Bijuu Slayer escrita por Danizo, Okami


Capítulo 12
Capítulo XII. Konoha


Notas iniciais do capítulo

Obrigado por todos que leram e comentaram, desculpem por passar (eu pretendia ter postado ontem). Talvez por ironia do destino, no dia em que eu termino a tempo, a internet cai :P Sem mais delongas, pro próximo capítulo!



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Eles vagaram por muitas horas no meio da floresta, sem nenhum sinal de uma trilha a seguir. Foi apenas graças à magia de Naruto que eles não acabaram se perdendo no meio da floresta, mas uma coisa era certa, e até o maior idiota de todos poderia notar. Conforme eles andavam mais adiante, as árvores pareciam ficar maiores. Algumas delas pareciam ter mais cem anos.

Conforme o tempo passou, começou a escurecer.

– Não pode ser... – Naruto murmurou para si mesmo.

– O que foi, Naruto? – perguntou Sasuke.

– Eu... esse lugar parece tão familiar. – ele olhou para uma das árvores. – Essa árvore tem pelo menos uns quinhentos anos. Talvez mais. Eu só lembro de um lugar assim na minha vida.

– Espera, você não está querendo dizer que...?

– Sim. – Naruto respondeu.

– Espera, espera. – Erza chamou a atenção dos dois. Novamente, ela estava sendo carregada por Sakura. – Do que vocês estão falando?

– Konoha. – disse Sakura.

Como se respondendo ao nome, eles finalmente viram as ruínas da muralha de Konoha. Um grande buraco tinha sido aberto na lateral do muro, tornando mais fácil para eles entrarem.

– Que lugar é esse? – a ruiva novamente perguntou, olhando para os edifícios em ruína. Uma antiga bandeira esfarrapada esvoaçava com o vento. A aldeia em si parecia como se não tivesse sido visitada por séculos.

– Nossa vila... – respondeu Naruto, olhando com um misto de apatia e tristeza para a vila. Independente de quanto tivesse sofrido ali, ainda era sua casa. Onde tinha feito alguns de seus poucos amigos. – Ou o que restou dela. Gostaria de saber quando isso aconteceu...

O local parecia ter sido completamente esmagado. Escombros estavam espalhados por toda parte. O outrora imponente monte Hokage estava sem a cabeça do terceiro e do quinto Hokage, e com as outras rachadas, como se fossem desabar a qualquer momento.

– Jiji... – o loiro murmurou, olhando para a cabeça faltando.

– Naruto, você acha que foi Orochimaru que fez isso? – perguntou Sakura.

– Não. Mesmo sendo tão poderoso, eu duvido que Orochimaru sozinho tenha poder para ter feito isso tudo. – disse Naruto. – Quando lutamos, ele estava apenas brincando comigo... mas mesmo assim, eu tenho certeza que ele não conseguiria vencer a vila toda sozinho.

– Naruto, nada o impede de ter trazido até um exército. – falou Sasuke, brevemente avaliando uma marca gravada na terra.

– Sim, mas teriam sinais. Não... parece que tudo isso foi causado por um só ataque. Um ataque que destruiu toda a vila de uma só vez. Seja o que for, aconteceu no máximo alguns anos depois que fomos embora. Cerca de 400 anos atrás. – disse o loiro.

– Espera, quem diabos teria o poder pra fazer tudo isso com um só ataque? – Erza chamou. Ela e Sakura estavam sentadas sobre um bloco de concreto aleatório. – E como diabos essa vila é de vocês, se foi destruída 400 anos atrás?

– Eu esqueci que você não sabe... – disse Sakura. – Naruto, Sasuke, acho que seria bom passarmos a noite aqui. Arrumem tudo enquanto eu conto pra ela.

Os dois assentiram com a cabeça. Sasuke saiu a procura de algo para comer, enquanto Naruto criou uma casa improvisada com sua magia. Lentamente, pilares sólidos de madeira se ergueram por entre as rochas, formando uma plataforma logo acima dos escombros. Logo em seguida uma casa se formou sobre essa plataforma.

Enquanto isso, Sakura contava para Erza tudo que tinha acontecido nos últimos dias.

– Então, nós estávamos lutando com... er... – ela parou, incerta sobre contar sobre Zeref e Acnologia. – Duas pessoas. Então uma terceira apareceu. Ela usou uma magia estranha, e quando nos demos conta, estávamos caindo do céu diretamente contra o banco daquela cidade. – ela tomou fôlego. – Só recentemente descobrimos que fomos enviados 400 anos para o futuro.

– Certo... e como diabos eu vou acreditar nisso? – perguntou Erza.

– Não sei. Nem nós queremos acreditar... – Sakura suspirou.

– Merda! Sakura, Erza, tomem cuidado! – Naruto gritou. Uma parede de madeira se ergueu apenas a tempo de bloquear um par de facas. – Foi quase... – o loiro suspirou de alívio e desviou o olhar para um grupo de bandidos.

– Então, quem são vocês? Vocês tem que ser muito idiotas para entrar assim no nosso território. – disse o aparente líder do bando. – E de onde diabos essa casa saiu?

– Olha, nós não queremos briga. Só queremos passar a noite aqui.

– Como se fossemos deixar, pirralho. Passe tudo que vocês têm e talvez os deixemos viver.

Um zunido cortou o ar. Num flash vermelho, Sasuke surgiu ao lado de Naruto. Um segundo depois, os bandidos caíram no chão.

– Eu não sou tão compreensivo assim. – disse o Uchiha. – Eu achei algumas coisas, é o bastante pra passarmos a noite.

– Ugh, por que isso sempre acontece? – Sakura suspirou. Mais uma vez, ela tinha se levantado e erguido Erza junto com ela. A ruiva, naturalmente, tentou escapar, mas eram tentativas completamente inúteis.

– Talvez seja só karma. – sugeriu Naruto.

– Ou talvez seja porque um dos nossos companheiros é um idiota. – disse Sasuke.

Naruto se virou para o Uchiha, mas Sasuke de alguma forma já estava na porta da pequena casa improvisada.

– Não sei quanto a vocês, mas eu estou com fome, e não quero ficar aqui pra esperar mais desses palhaços.

– É, boa ideia.

Com um aceno de mãos de Naruto, raízes prenderam os bandidos inconscientes. Eles então entraram rapidamente na casa de madeira.

Trabalhando em conjunto, Naruto e Sasuke fizeram uma pequena fogueira no centro da sala.

– Sabe, eu não estou com fome agora... – disse Naruto. – Eu vou sair. Tem uma coisa que eu preciso ver.

Sasuke e Sakura se entreolharam brevemente e assentiram com a cabeça.

– Não é perigoso com esses bandidos por aí? – perguntou Erza, que estava lentamente comendo uma maçã.

– Não, eles são muito fracos. Além disso, não se preocupe se for isso, essa madeira é mais forte que aço. Seria mais fácil eles invadirem a sede do Conselho do que entrar aqui. – Naruto se levantou, espanando suas roupas. – Então... já volto.

Outro lugar,

– Hahaha... perfeito. – murmurou Orochimaru. – Você vai servir pra minha experiência.

Uma silhueta ficou imóvel no meio da escuridão. A partir disso, a única coisa identificável era seu cabelo espetado e o breve delinear de algo preso em suas costas, embora não fosse possível determinar o que era.

– Vamos ver como o Uzumaki reagirá a isso, então... – murmurou o sannin. – Vá. Você já sabe o que tem de fazer.

Com um breve ruído, a silhueta desapareceu do local.

Ruínas de Konoha,

Naruto caminhou pelos escombros. Demorou quase dez minutos para ele encontrar o que estava procurando: o cemitério de Konoha.

Ele olhou para uma lápide em ruínas. Era quase impossível ler o nome gravado, principalmente porque o túmulo estava rachado, mas com algum esforço era possível identificar que dizia “Sarutobi Konohamaru X312 – X338”.

Caminhando mais para frente, ele finalmente encontrou o que estava procurando ali. Um grande túmulo, que tinha sofrido menos danos que a maioria dos outros. Um porta-retrato quebrado estava caído ao lado dele, com uma foto praticamente impossível de se reconhecer. O túmulo dizia “Sarutobi Hiruzen, Sandaime Hokage X2---” com as datas apagadas.

– Eu finalmente... – Naruto murmurou. – Voltei. Não que faça diferença agora.

Ele cerrou os punhos, prestes a falar mais algo, quando um pequeno brilho chamou sua atenção. Ele se virou, vendo que vinha de um túmulo em especial.

Naruto caminhou discretamente até perto desse túmulo. Quando ele chegou a dois metros de distância, o brilho sumiu. Ele olhou para a lápide de pedra extremamente corroída, mas ainda era possível ler algo gravado ali.

Uzumaki Naruto, Herói da Folha. X308 – X338” Seus olhos se arregalaram ao ler o nome gravado.

– O-O qu... isso tem que ser algum tipo de brincadeira... será que Orochimaru me colocou numa ilusão?

Ele bateu as mãos e gritou: “Kai”, mas nada aconteceu.

– Como isso é possível...? – ele murmurou. – Talvez seja outra pessoa com o mesmo nome, mas... é o mesmo ano de nascimento...

Um estalo rapidamente chamou sua atenção. Quando ele se virou, o que viu era um homem alto, vestindo roupas rasgadas e com uma cimitarra na mão.

– Pirralho, você entrou no território dos Skull Eaters. – disse o homem. – Dê todo o seu dinheiro e vamos deixá-lo vivo.

– Er... pra falar a verdade, eu não tenho dinheiro... – ele murmurou timidamente.

O bandido o olhou fixamente.

– Então dê qualquer coisa que tenha de valor, não estou brincando!

– Eu não tenho nada de valor...

– Pare de brincar comigo, me dê esse colar! – gritou o homem.

– Ah, é isso que você quer. – disse Naruto. – Não. E não sei se você percebeu, mas estamos num cemitério, tenha respeito.

– Oh, desculpe. – disse o ladrão. Por um segundo, ele parecia prestes a guardar a espada, mas então um olhar nervoso cruzou seu rosto. – Espere aí, pare de bancar o espertinho!

– Você... – Naruto começou. – É um idiota, não é?

– O-Ooi? Espera aí, você é a minha vítima, eu que deveria estar te xingando.

– Sabe, isso não parece nem um pouco um assalto. Você é o pior ladrão que eu já vi na minha vida.

– V-Você acha? – murmurou o homem, parecendo mais triste do que com raiva. Mas isso mudou tão rápido que fez Naruto se perguntar se o homem era bipolar. – Ah, cale a boca, você está me confundindo! – ele gritou.

– Eu nunca pensei que ia discutir desse jeito com um assaltante.

– Ramlow! – berrou uma voz grossa, saindo do meio de uma das poucas casas que haviam sobrevivido ao que tinha acontecido na vila. – Ugh, você é um completo imbecil. Deixe que eu mesmo assalto esse espertinho.

O homem que saiu da casa era alto, talvez mais de dois metros de altura. Ele tinha uma estrutura física bastante musculosa, e estava usando apenas uma capa de couro esfarrapada, calças e botas pretas e tinha uma pequena pistola presa em sua cintura. Tinha também um chapéu de couro preto que ocultava a maior parte de seu cabelo castanho. Cicatrizes eram visíveis na maior parte de seu corpo, e um tapa-olho cobria seu olho esquerdo.

– Passe tudo que você tem agora mesmo, pirralho. Não estamos aqui para brincadeiras.

– Eu não sei, vocês dois são os piores assaltantes da história.

– Você acha, é? – perguntou ele, parecendo um pouco surpreso com a afirmação repentina de Naruto. – Espera aí, você se acha muito engraçado, não é?

– É, um pouco. – respondeu o loiro. – Mas vocês realmente são ladrões horríveis, nunca vi pior. Aquela parede saberia assaltar alguém melhor que vocês.

– E-Ei, não precisa ofender. – disse Ramlow.

– Ramlow, cale a boca! – berrou o outro ladrão. – Essa é a sua última chance, moleque.

– Minha última chance de quê? Você é realmente o pior ladrão do mundo.

– Ugh, eu cansei de você, seu moleque! – ele tirou a pistola do coldre. Ramlow correu para frente com a cimitarra.

Naruto facilmente se esquivou do corte. Se movendo rápido, ele agarrou o pulso de Ramlow e o torceu, forçando-o a soltar a espada. Rapidamente apanhando a arma com a outra mão, o loiro facilmente rebateu os tiros disparados contra ele pelo outro assaltante.

– Merda! – gritou Ramlow. – Chefe, ele é um mago!

Um par de raízes brotou do solo, facilmente prendendo Ramlow no chão. Naruto girou a cimitarra em sua mão, sem nenhuma dificuldade ele continuava a usá-la para bloquear os tiros.

– Gostei dessa arma. Ei, ela tem magia nela. O que será que faz?

– Ora, seu...

Naruto fez um movimento com a espada, canalizando magia para ela. Num instante, a lâmina ficou quase cinco vezes maior, facilmente golpeando a arma do outro bandido.

– Uou. Que legal.

– Tome cuidado, idiota! Faz ideia de quanto essas armas custaram?! – berrou o homem.

– Ah, desculpe. – disse Naruto, fazendo a lâmina voltar ao normal. – Ei, eu tive uma ideia. Essa sua pistola é mágica?

– Claro que é mágica.

– Certo, então passa ela pra cá.

– Ei, quem está assaltando quem aqui?

– Er... – Naruto murmurou. – Isso não importa, me dê essa pistola antes que eu te fatie com a minha espada que fica gigante.

– O nome é Musica Sword, seu idiota!

– Por que o nome é assim? Ela toca música?

– E como diabos eu vou saber, não fui eu quem a fabricou.

Naruto suspirou. Ramlow já estava inconsciente alguns segundos depois de ter sido preso nas raízes. Ele bateu o pé no chão, fazendo duas raízes envolverem o corpo do outro bandido.

– Tanto faz, até mais.

– E-Ei, trapaceir-... – antes que ele terminasse de falar, ele ficou inconsciente por causa da habilidade das raízes de absorver energia.

Se certificando de que o homem estava realmente desacordado, Naruto caminhou até a pistola jogada no chão e a pegou.

– Ei, isso pode ser útil se eu aprender como usar.

Ele apontou a arma na direção de uma casa e apertou o gatilho, canalizando energia mágica. Ao invés de uma simples bala, uma rajada de energia laranja explodiu para fora do cano, destruindo completamente as ruínas do edifício.

– Uou. Eu preciso de um pouco mais de prática... Melhor eu voltar.

Com Sasuke, Sakura e Erza,

– Por que diabos ele está demorando tanto? – perguntou Sakura.

– Não sei, talvez ele tenha encontrado algo interessante. – disse Sasuke, mas ficou claro que ele não estava se importando.

– Numa vila em ruínas? Eu duvido. – respondeu Erza.

– Aliás, por que você não dorme? Pirralhas não deviam ficar acordadas até tão tarde.

– Como é? – a ruiva desviou o olhar para Sasuke.

– Tá surda? – retrucou o Uchiha.

– E-Ei, seu acalmem. – Sakura entrou no meio dos dois. – Sasuke, ela é só um ano mais nova que a gente.

– É mais nova, mesmo assim. – disse o Uchiha.

– Ugh, seu idiota! – gritou Erza.

Nesse momento, uma explosão ocorreu, fazendo a terra tremer um pouco.

– Que diabos foi isso?

– Aposto um milhão de gemas que foi Naruto. – respondeu Sasuke.

Como se para responder o Uchiha, a porta se abriu. Naruto caminhou para dentro com uma cimitarra e uma pistola presas na cintura.

– Ei, onde você achou isso? – perguntou Sakura, apontando para as armas.

– Ah, tinha dois idiotas tentando me assaltar. Eu resolvi ver como eram essas armas que eles estavam usando e gostei.

– E aquela explosão?

– Ah, desculpem por isso... – ele murmurou timidamente. – Eu estava fazendo um teste. Caramba, eu não tinha percebido como eu estava com fome...

– Ainda sobrou uma maçã. – disse Sasuke, atirando a fruta contra o loiro. – Ops, desculpe. Caiu.

– Maldito, isso vai ter volta. – Naruto murmurou. – Tanto faz, vamos dormir. Amanhã nós continuamos tudo isso e blá-blá-blá, se sairmos cedo, com sorte vamos chegar até o anoitecer.

Local desconhecido,

– Você é certamente muito capaz se você conseguiu nos encontrar. – murmurou uma voz rouca, cuja pessoa a quem pertencia estava escondida na escuridão.

– Eu devo entrar. À sua guilda. – disse outra voz.

– E por que eu não deveria matá-lo aqui mesmo?

– ... – a outra pessoa ficou em silêncio.

– Eu sinto isso... o seu poder mágico... tão grande. É ainda maior que o meu, em quantidade. Sim... – disse o aparente mestre da guilda desconhecida. – Mas e quanto à sua magia? Eu não posso reconhecê-la... é tão antiga... talvez ainda mais antiga que as magias que eu ensinei aos outros membros. Fascinante.

A pessoa se levantou, revelando vestir um longo manto negro. Ele era alto e imponente, com cabelos longos. A partir dos poucos feixes de luz que penetravam a sala, era possível ver que seu cabelo era branco.

– Mesmo com os sete... você... – disse o velho. – Está feito. Você é agora um dos parentes do purgatório, Sabaku no Gaara.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por ler. R&R
O próximo capítulo vai ser postado domingo, promessa.



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