E se você morresse? escrita por Pih Chan


Capítulo 1
Capítulo 1 - O que eu faria sem você?


Notas iniciais do capítulo

Uma amiga me desafiou e... Hm, eu não recuso desafios.
Foi meio difícil escrever um LuNa assim porque eu vejo os dois como um casal mais para o lado fofo, sei lá. Foi só uma cena que me veio à cabeça, não aprofundei muito porque é uma one shot.
Créditos para a Mari e a Mah que me ajudaram com as descrições (Yeah, mesmo que eu saiba que vocês nunca vão ler isso) e eu dedico o capítulo para todos vocês que estão lendo, espero que gostem ^^
Ps: Não, eu não desisti de Ocean Wide, eu apenas estou tentando decidir o melhor jeito de continuar.
Pss: Eu não sabia como classificar isso XD



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Nami agarrou a camisa de Luffy puxando-o para um canto longe de todos os outros companheiros e então pressionou-o contra a parede.

O jovem ficou confuso com a ação da ruiva.

─Nami?

Ela deixou suas mãos descansando sobre os ombros do garoto, embora ainda fizesse alguma pressão para que ele não saísse dali, seus olhos rolaram pelo rosto dele sem dizer nada.

Sua mão pousou sobre a bochecha do capitão o que o surpreendeu bastante principalmente quando percebeu que os dedos da garota se moviam delicadamente, acariciando-o.

Ela afastou uma mexa do cabelo negro que se encontrava na testa do amigo, logo estava brincando com o resto dos fios, eram realmente macios, mas seus olhos não saiam de cima do dono deles que estava apenas parado deixando-a fazer o que quisesse.

Os olhos de Luffy eram como de uma coruja acompanhando cada movimento da navegadora, por menor que fosse. Ele estava confuso, não sabia o que ela estava a fazer, mas confiava nela, Nami não lhe faria mal, não é?

Sentiu os braços finos da ruiva envolvendo-se em seu abdômen e o aperto do corpo dela contra o seu assim como a cabeça alaranjada que se enterrava em seu peito. Luffy presumiu que isso era um tipo de abraço e pôs-se a retribuir com seu jeito inocente de sempre.

A navegadora gostava de ouvir o som do coração do capitão batendo, parecia fazê-la relaxar, ela quase o perdera naquele dia e aquela simples batida tinha o poder de varrer suas preocupações lembrando-a que Luffy estava vivo.

O que ela faria sem aquele idiota? Só a ideia a fazia tremer como seus braços se tornaram mais apertados entorno do garoto que gemeu levemente por culpa das feridas ainda recentes. Isso a lembrou de algo.

Afastou-se com as mãos pousando levemente sobre o colete avermelhado, ela não estava olhando para seu rosto, os olhos de Nami caíam sobre o colete.

─O-oe Namiii, o que você tá fazendo? ─ Luffy hesitou tentando recuar um passo ao ver o primeiro botão sendo desabotoado, mas fora impedido pela parede.

A ruiva ignorou a pergunta voltando ao trabalho, enquanto o garoto só pode sentir sua camisa caindo no chão e suas bochechas esquentando, mesmo que não soubesse ao certo o porquê, mas a navegadora encarando a área agora exposta o estava deixando num tanto nervoso.

Ele tremeu ao sentir os dedos gelados gentilmente tocar sua pele, Nami tocou tão levemente como pode perto de um de seus machucados recebendo um gemido fraco de dor em resposta, passou a fazer isso com o restante dos hematomas.

Ela estava certa no final das contas, o capitão não estava tão recuperado quanto dizia estar.

A princípio, sua única intensão era examinar os machucados do amigo que por pouco morrera naquele dia – mesmo que não admitisse isso -, mas não passou por sua cabeça que Luffy poderia ser tão atraente com as bochechas tingidas com claro tom de rosa, os cabelos rebeldes e a camisa a faltar.

A ruiva estava para reprovar seu pensamento pervertido sobre o garoto tão inocente à sua frente, mas fora interrompida ao perceber como seu corpo já estava muito à frente de sua mente. Ela queria impedir seus dedos de rolarem tão livremente por entre os músculos do capitão, porém não era como se tivesse algum controle.

Luffy tremeu a cara toque assim como sua as bochechas subiam mais um tom de vermelho, ele soltou alguns leves gemidos, mas dessa vez não eram de dor.

Nami não pode deixar de corar também, mas não conseguia se afastar não importava o quanto sua mente lhe dissesse para fazê-lo, o cheiro do garoto estava a enlouquecendo como ela chegou mais perto apenas para senti-lo.

Seu nariz estava quase enfiado no pescoço de Luffy e suas mãos deslizavam em direção as dele apenas para se encaixar perfeitamente ali.

Ela deixou um pequeno sorriso tomar conta de sua face ao perceber como ele prendia a respiração ao vê-la se aproximar, no final das contas o jovem pirata ainda era uma criança, outros homens provavelmente agiriam de uma forma bem diferente nessas situações, mas era isso que ela gostava nele.

O garoto de borracha congelou ao sentir algo úmido trilhando um caminho por seu pescoço de forma tão provocantemente lenta.

─Namii ─ Clamou o chapéu de palha com sua voz infantil distorcendo seu nome em meio de gemidos ao sentir a língua da navegadora passando por sua clavícula onde sua pele estava sendo chupada pela mesma. ─ se está com fome, podemos pedir algo ao Sanji. ─ Ele disse tão inocente quanto alguém poderia ser em uma situação como essa.

Fora o suficiente para tirar a companheira do transe que se encontrava até então, ela recuou alcançando o tom mais forte que vermelho que você poderia encontrar em qualquer tabela de cores, da mesma cor que a marca que agora se encontrara no pescoço do amigo.

─D-desculpa, eu estava preocupada com você, acho que me deixei levar. ─ Ela só queria sair dali e esquecer isso, ora como pode fazer algo assim com aquele idiota? A vontade da navegadora era dar-se um tapa enquanto tentava reprimir seus pensamentos de como o gosto do capitão era bom ou seu cheiro ou mesmo como sua pele era macia.

Luffy apenas deixou um grande sorriso esboçar-se em seu rosto ao depositar seu tesouro na cabeça da companheira.

─Está tudo bem, eu estou bem.

A garota cerrou os punhos oferecendo um soco na nuca do capitão.

─Não faça parecer tão simples, idiota! Você quase morreu! ─ Suas palavras acabaram por serem mais altas do que o desejado, mas fora surpreendida pela garoto de borracha puxando-a para um abraço.

─Não há com o que se preocupar, eu estou vivo, não estou? ─ Ele murmurou em resposta apoiando o queixo no ombro da navegadora agora mais corada. Como palavras tão simples podia fazê-la tão calma?

Ficaram alguns segundos em silêncio até Nami ouvir a fraca risada de Luffy enquanto completara sua frase anterior.

─Shishishi! Eu não poderia morrer só com isso, eu sou o homem que vai se tornar o rei dos piratas! ─ O garoto sonhador deixou um sorriso brilhante tomar conta de seu rosto enquanto proferia aquelas mesmas palavras que gostava tanto de repetir.

Monkey D. Luffy, era o nome do homem que a salvou e lhe concedeu a liberdade, não podia deixar de amar aquele idiota, infantil e inconsequente. Em cada sorriso, em cada palavra, ele exalava determinação.

Era tão despreocupado e estava sempre a lhe mostrar o lado bom de tudo, Nami não poderia simplesmente imaginar uma vida sem o mesmo, mas ela podia sentir o seu calor e ouvir seu coração bater, como ele disse, isso que importava: ele estava vivo, afinal.

Pode-se dizer que tudo até agora não passara de um simples drama da navegadora, mas a atenção que estava a receber do dono de seu afeto e aquele simples momento fazia valer a pena. Ela queria permanecer ali por quanto tempo pudesse, era tão confortável.

─Nami. ─ Ele chamou com a voz num tanto séria em relação ao seu normal. A navegadora suplicava mentalmente que não lhe pedisse para sair, talvez tivesse passado do ponto muito tempo atrás, mas não tinha o mínimo de interesse de voltar atrás.

Nami tirou seu rosto, antes escondido no ombro do amigo, para voltar seu olhar para o mesmo tornando-se surpresa ao encontrar seus lábios esmagados contra os dele.

Os olhos dela se mantinham arregalados, quem diria que a definição da palavra “inocente” poderia ter alguma atitude dessas? Ela sentiu os braços do capitão puxando-a para mais perto enquanto sua língua acariciava a boca da navegadora provocando-a.

As bochechas da ruiva se tornaram vermelhas novamente e seus olhos cada vez mais pesados, era demais para ela, seus lábios se separaram oferecendo passagem ao chapéu de palha que não perdeu tempo ao explorar aquela caverna úmida espalhando seu gosto de carne por toda a boca da garota.

Nami estava tão confusa, isso era algum tipo de reação ao que ela havia feito mais cedo? Instintos naturais? Ou mesmo uma brincadeira de mau gosto?

Suas pernas começavam a parecer gelatina tendo que ser segurada pelo garoto de cabelos negros para não cair quando ela sentiu o membro avermelhado esfregando-se em sua língua. Um baixo gemido escapou da navegadora pouco antes de corresponder.

Ela amava como aquela saliva virgem se misturava com a sua, um território completamente inexplorado que era seu naquele momento, apenas seu.

Talvez Luffy tenha percebido a animação crescente da companheira e sua intuição gritou-lhe para que parasse por ali, pois fora exatamente o que acontecera. Os braços do capitão entrelaçados em sua cintura faziam falta, Nami queria mais, mas percebera que não o teria quando voltou seu olhar para o companheiro que recolhia sua camisa do chão.

─Agora estamos quites. ─ Ele finalmente disse enquanto apontava para a mancha vermelha em seu pescoço. É, talvez a mente inocente do garoto a sua frente tenha considerado tudo isso apenas como uma espécie de jogo.

E talvez a navegadora queira jogar novamente um dia.


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Notas finais do capítulo

Eu realmente tentei não fugir muito das personalidades, espero que ter conseguido. Espero que tenham gostado =^.^= ~~Muita vergonha aqui, cara.
O que vocês acharam? Bom? Ruim? Eu poderia ter melhorado as descrições? Saí muito do contexto das personalidades deles? Deixei de aproveitar alguma coisa? Por favor, digam-me suas opiniões, vou ficar muito feliz em saber ^^