Separate Ways - Requiem escrita por WofWinchester


Capítulo 22
Caçada na interestadual, part I




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Ouvi os passos de Sam descendo as escadas silenciosamente. Eu estava na sala, jogada no sofá como uma roupa velha. Não havia conseguido dormir aquela noite, pois sempre que fechava os olhos eu via imagens terríveis da minha “vida filme de terror passada”. Era como se eu estivesse desencadeando outras lembranças com um efeito retardatário, nesta eu havia visto as irmãs de Elisabeth sendo estupradas e espancadas contra a parede do castelo. E os gritos delas ainda ecoavam na minha cabeça.

– Não conseguiu dormir? – perguntou o moreno, assim que conseguiu me enxergar no meio do amontoado de cobertores.

– Na verdade não – dei um sorriso fraco e então franzi a testa. Eram quase onze horas da manhã e Sam a recém estava levantando a cama, isso não era muito habitual da parte dele, que sempre acordava junto com o sol.

– Quer um suco de maracujá? Ajuda bastante.

– Não, obrigada – recusei com uma risada, fazendo o Winchester mais velho curvar os lábios para cima e deslizar os dedos pelo meu cabelo enquanto passava em direção ao banheiro. Cinco minutos depois, Bobby entrou pela porta. Ele havia passado a noite fora, provavelmente resolvendo um caso ou ajudando algum outro caçador.

– Sua cara está uma droga – constatou o velho Singer, parando por um momento na soleira para me fitar. Dei um grunhido e me joguei para trás, no mesmo tempo que ouvi um farfalhar de asas. Minha cabeça foi de encontro a uma superfície mais rígida que o travesseiro onde eu estava apoiada e então eu percebi que Balthazar me encarava de cima, dei um grito involuntário, jogando as mãos para o alto.

Mademoiselle – cumprimentou o anjo, me fazendo levantar imediatamente e cair do sofá.

– Você não sabe ser mais sutil? – indaguei um pouco irritada.

– Sei, mas não quero – ele deu de ombros com um sorriso irônico. – Onde estão Tom e Jerry? – Balthazar saiu do móvel e olhou ao redor. No mesmo instante Dean desceu as escadas, passando a mão pela nuca e com os olhos apertados de sono.

– Que barulheira é essa aqui embaixo? Vocês estão achando que a minha casa é festinha é? – resmungou o loiro enquanto descia os degraus, parando bruscamente quando viu o anjo – Cruz credo!

Minha casa, e já virou festinha faz tempo – corrigiu Bobby, fechando a porta e cruzando a sala – O que você quer, Balthazar? – questionou.

– Estou fazendo um favor a vocês, deviam me tratar melhor – o mesmo rolou os olhos com sarcasmo – Estou aqui a pedido do Cassie.

– O que ele disse? – indaguei rápido demais, fazendo-o me lançar um olhar divertido.

– Agora você se interessa – retrucou o anjo com um sorrisinho debochado e então continuou – Castiel está com as armas que eu roubei do céu.

– Você deu as armas para ele? – perguntou Dean, arqueando uma sobrancelha.

– Está mais para “fui ameaçado de morte caso não entregasse”, mas o dilema não é esse – Balthazar deu de ombros, e então abriu a boca para falar, mas parou e olhou ao redor, desaparecendo num piscar de olhos e reaparecendo na cozinha.

– O que está havendo? – questionou Sam, abrindo a porta do banheiro com a toalha de banho nos ombros e o cabelo molhado.

– Coisa boa não deve ser – resmungou Dean, dando dois passos e logo o anjo se materializou a sua frente com um copo de bebida nas mãos.

– Como eu dizia... Ah, oi Sam – ele se virou para o Winchester caçula com um leve aceno de cabeça.

– Fala logo, droga! – rosnei impaciente por causa de todo aquele suspense.

– Castiel foi fundo no inferno para conseguir uma coisa, e se aproveitando disso, Raphael mandou que seus melhores anjos fossem atrás dos amiguinhos dele e, principalmente, de você – revelou, apontando um dedo na minha direção.

– Certo, e o que isso quer dizer?

– Meu irmãozinho me mandou para protegê-los, pois ele não poderá vir já que está até o pescoço nos demônios – esclareceu Balthazar, tomando um gole da bebida – Só que eu não vou.

– Como assim não vai? – repetiu Dean, sem entender nada.

– Eu não vou arriscar minhas asas com Raphael por um bando de macacos pelados – o anjo revirou os olhos – Vocês que se danem. Já fiz muito em avisá-los, então não se metam em problemas, pois Cassie não vai poder aparecer como a fada azul e ajudar vocês dessa vez.

– Desgraçado... – rosnou o Winchester mais velho.

Tchauzinho – Balthazar sorriu e então desapareceu.

– E agora, o que faremos? – indagou Sam, depois de alguns segundos em silêncio.

– Enterrar a cara na areia não faz muito o nosso estilo – comentou Dean e então se virou para mim – O que você acha, Esther?

– Nós não tínhamos um caso para hoje? – questionei e o loiro assentiu positivamente – Então vamos.

– Tem certeza? – perguntou Bobby, me olhando com curiosidade.

– Sim, esses anjos que se danem – eu embolei os cobertores nas mãos e fui em direção a escada – Raphael vai me achar se quiser, seja trancada a sete chaves ou dançando na rua. Prefiro fazer algo útil nesse meio tempo. – disse de um jeito tão frio que até me assustei com minhas palavras. Suspirei e fui para o meu quarto, me trocar e arrumar minhas coisas.

Algumas horas depois, nós estávamos no sanatório estadual Grimbald, em Davenport, Iowa. Sam estava logo ao meu lado, trajando um paletó com um casaco marrom café por cima, e a gravata vermelha listrada totalmente descombinada com o resto das roupas. Eu segurava meu distintivo falso, e alisava meu terno de “Agente” com nervosismo, enquanto o Winchester caçula me lançava olhares alarmados do tipo “você está dando bandeira”. Dean e Bobby haviam ficado de interrogar um cara que havia matado a esposa e passar na delegacia, onde nos encontraríamos logo que saíssemos daqui.

– Pois não? – se pronunciou um homem de branco, tirando as mãos dos bolsos para nos cumprimentar. Ele era o diretor do sanatório, Erik Grimbald, e especialista em casos traumáticos. – Queriam falar comigo?

– Agente Jones e Stone – Sam puxou o distintivo, abrindo-o na frente do médico e eu fiz o mesmo. Ele os pegou, avaliando por um longo período, em seguida me encarando por cima dos óculos.

– Você não é um pouco nova para ser federal, Agente Stone?

– Os bons começam cedo – falei educadamente, com um sorriso de lado.

– Cedo até demais... – murmurou o homem apertando os olhos.

– Não estamos aqui para discutir a idade da minha parceira, e sim para falar de Alicia Hope, Dr Grimbald – disse Sam, lançando um olhar para o médico, que devolveu nossos documentos e gesticulou para que o acompanhássemos. Dobramos alguns corredores e enfim chegamos à sala dele, muito bem decorada com fotos familiares e objetos de artesanato.

– O caso de Alicia foi violento, eu admito, mas não sei por que federais estão interessados nisso. – começou ele, sentando-se na poltrona acolchoada e ajeitando uma placa dourada sobre a mesa.

– Apenas procedimento padrão – esclareceu Sam, puxando a cadeira para mim e acomodando-se na sua. – Gostaríamos de fazer algumas perguntas para o senhor, se não se incomodar.

– Claro.

– A mãe de Alicia tinha algum histórico de psicose? Violência? – começou o moreno, puxando um pequeno caderno do bolso e uma caneta.

– Margareth era professora. Sempre foi equilibrada, segundo os relatos dos irmãos e parentes próximos, mas eu nunca a avaliei, então não posso afirmar nada – disse Erik. Franzi a testa com o nome, e por algum motivo ele era estranhamente familiar.

– Como o senhor descreve o comportamento de Alicia?

– Como o de alguém que viu a família ser espancada até a morte e depois viu a mãe enfiar uma faca na garganta – respondeu com um leve tom de sarcasmo – Ela não fala, não levanta da cama, quase não come e raramente desvia o olhar da janela. Alicia se fechou dentro de si mesma.

– Algum médico ou enfermeira contou qualquer coisa sobre luzes piscando ou cheiro de enxofre? – continuou Sam normalmente, recebendo um olhar cético do médico.

– Que tipo de pergunta é essa?

– Procedimento padrão – disparou o moreno.

– Não que eu saiba – falou Erik, ajeitando-se melhor na poltrona.

– Gostaríamos de ver Alicia, se o senhor aprovar, claro – disse fitando o homem e olhando de canto para Sam.

– Não sei se será possível, ela está em choque. Não fala com ninguém desde o ocorrido – revelou com o semblante cabisbaixo.

– Mesmo assim, é importante – insisti. O médico ponderou por um instante e então assentiu, levantando-se da poltrona.

O quarto tinha as luzes apagadas, mas era bem iluminado pelos raios de sol que entravam pela janela. Aproximei-me da cama onde a garota estava sentada com as pernas cobertas por um lençol branco, a televisão ligada nos desenhos era o único som no cômodo, mas Alicia em nenhum momento desviava os olhos da janela. Sentei no banco de madeira que havia ao lado da cama e observei a garota por instantes, os cabelos ruivos desgrenhados emolduravam o rosto inexpressivo.

– Alicia? – chamei e como esperado não obtive sequer um olhar. Encarei Sam que estava recostado contra a porta semi aberta com uma expressão de pena. Voltei a atenção novamente para ela, segurando sua mão, e aquilo era como pegar no braço de uma boneca ou um objeto inanimado.

– Oi Alicia, eu me chamo Esther – comecei, falando calmamente enquanto fitava seus olhos castanhos e vagos – Eu não sei se você pode me ouvir, eu realmente espero que sim, mas eu sinto muito pelo que aconteceu com a sua família. Sei que foi horrível, e eu só uma estranha que não faz ideia das coisas que você viu e sentiu naquele momento, mas eu quero ajudar. – Dei uma pausa, observando-a e notando que a garota continuava imóvel.

– Esther, talvez ela não possa ouvir você – comentou Sam com tristeza.

– Alicia nós não podemos trazer sua família de volta, mas nós podemos pegar aquilo que fez isso com você. A única coisa que eu preciso é que me diga o que você viu aquela noite. – continuei e novamente não obtive resposta. Ouvi os passos do Winchester se aproximando devagar, e então ele colocou a mão sob o meu ombro, me afastando gentilmente da beirada da cama.

– Você fez o melhor que podia – consolou o moreno. Dei uma olhada melancólica para a garota e fiz menção de levantar, mas parei ao sentir seus dedos roçarem contra a minha mão.

– Alicia? – questionei tão surpresa quanto Sam. Ela rolou os olhos da janela para mim, mantendo-os fixos no meu rosto por segundos – Eu acho que ela quer falar, mas não consegue. – refleti comigo mesma e então tive uma ideia assustadora. Deslizei as mãos por trás do meu pescoço e retirei o octeto de rubi, sentindo a diferença no ambiente quase instantaneamente. Era como estar com os ouvidos tapados e de repente eles voltam ao normal.

– Você não vai fazer o que eu acho que você vai fazer, não é? – indagou o Winchester alarmado.

– É o único jeito de sabermos o que ela viu – murmurei me sentando na cama.

– Esther, isso é perigoso! – repreendeu o moreno, segurando meu cotovelo.

– É perigoso, mas acho que eu consigo aguentar – falei tentando tranqüilizá-lo – Eu vi o passado tenebroso de Elisabeth e não morri, então acho que essas memórias aqui não vão me matar.

– Foi totalmente diferente. Eu não devia deixar você fazer isso. – ponderou, largando meu braço ainda relutante.

– Mas vai, então relaxe – disse encarando a garota e tentando me concentrar. Eu não sabia direito como ligar ou desligar aquele lance de visões, simplesmente acontecia. Toquei sua bochecha com a ponta dos dedos e a sensação era a mesma de encostar a pele no fogo, de imediato eu recuei, mas já era tarde demais, tudo estava rodando.

Vi Alicia levantar da cama ao ouvir um barulho infernal de panelas no andar de baixo, ela se esgueirou pela escada, abaixando-se atrás do corrimão para que ninguém a visse, pois já passara da hora de dormir. A porta da cozinha estava aberta, e então Ronald, o pai da garota, entrou correndo alarmado pelos ruídos. A partir daí começaram uma sequência de gritos e baques absurdos, o homem gritava e implorava para que aquilo parasse. Seus irmãos, que estavam quase dormindo no sofá enquanto assistiam filme, começaram a chorar com o susto e correram para debaixo da mesa. Margareth apareceu na porta com um rolo de amassar pão em mãos, o rosto e o corpo totalmente banhados em sangue. De imediato eu reconheci os cabelos loiros e os olhos castanhos, Margareth Hope, minha ex professora de Educação física na escola Saint Michael.

A mulher puxou os dois garotos pelo pijama até a cozinha e então mais gritos se seguiram. Quando o barulho cessou, Alicia estava com tanto pânico que não teria coragem de gritar, lágrimas escorriam pelos seus olhos sem parar e ela tinha uma vaga sensação de que havia urinado nas calças. Quando pode enfim controlar seu corpo, ela desceu as escadas e caminhou vagarosamente até o cômodo, empurrando a porta com as mãos trêmulas.

Nesse momento ela viu seu pai caído no piso com o crânio aberto, e seus dois irmãos pequenos totalmente desfigurados no balcão da cozinha. Sangue banhava o chão, os móveis e as paredes, e sem perceber a presença da garota, Margareth foi até a pia e puxou o facão de carne do escorredor, cravando-o na própria garganta.

Alicia levou as mãos até a boca, com um grito mudo, caindo sentada ao mesmo tempo em que o corpo de sua mãe colidia contra o chão, agonizando. Nesse momento, um verme bizarro saiu do ouvido da mulher e rastejou pelo piso, passando por baixo da porta. A garota ficou ali, imóvel e atônita, observando aquele filme de terror congelado como um objeto sem vida até o nascer do sol, quando os policiais invadiram a casa.

Sai daquela cena, recobrando a consciência com uma dor aguda no peito. Meus olhos ardiam e deixavam escorrer lágrimas pelo meu rosto, eu tentava gritar, mas nenhum som saia pela minha boca. O rosto de Alicia estava a minha frente, inexpressivo e coberto de sangue, enquanto os gritos do marido e dos gêmeos ecoavam ensurdecedores nos meus ouvidos. Senti mãos agarrarem meus ombros e me sacudirem, reconheci Sam logo a minha frente, com a expressão de pânico, seus lábios se mexiam, mas sua voz era baixa comparada aos ruídos na minha cabeça.

– Esther! Droga! Castiel, cadê você?! Cass?! Cass! – repetia o moreno sem parar. Olhei para baixo e vi aquele verme enorme rastejar pela minha perna e subir rapidamente até o meu peito, seu corpo era anelado e num tom de verde musgo, como uma mosca. Ele vinha até o meu rosto e tentava entrar pela minha boca, eu me debatia para longe, mas Sam segurava meus braços com força. Eu queria dizer para ele que o monstro estava ali, que ele tinha que me soltar, mas eu não conseguia proferir uma palavra sequer. Senti minha garganta doer, e logo percebi que os gritos que eu ouvia eram meus, eu estava gritando.

Mais pessoas entraram no local, vários homens de branco me imobilizaram no chão, eu tentava me livrar a todo custo, mas eles eram muitos. Olhei para os lados procurando por alguém que pudesse me salvar, mas nem mesmo Sam eu conseguia ver agora.

– Castiel! Castiel! – comecei a berrar a plenos pulmões, olhando para os lados, procurando seu rosto para que pudesse me tirar daquele pesadelo, mas não o encontrei. Senti uma picada no meu braço e instantaneamente eu comecei a ter uma sensação de sonolência, deitei a cabeça para o lado e vi um homem sentado na cadeira me olhando com um sorriso nos lábios. Mas era como se ele não fosse alguém dali, e era como se ele pudesse ver aquilo que eu via.

– Esther, Esther, Esther... – falou me encarando divertido enquanto eu percebia meus sentidos se apagarem por completo.

Minha cabeça latejava e rodava, mesmo com os olhos fechados. Eu estava deitada numa superfície rígida e muito bem iluminada. Abri as pálpebras dolorosamente e a luminosidade do local me cegou, fazendo com que eu as fechasse por um momento. Gemi tentando me levantar, mas meu corpo parecia feito de gelatina, senti um peso no meu pescoço e constatei que o octeto de rubi estava de volta ao seu lugar.

– Mas que droga, Sam! Por que você deixou ela fazer essa loucura? Você devia tomar conta dela e não deixá-la se matar! – rosnava Dean do lado de fora da porta, e eu notei que ele controlava a voz para não gritar.

Percebi que eu estava num dos quartos do sanatório, fitei meu braço e nele estava enfiado um tubo ligado direto numa bolsa de soro. Sem pensar duas vezes, puxei o objeto de silicone, sentindo uma fisgada na veia. Aquilo podia parecer tão simples nos filmes, mas na prática era doloroso. Consegui me apoiar na cama e levantei, vendo tudo rodar bruscamente. A porta se abriu e Dean entrou por ela, ao me ver em pé, o mesmo correu na minha direção e me colocou sentada novamente.

– Vamos com calma – disse ele, Sam também já estava ali, me olhando com uma expressão de culpa e aquilo me fez sentir mal. Suspirei, lembrando da cena horrível e patética de não sei quanto tempo atrás.

– Como eu voltei? Foi o Castiel? – perguntei lentamente. Procurando a janela e constando que já estava escuro lá fora.

– Não, Cass nem deu as caras – murmurou o Winchester caçula. Senti uma irritação imediata ao saber que tinha sido terrivelmente ignorada. Que eu saiba, eu havia me esgoelado de tanto gritar. Mas como Balthazar mesmo dissera, Castiel estava ocupado e não ia aparecer tão cedo, nem mesmo se eu estivesse surtando como nunca.

– Então como?

– Não sabemos, mas acho que temos que ficar felizes por você ter voltado – começou Dean, dando de ombros enquanto a minha cabeça ainda rodava – E eu só não te dou uns cascudos, garota, porque você está chapada de sedativo.

– Verme – murmurei, lembrando do monstro esverdeado com certo pavor.

– Não me xinga, hein – disparou o loiro, me apontando um dedo.

– Não, Dean. Eu vi um verme, saindo do corpo de Margareth logo após ela matar o marido e os filhos. – esclareci, fitando sua reação de espanto – Um verme grande e nojento.

– Estamos falando de um monstro que possui pessoas? – indagou Sam com ceticismo.

– É o que parece. Nós conseguimos umas informações úteis também, assim que sairmos vamos encontrar Bobby no hotel e investigar. – disse o Winchester mais velho.

– Vamos embora daqui – falei me levantando da cama, dessa vez conseguindo parar de pé sem parecer uma bêbada que acabou de sair da festa.

– Você deveria ficar mais algum tempo em observação. – começou Dean, tentando me colocar sentada novamente – Ordens do Dr Erik.

– Dr Erik que pegue as ordens dele e enfie. – rosnei com raiva. Eu só queria ir embora desse lugar o quanto antes e descobrir porque um monstro nojento matou a minha ex professora e mais meia dúzia de pessoas inocentes.

– Certo, então vamos – concordou o loiro, depois de uma rápida olhada para o irmão que assentiu.

Dean me apoiou pela cintura e nós saímos pela porta, ao passar pelo corredor dei uma breve olhada no quarto de Alicia, e a garota estava de pé em frente à janela. Ela se virou, encontrando meus olhos e então sorriu. Curvei os lábios para cima, tentando sorrir também, mas não faço ideia se consegui.

Ao mesmo tempo em que eu me sentia completamente dopada e abalada, eu me sentia feliz por ter conseguido trazer um pouco da sanidade de Alicia de volta. E também tinha uma sensação absurda de mágoa por ter gritado por Castiel e ele não tenha sequer mexido as asinhas, minha vontade agora era de chutar o traseiro dele daqui até a China se ele aparecesse, e depois beijá-lo como se eu fosse morrer amanhã. Mas acho que esse último desejo era algum efeito indesejado do remédio que me deram. Ou pelo menos assim eu esperava que fosse.


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Notas finais do capítulo

Castiel já está mostrando que não estava de brincadeira... Próximo capítulo em até três dias! Um beijo e uma balinha fini pra cada uma -q. ♥



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