Beautiful Accident escrita por Lovatic


Capítulo 9
Capitulo 8. Honeymoon.


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a minha Lia, que recomendou a fic



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Stefan estava de cara feia quando deixamos o quarto. Ele usava uma camisa preta – que o deixava sexy pra cacete – um jeans e sapatos escuros. Ele tinha toda a luz naqueles olhos esmeralda e o cabelo levemente bagunçado.

Enquanto que eu usava apenas um vestido florido que achei no fundo da mala, ficava um pouco acima do joelho, o cabelo solto caindo nos ombros e uma sandália simples.

–Não acredito que esteja me arrastando pra isso. – Stefan resmungou pela décima vez enquanto íamos para o restaurante do hotel.

O salão era aberto e todo iluminado por velas e luz da lua. Nunca na vida vi algo tão lindo, e acho que estava admirada demais com a vista que não percebi que Stefan me observava de perto, atento a minha reação.

Não falamos nada.

Encontrei Lia e seu marido alguns segundos depois, sentamos e fizemos as devidas apresentações. Fiquei preocupada que Stefan passasse a noite inteira de cara feia na frente deles, mas consegui me surpreender. Ele era todo carisma e educação, entrou em uma conversa sobre futebol americano com Tomas, e sua animação enquanto ria era tão adorável que me fez sorrir também.

–Vocês são muito fofos. – Lia disse atraindo minha atenção.

Senti-me constrangida por ter sido pega.

–Hum. Obrigada, nós...

–Parecem apaixonados. – ela terminou por mim.

Não sei se é possível que alguém fique mais boquiaberta que eu naquele momento.

–Eu...

Lia se aproximou do meu ouvido e sussurrou para que apenas eu escutasse.

–Vocês ficam se olhando de uma forma tão adorável quando acham que ninguém mais está percebendo.

Ficamos?

Sorri e voltei para a minha posição de antes, evitando olhar na direção de Stefan porque sabia que ele estava olhando pra mim.

Jantamos e conversamos o restante da noite inteira, até que nossos novos amigos despediram-se e saíram para ver seus filhos. Stefan e eu ficamos na mesa depois disso, em um silencio meio estranho.

–Então... Tão ruim assim? – tentei puxar conversa.

Stefan sorriu um pouco.

–Considero que estava errado sobre eles. Dessa vez.

Revirei os olhos.

–Você precisa se soltar mais.

–Me soltar mais? Você acha que sou muito sério?

Levantei a sobrancelha e ele riu.

–Você é o adolescente de 19 anos mais sério que eu já conheci. Às vezes acho que você tem 30 anos.

Deu de ombros.

–Às vezes sinto como se tivesse.

Um minuto.

–Então... Vamos. Se solte. Isso aqui é uma lua de mel. – incentivei.

Stefan me olhou como se eu estivesse ficando doida. Não dei importância. Levantei-me e peguei a mão dele enquanto saíamos do restaurante para a praia.

Eu meio que o arrastava atrás de mim enquanto ele resmungava. Tirei minhas sandálias e as segurei na mão desocupada, provei a sensação de ter a areia nos pés. Soltei a mão de Stefan e corri para perto do mar, esperando que alguma onda ameaçasse molha-los. Não olhei para trás para vê-lo, não dei nem um passo a mais, nem um a menos. Fiquei ali. Completamente parada por mais ou menos uns 3 minutos. Sentindo a água e a areia e me sentindo estranhamente feliz.

Estava pronta para virar e voltar para a realidade quando senti mãos fortes me segurando pela cintura. As mãos dele. Claro que eram as mãos dele. Tão macias. Ele me segurou e eu instantemente parei, não fiz movimento algum. Esperei por ele. Um minuto e seus lábios estavam no meu pescoço, a barba roçando minha pele exposta, me fazendo ter todo o tipo de calafrio possível. Ele beijou minha nuca repetida vezes, pude sentir o peito dele subindo e descendo nas minhas costas. Fechei meus olhos.

Bem devagar, ele me virou de frente pra ele, meus olhos ainda estavam fechados e acho que não queria abrir, não queria olhar naquelas esmeraldas e me perder de novo. Um segundo e eu esperei pelos lábios dele nos meus, não vieram. Mais um segundo e me senti frustrada porque queria que ele me beijasse. Mais outro segundo e decidi ver o que estava acontecendo.

Abri meus olhos e encontrei o homem mais lindo que já vi na vida. Os olhos escuros, a boca entreaberta liberava uma respiração sufocada. O peito subindo e descendo subindo e descendo, tão perto do meu. Stefan se inclinou e beijou meu pescoço, minha clavícula, minha bochecha, minha testa, desceu para meus ombros expostos.

–Stefan... – murmurei.

Ele olhou nos meus olhos com aquele sorriso que eu sei que odeio. E me beijou.

A intensidade me fez abrir a boca e sentir mais dele. Enrolei meus braços no seu pescoço buscando mais acesso. Eu o queria. Céus, como eu o queria. A mão dele descia e subia na minha cintura e, quando ele apertou minha bunda eu arfei involuntariamente.

Que droga.

–Acho que... Hum... Talvez fosse... – PORQUE ESTOU GAGUEJANDO.

Stefan não disse uma única palavra. Apenas concordou e pegou a sandália da minha mão.

Andamos em silencio até o quarto, Stefan trancou a porta e eu andei apressadamente até minha mala para encontrar um pijama.

–Elena... – ele começou.

O tom de desculpa dele me fez virar.

–Sim?

Um minuto.

Levantei e caminhei até onde ele estava.

–Porque você precisa ser tão...

Estava me beijando de novo.

Meu coração quase saiu pela boca quando toquei os lábios dele novamente, sentindo seu beijo, rápido e desesperado. Ele olhou para baixo, surpreso com a intensidade do momento, e ainda mais com o que ambos iriamos fazer.

Meus dedos percorreram a extensão de suas costas, desceram e pararam no zíper de sua calça, eu, com as mãos tremendo, abri e a observei cair entre nós. Stefan sufocou uma risada quando isso aconteceu e desceu seus lábios para meu pescoço.

Caí de costas no colchão quando ele deitou sobre mim. Sua boca encontrou o caminho até a minha novamente e, quando criei alguma coragem, deslizei minha mão no elástico de sua cueca, fazendo-o soltar um gemido abafado nos meus lábios.

Stefan puxou meu vestido pela cabeça, sua mão estava impaciente quando tentei encontrar o botão do meu sutiã. Fiz o mesmo processo com sua camisa e em um minuto ou outro, não havia mais nada entre nós.

Ele me olhou nos olhos, arfando, ciente de que se parássemos ali, isso poderia arruína-lo.

–Estamos conscientes, não estamos?

–Aham.– murmurei.

E o senti entre minhas pernas. Fechei os olhos. Ele agarrou minha mão encima da minha cabeça e eu o puxei para dentro de mim, e ele gemeu quando a sensação e os movimentos se tornaram fortes. Os ruídos vindos da minha garganta ficaram mais altos e, por fim, ele tremeu e relaxou, trombando ao meu lado. Uma risada idiota foi sufocada no fundo da minha garganta, oh homem pra ser gostoso! Repudiei-me por querer mais dele, muito mais.

Eu mantinha meus olhos fechados. Olhos fechados, Elena. Olhos fechados. Senti Stefan deslizando para dentro dos lençóis da cama e não tive coragem de me mover.

Um segundo e eu estava por baixo dos lençóis com ele. Minha respiração voltando a ficar regular. Ele me puxou para cima de seu peito e eu pude sentir a dele também.

Não dissemos uma única palavra e a escuridão tomou conta da minha visão.


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Notas finais do capítulo

Loool