línguas :( Eu sei que demorei muito dessa vez. Estou sem tempo pra escrever :(
É totalmente minha culpa isso, porque decidi fazer um vestido de crochê para minha formatura e tenho pouco tempo pra isso. Mas como eu sempre deixo tudo pra ultima hora, essa situação não podia ser mais normal pra mim. Enfim... Também comecei a escrever uma fic com a Laiinchan. São duas fics e um vestido... Mas prometo postar no mínimo um capítulo por semana.
Obrigada a Forever and Ever que também favoritou minha história e bem vindos novos leitores.
Desculpa pelo capítulo curto^^



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(Três semanas depois...)

Karolina teve alta dois dias depois do diagnóstico de amnésia anterógrada. Ela conversava normalmente, mas não conseguia ficar mais de 4 horas acordada. Dormia e, quando acordava, não se lembrava de nenhum acontecimento depois do acidente. Eu a contava o que tinha acontecido e lhe entregava o caderno onde ela anotava tudo, até detalhes simples, do tempo em que estava “consciente”.

Ela foi para casa e eu pedi a sua mãe que me desse o endereço. Ela não podia ir à escola então eu expliquei a situação para a diretora e os professores passaram a mandar atividades para que ela fizesse em casa. O professor de português pareceu até mais humano, perguntando-me sempre como ela estava. Eu ia à escola de manhã, da escola para a casa dela (fiquei surpreso quando descobri que ela pegava o mesmo ônibus que eu e mais surpreso ainda quando ela me contou que me viu no primeiro dia antes de quase cair), passava a matéria do dia para ela e a ajudava com as atividades. A senhora Linz trocou o horário de trabalho para o turno da tarde. Ela passava a manhã com a filha, ia trabalhar e a noite voltava e eu ia embora.

Hoje, assim como todos os outros dias durante as ultimas três semanas, fui para a casa dela, sempre com aquela esperança de que algo mudasse. Toquei a campainha e a senhora Linz atendeu com o sorriso de sempre no rosto. Eu não acreditava nesse sorriso, mas sempre sorria de volta. Me perguntava onde estava o senhor Linz. Ele não aparecia nunca. Talvez fosse igual a meu pai.

– Oi Diego! Pode entrar.

– Boa tarde senhora Linz. Com licença.

– Quantas vezes eu tenho que te falar para me chamar de Sthefani?

– Desculpa. É força do hábito.

– Tudo bem. Eu tenho que ir, já estou atrasada. Ela tá dormindo, mas deve acordar logo, logo.

– Tudo bem.

– Até mais tarde – ela me abraçou.

– Até.

Fui até a cozinha esquentar minha marmita no micro-ondas. Por mais que a senhora Linz dissesse que eu não precisava fazer isso, eu preferia. Almocei tranquilamente e, depois de lavar a marmita, subi as escadas para o quarto dela que ainda dormia.

Seu caderno de rascunho estava sobe uma mesa em um canto. Peguei para ler. Dentre todos os livros empilhados em uma estante no quarto, esse era o que mais me chamava atenção. Abri na página onde havia parado de ler. É uma história viciante.

“4h da madrugada. Kali ainda chorava em seu quarto. O ultimo dia não fora fácil. Fizera 10 anos da morte de seus pais. Ela se lembrava do acidente. Um filme que passou várias vezes durante essa noite em sua cabeça. Estava muito tarde e ela sabia do perigo disso. Acordar tarde não era permitido naquela casa. Acordar tarde era sinônimo de surra. Por algum motivo aquela pessoa, que ela se recusava a chamar de tia, a via como uma empregada.

4h30min. Rafa bateu na porta do seu quarto, um toque seguido por dois toques mais rápidos, e entrou.

– Sabia que ainda estava acordada.

– Me deixa sozinha Rafa – disse virando de costas para a porta.

– Não vou fazer isso – ele deitou ao seu lado e a abraçou, ela se virou colocando sua cabeça no peito dele.

– 10 anos Rafa... 10 anos... Mas ainda é tão real, tão apavorante, como se eu estivesse dentro daquele carro ainda... Como se... Por que eu não fui com eles, por que eu...

– Não diga isso, por favor. Você me fortalece e eu te fortaleço, lembra?

– Eu te fortaleço e você me fortalece – ela repetiu e finalmente adormeceu naqueles braços que a confortava.”

Era incrível como essa história era envolvente. Não conseguia parar de ler. Infelizmente ainda era uma história sem final.

– Diego?

– Oi Karolina. Como está?

– Estou bem. Aquele tombo não foi brincadeira.

– É tem razão.

– Lendo?

– Me desculpa, eu não te pedi permissão pra ler... eu devia ter pedido.

– Como se você já não tivesse feito isso.

– Como assim?

– Ontem você estava lendo, sentado nesse mesmo lugar e com esses mesmos olhos de quando está concentrado em algo.

– V-você... você se lembra?

Um sinal?


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham de eu escrever essa história da Karol aqui?
Se você leu até aqui #obrigada^^



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