Beautiful Accident escrita por Lovatic


Capítulo 16
Capitulo 15. Friendship.


Notas iniciais do capítulo

hey



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507486/chapter/16

Enquanto caminhamos pelo salão lotado de empresários com suas esposas e filhos, descubro que Stefan não confia em praticamente ninguém. Tento notar as características que mostram quando está desconfortável.

Vejo-o tencionar a mandíbula, ou apertar demais minha mão. O tom de voz é mais duro e decidido. Quase cauteloso demais.

Conheço o filho do vice-presidente da empresa do lado Mikaelson, Enzo, sei que Stefan o detesta antes mesmo de senti-lo apertando a minha mão. A carranca que toma conta de seu rosto é clara e evidente. Totalmente diferente de quando conheci Bonnie, a sobrinha de um dos arquitetos mais importantes da firma, Stefan parece tão descontraído perto dela e sinto uma coisa estranha no peito quando o vejo sorrir.

–Essa é Elena. Elena, quero que conheça minha amiga, Bonnie. – Stefan diz sorrindo.

Bonnie é morena e alta, seu cabelo é preto e tem olhos de um tom mais escuro que o verde de Stefan. Ela é tão linda e simpática e é a primeira pessoa que sorri verdadeiramente para mim.

–Não acredito que finalmente conheci você. – ela sorri e aperta minha mão.

–Bonnie é sobrinha de Maxon Bennet. – Stefan me conta.

Sei quem Maxon é. Já li sobre ele em alguma revista, ele é o gênio por trás de diversas construções em NY.

–Uau. – digo sorrindo. – Você está se formando em arquitetura também?

Bonnie faz uma careta engraçada.

–Não. Estou indo para o ramo da decoração, isso vai ser útil ao meu tio e á empresa. – diz.

Balanço a cabeça concordando.

–Legal.

–Já sei! Vou decorar o quarto do seu filho!- ela da diversos pulinhos de animação e olha para Stefan. – Stefan, por favor, diga que sim, diga que sim...

Stefan me olha de relance como se procurasse instrução de como fazer isso. Não quero dizer não, mas não quero que ela perca o tempo planejando algo que eu não vá usar.

–Acho ótimo. – digo mesmo assim.

Stefan sorri e segura minha mão novamente. Despedimo-nos de Bonnie momentaneamente e continuo conhecendo algumas pessoas pelo salão.

A maioria é bem simpática e agradável, mas ainda existe aquela parcela irritante que me olha de canto, como se eu fosse a golpista da empresa. Isso me faz querer vomitar.

Não conheço Mikael Mikaelson, por que ele não está presente, mas conheço seus filhos. Kol, Klaus, e Rebekah.

Stefan age normalmente com Rebekah e Kol, não aperta minha mão nenhuma vez quando os apresenta então percebo que ele possui uma relação profissional com ambos. Mas é Klaus quem possui sua confiança. O sorriso que ele abre ao ver o amigo é palpável, assim como quando encontramos Bonnie.

Klaus é um pouco mais alto que Stefan, tem cabelo loiro e olhos verdes, sua presença é calma, mas alegre. Ele deve ser um ano mais velho que Stefan e usa um terno cinza.

Ele é lindo.

–Então você é Elena Gilbert. – ele segura a minha mão e beija. –Peço perdão por não te ido ao casamento de vocês, mas as coisas aqui estavam uma loucura... Você é mais bonita do que Stefan disse.

Stefan revira os olhos.

–Você disse que ela era tentação demais, não disse? Concordo com você. – Klaus continua e sinto-me corar um pouco.

Stefan apenas ri com o amigo, como se pegasse a piada.

–Você é um idiota, Niklaus.

Klaus da de ombros, ainda rindo.

–Desculpe se a constrangi, mas eu realmente adoro provocar seu marido. – diz.

–Sem problemas. Eu também adoro. – digo e o sorriso dele aumenta.

–Adorei dela. – diz pra Stefan.

Continuo conhecendo outras pessoas, mas acabo me decepcionando com a quantidade de pessoas idiotas que tem nesse lugar. Rebekah Mikaelson me apresentou á suas amigas, mas nenhuma delas me olhou como se eu fosse à altura então preferi passar a festa ao lado de Stefan.

Kol é engraçado, mas bem babaca às vezes. Rebekah é divertida, mas tem um tom profissional que a torna intocável, diferente de Bonnie que faz todo mundo sorrir a sua volta. Stefan tem dois outros amigos da faculdade que estão presentes, Mike e Patt , eles são irmãos e filhos de engenheiros da empresa, são lindos. Não consigo pensar em nada que os descreva melhor. Patt tem uma tatuagem no braço direito e não eu conseguia desviar o olhar dela. Mike tem um cabelo encaracolado fofo e uma postura descontraída.

Além de Klaus, nenhum deles parece ser tão sério quanto Stefan me pareceu no inicio.

Pensei que fosse odiar cada momento daquilo, mas não imaginei o quão necessitada estava de contato com outras pessoas.

–Stefan deveria leva-la ao campus qualquer dia desses. – Rebekah diz.

–Porque não vamos ao Setor 45? – Kol sugere.

Klaus aprova, mas Stefan faz uma careta.

–Não acho uma boca ideia, aquele lugar só tem animais. – diz.

Bonnie revira os olhos.

–É cheio de testosterona e assédio moral. Não sei por que insistem em ir.

Rebekah ri um pouco.

–Eu gosto do Setor 45. – diz.

–O que é o Setor 45? – pergunto.

–É uma festa. Você pode saber mais se for um dia, caso o contrario não pode saber, é uma espécie de segredo. – Patt conta.

–Um segredo que todos sabem? – levanto a sobrancelha.

–Só os associados. – Mike explica.

Balanço a cabeça.

–Você vai me levar um dia? – pergunto voltando-me para Stefan.

A mesa para pra nos assistir.

Stefan deixa escapar um mini sorriso nos lábios.

–Não acho uma boa ideia. – diz.

Faço uma carinha meiga e a intenção de um biquinho que o faz rir.

–Vamos lá, Stefano. Deixa a sua mulher conhecer seu habitat. Agora está na faculdade, meu caro. – Klaus diz batendo em seu ombro.

Começo a rir involuntariamente. Stefano. As pessoas ao redor da mesa me encaram, descontraídas, mas é Klaus quem me interrompe.

–O que houve? O que eu fiz? – pergunta.

Balanço a cabeça.

–Nada... É só... Bobagem.

Sinto-me idiota, mas não consegui evitar rir. Nunca vi alguém dar algum apelido á Stefan e esse é definitivamente bem cômico.

Stefan ri um pouco da minha cara, mas logo volta á sua pose séria.

–Ela está rindo do meu lindo apelido, Klaus. Muito obrigado. – diz.

Klaus abre um sorriso enorme e me olha.

–Oh. Você não sabia? Adoro irritar esse cara, ainda mais quando é sobre apelidos. Quando tínhamos 12 anos...

–Ok. Chega. Sem histórias de infância constrangedoras. – Stefan interrompe.

Olho para Klaus esperando que ele o ignore.

Da de ombros.

–Fica pra próxima então.

Concordo, mas estou bem chateada por não ouvir algo sobre a infância de Stefan. Não sei por que me importo, mas sei lá. Argh.

Continuo em uma conversa divertida com todos. Nunca imaginei que pudesse gostar do tipo de pessoa que Stefan considera amigo, mas gostei. Na verdade, gostei muito de todos. Até mesmo Rebekah, que parece um pouco fresquinha demais, mas com um bom assunto fica divertido conversar com ela.

Há um breve momento da noite em que algumas pessoas sobem ao palco enorme do centro e discursam sobre a importância que a Salvatore&Mikaelson tem no mercado de construção do país. O nome do pai de Stefan e do pai de Klaus são citados em vários momentos como “mentes engrandecidas que tornaram isso possível” E não deixo de pensar o quanto aquelas pessoas realmente sabem sobre Giusepp Salvatore.

Quer dizer, não que eu saiba muito, mas ele é um homem tão inteligente e carismático, parece sério e carrancudo no inicio, mas é uma das melhores pessoas que já conheci. Penso se alguém ali parou para ter sequer uma conversa com ele. Ou perguntou como anda a vida. O que vai fazer nas férias. O que acha do tempo. Qualquer coisa que não envolva bajulações.

Imediatamente entendo porque Stefan se vê tão confortável perto dos seus amigos aqui. Eles o conhecem desde crianças, sua amizade sempre ficou longe de interesses, eles todos sempre tiveram do mesmo. Stefan não precisa se preocupar com falsas companhias com eles. O fato da empresa ser dividida evita que sejam adversários ou coisa parecida.

Depois do jantar, e de varias despedidas calorosas, deixo Stefan me levar para o apartamento.

Não conversamos tanto durante o caminho, mas acho importante dizer o que achei sobre tudo.

–Klaus é bem legal. –digo.

Stefan sorri um pouco.

–Não diga isso a ele ou vai flertar com você.

Franzo a testa.

–Porque ele flertaria comigo?

Stefan me encara por um segundo e depois volta sua atenção á estrada.

–Meu Deus você pode parar de agir como se não soubesse?

Mordo a língua.

–Não sei o que quer dizer. – digo.

Mas Stefan não retruca.

Quando chegamos ao apartamento, ele tranca as portas e eu me preparo para um banho. Não o vejo pelo restante das horas, até que uma chuva-barra- tempestade começa a cair.

Vou até a cozinha tomar água quando o encontro sentando ao sofá.

–Parece que vai cair uma bela tempestade. – comenta.

Olho em uma das janelas o céu escuro.

–É. – é tudo o que digo antes de correr para me quarto.

E para baixo dos meus lençóis.

E é isso. Do calor intenso de desejo no carro ao frio insuportável novamente.

Não sei se posso entender a maneira como Stefan age, mas está me deixando louca.

Um trovão ilumina o quarto no momento em que fecho os olhos e assim o lembrete é dado: será uma longa noite.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

espero que estejam prontos para a "longa noite"
ps1: klaus aka melhor amigo de todos sim amo claro.
bjs