Dramione-Bring Me To Life escrita por Eileen Ross


Capítulo 6
Novos Olhares


Notas iniciais do capítulo

Hoooy Pessoas, Muuuito obrigado pelos comentários eu ameei de paixão e me motivaram *_*. Bom esse capítulo não ficou do jeito que eu queria pq a a maldição do meu pc travou enquanto eu digitava e apagou tudo ; ( mas tá até bonzinho kkk
Dedico esse capítulo as Cebolas Retaliadoras, as minhas ameaçadoras fiéis kkkkkk
beijaao
boa leitura.



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Draco saiu do quarto da castanha, antes do sol nascer. Sem sono, ele fez toda sua higiene matinal e desceu para o salão comunal dos monitores. Encarou as chamas crepitantes da lareira, que aos poucos iam enfraquecendo.

O sonho(pesadelo) de Granger, realmente o intrigara, em seus 19 anos de vida algo nunca lhe interessara e nem o enojara como aquele sonho. Fechou os olhos e recordou o que havia acontecido. Desde que adentrou o quarto à o momento de sua saída. Ele passou um curto período de tempo, observando a castanha, que dormia serena e tranquilamente na sua presença. Ele nunca havia reparado que ela tinha sim, uma parcela de beleza, apesar de ser alguém tão odiosa para ele.

Apesar das olheiras horríveis e da magreza, ela ainda era bela. Seus cabelos agora não pareciam mais um ninho de pássaros, estavam mais domados e sedosos, suas bochechas eram um tanto rechonchudas e rosadas com covinhas encantadoras, seus lábios róseos eram bem delineados, seus olhos castanhos, como ele observara, haviam perdido um pouco o brilho contagiante que tinham, mas isso não os deixava menos belos do que já eram.

Ele varreu aqueles pensamentos com um simples balançar de cabeça. Seu relógio de ouro, marcava 7h40min, já passara duas horas desde que se sentara naquele sofá e encarara aquela lareira, que agora tinha as chamas apagadas.

Escutou uma movimentação vinda do andar de cima, mais especificamente do quarto da castanha, que acabara de sair do quarto. Levantou-se, e partiu pelo quadro. Não queria encarar Granger ainda, não queria ouvir seus agradecimentos, ou olhar naqueles olhos castanhos, e lembrar do que havia feito, do quão piedoso tinha sido. Afinal ele era Draco Malfoy, não deveria ter piedade de sangues-ruins e sim ódio. Mas Granger era um caso especial, ele não a odiava, só tinha o simples prazer sádico de irritá-la, e ver suas bochechas avermelharem.

Ele encontrou Blaise e Pansy na mesa da Sonserina, comendo seu desjejum. Alguns alunos que haviam ali no Salão Principal, lhe lançavam olhares de desprezo, os quais ele prontamente ignorava e fazia questão de por um sorriso debochado, típico de um Malfoy em seu rosto.

–Bom dia- cumprimentou seriamente quando se sentou na mesa sonserina.

–Fala aí Cara! - Blaise disse sorridente dando tapinhas nas costas de Draco.

–Oi Draco!- Pansy respondeu com um pequeno aceno de mão - Você sumiu desde ontem...Onde esteve?

–A velha da McGonnagall queria falar comigo- ele disse com descaso - Ela disse que eu fui nomeado Monitor da Sonserina e blá blá blá...

Ele mordeu uma maçã, e observou a Mesa da Grifinória, onde a castanha havia acabado de sentar.

–Uau Cara, isso é até legal- Zabini falava- Mas por que Granger foi com você?

–Não é óbvio Blaise!?- Pansy disse com nojo - ela foi nomeada monitora da Grifinória, afinal ela é a sabe-tudo Granger...- ela continuou com uma falsa admiração- A heroína do Trio de Ouro e queridinha dos professores...

Pansy fez uma careta ao terminar de falar, que fez os dois garotos rirem escandalosamente, atraindo olhares curiosos sobre si. Em um determinado tempo, os olhares de Granger e Malfoy se encontraram, o olhar da menina demosntrava gratidão e o dele demonstrava a sua frieza habitual.

–Você dormiu aonde Draco?- perguntou Blaise curioso.

–No dormitório de Monitores que tem aqui...- ele respondeu sem quebrar o contato visual com Granger.

Blaise parecia querer fazer mais perguntas, mas uma cutucada de Pansy em sua costela, o fez se calar e concentrar toda a sua atenção na torrada com geléia de uva, que ele comia.

Granger ficou um tanto corada com aquele contato visual direto, e foi a primeira a desviar o olhar, engatando uma conversa sóbria com a ruiva Weasley.

–Aí Pansy...qual é a nossa primeira aula? - Perguntou Draco, olhando para a garota.

–Poções- ela respondeu com uma careta - juntamente com a Grifinória...Aliás todas as nossas aulas de hoje são com a Grifinória, mais que grande droga! - a garota revoltou-se, fazendo bico.

Os garotos riram novamente da cara de Pansy, mas não estavam mais felizes que ela por terem o resto do dia de aulas com a sua casa rival.

Quando Draco terminou de tomar café, levantou-se da mesa sonseria rapidamente e sentiu dor nas costas. Ele deixou um gemido escapar, fazendo Pansy e Blaise lhe olharem interrogadores.

Droga Granger! Pensou ele. Amaldiçoando Granger e seu sofá vermelho. Deu um sorriso amarelo.

–Dormi de mau jeito...- justificou indiferente, revirando os olhos.

–Meu amigo, você só pode ter dormido numa cama de pregos então...- disse Blaise em uma piada sem graça, rindo sozinho.

Draco seguiu sozinho para a sala de Slughorn. Encontrou a sala vazia, apenas com o velho professor, que estava rabiscando algo em um pergaminho, e ele se perguntou o que seria.

Depositou seus livros em cima de uma carteira fazendo um barulho baixo. O gorducho levantou o olhar do pergaminho. Ele deu um sorriso amarelo e guardou o pergaminho.

–Oh! Senhor Malfoy...- ele começou- Que bom vê-lo de volta a Hogwarts!

Mentira, ele calculou. Sorriu falsamente, sentando-se na carteira.

–É bom estar de volta, professor- ele disse Cinicamente.

O sorriso falso ainda pendia em seus lábios. E por um curto período de tempo, Slughorn lembrou de Tom Riddle. Malfoy agora tinha a mesma postura que Riddle tinha, nos tempos que ele era seu aluno. A chegada dos alunos na sala de aula, arrancou o professor de seus devaneios, e ele cumprimentou cada um gentilmente. Porém ninguém ousava sentar-se com Draco Malfoy, tanto os Grifinórios quanto os Sonserinos, ele olhou seus dois amigos que estavam sentados juntos, eles lhe lançaram um olhar de desculpas, o qual ele nem respondeu.

Slughorn começou a aula e nada de Granger aparecer, o que Draco estranhou. O professor falava da poção Veritaserum, e antes que pudesse terminar a explicação, Granger entrou na sala totalmente afobada. Draco abafou a risada tapando a boca com a mão. Todos olharam para ela , que ficou vermelha de vergonha.

–D-desculpe o...atraso professor, tive um imprevisto - ela falava totalmente sem fôlego. Puxou o ar para os pulmões e depois soltou lentamente.

–Senhorita Granger! Que bom que veio, claro que não me importo, minha jovem - ele dizia com os olhos brilhantes por ver a menina do trio de ouro em sua aula - Vamos, sente-se aqui com o Senhor Malfoy, acho que ele não se importará, não é Senhor Malfoy?

–Claro que não professor...- disse automaticamente.

–Que bom...- disse Slughorn, retomando a aula.

Ambos, Draco e Hermione, se encararam em choque e uma certa cumplicidade. Ela apressou-se em sentar ao seu lado e ele mal a encarou. Cada palavra de Slughorn, ela anotava habilmente, seus cabelos estavam presos por um palitinho, para que não a incomodassem. Ele observava cada ato dela, desde sua mão rabiscando o pergaminho a seus dentes mordendo o seu lábio inferior, e naquele breve momento ele achou aquele ato, um tanto...Sexy.

–Muito bem alunos, agora vocês tentarão reproduzir uma réplica idêntica a essa que eu tenho aqui, da poção Veritaserum.-Slughorn disse e Granger largou a pena bruscamente - A dupla que terminar a poção primeiro e que ficar idêntica, ganhará uma nota semestral.

Os olhos de Granger arregalaram-se e ela olhou para Draco. Ele bufou frustrado ao compreender aquele olhar, ela queria ganhar aquela nota a qualquer custo, afinal ela nunca deixara de ser uma sabe-tudo. Os alunos arrumaram seus materiais de poções em cima das carteiras e começaram a preparação trabalhosa da poção.

Draco e Hermione formavam até uma ótima dupla, ele tinha que admitir, seus pensamentos pareciam estar sincronizados, pois a cada pedido silencioso que ela fazia, ele já sabia o que lhe dar. Trabalharam em silêncio, até que Malfoy deu uma risada curta e ela o encarou por entre os fios de cabelo que lhe caíam sobre a face.

–Me explique ó doce Granger- ele começou ironicamente - como uma sabe-tudo, se atrasa para a primeira aula do ano, ainda mais você? - ele disse com um leve divertimento.

–Acho que isso não lhe diz respeito, Malfoy- ela respondeu numa falha tentativa de ser fria.

–Granger, por favor...- ele retrucou revirando os olhos - O frio aqui sou eu, você está mais para...- ele fingiu pensar- Garotinha ignorante.

Hermione o olhou raivosa, e antes que lhe desferisse uma ofensa, Slughorn apareceu na carteira dos dois. Draco sorriu vencedor, e Hermione lhe deu língua sem que o professor visse.

–Oh! - o professor admirou-se - olhe esta poção...está perfeita!

Ele abraçou os dois pelos ombros e ambos repudiaram tal ato.

–Parabéns, Srs. Malfoy e Granger! - ele os felicitou.

Granger lançou um sorriso convencido à todos, e Draco mais uma vez revirou os olhos. O sinal bateu, e ambos saíram apressados da sala do professor de poções. Foram para a aula de transfiguração, e novamente para a infelicidade de ambos, eles se sentaram juntos. Miranda era a nova professora de transfiguração, e consequentemente , diretora da Grifinória. Sua aula foi puramente teórica, e mais uma vez Draco pôs-se a observar a Castanha.

Ao final daquela tarde eles teriam a sua primeira aula de Defesa contra as Artes das Trevas, e nenhum aluno sabia quem era o professor de tal matéria.

Desta vez Granger e Malfoy não sentaram-se juntos. Ele sentou numa carteira afastada, bem no fundo da sala e ela diferentemente sentou-se na primeira carteira. Ele pôde perceber que ela estava ansiosa para saber quem seria o professor, e ele certamente também.

Ele estava em pé, e conversava banalidades com Pansy e Blaise. Um homem de meia idade, cabelos presos a um rabo de cavalo e barba por fazer, apareceu na sala. Draco estancou no lugar quando viu quem era o professor de Defesa contra as Artes das Trevas, e uma raiva estranha possuiu seu corpo. Mas ele não demonstrou. Apenas observou ele, e como ele olhava para Granger. E algo dentro dele, Draco, dizia que ele deveria proteger a castanha. Pois aquele homem era o mesmo do sonho ou melhor, pesadelo de Granger.

–Boa Tarde Alunos! - ele cumprimentou com a voz rouca - Sou Edward Holmes, seu novo professor de Defesa Contra As Artes das Trevas...

O olhar do professor encontrou Granger, e ele deu um sorriso de canto. Ele observava a garota com curiosidade, admiração e um pouco de...malícia? Aquilo irritou o loiro que, observou a castanha, ela estava corada e olhou para trás encontrando seu olhar.

O professor iniciou a aula sobre o feitiço do Patrono. Ele lançava olhadelas sutis á garota, enquanto falava do feitiço. Draco se perguntou se Granger lembrava de quem era aquele homem, Certamente Não. O homem aproximou- se da mesa da garota, ficando de frente para ela, e Draco sentiu a raiva queimar-lhe por dentro.

–Creio eu, que você conheça bem este feitiço...- o professor dizia - afinal foi uma das melhores conjuradoras dele na guerra...

A garota empalideceu consideravelmente, Dracou observou que seus pêlos haviam se eriçado.

–Eu não sou uma das melhores conjuradoras desse feitiço professor...Harry Potter, sim é... - ela disse, sensata - eu fui apenas uma mera coadjuvante na guerra.

–Eu discordo Srta. Granger...- ele olhou para a menina , que estava pálida- A Srta. foi de grande ajuda na guerra, com sua inteligência ajudou Potter derrotar Voldemort...

A Garota engoliu seco, e Draco sentiu um ódio mortal do professor. Ele continuou a falar sobre a participação de Hermione na guerra. Ela ficou constrangida com aquele discurso, e ia ficando cada vez mais pálida, e logo começou a tremer, Draco cerrou os punhos de raiva.

Antes que o professor concluísse o discurso, Hermione levantou-se e saiu correndo da sala de aula. Draco percebeu as lágrimas no seu rosto, e aquilo lhe doeu o coração. Ele lançou um olhar de mortal a Holmes, e antes que lhe desferisse uma ofensa o sinal bateu.

Todos saíram da sala perplexos, mas ninguém ousou pegar o material de Hermione que jazia na carteira. Draco esperou todos saírem da sala para pegar a mochila da garota. Os comentários sobre a aula corriam freneticamente, e logo todos já sabiam do que havia acontecido.

Draco escapou da multidão de alunos e seguiu para os jardins. Ele avistou a garota sentada na margem do lago negro, as lágrimas desenhavam seu rosto, e seus soluços eram bem audíveis, deixou as mochilas de lado e sem aviso sentou-se ao lado dela.

Ela apoiou a cabeça em seu ombro, e ele sem jeito a abraçou pelos ombros. As lágrimas ainda corriam pelo rosto dela. Hermione passou os braços pela cintura dele e o abraçou fortemente, agarrando o seu suéter e agora as lágrimas dela molhavam suas roupas. Ele ficou sem jeito perante aquele ato, mas a apertou ainda mais no abraço.

Quando os soluços dela cessaram e ela se acalmou, Draco afrouxou o abraço e ela o encarou com os olhos vermelhos.

–Sabe...- começou a contar - Ninguém sabe, mas a guerra me afeta de uma maneira profundamente terrível...Ela assombra minhas noites, minhas memórias, só de ouvir a palavra Guerra, minha mente recorda cada morte, cada tortura...e eu sinto tanto medo...

As lágrimas ressurgiram em seus olhos e ele a abraçou, apoiando seu queixo na cabeça dela.

–Não é real sabe...- tentou consolá-la - Não mais...

–Eu sei, mas é que às vezes eu sinto como se no momento que eu abrisse meus olhos, eu veria a destruição de Hogwarts ou sua tia me torturando. - ela confessou-lhe e ele engoliu seco ao lembrar de Bellatrix.

–Minha tia era horrível! - ele recordou-se da tia- às vezes eu me perguntava como ela suportava aquela juba enorme, que ela chamava de cabelo.

Ele soou divertido, fazendo a garota soltar uma risada pelo nariz. E ali eles não pareciam inimigos de infância, e sim dois amigos.

–Você não me odeia, não é mesmo? - Hermione perguntou sentindo o perfume de Draco.

–Não mais...- ele confessou de olhos fechados a apertando mais ainda- só sinto prazer sádico de irritar você...

–Mas ora, seu...- ela revoltou- se e ele riu.

–Quieta Granger! - ele a cortou- não estraga meu momento de compaixão por você...

–Só podia ser uma doninha albina mesmo...- ela sussurrou indignada e ele riu.

Eles permaneceram abraçados até o surgir da lua, perdidos em pensamentos. Alguma coisa dizia a Draco, que ele deveria proteger aquela doce garota, e que ela o mudaria, e disso ele não tinha mais dúvidas. Ela vivia para fazê-lo se perder de seu lado sombrio e maldoso.

Fear is only in our minds

(O medo está apenas em nossas mentes)

But it's taking over all the time

(Mas está tomando lugar o tempo todo )

You poor sweet innocent thing

(Pobre coisinha doce e inocente)

Dry your eyes and testify

( Seque seus olhos e testemunhe)

You know you live to break me

(Você sabe que vive para me corromper)

Don't deny, sweet sacrifice

(Não negue, Doce Sacrifício)


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Notas finais do capítulo

Mais um capítulo ;)
A musica é Sweet Sacrifice de Evanescence♥
Espero que tenham gostado e comentem o que acharam...
bjs vou assistit Percy Jackson e o Mar de Monstros
:-* beijos da sua cat