Bijuu Slayer escrita por Danizo, Okami


Capítulo 2
Capítulo II. Haruno Sakura


Notas iniciais do capítulo

Agradeço pelos comentários, e aqui está o segundo capítulo da fanfiction.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/509586/chapter/2

10 de outubro. Sakura era uma garota gentil e estudiosa, o que normalmente a fazia bastante amigável com os demais alunos da academia. Tinha cabelo rosa que passava um pouco dos ombros, e estava usando sempre uma fita vermelha para amarrá-lo.

Mesmo agora, aos seis anos, ela era facilmente uma das melhores alunas da academia quando se tratava de notas e conhecimento geral.

– Mamãe? – ela chamou, mas não recebeu resposta. – Mamãe?! – repetiu, um pouco mais alto.

Não recebendo resposta, ela simplesmente deu de ombros e começou a se arrumar. Talvez ela tenha saído? Não seria a primeira vez. Mas ela logo franziu a testa ao descer; tinha algo de estranho na casa, mesmo que Sakura não pudesse dizer o que era.

Descendo cautelosamente as escadas, como se a cada passo um dragão pudesse aparecer e devorá-la, ela chegou ao primeiro andar. Estranho. O café não estava pronto, como normalmente sua mãe deixava.

– Eu posso bem comer uma maçã hoje... – murmurou ela.

Pegando uma maçã no cesto, a garota tentou abrir a porta e ficou surpresa ao descobrir que estava trancada. Não era exatamente isso que a deixou surpresa, é claro. Sua mãe fechava a porta, afinal, tinham muitos ladrões pela vila. Mas a chave não estava em lugar nenhum.

Suspirando, ela abriu uma das janelas, pulou para fora e a trancou novamente. Depois disso, ela caminhou tranquilamente na direção da academia. Como já era rotina para ela, Sakura passou na frente da loja de flores do clã Yamanaka. Ino saiu apressada de dentro.

– Oi? Por que a demora? – perguntou a loira.

– Desculpa Ino. Minha mãe saiu e deixou a porta trancada, mas eu não consegui achar a chave. – respondeu Sakura, suspirando. – Você a viu hoje?

– Hm... – Ino olhou para cima, pensativa. – Não.

– Ei, vocês ouviram falar do incidente da madrugada? Oh Deus, todas aquelas pessoas... eu sabia que devíamos ter nos livrado do demônio antes. – enquanto elas passavam, ouviram alguns dos aldeões murmurando em pequenos grupos.

– Eu ouvi que quatro quarteirões simplesmente desapareceram. – murmurou outro.

– Quatro quarteirões? – outro, parecendo surpreso. – Soube que já são sessenta e duas mortes confirmadas...

Sakura olhou ao redor, cada vez mais preocupada. Por algum motivo, ela tinha um mau pressentimento sobre esses rumores.

– Ei, Ino. – ela chamou.

A garota loira se virou para ela, parecendo um pouco preocupada também.

– Sim?

– Do que eles estão falando? – perguntou.

– Eu não sei direito... – murmurou Ino. – Eu ouvi meu pai e minha mãe falando que alguma coisa aconteceu de madrugada, mas... – ela suspirou. – Parece que o Hokage proibiu as pessoas de revelarem o que aconteceu. Eu sei que morreu muita gente.

– Ino. – Sakura chamou, agora mais preocupada. Seus olhos lacrimejavam. – V-Você não acha que a minha mãe...?

– É claro que não! – cortou a loira, tentando soar confiante. – O que ela estaria fazendo do outro lado da aldeia no meio da madrugada?

Isso pareceu animar um pouco a garota de cabelo rosado.

– É... não tem sentido... – disse ela, mas parecia estar mais tentando convencer a si mesma disso do que qualquer outra coisa.

Algumas horas depois,

Sakura estava parada na frente de casa. Ela bateu na porta outra e outra vez, mas não obteve resposta.

– Mamãe?! – gritou. – Mamãe... – ela fungou.

– Atenção! – gritou um homem no meio da rua, chamando a atenção dos civis. – O Hokage-sama solicita a presença de vocês na frente da torre do Hokage o mais depressa possível, para que se possa esclarecer o incidente de hoje de madrugada. O discurso começará daqui a dez minutos.

Ouvindo isso, a garota nem mesmo parou para pensar; se virou e saiu correndo na direção da torre do Hokage, driblando civis e shinobi pelas ruas. Ela saltou por cima de um caixote de madeira e fez uma curva. Não demorou muito para que ela se cansasse, mas ela continuou correndo o mais rápido que podia.

Em alguns minutos, ela estava na frente da torre. Uma grande multidão já estava reunida, esperando o Hokage falar.

– Bem... – começou o velho, depois de esperar mais alguns minutos. Instantaneamente, os murmúrios e movimentos cessaram. – Como a maioria de vocês já deve saber, hoje de madrugada houve um infeliz acidente que destruiu quatro quarteirões da nossa querida aldeia e temo informar que pelos menos oitenta pessoas já não se encontram entre nós.

Isso causou alguns murmúrios. Alguns confusos, outros chocados com o número de mortos. Sakura ficou em silêncio, apenas olhando fixamente para o céu, como se implorasse para que sua mãe não tivesse sido uma dessas pessoas.

– Nem mesmo nós sabemos exatamente o que houve. – disse o Hokage, silenciando a multidão. – Mas foi resultado de uma gigantesca explosão de energia, causada provavelmente por um shinobi ou mago desconhecido. Acreditamos que tenha sido obra de uma dark guilda ou, até mesmo, de um demônio que possa ter entrado na vila.

Entre as pessoas, houve alguns que murmuraram coisas como “e eu já sei muito bem qual demônio” ou “era só uma questão de tempo”, fazendo outros – que não sabiam de tudo sobre o incidente da Kyuubi – olharem confusos para eles.

– Entre os mortos, temos... – o Hokage começou a falar os nomes dos mortos. Grupos de moradores, provavelmente amigos e familiares dos mortos, se reuniam e chorava conforme ele anunciava - ... Uzumaki Naruto, ... – alguns aldeões sorriram com isso, alguns foram tão longe a ponte de aplaudir ou assobiar.

– Naruto? – murmurou Sakura. – Aquele garoto...

É claro que ela conhecia o loiro, ele muitas vezes tinha tentado dar encima dela, embora ele estivesse três salas na frente. Obviamente, ela havia o rejeitado todas as vezes e chegou tão longe a desejar que coisas acontecessem, mas agora... uma sensação de culpa correu por ela.

– Ele... morreu...? – ela murmurou. – Eu... eu não estava falando sério... quando eu...

– ... Haruno Satsuki... – anunciou o Hokage.

Foi como se o mundo congelasse ao redor da garota. Imediatamente, lágrimas começaram a escorrer para fora de seus olhos.

– M-M... Ma... Mamãe...

– Sakura! – ela ouviu alguém gritar, mas estava muito perdida para prestar atenção. – Sakura! – outra vez. – Sakura!

Dois dias depois

Nos últimos dois dias, Sakura tinha vivido com Ino e seus pais. Mas ela simplesmente não se sentia bem. Com a morte de sua mãe, ela sentia quase como se...

– ... eu não tenho nada aqui na aldeia... – ela murmurou sozinha, fungando.

Estava vestida com uma camisa vermelho-escuro de mangas compridas e calças pretas, com sandálias shinobi azuis e uma mochila nas costas. Uma fita vermelha amarrava seu cabelo.

Ela corria no meio das árvores, evitando colidir. No momento, tudo em que pensava era se afastar da vila o mais rápido que pudesse. Tanto que ela nem prestou atenção enquanto corria. Em pouco tempo, ela se viu perdida no meio da floresta escura. Um farfalhar chamou sua atenção.

– O-O que é?! Saia daí! – ela gritou, tentando parecer confiante.

Um grande gorila de pelagem branca saiu do meio das árvores. Um Vulcan, criaturas que ela só tinha visto em ilustrações na academia e, no máximo, em técnicas de transformação. Mas isso era um real.

– Mulher! Mulher! – gritou ele.

– P-Pra trás! – Sakura gaguejou, tirando uma kunai da bolsa no quadril.

– Mulher! – urrou o monstro, e correu na direção dela.

Sem esperar, ela se virou e começou a correr. Não demorou muito para que se cansasse, – afinal, ela estava correndo fazia quase uma hora – mas o gorila continuou a persegui-la. Olhando para trás, Sakura se distraiu por um único segundo; um segundo que a fez tropeçar numa raiz exposta e cair.

– Ugh...

– Uh Uh! – o monstro se aproximou.

Sakura fechou os olhos, esperando-o alcançá-la com suas grandes mãos. Ela sentiu as mãos do monstro tocando-a, mas um berro a longa distância fez o gorila parar e olhar para cima.

– Uh? – murmurou o monstro, confuso.

ROOOOOOOAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAR!

Um imenso rugido fez com que a floresta tremesse. Imediatamente, o Vulcan se virou e começou a correr. Antes que Sakura pudesse levantar, o barulho de pesadas asas foi ouvido. Uma imensa figura passou voando e rugindo sobre ela.

– Ah... – ela só podia se encolher e tremer de medo, esperando que a criatura não a tivesse visto.

Nesse momento, o monstro desceu do céu, esmagando árvores com seu corpo. É claro que a sorte não estava a favor da menina.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Bijuu Slayer" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.