Tomorrow escrita por Ster


Capítulo 1
O amanhã - I


Notas iniciais do capítulo

Tudo é bem diferente do que vocês imaginam...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507603/chapter/1

AMANHÃ

Não há nada como o sonho para criar o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã.

Victor Hugo

1

– Caralho, eu vou gorfar! – avisou James Potter, segurando-se em Remus Lupin e Sirius Black, sendo que o último quase o atirou longe.

– Ficou louco, Pontas? Vomita bem longe de mim! – Os quatro estavam bêbados, era quase uma regra de toda sexta-feira à noite. Quando o toque de recolher ressoava por Hogwarts, os quatro marotos já estavam descendo as escadas do inferno, em direção do ilustríssimo bar chamado Três Vassouras. Aquele com certeza era o lugar favorito de James, um garoto que sabia muito bem como saborear uma boa bebida alcoolica.

– Não sei como Madame Rosmerta ainda não nos denunciou à Dumbledore. – indagou Remo, tentando se recompor antes de chegarem no beco que dava nas escadas de Hogwarts.

– Ué, porque ela iria nos denunciar? Olhe só pra nós! – gritou James. – Eu sou lindo, Sirius nem tanto, Peter ok, você também, convenhamos, mas, ei, acordeeeem!

– Por que você é sempre o que fica mais bêbado? – riu Peter, tentando subir as escadas engatinhando.

– Eu? Eu nunca fico bêbado. – gargalhou James, quase tropeçando.

– Uau, verdade. – Sirius arregalou seus olhos cinzentos. – É que nós esquecemos às vezes que você é realmente retardado dessa forma, sem nenhuma ajuda alcoolica.

– Muito engraçado, Sirius Sem Sobrenome. – retrucou James, subindo as escadas. No auge de 1976, aquele era o penúltimo ano que eles fugiriam de Hogwarts a noite, sejam para Luas Cheias, ou apenas para encher a cara no Três Vassouras. Seria o penúltimo ano que Sirius moraria com James, por mais que tivesse apenas acabado de fugir. Para James, aquela era a melhor época da vida deles. Apesar de Sirius andar constantemente emburrado por conta do fim de seu namoro com Hestia e o namoro extremamente longo de Régulo e Marlene, ele estava se divertindo mais do que os três juntos, atravessando novas fronteiras, agora sem a pesada coleira de sua família em cima. Já Remus... Bem, ele continua estudando. E Peter, esse rato está suave, cheio de notas boas, tendo flashbacks com Pandora Moon e aperfeiçoando seu talento em Feitiços, que sempre foi vergonhoso.

E James Potter, ah, esse é o que está mais feliz. Ninguém sabe direito o motivo, mas Lílian Evans está cedendo. Obviamente que não é tão fácil assim, mas dá para perceber nos detalhes: Ela já não fica tão brava assim quando James mexe com Severus Snape, e também não comenta nada quando ele faz palhaçadas na classe, atraindo atenção de todos.

Ela também agora o deixa chama-la de Lílian, e às vezes lhe dá um sorrisinho. O garoto quase tem um infarto, por mais mínimo que seja, é um grande avanço.

– Vamos acordar o castelo? – Remus gemeu. Lá vai mais uma ideia mirabolante de James Potter.

– Pra que? Para todo mundo estar acordado para nos ver levar a maior detenção que já levamos? – questionou Remus ironicamente.

– Ainda não chegamos? Para onde estamos subindo? Para o céu? – reclamou Peter como em todas as vezes que usavam a passagem das escadas.

– Porra meu, vamos, vai ser divertido! – agitou James, dando saltinhos. Sirius gargalhava. Adorava ver seu melhor amigo daquele jeito, era facilmente vencido por sua agitação.

– É, vai ser legal. – concordou Sirius.

– Ok, deixem eu me preparar psicologicamente para uma bela bronca. – cedeu Remus, atrás de Sirius e James.

– Chegamos? – perguntou Peter, ofegante.

2

– ACORDA CAMBADAAAAAAAAAAAAAAAAAA! – berrou James Potter, sentindo seu peito rugir como o de um Leão. Ele não conseguia parar de rir, ali, em cima da Torre de Astronomia. Lá embaixo, os Marotos gargalhavam diante da nobre atitude de Pontas. Obviamente todos bêbados. – ACORDA SEUS FILHA DA PUTA!

– JAMES, AGORA DESCE! – berrou Remus.

– O QUEEEEEEEEEE? NÃO CONSIGO OUVIR, ALUADO! – urrou James, gargalhando em seguida. O forte vento era um ruído constante nos ouvidos do jovem Potter. Aos poucos, pessoas começaram a sair do Castelo, e Sirius, como sempre, tentou se misturar na multidão para tentar não receber uma detenção. James já não estava conseguindo ouvir nada quando praticamente todo o Castelo falando junto. Ele gargalhou o mais alto que pôde e sentiu um leve enjoo quando um forte vento quase o desiquilibrou, fazendo todos vibrarem. Mesmo extremamente bêbado, ele conseguiu distinguir um ruivo na multidão, acenando para ela.

– EI LÍLIAN! SOU EU, JAMES! – berrou, acenando para a garota feito um retardado. As pessoas começaram a ficar desesperadas, e James também. Ele já não conseguia distinguir seus amigos entre tanta gente, nem mesmo Lílian. E todos falavam ao mesmo tempo. – Opa.

Um forte vento quase o desiquilibra novamente, fazendo um coro geral nos telespectadores abaixo dele.

– RELAXA GENTE, EU VOU DESCER! – antes conseguisse. Quando James colocou seu pé esquerdo para frente, para poder agachar-se e segurar firme no telhado, o vento jogou James brutalmente para frente, fazendo com que ele sequer tivesse tempo para se segurar em algo. Ele não conseguia ouvir, muito menos enxergar... Ele estava calmo.

E o céu brilhante, como a trilha de um trem inexistente...

3

A luz praticamente me obrigou a acordar.

Abri os olhos para o quarto extremamente iluminado e tentei me situar, mesmo bêbado de sono. Engole essa, Sirius, eu não estou de ressaca! Virei para o lado, esperando ver a cabeleira de Almofadinhas, mas tudo que eu pude ver foi um garoto estranho, ruivo. Não acredito que eu dormi no dormitório errado de novo! McGonagall vai me estrangular! Levantei-me às pressas, não enxergando porra nenhuma. Meu Deus... Estou cego... O ALCOOL ME CEGOU!

– Harry? – virei-me para o garoto na outra extremidade do quarto. – Seus óculos estão na cabeceira, vai acordar todo mundo antes de coloca-los?

– Está falando comigo? – perguntei, confuso.

– Tem outro Harry Potter aqui? – riu o garoto. – Cara, volta a dormir.

– Harry Potter, quem é Harry Potter? – questionei, assustado.

– CALA BOCA, PORRA! – berrou um garoto na cama fechada por cortinas. Ele as abriu bruscamente. Quem são esses caras? Eu não reconheço nenhum deles! Não... Será que estou no dormitório de outra casa? Puta que pariu, eu nunca mais vou beber. – TEM GENTE QUERENDO DORMIR!

– Ok... Desculpe, eu só... – ele fechou sua cortina novamente. Ugh, Sirius Black. Peguei os óculos e os coloquei urgentemente. O álcool aumentou minha miopia, ótimo. Andei pelo quarto rapidamente, olhando os baús dos garotos adormecidos. Rony Weasley, Simas Finnigan e Neville LONGBOTTOM? Que é isso afinal? Deve ser alguma brincadeira muito sem graça de Sirius, mudando o nome de todo mundo.

– Harry, o que está fazendo? – perguntou o tal Rony.

– Eu? Nada. – retruquei.

– Você está bem? – riu ele, levantando-se.

– Estou, por que não estaria? – questionei, tentando agir normalmente. – Sou Harry Potter, não sou?

– Sim... Você é. – ele riu, olhando-me estranho. – Harry James Potter.

– ISSO! – gritei, calando-me em seguida, rezando para o Finnigan não acordar. – James Potter.

– Não, esse é seu pai. – riu Rony. – Olha, vamos descer, acho que isso deve ser fome.

– Meu... Pai? – OH MEU DEUS DO CÉÉÉÉÉÉU! QUE MERDA QUE EU FIZ NOITE PASSADA? QUEM É HARRY POTTER E PORQUE ELE É FILHO DE JAMES POTTER QUE POR ACASO SOU EU! Respire fundo, James, vamos encontrar Dumbledore e contar tudo, ele com certeza vai nos ajudar. Copiei o garoto ruivo e vesti meu uniforme da Grifinória, que estava bem diferente, até mais estiloso digamos. Nós saímos do dormitório em rumo da Sala Comunal quando eu tive coragem de perguntar:

– Hm... Rony, que dia é hoje mesmo?

– Vinte e seis.

– Sim, de que mês?

– Hm... Outubro. – Bem, pelo menos eu vou comer bem, Outubro é a melhor época de jantares em Hogwarts.

– De que ano? – Rony olhou-me como se eu fosse retardado. Eu também faria esse olhar se alguém me perguntasse isso.

– Harry, você está bem mesmo? – perguntou ele, preocupado.

– Tô, relaxa aí. Agora responde. – ele riu brevemente.

– Mil novecentos e noventa e seis.

– Mil o quê? – MEU DEUS! EU AVANCEI TRINTA ANOS NO TEMPO! COMO PORRAS EU FIZ ISSO, MERLIN E ARTHUR!

– Até que fim! – exclamou uma garota de braços cruzados no fim da escada. – Pensei que teria que esperar a manhã inteira!

– Relaxa, Lupin. – retrucou Rony, impaciente. – Harry estava com uma pequena amnésia matinal.

– Lupin? – Perguntei assustado. A garota de estatura média olhou para mim de um jeito divertido. Ela tinha longas madeixas castanho claro e olhos azuis, semelhantes ao de Dorcas, e um grande sorriso que definitivamente eram de Dorcas Meadowes.

– Sim, sua prima Gaia Lupin, quinto ano da Grifinória, mora a três quarteirões da sua casa, filha de Remus e Dorcas Lupin, melhor amiga de Hermione Granger, assassina de Elizabeth Black... – gargalhou ela, agarrando meu pescoço em seguida, caminhando em direção do quadro. – Vamos, já estão todos lá em baixo esperando.

Filha de... Meu Deus do céu, esse uísque era alucinógeno, não pode ser. Eu estou no futuro, no corpo do meu suposto filho, com a mão na cintura da filha do meu melhor amigo, indo encontrar um monte de gente do futuro, em Hogwarts do futuro...

EU SOU FODA!

PERSONAGENS


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

** Os personagens estão todos sem sobrenomes porque vamos descobrir aos poucos quem é quem.Eu dividi a história em 12 partes, então a história acaba em quatro capítulos bem divertidos...Espero que tenham gostado e não estranhado minha forma de lidar com os Marotos e seus personagens secundários.Lembrem-se, é apenas uma loucura da mente de James Potter, que nunca foi muito certa...Comentem,Beijinhos ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tomorrow" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.