Do Nada Você Se Tornou Tudo escrita por Britiney Aguero


Capítulo 30
Capitulo 30


Notas iniciais do capítulo

Olá meus queridos, primeiramente desculpa pela a demora esse capitulo estava realmente dificil de sair huehue a inspiração não apareceu, resolveu tirar férias >.<
Enfim, boa leitura ♥



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Pov Mac

E lá estava eu, nos corredores do hospital mais uma vez, era de manhã, e provavelmente Stella já teria se alimentado. Dias haviam se passado e Stella melhorava aos poucos mas nada de recuperar a memória. O que eu estava fazendo da minha vida? Era a única coisa que eu conseguia pensar. Entrar todas as tardes naquele quarto de hospital para ver e falar com uma mulher que esqueceu de tudo que passamos é loucura pra mim. Já havia pensado diversas vezes em parar com isso e seguir com a minha vida e acreditar que tudo havia passado de um sonho.

Me apressei e abri a porta lentamente. Ela não ouviu e nem olhou em minha direção, estava deitada, com a cama dobrada, deixando ela levemente sentada. Ela olhava meio sem foco em direção a janela, a cortina estava completamente aberta, dando visão para a chuva que caia pesadamente lá fora. Entrei nas pontas dos pés, não queria tira-la de seus pensamentos, e fechei a porta atras de mim. Fiquei ali, encostado contra a porta, meus olhos fixos a ela. Stella era uma mulher linda, com o corpo mais perfeito que já vi na vida. O decote dela estava a mostra, descuidado, por trás daquele tecido desconfortável da roupa do hospital branca.

Em determinado momento, Stella olhou em minha direção como se sentisse que alguém a observava. O rosto entristecido, com o olhar distantes e lábios cerrados, deram lugar a uma expressão mais suave, confortável, os olhos brilharam e um leve sorriso se abriu. De alguma maneira eu sabia que aquilo era por mim, pela a minha chegada. Eu sabia que a minha presença a confortava de alguma maneira e eu só precisava daquilo para ter coragem com a minha insistência em tê-la de volta pra mim.

SB: Mac, tão bom vê-lo!

MT: Já sentiu minha falta, Stella? -disse contendo o desejo que tinha de lhe dizer o quanto a amava

SB: Eu já sinto sua falta desde o instante que me deixa aqui

Me aproximei da cama de Stella, com a ponta dos dedos, percorri uma ponta da cama até sua mão, entrelaçando meus dedos aos seus. Stella me olhava com um brilho que meu coração saltava de tão veloz. Com a outra mão acariciei seus cabelos, ela estava quieta, apesar do alivio em seus olhos por conta da minha chegada, eu percebia o ar mais pesado dentro de si.

MT: Aconteceu alguma coisa? Ela suspirou e olhou sem foco em direção a janela, como se estivesse se lembrando de algo.

SB: Tive um pesadelo noite passada. Foi horrível e estranho também.

MT: Quer me contar sobre isso? Ela me deu espaço para sentar ao seu lado e eu o fiz.

Segurando minha mão ela me olhou.

SB: Eu estava em meu apartamento, só que não estava sozinha, Frankie estava lá. E por algum motivo eu estava nervosa com ele, pedia para ele sair de meu apartamento mas ele me ignorava -ela respirou fundo e continuou - Eu não lembro de tudo mas em certos momentos, o vejo me agredindo, até o momento em que uso minha arma para me defender.

MT: Você contou ao doutor Oliver ou até mesmo a Adrian?

Ela me olhou confusa, estreitando os olhos.

SB: Por que deveria? Foi somente um sonho - ela disse de uma forma como se quisesse acreditar nas próprias palavras

Eu sabia que isso não havia sido um sonho, era uma lembrança e ela sofreria com isso novamente. Me partia o coração só de pensar.

SB: Não há possibilidades de isso ter sido uma lembrança, certo? Frankie nunca faria isso comigo, ele não me agrediria, ele gosta de mim assim como gosto dele -disse ela em somente um folego, ela parecia estar desesperada com essa ideia e me olhava esperando que eu confirmasse o que ela havia dito.

Abaixei a cabeça, me faltava coragem de olhar naqueles olhos verdes e lhe dizer que aquilo era sim, uma lembrança, seria demais para ela sofrer tudo isso de novo.

SB: Mac... -me chamou com um fio de voz

Ela apertava minhas mãos com força, me olhando profundamente. Seus lábios estavam trêmulos, assim como suas mãos. Ela estava quieta e eu começava a ficar nervoso com aquela reação.

SB: Não pode ser...

MT: Sinto muito

SB: Ele está morto, não é?

Apenas acenei com a cabeça, e ela respirou fundo. Stella parecia que queria chorar, mas mesmo assim, não o fez. Nos abraçamos, e ficamos assim por um longo tempo.

MT: Vai ficar tudo bem - disse tentando consola-la - Vou estar aqui para você nesse momento

SB: Obrigada

A senti mais calma e logo nos separamos. Percebi que algumas lagrimas haviam escapado. Limpei o mesmo a olhando. Mas logo sua expressão tornou-se para confusão

SB: Se Frankie está morto, e eu o matei, por qual razão estou aqui?

MT: Stella... você não tem ideia de como eu quero te contar tudo o que aconteceu, mas, isso pode piorar seu estado

SB: Entendo - disse ela -Obrigada por estar comigo sempre quando preciso

MT: Que isso, é pra isso que os amigos servem

Ela sorriu, parecendo bem melhor do que antes

MT: Como está o ferimento? -perguntei tentando mudar de assunto após um silêncio desconfortável.

SB: O médico disse que está cicatrizando rápido e que logo receberei alta. Fiz uns exames ontem e hoje ele me disse que evoluí surpreendentemente bem. Acredito que daqui três dias eu saía daqui -ela disse entristecendo-se

MT: E qual a razão da tristeza?

SB: Você

MT: Eu?

SB: Não o terei mais em minhas tardes

Eu abri um largo sorriso. Claro que ouvir aquilo me trouxe uma grande felicidade.

MT: Stella, eu não irei a lugar algum, se quiser me ver, é só me chamar.

SB: Mas aqui eu não preciso chama-lo -ela sorriu docemente - Você simplesmente aparece e alegra minhas tardes

MT: Não se preocupe tanto com isso. O importante é a sua saúde. Quando sair daqui, irei te visitar sempre, se for a sua vontade

SB: Chegaria a te implorar

MT: Não haveria necessidade

A porta se abriu e Adrian entrou com um pequeno sorriso com a bandeja e o almoço de Stella. Ele saiu logo mais. Peguei a bandeja e coloquei no suporte ao lado da cama de Stella e sentei na cadeira ao seu lado. Stella ja levantava o braço com força, havia melhorado bastante.

SB: Não ira me ajudar a comer?

MT: Você já esta tão forte não precisa mais de ajuda

SB: Quem te disse?

Eu ri de seu humor e peguei os talheres lhe ajudando, como havia feito até então. Stella apenas recebia, entre risos e comentários bem curiosos. Quando terminamos, afastei a bandeja e continuei ao seu lado.

SB: Merecia uma recompensa por tudo isso

MT: Ora...não precisa

SB: E se eu quiser te recompensar? Ira me proibir?

MT: Claro que não

Ela sorriu e se esforçou para sentar, ficando da minha altura e me olhando de forma penetrante. Ela já estava muito mais forte que no primeiro dia que a vi.

SB: Vem cá, me ajuda a levantar

MT: Mas você pode?

SB: Veremos

MT: Stella, você tem um ferimento grave, isso pode te complicar

SB: Eu prometo me deitar logo em seguida

MT: Teimosa -resmunguei

Ela virou as pernas com certo esforço, mordia o lábio inferior segurando gemidos de força colocada naquelas pernas para se erguer. Ela segurou-me pelos ombros, e forço-os ficando de pé. Com um largo sorriso enlaçou seus braços em meu pescoço, ficando tão próxima. Eu queria envolve-la em meus braços e matar aquela saudade de seus lábios, mas controlei-me para permanecer apenas encarando-a, orgulhosa de vê-la em pé. Ela apenas sorria e me encarava como tal criança que aprendera a dar os primeiros passos. Aquilo encheu meu coração de alegria, não pela ousadia dela em ignorar recomendações médicas, mas em sua emoção em poder ter dado um passo.

SB: Viu? Consegui -disse feliz

MT: Parabéns -sorri segurando-a pelo quadril -Agora vamos, deite-se

Mas ela não o fez, continuou me encarando. Seu rosto estava muito perto, seus braços em meu pescoço, envolvidos. Seus olhos fixos nos meus e seu sorriso tão orgulhoso, foi desaparecendo dando espaço a um olhar confuso e perdido. De repente, tomado pelo juízo, segurei com um pouco mais de força seu quadril e a afastei suavemente.

MT: É melhor se deitar. Está muito cedo para todo esse esforço.

Ela sorriu e desfez o de seus braços em meu pescoço e sentou-se na cama com a minha ajuda. Eu me sentia estupido por ter feito isso, devia ter prendido ela em meus braços e a beijado, tamanha a minha vontade de te-la novamente. Mas eu não poderia fazer isso, não agora.

.....


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Notas finais do capítulo

O que acharam?? :3 Comentem!



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