Grilo escrita por Bia


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá! Aqui estou eu com este shipp que simplesmente conquistou meu coração em poucos segundos, haha! Sempre gostei da Malévola e perceber que fizeram uma adaptação para ela me deixou contente u.u Bom, enfim... Esta one está bem curtinha, mas eu, particularmente, achei que ficou bem fofa.
Espero meesmo que gostem! Caso gostarem, comentem para dar aquela força extra ajjkkajfka sempre fico apreensiva quando posto novas fanfics. Well, boa leitura :3
PS.: e isto me faz lembrar de quê? "Oh, dear, what an awkward situation" ajgkaakfjak Não resisti, sorry ~zarpa para longe



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Malévola observava, cautelosa e distante, sua querida Aurora interagindo com o príncipe Phillip. Ambos estavam sentados embaixo de uma árvore, íntimos demais para seu gosto. Suas asas se debatiam e ameaçavam se abrir. Não sabia exatamente o que estava sentindo, mas não gostava nada da ideia de deixar aquele moleque se aproximar de sua praguinha.

Diaval, que fora recolher algumas frutas para comer mais tarde, estava voltando para o centro da floresta quando deu de cara com sua senhora espiando por entre os galhos. Achou curioso e se aproximou silenciosamente.

Depois de dar alguns passos, pensou em perguntar, de forma mais educada e solene possível: ‘senhora, algo errado?’. Mas, para seu desalento, este tipo de cumprimento apenas ficou em seus anseios; antes mesmo de abrir a boca, Diaval recebeu como presente pela sua curiosidade um golpe - muito bem dado, diga-se de passagem - da asa esquerda de sua senhoria, que, não contendo sua ansiedade, abriu-as de repente.

O Homem-Corvo voou pela primeira vez na forma de homem. Caiu no chão com um baque surdo, rolando alguns centímetros após a queda de brinde. Parou bem distante de Malévola, que, assustada e surpresa, arregalou os olhos e olhou para trás, vendo seu servo caído como um saco de batatas no chão.

Abriu a boca, espantada pelo comportamento do servo. Se avisasse que estava por perto, este tipo de coisa nunca teria acontecido.

O pobre corvo levantou a cabeça, ainda meio tonto pelo golpe. Sabia que sua senhoria era forte e esta foi a primeira vez que experimentava seu poder. Lembrou-se de tomar cuidado ao lançar-lhe uma crítica - até agora, ser transformado em um maldito cão já era ruim o suficiente.

- Ótimas asas, senhora - grunhiu ele, pressionando a mão contra o peito dolorido.

A fada esbanjou um bonito sorriso, achando, finalmente, graça na situação. Mas, quando o corvo levantou-se e ela percebeu que estava tudo bem, voltou sua cabeça para olhar os dois ‘pombinhos’ novamente. Estreitou os olhos e, logo, o farfalhar de penas estava de volta.

Diaval pigarreou, sentindo-se dolorido nas áreas entre o quadril e nuca. Levantou a cabeça, querendo ver o que diabos Malévola tanto espiava. Então percebeu Aurora e Phillip sentados juntinhos debaixo de uma árvore, aproveitando um bom momento a dois.

Não evitou sorrir; Aurora, sua adorável criança que acompanhava desde muito cedo, estava, finalmente, se dando muitíssimo bem com o príncipe. Olhou para sua amo, pensando que ela estaria satisfeita também. Mas, a única coisa que viu foi seus olhos piscando, raivosos, na direção de ambos.

O homem não sabia o que pensar sobre aquele tipo de reação. Sabia que ela não gostava e nem desgostava de Phillip, então por que tal comportamento?

Diaval piscou várias vezes quando chegou em uma conclusão. Sentiu-se extremamente bobo, mas era a única alternativa um pouco mais sensata do que as outras que se passaram por sua cabeça.

Chegou perto de Malévola - agora, tomando os devidos cuidados para não levar outra “asada” na fuça -, os braços atrás das costas, uma pose meio petulante para alguém que antes era um pássaro comedor de minhocas. Uma coisa que ele sabia desde o momento em que sua senhoria salvou-o era que nutria certos sentimentos por ela - apesar dos chifres, péssimos hábitos (como lançar maldições em bebês e se divertir com o sofrimento alheio de fadas) e o humor estável.

- Senhora - chamou-a em um sussurro, bem próximo; Malévola levou um pequeno susto novamente, virando a cabeça e encarando-o com o cenho franzido.

- O que é isto, Diaval? - abanou com a mão em um sinal para que ele se afastasse - vá para lá…

- Sei o que está se passando por sua cabeça - ignorou completamente o comentário de sua madame. - Está bem na cara, na realidade.

Para Diaval, se houvesse um ranking com as caras mais engraçadas de sua senhora, aquela entrava em primeira colocação. A fada simplesmente cerrou ainda mais o cenho, a boca se abrindo, cética.

- O que está querendo dizer com isto? Vá para lá, senão irei transformá-lo em um grilo e irei deixá-lo para ser devorado por sua própria espécie!

O corvo, ignorando novamente os comentários de sua madame, disse com a maior tranquilidade do mundo:

- Isto se chama ciúmes, senhora.

Ela abriu a boca, horrorizada com sua ousadia ao dizer tais verdades… E, sim, eram verdades. Malévola estava simplesmente se roendo por dentro ao ver sua praguinha tão perto de um moleque como aquele. Mas, mesmo assim, não admitia que outra pessoa lhe dissesse isto.

- Diaval, realmente… Você sabe ser irritante quando quer.

Ele sorriu, lisonjeado ao perceber que havia acertado.

- Sou irritante por que acertei em cheio?

- Sim, é - seu rosto era sério, as asas quietas e esperando uma reação mais ousada do príncipe. Phillip inclinou-se para perto de Aurora. Malévola estreitou os olhos, desconfiada - o que é que…

Sua amo parecia perturbada, mas, para Diaval, estava acontecendo ‘algo’ naquele instante. Um clima, talvez? Mas todo o romance que ele estava imaginando dissipou-se quando sua senhora agarrou-lhe a manga de seu colete e chacoalhou-o com veemência.

- Diaval, eles irão… Se beijar! - ela grunhiu, descontando sua frustração em cima do pobre corvo.

Diaval revirou os olhos, cogitando a ideia de preferir virar um grilo, ou, talvez, melhor ainda, um macaco a ter que passar por este tipo de situação.

A vida de um corvo nunca seria fácil, no fim das contas.


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Notas finais do capítulo

Alguém aí? :3