Tetra escrita por Mari Darko


Capítulo 11
Capitulo 11 – Carol


Notas iniciais do capítulo

"A desobediência é uma virtude necessária à criatividade."

Raul Seixas



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Entrei pela mesma porta que Júlia tinha saído. Nem pensei, e já me sentei em uma das cadeiras. Caleb me lançou um olhar de reprovação e disse:

–Não falei para se sentar.

–Desculpe.

Mal eu me levantei, e ele sentou e continuou:

–Pode sentar agora.

‘’É sério isso?” Pensei.

–Então, é a última do grupo. Sabe que eles dependem de você, se eles não passarem será basicamente culpa sua. Eles têm capacidade e habilidades para vencer, talvez você não tenha. Está decidida a continuar? Por que se não eu deixo o seu time escolher outra pessoa.

–É impressão minha ou você quer me fazer desistir? Nem viu o que sou capaz de fazer! Seria por causa daquele papinho de: “O Sérgio não quer que ela participe”? Você mesmo disse que meu pai não manda em nada! Agora mudou de ideia?

Ele deu um sorriso irônico, e replicou:

–Então você ouviu. E vai desobedecer ao seu pai assim, sem remorsos? Se ele disse para não participar, ele deve ter um bom motivo para isso.

–Realmente não ligo. Ele nunca pareceu se importar mesmo, e ele concordou em deixar os outros participarem não é? Concordou com o projeto! Se os filhos dos outros podem participar, a dele também pode!

–Não deveria pelo menos avisar seus amigos disso?

–Duvido que esse projeto seja algo “do mal”. Isso deve ser só um capricho do meu pai, e meus amigos não iam desistir mesmo.

Depois de um momento em silêncio, ele se manifestou:

–Ok, já que é assim, vamos ao que interessa: o seu teste. Vou te mostrar uma imagem de um ambiente, onde você nunca esteve, por um curto período de tempo, e quero que você o reproduza em um papel, por meio de um desenho, este mesmo lugar, com riqueza de detalhes.

Devo ter tido um minuto para olhar aquela imagem. Parecia uma sala onde “pessoas importantes se reúnem para discutir assuntos importantes”. Com uma mesa central, várias cadeiras, muitas portas, ventilação no teto, janelas, estantes de livros, quadros, tapetes tudo com um aspecto meio antiquado. Eu tive um tempo pra fazer o desenho também, o que não foi muito legal, pois tinha de ser com “riqueza de detalhes”. Mas o principal conseguiu fazer.

Quando acabou o tempo, Caleb pegou o meu desenho e me acompanhou até a porta.

–Caroline, se seu time passar, vai ser sua culpa também.

–É mesmo?! Que bom. E me chame de Carol tá? Vamos nos ver bastante já que tenho certeza que passaremos!

Apesar de tentar ser debochada como ele, aquilo não passou de uma tentativa frustrante de omitir minha preocupação crescente sobre o que estava acontecendo. Acho que em algum momento teria que contar para meus amigos sobre isto. Mas esse momento não era agora.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Comentem por favor! ^^ E gente modifiquei um pouco o capítulo 9, mas nada que altere a história.. Me desculpem



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