You Belong With Me escrita por 3fears


Capítulo 37
The End


Notas iniciais do capítulo

sim, minha gente, infelizmente é o fim. Amei tudo que passei com vocês, amo vocês e amo essa fanfic



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– Você não tem noção do quanto eu quero que isso seja verdade - Dou um sorriso gentil e sento na cama. Ela senta do meu lado.

– Até o Buttercup está mal. Ele também não come direito... falando em comer, coma. Eu não te vi comendo desde a arena! Vem, vou te levar para o refeitório...

Katniss:

Um ano depois

Quando eles me acharam na capital, meu cérebro estava alterado. Eles tinham me mudado. Fizeram eu ver Peeta como um inimigo, quando na verdade era ele que sempre esteve comigo. Quando nós finalmente nos encontramos, vários meses depois do que aconteceu na arena, foi mais ou menos assim:

Eu estava tremula, não sabia direito quem eu era e em quem eu podia confiar. Quando o Peeta entrou naquela sala, tudo que eu pensei foi em como eu odiava ele, ou em como eu pensava que odiava ele. Fui reparar muito depois o quanto ele estava esquelético, o quanto suas olheiras marcavam o quanto ele tinha chorado e perdido noites de sono por um longo período.

– K-katniss? – Ele falou esperançoso e eu sabia que ele estava hesitante.

Me arrependo muito de como agi, mas não foi escolha minha...

Eu o encarei, praticamente furando o crânio dele com os meus olhos. Ele estava com medo de mim, muito medo, e francamente? Entendo o porquê. Eu comecei a gritar com ele, taquei coisas nele, e ele não entendia. Não entendia como poderia eu ter mudado de opinião completamente em alguns meses. O fato é: eu também não entendia, lá no fundo. Mas meu psique foi alterado e tudo que eu podia pensar naquele momento era em como “eu odiava ele”.

Fiquei uma semana sem ver ele depois disso. Começamos a nos ver, meramente de uma distância longa, por curtos períodos no refeitório. Tinha algo em mim, não o suportava. Isso começou a mudar muito lentamente, nós trocávamos uma palavra de vez em quando, não muito mais que isso.

Rebelião, revolução, chame do que quiser. Foi o que aconteceu. Todos nós nos juntamos contra a capital... Eu matei o Snow. Foi relativamente fácil para mim, já que eu estava pensando em tudo que ele fez de ruim... mas quando eu o fiz, ouvi uma voz longínqua, uma menininha, chamando seu avô.... acho que foi uma das piores sensações que já senti em toda a minha vida. Fugi antes que ela me achasse, não suportaria vê-la.

O Peeta, o Gale, a Johanna e o Finnick foram com a gente lutar, muitas outras pessoas também: para a capital. Lutar. Conseguimos, no final. Não foi nada fácil como parece quando eu escrevo desse jeito, mas não quero detalhar as coisas horríveis que aconteceram com algumas pessoas... o passado é o passado e honestamente eu prefiro o presente.

Antes de eu te contar sobre o presente, quero lembrar um momento do passado (sentiu a hipocrisia?)... quando eu percebi, quando me contaram sobre tudo que a capital fez comigo e me fez pensar, sentei com o Peeta para ele me esclarecer algumas coisas. E algumas memórias minhas voltaram a tona:

Fazia uma semana que não falava com Peeta. Tudo o que eu conseguia fazer naquela semana foi pensar nele. Como eu queria que ele estivesse do meu lado, e como eu não podia, porque Snow poderia feri-lo. Eu tentei ignorar ao máximo meus sentimentos, mas sentia que não conseguia mais ir dormir todas as noites sem ter ele ao meu lado. Nunca pensei que admitiria isso para mim mesma, mas eu o amava. E precisava dele.

Foi o primeiro momento que admiti para mim mesma que eu o amava. Foi depois da primeira arena.

Entramos abraçados e Peeta fecha a porta. Eu olho para os olhos dele e sorrio. Eu estava tão cansada. Fazia tanto tempo que não tinha uma noite de sono sem pesadelos e agora ele estava aqui, comigo e eu queria dormir em seus braços novamente.

– Podemos dormir? – Perguntei e observei a expressão confusa em seu rosto.

– Dormir? São quatro horas da tarde – Ele soltou uma risadinha e eu também.

– Eu sei. Eu só sinto tanta falta disso – Disse e vi um sorriso se formar em seu rosto.

– Está bem, vamos – Ele disse pegando minha mão e subindo as escadas comigo.

Eu tirei meus sapatos e ele também e nós deitamos na cama. Eu não estava suja, tinha acabado de tomar banho e Peeta nunca está sujo. Ele me puxou para junto dele e eu posiciono a cabeça em seu peito. Ele apagou o abajur com a mão deixando o quarto escuro. Isso era tão bom que parecia até que não era verdade. Me aconcheguei em seus braços e fechei os olhos.

– Boa noite Peeta.

– Boa noite Katniss.

Não me lembrava muito bem quando foi isso, mas acho que foi nas casas dos vitoriosos no Distrito 12. Lembrava também do cheiro que ele tinha naquela noite... canela e segurança.

Conforme fomos conversando, fui lembrando de tudo... das coisas mais maravilhosas até daquelas um pouco tristes...

Eu soluçava auto, sabendo que ninguém poderia me ouvir. O que é bom, pois depois do que o Peeta tinha dito na noite anterior sobre me ver chorando, prefiria chorar sozinha. Eu sei que não foi isso que ele quis dizer e sim que ele queria me ver feliz mas mesmo assim, ele já estava triste, não tem porque eu o causar mais dor.

De repente senti uma mão grande em meu cabelo. Levantei o rosto para ver de quem é.

– O que houve docinho? - Perguntou Haymitch. Seu olhar parecia preocupado.

– N-Nada - Disse para não preocupa-lo.

– Nada não te deixa assim, Katniss. Me fale.

Eu esperei um pouco pra responder.

– Você está vendo essa vista? O sol especificamente? - Fiz uma pausa - É laranja. É esse o motivo.

– Não entendi. Por que isso é um problema?

Eu rio rispidamente. Ele não entende. Ele não entende.

– Algum tempo atrás, o Peeta me trouxe aqui e... ele... - Digo entre soluços - Ele brincou comigo sobre qual seria minha cor favorita. É estúpido, eu sei. Mas a dele, é essa - Eu aponto para o sol - É um laranja, não um laranja chamativo, mas um laranja pôr do sol.

– Eu ainda não entendi.

– É só que Haymitch... ele nunca... ele... ele nunca mais vai poder ver esse laranja se ele morrer. Eu quero morrer no lugar dele Haymitch. E agora mais do que nunca, sei que ele não vai deixar. Ele é bom demais. Ele me ama demais. E isso quebra meu coração. A única coisa que eu quero, é que o menino do pão sobreviva.

E de repente, tudo me atingiu muito rápido... senti meus sentimentos por ele voltando e eu comecei a me lembrar de quase tudo... do pão, dos trens, de tudo que ele já fez por mim, da pérola, de como eu não era nem um pouco gentil com ele no começo disso tudo... e lembro de algumas coisas da capital também, de como foi difícil, de como eles tiveram que me deixar sem comida por noites e aplicar o veneno em mim repetidas vezes porque eu não conseguia entender, eles lutaram para tirar a imagem maravilhosa que o Peeta tinha em minha cabeça.

Fiz ele se alimentar melhor, fiz ele parar de chorar... começamos a dormir juntos de novo, ele me ajudava a passar pelos meus pesadelos e eu pelos dele... a gente contava tudo um para o outro. Para nos ajudar melhor a lembrar de toda a história, escrevemos esse livro juntos, e estamos disponibilizando para você ler agora...

Quanto aos outros?

A ex-arco-íris e o ex-bêbado continuam juntos...

O Gale foi para o distrito dois em alguma missão que eu estou tentando entender faz tempo... a Madge foi com ele, acho.

Minha mãe, Prim e Buttercup estão morando em uma das casas no distrito doze! (que reconstruímos com muito amor)

E eu e o Peeta estávamos pensando em casar... mas não sei, a única coisa que sei é que só vou amar ele pelo resto da minha vida...

JUNTOS?

JUNTOS.


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Notas finais do capítulo

:')



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