Dramione-Bring Me To Life escrita por Eileen Ross


Capítulo 18
Aceitação




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Capítulo 18 – Aceitação

Hermione estava conversando com Gina animadamente na mesa da Grifinória quando o correio chegou juntamente com inúmeras corujas de todas as cores. A castanha reconheceu a corujinha atrapalhada dos Weasley no meio das outras, e animada a ave pousou na sua frente e na de Gina.

—Píchi!- exclamou Gina contente ao ver sua ave.

—Olá Píchi! O que tem para nós hoje?- Hermione sibilou gentilmente e a coruja estendeu a pata soltando duas cartas destinadas a ela e Gina, do mesmo autor, Harry.

—São de Harry!- Gina disse animada para em seguida rasgar o selo de sua carta.

Hermione pegou a sua um tanto receosa, não sabia o que poderia haver ali, mas abandonou todo e qualquer receio e abriu o envelope para ler a carta. Ela suspirou e começou a ler.

Querida Hermione

Estou surpreso com  tantas coisas que você passou em tão pouco tempo, parece que seu último ano em Hogwarts será bem agitado.

Espero que esteja bem e espero que Gina também. Por aqui está tudo bem, estou muito atarefado com os trabalhos no Ministério, mas nada que me desgaste muito, essa semana conseguimos capturar três ex-Comensais da Morte, foi realmente produtivo.

Mas e você? Já devorou todos os livros da Biblioteca?

Espero que não se afogue tanto nos estudos ratinha, você tem uma vida, lembra?

Eu devo lhe dizer que fiquei bastante surpreso com o que você me contou na carta, precisei relê-la cinco vezes para acreditar, mas nada é impossível certo?

Malfoy me surpreende bastante com essas atitudes, mas me surpreende mais que ele tenha se aproximado tanto de você, pois há tempos atrás vocês se odiavam. Espero que ele lhe faça bem aí em Hogwarts e espero que esteja mesmo determinado a mudar e não se tornar outro terrível Malfoy.

Tenha bastante paciência com ele, sei que você terá, e pelo tanto que te conheço sei que está determinada a ajudá-lo, faça isso, mas discretamente, sabe como ele é orgulhoso.

Hermione, eu não lhe julgo e muito menos julgo ele, os erros ficaram no passado, e ele pode mudar se quiser, basta que alguém o ajude. Espero que você consiga ajudar ele, estarei na torcida. Mas tome cuidado, mesmo assim ele ainda pode machucar você, até sem querer, por tanto seja cautelosa e paciente. Cuidado com o seu coração, ele pode estar nas mãos de Malfoy mesmo que você não perceba.

Abraços de seu grande amigo

Harry.”

...

— Hermione! – Gina a chamava pela terceira vez.

— Sim? - ela respondeu com um olhar vago, ainda digeria as palavras de Harry.

—Tudo bem? - Gina perguntou – Faz uns cinco minutos que você olha pro nada, completamente paralisada, foi algo que Harry lhe disse?

— Tudo bem sim Ginny, só estava um pouco dispersa, Harry não me disse nada de mais e a você? - Hermione procurou disfarçar seu abalamento e espantou os seus pensamentos que fervilhavam em sua cabeça.

— Bem, ele me disse que está bem e que está com saudades, e outras coisas... - Gina corou um tanto tímida, e voltou sua atenção para seu mingau de aveia.

— Você fica muito fofa corada, ruiva – Hermione zombou dela que lhe olhou feio. – Tudo bem, parei, agora tenho que ir, combinei de encontrar com Theo na biblioteca antes das aulas.

— Você está andando muito com os Sonserinos, Hermione – Gina reclamou com um pouco de ciúmes.

— Você ainda é a minha Melhor Amiga, ruiva – Hermione sorriu e lhe deu um beijo na bochecha.

— Tudo bem então – Gina sorriu. – Até logo Sabe-Tudo

— Até mais tarde – a castanha se despediu pegando suas coisas e escondendo a carta de Harry dentro da capa.

Hermione mentira para Gina, não ia se encontrar com Theo, apenas precisava ficar um pouco sozinha para pensar nas palavras de seu amigo. E ela fora para a sua adorada biblioteca. Ao chegar lá foi para o canto mais afastado e largou sua mochila em cima da escrivaninha, debruçou-se sobre a mesa e releu a carta de Harry.

Confusa ela fechou os olhos e amassou a carta levemente. Ficou feliz por ter recebido o apoio de Harry e por ele não ter julgado mal sua situação, mas não conseguira entender o que o amigo quis dizer com suas últimas palavras.

“Cuidado com o seu coração, ele pode estar nas mãos de Malfoy mesmo que você não perceba”

O que isso queria dizer? Bem, ela não sabia ou não queria saber. Se Harry estava insinuando que ela estava se apaixonando por Malfoy, ele estava completamente enganado! Malfoy só lhe ajudava a se sentir bem, e era uma boa companhia, mas nada além disso, acreditava ela.

Suspirou e gemeu frustrada, não estava gostando das insinuações de Theo e agora, Harry. Ela não tinha tempo para se apaixonar por ninguém, tinha que se focar nos seus estudos e conseguir passar nos N.I.E.Ms, só isso importava, nada mais. Gemeu outra vez ao lembrar que sequer havia começado a estudar para isso, ela estava se tornando desorganizada e odiava isso.

—Granger, tudo bem?- Ouviu a voz dele.

A castanha abriu os olhos,  espantada, e aos poucos se virou para ele. Nem mesmo na biblioteca conseguia escapar dele, ela ajeitou os cabelos e tinha a certeza de que estava corada.

— Sim, p-por quê?- ela tentava não gaguejar.

— É que eu ouvi você gemer, achei que estivesse com algum tipo de dor, sua louca – O loiro riu do embaraço da garota.

—Não é nada, estou bem – ela começou a juntar suas coisas para sair dali – Com licença.

Ela passou pelo loiro, envergonhada, as palavras de Harry pesavam em sua mente e tudo que já havia passado com Malfoy também.

— Ei, o que é isso? – o loiro questionou pegando a carta amassada de Harry que ela havia derrubado sem perceber.

— Me devolva isso Malfoy!- ela pediu mais vermelha do que já estava, seria péssimo se Draco pusesse os olhos no conteúdo da carta. – Não é da sua conta.

—Será?  Tenho a leve impressão de que vi meu nome em uma dessas linhas... - ele pousou os olhos nas palavras, mas antes que pudesse ler, Hermione partiu pra cima dele para tomar o que era seu.

Draco sendo bem mais alto que Hermione, levantou o braço e tentava ler enquanto a garota saltitava desesperada para tomar a carta.

Querida Hermione... — ele começara a ler sorrindo da menina.

— Pare com isso Draco! – ela lutava pra pegar.

Estou surpreso com o tanto de coisas que você passou...

—Draco, isso não é da sua conta!- ela começou a socar o peitoral do loiro.

Em tão pouco tempo...

—Draco!- ela o chamava pelo nome sem perceber.

Parece que seu último ano em Hogwarts será bem agitado... — o Loiro concordou – Acho que ele está certo.

— Já chega!

Hermione habilmente jogou-se com todo seu peso em Draco, que não conseguiu sustentá-la e os dois caíram no chão. A castanha caíra por cima do loiro e sua cabeça estava entre a curva de seu pescoço, e ela pôde sentir seu perfume inebriante, mas antes que paralisasse, esticou a mão e agarrou a carta tirando-a da mão de Malfoy.

—Sua doninha idiota- ela sibilou cansada e sem coragem de sair dali.

— Eu sei que você me adora Hermione – ele respondeu ironicamente respirando fundo.

Eles ficaram daquele jeito por minutos até que se lembrassem de que tinham aula. Hermione ergueu o rosto quente que estava a centímetros do de Draco.

—Espere do quê você me chamou? – ela perguntou com o cenho franzido.

— Hermione, não é esse seu nome? – ele a encarou e a viu enrubescer de novo. – Será que pode sair de cima de mim, Hermione?

— Claro... - ela disse aérea e se levantou.

Eles pegaram suas coisas e saíram da biblioteca em silêncio, iriam para a mesma aula naquele dia. Hermione aos poucos foi voltando a realidade à medida que seu rosto voltava ao normal.

— Malfoy, quem te deu autorização para me chamar pelo nome? – ela questionou.

— Ninguém! Por que eu não preciso – ele piscou e passou a sua frente.

— Sua doninha maldita – ela xingou rindo.

A ousadia de Malfoy a surpreendia e amedrontava ao mesmo tempo, pois ela não sabia do que ele era capaz de fazer, ainda mais com ela.

— Anda logo Sangue-Ruim, senão  vai se atrasar de novo! – ele alertou a chamando pelo apelido ofensivo que naquele momento saiu de forma carinhosa.

— Estou indo! – ela começou a correr e ele a seguiu.

“Como você escolhe se expressar
É do seu jeito próprio, e dá para dizer
Que vem naturalmente, vem naturalmente”

(Selena Gomez – Naturally)


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