Bijuu Slayer escrita por Danizo, Okami


Capítulo 17
Capítulo XVII. Naruto e Erza


Notas iniciais do capítulo

Tá bom, isso tá meio na cara e eu tenho quase ctz que já disse isso, mas não vai ser par NaruErza. Só achei fofinho de fazer. A propósito, OLÁ, QUE SAUDADE! Eu sei que demorei pra caramba pra atualizar (mais de um ano), mas eu tenho uma explicação!: minha igreja ano passado ofereceu um curso de um ano nos EUA que era tanto sobre religião quanto curso de idiomas (além do inglês). Então eu decidi que era uma chance que eu iria me arrepender pelo resto da vida de perder e fui. Foi um ano incrível e passou tão rápido que eu nem acredito que já faz um ano que eu não atualizo. Eu até tentei, mas o tempo tava corrido e eu só podia usar PC em Lan Houses, e eu não consigo escrever com tanto barulho.

Obrigado por estar lendo isso! Senti sua falta de uma forma como você nunca vai imaginar. Eu sei que é meio melodramático falar isso, mas todos que acompanham ou acompanharam algo que eu escrevi fizeram de alguma forma parte da minha vida, e eu sou muito grato a vocês todos por isso. E agora eu voltei pra valer. Sei que muita gente deve ter parado de acompanhar ou se esquecido, mas é questão de tempo até eu voltar com tudo. Valeu a todos vocês que continuaram me mandando PM e escrevendo comentários.

— Okami



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/509586/chapter/17

O caminho entre Draynor e Crocus era curto e tranquilo. Ou pelo menos deveria ser, mas nunca era tão simples assim pra eles, e Naruto já estava se acostumando com isso. Após dois dias na floresta, ele decidiu oficialmente que estavam perdidos e que ele não tinha a menor ideia de para onde estavam indo.

Coisa boa que Sakura finalmente havia concordado que já não havia risco em deixar Erza caminhar. Nesse exato momento — mais de dez da noite —, eles estavam no meio da floresta. Ponto positivo: com a magia de Naruto, eles outra vez estavam dentro de uma bela casa de madeira novinha em folha e (nas palavras do próprio Naruto) seria mais fácil invadir a sede do Conselho da Magia que entrar ali sem que ele deixasse.

— Eu não aguento mais essa floresta! — agora um ponto negativo: dois dias na floresta tinham sido mais que estressantes. A princípio parece um sonho vagar durante horas numa bela floresta, respirando ar puro e admirando a natureza. E até era, mas se perder tinha levado tudo por água abaixo. Após esses dois dias, Sasuke não aguentava mais manter a expressão fria. — Argh, eu vou reduzir ela toda a cinzas, aí poderemos achar o caminho facilmente.

— Cale-se, oh grande Uchiha-sama. — Naruto revirou os olhos. — Peço mil perdões se uma floresta é demais pra você.

— Eu vou por fogo em você também. — Sasuke respondeu, irritado. Do outro lado da sala, ele ouviu Erza rindo. — Do que você tá rindo!?

— Nada, é só engraçado ver como o grande e poderoso Uchiha Sasuke não aguenta alguns dias no meio do mato. — se fosse ser honesta, ela também já estava cansada de estar ali.

Sasuke ia responder alguma coisa quando Naruto começou a rir outra vez.

— Talvez as árvores sejam fortes demais pra ele. Finalmente o poderoso membro do clã Uchiha encontrou um adversário adequado.

O Uchiha bufou, mas desistiu de discutir com os dois ao mesmo tempo. Pelo menos alguém está feliz, ele pensou. Era incrível como tão pouco tempo tinha feito Naruto e Erza ficarem tão ligados um ao outro.

— Que seja, eu vou dormir. — Sasuke respondeu, deitando-se no chão de madeira da casa e se virando.

Após isso, a sala caiu num silêncio confortável. Sakura e Édolon — o suposto guia deles até Crocus — já estavam dormindo há tempos. A única coisa que se ouvia era o fogo estalando no meio. Vários minutos se passaram, mas Naruto não sentia sono. Estranho, considerando que eu geralmente durmo tão rápido nesses lugares, ele pensou enquanto olhava ao redor da sala.

Mais algum tempo se passou até que a voz de Erza finalmente rompesse o silêncio.

— Naruto. — a voz da garota chamou sua atenção. — Você acha que amanhã nós chegamos?

O loiro a fixou com o olhar, pensativo.

— Não sei. — respondeu. — Esse lugar é esquisito. Geralmente eu sei exatamente onde estou numa floresta, mas aqui é diferente. Mas nós corrigimos o caminho, então até amanhã devemos chegar a Crocus sim.

— Espero que sim. — Erza suspirou. — Eu já devia ter voltado pra guilda, o mestre e os outros vão ficar preocupados. Eu nem posso enviar uma mensagem pra eles.

— Ahn... — Percebendo o desânimo da maga da Fairy Tail, Naruto rapidamente tentou pensar em algo pra dizer. — Olha, não se preocupe demais com isso. É só chegarmos a Crocus que você pega o trem e volta. São só algumas horas de Crocus até Magnolia.

A garota assentiu com a cabeça brevemente.

— O que vocês vão fazer depois disso?

No fim, ela tinha acabado gostando do trio. Naruto e Sakura eram quase irmãos mais velhos para ela, enquanto sua relação com Sasuke era quase a mesma que com Mira: no fundo eles gostavam um do outro, mas preferiam morrer a admitir isso.

— Não sei, nós não planejamos nada. Essa história de viagem no tempo nos pegou de surpresa. Estávamos tentando voltar pra onde estávamos, mas agora... — o Dragon Slayer fechou os olhos brevemente. — Não sabemos muita coisa. Aliás, não sabemos nada sobre esse tempo. O nome das cidades, como ganhar dinheiro, que lugares ainda existem. Nós costumávamos caçar dr-... — ele parou de falar por um segundo, decidindo deixar de fora a parte dos dragões. — Não importa. Mas isso não se pode fazer mais.

— Entendo. E sobre... sabe, a Fairy Tail?

— Eu não me importo de entrar na guilda, mas eu tenho que ver com Sakura e Sasuke. Se eles entrarem, eu entro. Nós estamos juntos faz tanto tempo, não conseguiria me separar deles dois.

— Sei. — Erza assentiu com a cabeça.

— Acho melhor dormirmos agora, precisamos acordar cedo. — disse Naruto, embora soubesse que não conseguiria dormir.

A garota chacoalhou a cabeça e suspirou.

— Não consigo dormir. Vou esperar até ficar com sono.

— É, eu também não. — repentinamente, uma ideia fez com que um sorriso se formasse no rosto de Naruto. — Ei, quer dar uma volta? Sabe, só até ficar com sono.

Ela estava prestes a dizer que não, mas a outra opção dela seria ficar ali sozinha até dormir, o que poderia levar horas pra acontecer. Ainda assim, os anos que ela passou na Torre do Céu a fizeram hesitar: caminhar sozinha, no escuro, no meio de uma floresta, com uma pessoa que ela mal conhecia. Sem razão pra ter medo, ele não vai te fazer nada, ela disse para si mesma mentalmente.

— C-Claro.

#

Do outro lado estava bem escuro, mas isso não importava. Graças aos sentidos de Dragon Slayer e os anos de treinamento como shinobi, Naruto podia facilmente ver no escuro. O mesmo acontecia com Erza por causa de seu olho mágico. Uma brisa fria soprava, mas nada que chegasse a ser incômodo.

Após se certificar de que a porta da casa estava outra vez magicamente trancada, Naruto e Erza começaram a andar no meio das árvores.

— É estranho viver em Fiore hoje em dia. — Naruto falou, rompendo o silêncio.

— O que você quer dizer? — Erza perguntou enquanto caminhava ao lado do loiro.

— No nosso tempo a natureza era muito mais forte que agora. Agora... parece fraca, doente. Acho que é pelo grande número de cidades que construíram.

— Ah sim. Eu fiquei curiosa sobre o tempo de vocês. Como era? Vocês falaram que eram ninjas, mas nada além disso.

Naruto parou de andar por um segundo e olhou para cima, tentando pensar em algo bom pra falar sobre o mundo ninja. No meio de todo aquele caos que era o sistema shinobi (como Ashura sempre dizia), coisas boas existiam, mesmo que muitas vezes não fossem evidentes.

— Eu... — ele murmurou, ainda pensativo. — Era esquisito. Muita luta. Principalmente por causa daquela guerra estúpida. Mas era muito diferente de hoje... não existia essa coisa chamada trem. Crocus, Magnolia... essas cidades não existiam. Bem, acho que não. Talvez como vilas. Não existiam guildas, porque também não existiam magos, apenas as aldeias shinobi.

— Difícil imaginar Fiore desse jeito.

— Fiore existia, mas ficava dentro de uma nação maior chamada País do Fogo. Existiam um monte desses países e aldeias ninja, mas felizmente naquela época não tinha nenhuma guerra declarada entre Konoha e nenhuma outra vila.

Após mais alguns minutos de caminhada, eles atingiram uma pequena clareira iluminada pela lua, o que era bem melhor que andar e conversar no escuro, mesmo que eles pudessem se ver na escuridão.

— Naruto-san. — Erza o chamou.

A essa altura, Naruto sabia que a garota usava o sufixo "-san" por ficar nervosa quando queria pedir algo.

— Diga.

— Ahn... certo... — Erza murmurou, limpando a garganta. — Então, sabe, aproveitando que estamos aqui e... sabe, não temos nada pra fazer, você não gostaria de lutar um pouco?

— Beeeem, depende. — ele respondeu, andando mais para o meio da clareira. — Você já pode lutar?

Erza o seguiu.

— Sim, eu já estou bem. — respondeu.

— Hmmm... ok. — Naruto disse. — Mas sem magia. E sem exageros. Não queremos acabar desmaiando nem nada do tipo.

— Ok. — ela concordou com a cabeça e recuou um pouco. Movendo a mão, Erza usou sua magia para fazer uma espada comum surgir.

Naruto girou o corpo e moveu os braços. Uma raiz brotou rapidamente do solo e moldou um bastão de madeira de quase dois metros de comprimento e quatro de espessura. Era a primeira vez em muito tempo que ele pegava uma arma — a única que Ashura tinha tentado lhe ensinar a manusear, ainda que ele tivesse dominado apenas um pouco mais que o básico.

Erza ergueu as sobrancelhas, curiosa com a arma. Ainda assim, ela nem perdeu tempo: lançou-se sobre o Dragon Slayer e cortou com a espada o mais rápido que podia, preparando-se para fazer seu próximo movimento.

Naruto girou o bastão e bateu ele contra a espada da garota, bloqueando o golpe. Vendo a chance, o loiro ergueu a perna contra o estômago de Erza, que girou o corpo para o lado e atacou novamente com a espada, mas só atingiu o ar: Naruto havia saltado para trás. O shinobi moveu rapidamente o bastão, agarrando a extremidade inferior e batendo o resto da arma com força contra Erza, que se jogou contra o chão e rolou por baixo do braço de Naruto antes que fosse atingida.

Quando ela endireitou o corpo, girou e tentou cortar contra as costas de Naruto, mas o Uzumaki já havia se afastado. Ela arregalou os olhos ao vê-lo erguer e descer o bastão com tudo contra o solo. Reagindo por instinto, a espadachim ruiva saltou o mais alto que pôde, bem a tempo de evitar a fissura que se abrira no solo com a pancada. Mas foi aí que ela viu que tinha algo de errado: Naruto também sumira. Antes que ela pudesse reagir, sentiu o corpo sendo lançado contra o chão, e a próxima coisa que sabia é que estava cuspindo para tirar a poeira que tinha entrado em sua boca.

— Cof... cof... — ela tossiu, apoiando as mãos para se levantar do chão. A queda a tinha feito ralar os joelhos (uma das poucas partes expostas de seu corpo), mas nada que ela já não estivesse acostumada. — Era... cof... sem magia!

— Eu não usei magia, usei velocidade e força. — Naruto respondeu, estendendo-lhe a mão para ajudá-la a se levantar.

— Ninguém é tão rápido assim sem usar magia! — ela protestou, aceitando a ajuda.

— Ninja. — foi sua única resposta. — Além de tudo, muitos por aí são bem rápidos sem usar magia nem nada do tipo.

— Certo... — Erza respondeu, suspirando outra vez. — Vamos de novo? Por favor? — apesar de não ser tão competitiva quanto Natsu, ela ainda tinha seu orgulho como a mulher mais forte da Fairy Tail e não se sentia nada feliz com a facilidade que Naruto tinha em a derrotar.

Apesar de ter a intenção de recusar, Naruto acabou aceitando ao ver a expressão determinada no rosto da espadachim. Além do mais, um ou dois rounds a mais não fariam mal a ninguém...

De manhã,

— Naruto! Erza! — Sakura entrou na clareira gritando os nomes de seus dois companheiros de viagem. Sasuke e Édolon estavam logo atrás. Pra alguém com o olfato de um dragão, seguir o cheiro de duas pessoas que não tomaram banho em dois dias era extremamente fácil.

Eles pararam de andar ao perceber a destruição no local: várias crateras estavam espalhadas por aí. Árvores haviam sido derrubadas, quase como se algo as tivesse cortado de uma só vez.

Numa das bordas mais distantes, num dos poucos locais que não foram devastados e ainda tinham grama, eles podiam ver duas pessoas sob a sombra de uma árvore.

— O que diabos aconteceu aqui...? — Sakura murmurou enquanto rapidamente cruzavam o local destruído. — Lá, vamos.

Escorado numa árvore, Naruto dormia. Erza — um tanto menor que ele — também estava dormindo, com a cabeça repousando no ombro do loiro. Sakura estava prestes a acordá-los.

— Espere! — ela ouviu a voz de Sasuke seguida por um estalo de eletricidade. Quando se virou, o Uchiha já havia sumido dali.

— Onde ele foi?

Édolon deu de ombros e voltou a comer a maçã que tinha colhido no caminho até ali.

Menos de dez segundos depois, Sasuke reapareceu ali com as bochechas infladas, como se cheias de alguma coisa. O Uchiha rapidamente fez alguns movimentos com as mãos, como se estivesse conjurando algum feitiço, e depois cuspiu uma grande quantidade de água sobre Naruto e Erza.

Obviamente ele tinha usado a Chaos Magic, porque a água estava tão fria que chegava a soltar vapor.

— G-GGaah! — Naruto e Erza acordaram ao mesmo tempo, gritando e tremendo por causa da água gelada.

— Hahahahaha! — o Uchiha cambaleou para trás, rindo.

Sakura suspirou e se afastou para perto de Édolon, sabendo o que aconteceria a seguir.

— O-O q-q-qu-quê... — Naruto gaguejou, os dentes trincando por causa do frio. — S-Sas-Sasuk-ke m-mald-dito-to...!

Erza também pareceu se recuperar do susto causado pelo banho e sacou a espada outra vez.

— V-Vo-Você m-me paga!

Percebendo as expressões irritadas, Sasuke se virou e disparou correndo enquanto ria ainda mais alto.

Édolon e Sakura se sentaram debaixo da sombra enquanto assistiam Naruto e Erza correrem atrás do membro do clã Uchiha pela clareira destruída.

— Qualquer um diria que eles dois são parentes. — Édolon falou.

— Com certeza. — Sakura respondeu, rindo. — Melhor aproveitar, vai demorar um pouco pra gente sair.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigado por ler até aqui mano! Até semana que vem! ;) Eu simplesmente não poderia e jamais poderei abandonar essa história, então nem se preocupem com isso (os que me enviaram PM a respeito), porque eu sequer cogitei essa possibilidade. Agora eu voltei, vou atualizar algumas histórias e postar novas quando puder, logo logo o capítulo 18 vem aí.

Se gostou não deixe de comentar e dizer sua opinião (se quiser, é claro), é muito importante pra mim saber o que você está achando da história e o que achou do capítulo.