Tetra escrita por Mari Darko


Capítulo 17
Capítulo 17 – Gabriel


Notas iniciais do capítulo

"Labirinto, essa é melhor definição humana, para a Vida
Cheia de caminhos, curvas, e retas
Mas principalmente de caminhos
Sempre nos perguntando por qual seguir
Verdadeiro labirinto, onde cada caminho escolhido
É uma mudança na vida, onde a curva
E as paredes do labirinto, não permitem ver onde vai dar
Bom que a vida fosse formada por vários caminhos
Mas que pudéssemos ver o desvendar deles
E prever, o que íamos passar, se escolhêssemos tal caminho
E assim poderíamos escolher o que trouxesse só
Felicidade, Amor, Sucesso...
Mas a vida é um labirinto...
E como labirinto, ela é cheia de caminhos
Repleta de curvas e paredes tortas(...)"

Elton Ferreira



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Como o esperado, fomos levados para outra sala. Desta vez era uma sala bem peculiar, era enorme, totalmente branca e possuía uma parede com um vidro retangular, como aquelas que são usadas em interrogatórios, mas nesta nós podíamos ver o outro lado também, onde nos esperavam Cínthia e Caleb. Não demorou muito para que ela começasse a ditar as regras de nosso teste:

–Bem-vindos ao nosso simulador, aqui acontecerão todas as próximas avaliações. Nós podemos programar esta sala para ser qualquer ambiente, real ou irreal e fazer vocês passarem por qualquer tipo de experiência. Poderão sentir dor, angústia e qualquer coisa que podem imaginar, como se fosse real, mas não serão. Basta um pedido, e nós poderemos parar a simulação.

–Poderemos, não quer dizer que vamos. Não quero ver ninguém desistindo aqui, principalmente você Carolzinha. Você já teve a decência de contar à seus amigos sobre seu pai? – Continuou Caleb.

–Sim ela já nos contou. – respondi.

–E seu pai já sabe?

–Não, e nem vou contar pra ele. Se quiser, fique a vontade.-foi a vez de Carol responder.

–Bom, ele vai descobrir por ele mesmo mais cedo ou mais tarde. Por hora vamos apenas continuar com nossos deveres, podemos?- Caleb, mais uma vez mudou o assunto.

–Estamos aqui para isso! - respondemos.

Eles começaram a explicar o que nós iríamos fazer. Primeiro, em uma pequena tela, ao lado da ‘janela’ por onde trocávamos palavras, iria aparecer uma imagem, e mais uma vez, Carol teria que memorizar a imagem, e passá-la para um papel. Nós só não esperávamos que fosse a foto de um labirinto, pelo qual teríamos que atravessar até o centro, e o último passo seria um problema de lógica para eu resolver, e tudo isso, claro, em um tempo determinado.

Sem aviso prévio, assim que acabou o tempo do desenho de Carol, as paredes da sala branca desapareceram e nos vimos em um ambiente desconhecido de um labirinto com paredes de concreto. Aquilo tudo parecia real. Pensei que simuladores assim só existissem em filmes de ficção científica.

Felizmente o labirinto era circular e com algum tipo de padrão, então não foi difícil desenhá-lo, e também não tivemos grandes dificuldades em atravessá-lo, pois o desenho estava quase todo completo, e foi um ótimo mapa, graças à eficiência de minha colega.

Finalmente, chegamos ao centro do labirinto, sem mesmo sentir nenhum tipo de dor, ou angústia. Sabia que não fariam isso com a gente. Lá vimos apenas uma espécie de mesa. Sob ela havia um botão, trancado em uma caixa de vidro com um pequeno dispositivo embutido. Esse dispositivo continha um teclado, e em sua tela aparecia a frase: “Insira a senha”.

–Que senha? – Pensei em voz alta após ler a frase.

–Bem Gabriel – Carol falou, apontando para o papel que ela tinha achado também sob a mesa – Acho que isso é com você.

Ela me entregou um papel, e nele havia na verdade, uma charada. Para minha decepção, era a antiga charada da esfinge: "Qual O Ser Que Ao Amanhecer Anda Com 4 Patas, Ao Meio Dia Com 2 e A Noite Com 3." Nem precisei pensar, essa já era manjada. Não hesitei em digitar no dispositivo: “o homem”.

Não acreditei que seria tão fácil assim. Logo a caixa se abriu, e mesmo apreensivo, apertei o botão. De repente o labirinto começou a desaparecer, e logo retornamos a sala branca. E para a minha surpresa nosso teste tinha acabado mesmo. Não aguentei e sussurrei para Carol em um tom de deboche, porém sincero:

–Foi um prazer 'trabalhar' com você senhorita!

Ela sorriu e assentiu com a cabeça. Fomos interrompidos e dispensados com a frase dita por Caleb:

–Isso foi fácil não? Mesmo assim, foram rápidos. Mas podem ter certeza que seus amigos não acharão a mesma coisa!

Assim que saímos, alertei Rodrigo sobre o que Caleb havia me dito. Ele não ligou muito, levou aquilo como se fosse apenas mais uma ameaça inválida de Caleb e foi decidido com Júlia para mesma sala da qual nós havíamos saído e tudo que eu pude ouvir foi:

–Bem-vindos ao nosso simulador


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Notas finais do capítulo

E aí? Se alguém não conhece a charada e não entendeu, é só perguntar! haha té



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