Identidade Homicida escrita por ninoka


Capítulo 31
Falsa esperança


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente queria dizer que a demora deu-se devido eu ter ESQUECIDO que escrevi esse capítulo. Sim. E isso já faz um BOM tempo...
Oizinho para os novos leitores e olá para os mais arcaicos - num geral, muito obrigada a todos que estão por aqui! ;-

Recapitulando o básico: Lysandre e Castiel dão as caras como fanfarrões do pedaço>Uma vítima(Eduarda/personagem feita pra morrer mesmo)>Mais uma vítima(Amber)>Nathaniel desconfia de que sua irmã esteja morta e fica pancada>Burniel reencontra (o amor da sua vida) seu irmãozinho Jade, que o leva para o LADO NEGRO DA FORÇA.

Agora vai!



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[Elsie]

Relatório Diário

Nome: Charlotte

Idade: 17

O cadáver apresentava a falta de membros inferiores.
A letra “K”, constava que a loura fora um killer descuidado.

***

Todos presente no pátio faziam um típico círculo, quase sempre moldado diante algum fato incomum.

Ao erguer o pescoço, era possível verificar Nathaniel de pé sobre uma das namoradeiras de madeira, todos agrupados ao seu redor. Estranhei o ato, e logo me atentei ao que viria a seguir.

— Atenção! - exclamou o louro, batendo suas mãos entre si para atrair a todos. - A partir de hoje, se iniciam os preparativos para a comemoração dos 30 anos deste colégio! O festival será daqui uma semana e contará com jogos e atividades para todos, incluindo pessoas de fora. Os fundos arrecadados serão doados para uma instituição e também utilizados para a recuperação dos gastos extras da excursão ao museu. Não se esqueçam de inscrever seus clubes...-

Redirecionei o olho para Armin, sussurrando-lhe involuntariamente:

— Um festival?

— Os eventos daqui costumam encher de pessoas… - comentou; em seguida resmungando. - Detesto isso.

— Trinta anos? - Kentin refletiu, contando nos dedos. - Quantos anos aquela diretora pré-histórica tem?!

Tornei a fitar o representante - seu discurso era inaudível para meus ouvidos. Só poderia aglutinar meu foco para seu semblante, onde residia um aspecto intocável. Ah, e o pobre Nathaniel mal parecia desconfiar do declínio trágico de sua irmã.

Quando a tarde cor de mamão pendeu, o trio subiu para o telhado afim de apreciar o céu mélico; na qual insistia em transparecer uma falsa sensação de paz.

Kentin ajeitou as costas sobre o parapeito, assentando-se - fiz o mesmo. Já Armin, embolou o suéter no chão e uso-o de almofada. Suspiramos em conjunto; aquele silêncio perdurou durante minutos, junto à uma atmosfera rígida.

Mas afinal, tínhamos um motivo para estarmos em tal disposição.

Um novo killer trabalhava às espreitas, e isso sempre resultava numa quebra de rotina. Qualquer ruído, qualquer silêncio; tornar-se-ia fatal.

— Definitivamente não são a mesma pessoa. - Armin partiu o silêncio; os olhos abertos para o céu.

— Como assim? - perguntei.

— As três vítimas não foram feitas por uma mesma pessoa. - pausou. - Vocês não notaram? Amber não atendia ao mesmo modus operandi que Eduarda e Charlotte..

— Vocês diz… Pelo fato de que nenhuma parte de seu corpo foi destacada? - palpitei.

Armin concordou.

— Mas.. Charlotte e Amber eram companheiras. - relembrei. - Por que não consideramos que as três mauricinhas foram perseguidas?

— Na realidade, - prosseguiu Armin. - acho que isso não traz nenhuma explicação. Amber e as outras duas não têm relação alguma. Parece que existem dois killers, e ambos estão agindo por conta própria. Nenhuma aliança. - enfatizou o final com suspense.

Crespei levemente a testa ao tomar consciência do que aquelas circunstâncias poderiam ocasionar.

Kentin parecia inquieto; os olhos esmeraldinos perdidos no horizonte.

— E você, o que tem, hein? - indaguei-lhe.

O garoto franziu uma das extremidades do lábios:

— Ah… Eu só… estou preocupado.

— Vai ficar tudo bem. - dei-lhe uma batidinha nos ombros, um sorriso bailado, resultante após proferir palavras cujo eu mesma carregava certa desconfiança.

***

Chegando ao dormitório, a sombra do crepúsculo já viera cumprimentar pela janela. Reinava uma mudez cadavérica - Jennifer estava a resolver a papelada de sua transferência.

Abri a porta do armário de madeira, sacando a pasta que armazenava-os; Cartões de Homicídio.

— Já faz um bom tempo. - sorri.

Um, dois, três, quatro, cinco - todos os papéis rasgados, lançados descarga a baixo. Uma breve sensação libertadora.

Feita a cama, aprontei-me para dormir mais cedo. Cessei ambas as pálpebras, apertando o pingente do colar relicário sobre o colo.

— Tudo acabará bem. Não é, tia Agatha?


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Notas finais do capítulo

Um capítulo curto e direto, focado mais em coisas miúdas e conflitos internos da Elsie, além de servir de introdução para o PRÓXIMO.

Relembrando porque é importante: Esse colar relicário foi a senhorinha Murple que entregou à Elsie pois o encontrou nas coisas da falecida Agatha. COLAR ESTE, entregue à Agatha em sua adolescência pelo durão inspetor Jack. Só isso Q

Me desculpem se esperavam mais.. Por hoje é só. Ç
Até a próxima!