Beautiful Accident escrita por Lovatic


Capítulo 4
Capitulo 3.


Notas iniciais do capítulo

Feliz dia dos namorados! Quem tem namorado ganhou presente, quem não tem ganha cap novo! bjsss



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Pensei que Stefan fosse explodir em mil pedacinhos quando seus pais chegaram, mas ao invés disso, ele levantou pacientemente e ajudou sua mãe a carregar as malas do carro para dentro. Depois de uma breve conversa e uma rápida apresentação (como amiga dele, sem nem mesmo dizer meu nome) ele me puxou pelo braço e me fez entrar em seu carro. Eu não disse nada o caminho inteiro e ele parecia tão tenso que os dedos da mão estavam brancos de segurar o volante.

–Não aja como se fosse explodir a qualquer momento. – eu disse por fim.

Ele nem me olhou.

–Acho que vou explodir agora mesmo.

–Eu só achei que fosse justo te contar. –menti.

Maldita Caroline.

Ele suspirou.

–Isso não está certo.

–Como assim?- olhei-o com a testa franzida.

–Faz dois meses! Você deve ter estado com outra pessoa...

–Stefan eu passei o ultimo mês vomitando e enjoada! Não tem como eu ter estado com qualquer outra pessoa...

–Então antes de mim!

–Eu nunca fiquei com ninguém sem me proteger seu idiota! Acredite em mim, eu nem quis vir atrás de você, porque acha que eu estaria interessada em passar por isso se não fosse verdade?- gritei com ele.

–PORRA. – ele gritou de volta e parou bruscamente o carro na estrada.

Se não fosse pelo cinto de segurança eu teria voado longe.

–VOCÊ TÁ LOUCO?- gritei com ele.

A respiração dele estava irregular.

–Desculpe...

–Eu vou embora... – comecei abrir a merda da porcaria daquela porta de carro quando ele puxou meu braço.

–Elena...

–Olha não estou nem aí pra você. Não quero dinheiro, ou nome, ou qualquer coisa que você esteja pensando. Vou ter essa criança e vou cuidar dela eu mesma, e não preciso de você pra isso. Então se acha que estou interessada na sua grana então pode tirar isso da sua cabeça. – fiz uma pausa para recuperar o folego. –Não ouse me insultar assim. Não quero nada de você, nem queria que você soubesse disso, mas Caroline insistiu que eu devia te contar e eu fui.

Era uma grande mentira, eu precisava de dinheiro. Dele ou não.

Quando terminei ele fechou os olhos com força e deu um soco no volante do carro.

–Merda. Merda.

Não sei por que, mas vê-lo reagindo assim me deixou bem mais chateada.

–Vou embora. – murmurei.

–Não. – ele disse por fim. Sua cabeça apoiada no volante. –Preciso te levar pra casa.

–Posso pegar um taxi, minha casa não fica tão longe...

–Não pra sua. Pra minha, Elena.

Encarei-o.

–O que?

–Não posso deixar você na mão.

Meu coração deu um salto idiota no peito.

–Como assim?

Ele se virou pra mim.

–Fiz isso com você, não fiz? Então agora preciso te ajudar.

Engoli em seco.

–E o que tem em mente?

–Primeiro contar para meus pais.

–O que?- abri a boca e fechei e abri e desisti.

–Não posso esconder isso deles! Com tudo acontecendo ultimamente, a ultima coisa que eu preciso é de mais um problema e segredos.

–Não acredito nisso.

Mas eu devia ter acreditado, porque era a verdade. Stefan me levou até sua casa em completo silencio, seus pais estavam sentados com Alexis na sala de estar assistindo tv. Ele disse que precisava contar algo para eles e acenou para que eu me sentasse ao seu lado no sofá.

Não segurou minha mão, não me deu nenhum tipo de apoio emocional e depois que terminou de explicar a situação, toda a sala se tornou um mar silencioso.

–Mas que merda... – seu pai foi o primeiro a murmurar.

Ele era bem mais alto que o filho, forte e confiante em sua calça e camisa social, como se fosse sair para uma reunião de negócios a qualquer momento. Ele era bem diferente de Stefan, começando pela cor dos olhos, azul tempestade, o cabelo escuro e bem cortado. Ele estava tão furioso que eu estava pronta para ver fumaça saindo de suas narinas.

–Pai...

–Stefan você perdeu a noção? – ele gritou simplesmente. Eu dei um pulo no sofá quando isso aconteceu e a atenção voltou-se para mim.

A mãe de Stefan já estava me encarando. Os olhos meticulosamente me analisando, como se estivesse tentando perceber se eu era boa o suficiente para seu precioso filho. Ela sim era como Stefan e Alexis. Mesmo olhos verdes e cabelo quase loiro, a pele delicada e a aparência quase jovial, se não fosse pelas rugas de preocupação.

–Qual o seu nome? – perguntou enfim.

–Elena. – murmurei. – Elena Gilbert.

Ela concordou silenciosamente.

–Você é namorada dele?- Alexis perguntou.

Meu Deus. Agora sim é o meu fim.

–Não. – respondi devagar. –Nós... Estudávamos juntos.

–Eram amigos?- tentou a mãe.

Olhei de relance para Stefan, mas ele não estava olhando pra mim.

–Hum, não. Nós não éramos muito próximos...

–E como diabos vocês... – O pai dele começou, mas depois de um mísero segundo, parou, olhou o filho com uma expressão séria. – Foi aquela festa idiota, não foi?

Stefan continuou calado.

–Porra Stefan!

–Querido, olha o palavreado...

O pai dele respirou varias vezes, abrindo e fechando a mão.

Quero me virar para Stefan e perguntar se ele estava ficando louco quando disse que precisava contar aos pais.

–Pai...

–O que você tem em mente agora hein? Um filho, Stefan. Uma criança. Você tem 19 anos!

Encolhi mais ainda.

–Venha comigo. Agora. Escritório. – ele disse sério, e um segundo depois Stefan estava saindo da sala. Deixando-me sozinha com os olhos piedosos de sua irmã, e os fulminantes de sua mãe.

–O que você espera com isso, garota?

Encarei-a sem entender.

–Desculpe, não sei se entendi.

–O que espera com isso? Estando gravida do meu filho.

Ela não insinuou isso.

–Não espero nada, senhora Salvatore.

–Não?- ergueu a sobrancelha.

–Não. Se a senhora acha que estou tentando dar o golpe da barriga no seu filho, pode ter certeza que está enganada. Não tenho interesse nenhum nessa família ou no seu dinheiro.

Eu não gritei nem nada, mas cada palavra minha pareceu alfinetar a mulher a minha frente. Alexis exibiu um mini sorriso de encorajamento que me ajudou bastante.

–Pois bem. Se você não está interessada em dinheiro...

–Não estou.

–O que seus pais acham disso? – perguntou.

Oh. Não. Agora não.

–Meus pais provavelmente ficariam furiosos, mas com absoluta certeza não deixariam que eu passasse por uma situação dessas. Como se fosse qualquer uma.

–Como assim?

–Meus pais morreram. Faz 4 anos.

A mulher me olhou assustada, por uns dois minutos em completo silencio.

–Meu bom Deus.

–Moro com a minha amiga desde então, quer dizer, eu tenho uma tia em Nova York e um tio em Denver, mas estou definitivamente melhor onde estou. Tenho dinheiro suficiente para a faculdade e para me alimentar até conseguir um emprego, então não preciso de mais nada.

Mentirosa, meu consciência fica murmurando, você não tem dinheiro.

–Garota...

–Meu nome é Elena.

A mulher parecia tão entorpecida com minhas palavras que comecei a pensar que peguei pesado demais com ela.

–Você... Esteve sozinha esses 4 anos?

–Tive minha amiga e a mãe dela.

–E dinheiro? Seus pais não deixaram...

Movi-me, inquieta com o assunto.

–Meu tio John administra minha herança. Quer dizer, ele devia ter transferido tudo pra mim há uns meses quando eu completei 18 anos, mas...

Ela não esperou que eu continuasse. Pediu licença e entrou rapidamente onde Stefan e o pai dele tinham entrado minutos antes.

–Meu Deus. – consegui suspirar um pouco.

–Hey. Vai ficar tudo bem. Sei que eles parecem durões, mas vão te ajudar bastante. – Alexis disse enquanto eu estava com o rosto enterrado nas mãos.

Levantei a cabeça e tentei sorrir.

–Valeu.

–Pode me chamar de Lexi, por falar nisso.

Relaxei um pouco.

–Valeu Lexi.


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Notas finais do capítulo

looool