– Ok. Quem vai primeiro?

– Eu.

Digo verificando o som da cerca. Desligada. Novidade. Atravesso por baixo dela e chego do outro lado. Olho para Peeta que faz o mesmo.

Caminhamos mais um pouco e sentamos Na Pedra.

Sim, aquela pedra. A que eu conversava com Gale. Tento ao máximo não pensar nele. Penso em Peeta e logo o moreno sai da minha cabeça.

Sento na pedra e ele logo em seguida também.

– O que você faz por aqui? – Ele pergunta, acho que se referindo a floresta.

– Eu caço... basicamente isso – Tem os meus encontros com Gale, mas parece errado falar isso pra ele.

– Eu sei do Gale, Katniss. Eu te seguia as vezes quando era menor. Eu via vocês passando da cerca. E eu confio em você. Está tudo bem.

– Eu te amo – Digo, experimentando dizer essas palavras pela primeira vez. É bom.

– Você o que? – Pergunta ele franzindo a testa. Ele parece muito surpreso, mas ainda assim com um sorriso no rosto e com o mesmo brilho em seus olhos.

– Você escutou – Digo rindo baixo e corando um pouco.

Vejo um brilho diferente agora, quando ele me encara. Eu só sei que é verdade. Eu o amo. Nunca tive tanta certeza disso.

Nós ficamos por um tempo daquele jeito, sentados um ao lado do outro na pedra, nossos corpos colados e eu com a cabeça em seus ombros.

Eu o viro de frente pra mim e o beijo. O beijo começa calmo e sereno, depois eu sinto a necessidade de mais. Ele se transforma em quente, voraz e caloroso.

Tudo parecia estar perfeito, quando um barulho de alguém pisando em galhos no chão chama nossa atenção e quebra o beijo. Eu só consigo encara-lo. Sinto minhas bochechas esquentarem. Gale.

– Desculpa, eu não queria estragar nada – Diz Gale com um jeito frio e sarcástico.

– Gale... eu... – Tento dizer mas não acho as palavras. Ele já havia sumido do meu campo de visão com tantas arvores.

Peeta me encara, como se quisesse uma explicação, mas ele não fala nada. Eu me sinto constrangida. Mas não sei se devia. Francamente, não sei de mais nada. Por que eu fiquei assim quando vi ele? Será que eu ainda tenho sentimentos por ele? Não, Não pode ser... Não é. Não tenho sentimentos por ele.

Eu acho que Peeta percebe a minha confusão e somente me abraça. Eu o abraço de volta encostando a cabeça em seus ombros novamente. Sinto lágrimas escorrerem pelo meu rosto. Ele provavelmente não está muito contente dessa cena, mas mesmo assim não se afastou de mim.

Peeta:

Sinto lágrimas chegarem no meu ombro. Olho pra Katniss e vejo seus olhos avermelhados.

– O que foi? – Pergunto quase sussurrando e limpando suas lágrimas com meu dedão – Ei, não fique assim...

Me doía quando ela ficava frágil desse jeito. Eu a amava mais do que tudo na minha vida e ver ela assim... Eu senti uma pontada de dor no coração.

– Me desculpa... Eu não... – Ela tenta falar, mas sua voz falha.

– Está tudo bem. Vem, vamos voltar pra casa – Digo e vejo um leve sorriso se formar no rosto dela. Ela assente com a cabeça.

Nós levantamos e caminhamos um pouco, chegando até a cerca. Ela a atravessou e depois eu atravessei também. Ela já havia parado de chorar quando chegamos em casa. Foi um caminho bem silencioso. Até demais...

*

Katniss:

Já faz algumas semanas que eu estou “namorando” o Peeta. Ainda é estranho usar a palavra namorar, por causa de tudo que a gente passou e porque, agora é real e não uma atuação. Ele me faz bem. É de noite e nós acabamos de jantar. Nós fomos tomar banho, ele primeiro e eu depois, ele já havia deixado algumas roupas aqui. Eu acabo meu banho e me troco. Estou com uma regata e um shorts. Abro a porta e vejo ele já deitado na cama, com seus olhos azuis me encarando. Deito na cama, mais especificamente em seu peito e sinto seu cheiro. Canela e segurança. Estou agitada. Sinto vontade de beija-lo. Me ajeito e fico em cima dele. Me aproximo de seus lábios e o beijo com necessidade e desejo. Ele beija de volta. Sua língua logo invade minha boca e eu só quero mais. Agora, eu tenho certeza de que, isso não será o suficiente para me satisfazer hoje.

Eu passo as mão por dentro de sua camisa e sinto seu peitoral forte. Ele fica com as mãos em minha cintura e a aperta levemente. Tiro a camiseta dele, separando nosso beijo por alguns segundos.

Ela roça seus dedos pelas minhas costas até chegar no fecho do meu sutiã. Ele hesita, tira as mãos das minhas costas e percebo o seu olhar confuso.

– Você... tem certeza que quer fazer isso? – Ele fala e eu percebo que agora seu olhar é de preocupação – Eu nunca fiz isso antes...

– Eu também não – Digo olhando em seus olhos e vejo um leve sorriso se formar em seu rosto. Me aproximo novamente de seus lábios e os beijo com a mesma voracidade. Suas mãos voltam a acariciar minhas costas e ele tira minha regata e depois meu sutiã. Tentamos ao máximo não separar o beijo. Ele acariciava meus seios e eu encaminhei minha mão até sua cintura e tirei sua bermuda. Ele ficou só de cueca.

Peeta tocou minha cintura e tirou meu shorts com delicadeza. Suas mãos rodavam pelas minhas coxas me deixando arrepiada. Soltei alguns gemidinhos baixos de prazer. Ele tirou minha calcinha e a tacou em algum lugar. Realmente não me importei onde. Eu queria ele em mim. Era tudo o que importava nesse momento. Eu retirei sua cueca e me posicionei entre suas pernas. Ele começou a me penetrar. No começo doeu, mas agora a dor foi substituída pelo prazer. Começou calmo e estava indo cada vez mais rápido. Eu soltei alguns gemidos altos da minha boca. Mas não liguei. Minha mãe como sempre estava no hospital e minha irmã também. Vi que o rosto de Peeta estava suado, mas sua feição indicava prazer.