Juntos pelo acaso. escrita por Hermione Granger


Capítulo 5
A Toca


Notas iniciais do capítulo

O capitulo não tá láaa essas maravilhas. Tem momentos que é dificil desenrolar a historia, mas prometo melhorar nos proximos.



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Para o desespero de Hermione, Gina ainda não havia chegado. Entrou pela sala da casa dos pais de Ron colada nos calcanhares do rapaz como se fosse sua sombra. Ron a puxou para ficar ao seu lado e a quantidade de cabeças ruivas que ela encontrou foi assustadora. Na verdade ela mal sabia dizer se o que a assustava era a quantidade de pessoas por metro quadrado, ou a quantidade de pessoas com cabelos laranja no mesmo ambiente. Ron colocou sua mão sobre o ombro de Hermione e sorriu para conforta-la.

— Oh, querido! Que bom que chegou. – Uma senhora surgiu em meio à multidão, enxugando as mãos em um pano de pratos que aparentava estar muito mais encharcado que suas mãos. Ela deu um forte abraço em Ron ajeitando as roupas amarrotadas do filho logo depois de solta-lo. – Estava lhe esperando para o café, você nunca chega tão tarde. Ah. Olá, querida. Você deve ser Hermione. Sou Molly.

Hermione começara a entender o porquê de Gina falar como se estivesse sempre com pressa. Molly deu um abraço e um sorriso acolhedor a Hermione.

— Oi mamãe. Sim, essa é Hermione. – apresentou Ron mesmo sem necessidade. – Responsável por café maravilhoso que me impediu de chegar mais cedo.

Hermione sentia seu rosto queimar conforme as pessoas a olhava. Ron apresentou um a um, mas na quinta pessoa que se apresentava, Hermione já havia esquecido o nome do primeiro.

— Estes são Fred e Jorge. – disse quando dois rapazes extremamente idênticos se levantaram para cumprimentá-la. – Pode trata-los como uma coisa só. Nem ao menos nós conseguimos diferenciar e eles nunca facilitam, a não ser pelas esposas. São Alicia e Angelina.

Uma moça alta e de pele negra acenou para Hermione sendo seguida por uma um tanto mais baixa de longos cabelos negros.

— Jorge é casado com Angelina, Fred consequentemente é casado com Alicia. – Disse Ron quando se afastaram. Ele guiava Hermione com a mão apoiada nas costas da garota até outro canto da sala onde mais Weasley aguardavam serem apresentados. – Gui, Carlinhos e Percy.

Hermione sorriu para os três irmãos que ela logo soube serem os mais velhos. Carlinhos tinha um ar sério e ao mesmo tempo brincalhão. Era o mais alto e forte dos irmãos. Gui tinha uma aparência um tanto desleixada. Seus cabelos laranja vivo ondulavam rebeldes até a altura dos ombros e ele calçava botas de estilo militar por cima do jeans surrado. Gui era casado com Fleur que contrastava completamente o estilo do rapaz. Fleur era o tipo de mulher que despertava o olhar de qualquer homem. Seus cabelos eram longos e de um louro platinado que sob o sol chegava a incomodar a vista. Seus olhos eram grandes e azuis e a pele branca tinha um leve tom rosado natural. Percy, o último dos irmãos, era o que parecia ser mais sério. Estava sempre vestido em seu terno ainda que não estivesse indo para o trabalho. Mas sua esposa Penélope era quem parecia ser a cabeça centrada da relação. Como se não bastasse a grande quantidade de irmãos e cunhadas que Ron lhe apresentou, a quantidade de sobrinhos e sobrinhas era gritante. Hermione anotou mentalmente que da próxima vez que fosse A Toca, deveria levar um caderninho de anotações para se lembrar do nome de cada um ali.

— Você parece um pouco assustada. – disse Ron quando saíram para o jardim onde as crianças corriam e brincavam.

— Só estou pensando se darei conta de decorar tantos nomes. – disse Hermione sorrindo.

— Hermione! – Hermione virou-se ao ouvir uma voz conhecida lhe chamar e ficou agradecida ao ver Gina que chegava acompanhada de Harry. – Que bom que o pateta do meu irmão te trouxe. Como está?

— Confusa com a quantidade de gente e feliz por ver rostos conhecidos. Olá, Ginny. Harry.

— Olá, Hermione. – Harry a cumprimentou com um beijo na bochecha. – Também fiquei assustado quando os conheci, mas são a melhor família do mundo.

— Sobre isso não há dúvidas. – disse Hermione sincera.

— Logo você se acostumará. Ficará até com vontade de ter uma família cheia assim. – disse Harry.        

Os quatro ficaram conversando no jardim enquanto olhavam as crianças pequenas brincarem, enquanto as pré-adolescentes conversavam freneticamente em um canto isolado dos adultos. Harry e Ron contavam a Hermione sobre suas infâncias e adolescência nos jardins d’A Toca. Harry vivia com os tios, mas passava quase todos os dias de suas férias na casa do melhor amigo.

Hugo brincava de pique esconde com os filhos de Fred ou Jorge, ou dos dois, Hermione ainda não sabia dizer. Nas vezes em que era sua vez de procurar, se sentava ao lado de Hermione para que ela o ajudasse a procurar revelando o esconderijo dos primos. Gina ficara contente ao ver o desenvolvimento de Hermione com Hugo, que cada vez se mostrava mais comunicativo.

— É como se já se conhecessem há meses. – disse Gina que olhava o sobrinho brincar. – Você deve ser algum tipo de Mary Poppins. 

— Acho que dei sorte. – disse Hermione que ria enquanto via Hugo feliz ao encontrar Fred II escondido atrás do Ford Anglia do Sr. Weasley. – Hugo é uma criança ótima.

— Sem modéstia. Você é ótima. – elogiou Ron sem encara-la.

— O que faz lembrar que você me deve agradecimentos, Ronald. – cobrou Gina.

— O que?

— Você deve me agradecer. E se desculpar. – Completou ela. – Se bem me lembro eu ouvi muitas reclamações sobre me intrometer na sua vida quando lhe disse que havia achado a candidata ideal.

— Não muda o fato de eu te achar uma enxerida. Mas eu reconheço que você fez um bom trabalho. Obrigada, Gina.

Gina ficou espantada ao ver Ron realmente agradece-la, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa, o irmão a embalou em um abraço dando leves cascudos em sua cabeça deixando-a descabelada.


O almoço ocorreu bem mais descontraído do que Hermione pensava. Os gêmeos Weasley eram, de fato, a alegria da família. Faziam piada com qualquer pessoa ou assunto e transformava qualquer clima tenso em um clima confortável. O pai de Ron, que chegara minutos antes da hora do almoço, era um homem adorável. Ron era, de longe, o filho que mais se parecia com o pai, por dentro e por fora. A senhora Weasley era uma espécie de mamãe ursa. Cuidava de cada criatura debaixo de seu teto, inclusive de Hermione, embora a conhecesse a poucas horas. Como Ron dissera, eles eram realmente incríveis. Ainda pode conhecer Neville, velho amigo de escola de Ron, que viera almoçar com os Weasley, e Luna, que conhecera quando foi em sua entrevista com Ron.

— Então nos diga Hermione. Você deveria estar realmente desesperada para aceitar morar com o Roniquinho. – disse um dos gêmeos. Hermione pode ver uma careta no rosto de Ron em desaprovação ao apelido.

— Para ser sincera eu realmente estava. – Respondeu arrancando risos debochados dos gêmeos. – Mas está sendo ótimo, acreditem.

Roniquinho deve te pagar realmente bem para você estar dizendo uma coisa dessas. – disse o outro gêmeo. – Isso é uma injustiça, tivemos que atura-lo a vida toda.

— E de graça. – completou o outro irmão.

— Ora meninos, deixem o seu irmão em paz. – pediu o Sr. Weasley educadamente voltando em seguida para Hermione.

— Diga-me, querida, onde está morando antes? – Perguntou a Sra. Weasley.

— Eu aluguei um quartinho nos fundos da casa de uma senhora. Não era o quarto dos sonhos, só o que eu conseguia pagar. – disse Hermione sem querer entrar muito em detalhes. A Senhora Figg a acolheu como pode e ela não se sentia bem em reclamar. – Eu vim para estudar, mas não achei que seria tão complicado arrumar um trabalho.

— Oh, querida! – lamentou a senhora Weasley. Mas logo sorriu para confortar a garota. – Bom, mas agora tenho certeza de que ficará tudo bem. Espero que Ron tenha lhe acolhido como merece.

— E o que pretende estudar, Hermione? – Perguntou Percy que se sentava próximo ao pai.

— Ah, bom, eu passei em medicina. – respondeu Hermione tentando não parecer muito convencida. Percy fez cara de surpresa e admiração.

— Uau! – Exclamou o sr. Weasley. – Seus pais devem estar orgulhosos. De onde eles são?

— Meus pais são de Bath. Mas pretendo traze-los para cá assim que possível.

— Faz bem ter a família por perto. – disse Ron.

Todos à mesa pareciam muito interessados em Hermione, mas não de um jeito chato ou inconveniente. Cada um deles lhes fazia perguntas e demonstravam admiração por cada coisa nova que descobriam sobre ela. Ela os admirou ainda mais. Conforme olhava para aquela casa simples e cheia, sentia um vazio no peito. Ela sentiu uma pequena ponta de inveja de Ron, mas não o tipo de inveja ruim. Não tinha como sentir uma inveja ruim quando se via a felicidade de Ron em estar ali.

— Oh querida, você está bem? – perguntou a senhora Weasley ao notar que Hermione parecia um pouco desanimada.


— Ah, sim senhora. Estou ótima.

— Você me parece um pouco chateada. Tem certeza que está tudo bem? Fred e Jorge não perturbaram você, não é? Ora, eu vou matar esses garotos. 

Hermione sorriu com a preocupação da Sra. Weasley.


— Todos me trataram perfeitamente bem, senhora Weasley. Inclusive Fred e Jorge. Não se preocupe. Eu estou muito feliz por estar aqui.

O resto da tarde ocorreu como previsto, alegre e confortavelmente bem. Os Weasley era uma família acolhedora e era difícil não se entrosar entre eles. Hermione mal conseguia se lembrar de seu nervosismo de mais cedo sem se sentir uma tola. 

Quando anoitecera, Ron a chamou para voltarem para casa pois a viagem era um pouco longa. Ambos se despediram dos familiares entre muitos agradecimentos de Hermione e convites de “volte mais vezes, querida” da senhora Weasley.


— Tome querida. Leve este bolo para tomarem café amanhã cedo. Já estou acostumada a fazer o café para Ron e Hugo e acabei deixando isto pronto, aproveitem. Se cuidem. Não se esqueça de voltar, querida. Será bem-vinda.

— Obrigada, Senhora Weasley.

— E ai, o que achou? – perguntaram Ron quando já estavam a caminho de casa. Hugo dormia em sua cadeirinha no banco de trás.

— Obrigada por me convidar, eles são realmente pessoas incríveis.

— Fico feliz em ouvir isso. Sinta-se sempre bem-vinda para visita-los quando quiser, basta me dizer. Mas acho que não será necessário. Mamãe me faria te levar mesmo contra sua vontade.

Hermione não queria se sentir intrusa. Conheceram Ron e Gina a pouco tempo e não se sentia a vontade para se convidar para almoçar com sua família. Mas não negaria um próximo convite. A volta para casa foi calma. Hermione já não tinha a ansiedade de mais cedo então eles apenas conversaram descontraidamente.

Ao chegarem, Ron colocou Hugo em sua cama e aconselhou Hermione a descansar, já que ainda era seu dia de folga.

— Obrigada pelo ótimo almoço, Ronald... Ron. Desculpe. – disse ao ver que Ron iria lhe repreender por chama-lo pelo nome.

Ela não demorou em dormir. Não estava cansada, e apesar da saudade que agora sentia de casa, o dia fora bem agradável. Ela se sentia em paz, o que permitiu dormir sem delongas.


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