Missão Garoto Perfeito *Interativa escrita por katnissberry


Capítulo 8
Audições


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu esqueci de postar ontem... Desculpa. E esse capítulo é basicamente uma parte do roteiro do Peter Pan, tirado do filme de 2003 e do penúltimo episódio de Once Upon a Time da segunda temporada. Você podem usar isso parra acompanharem a cena da série ou do filme. Bom, espero que gostem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/507364/chapter/8

*Catarina

–Eu vou. –disse contente, e muito empolgada.

Caminhando em direção ao palco, olhei em volta. Todos se sentaram nas poltronas vermelhas. Laura fez um sinal para um rapaz mexendo com uns aparelhos e as luzes se apagaram, a não ser uma do palco. Ela me entregou o roteiro. Todas as cadeiras tinham cópias do roteiro.

–Serei a narradora. –ela disse. –Cat, você será Wendy, e Léo, será o Bae. Não esqueçam que essa é uma outra versão, resultado da mistura de séries, livros e filmes, entenderam?- fizemos que sim com a cabeça. –Ótimo. Cena 1.

Respirei fundo, e segui as orientações do papel, saindo do palco. Laura deveria ser a única em cima dele.

–Wendy Darling. –começou Laura. –Uma menina adorável. Imaginação infinita, criatividade nota mil. Toda noite, ela contava histórias para os seus irmãos, João e Miguel, e durante o dia, saia com a família e ia para escola. Mas, naquele dia em especial, Wendy estava sozinha. E ainda por cima, naquele dia, estava sendo realizada uma limpeza nas janelas do prédio, e foi aproveitando uma delas aberta, que Baelfire, um menino de rua, resolveu entrar no apartamento.

Léo pulou no palco, e foi até uma mesinha vazia, fingindo que comia o pão, que na hora do espetáculo estaria presente ali em cima.

–Pare! –falei, pegando um objeto e o usando como arma, como dizia o roteiro. –Quem é você? O que quer?

–Por favor, eu não quero machucar ninguém. Estava só...

–Está com fome? –fui até a mesa, e fingi que tinha pego a bandeja dos pães. –Tome, pegue o quanto quiser.

Ele me olhou meio assustado, mas de uma forma carinhosa.

–Mesmo?

Eu ri. Fazia parte da peça.

–Bem, não irei deixá-lo morrer de fome. Qual é o seu nome?

–Bae.

–Bae? Diferente. Sou Wendy. Wendy Darling.

Ele deu um leve sorriso. Aquele sorriso, pelo qual me apaixonei.

–Esplêndido! Vocês são muito bons, mesmo. –disse Laura. –Vamos continuar, sena 2. –me posicionei em cima de uma das camas em cima do palco, e Léo foi para cima da outra. – Com o tempo, Wendy continuou alimentando secretamente Bae, até seus pais descobrirem, e ao contrário do que os dois pensaram que eles fariam, eles cuidaram do menino como se fosse um de seus filhos. Wendy, toda noite contava histórias. Das mais confusas às mais simples, sempre com uma riqueza nas palavras.

–E então... –comecei. –Cinderela apontou sua espada para Gancho, e ele retribuiu tirando sua espada e erguendo seu gancho! Arg!

–Arg! –disse Léo, fingindo que tinha uma espada na mão.

Fiz a mesma coisa, e lutamos por uns sessenta segundos.

–Até, que Naná, a cadela da família Darling, começou a latir em direção a janela. Wendy sabia exatamente o que aquilo significava.

–Acho melhor dormimos, está na hora. –falei.

–Mas já? –disse Lucas, sentado na primeira fileira, tentando ajudar.

–Isso mesmo, João. Para a cama.

–E o beijo de boa noite?

–Claro, o beijo.

Dei um leve beijo no ar, fingindo que dava no Miguel, e outro para o João.

–E o do Bae? –perguntou Lucas.

–Também quer um beijo?

Ele fez que sim com a cabeça, e eu dei um em sua testa.

–Bae amava os beijos de Wendy, e ela adorava lhe beijar, mas morria de vergonha, já que ele era um menino, e não era seu irmão. Os dois sentiam secretamente algo muito forte um pelo outro.

Ela deu uma pausa.

–Perfeito, agora para continuar, sai Catarina, entra Annie no lugar, e Fred, faz o papel de Peter. Léo fica. –disse Laura, logo voltando a olhar para o roteiro. –Assim que todos se deitaram, Wendy foi até a janela. Deu uma última olhada para se certificar que todos haviam caído no sono e continuou a olhar para fora.

–Eu sei que está aí. –disse Annie, olhando para o canto do palco, e para o roteiro ao mesmo tempo. –Sei que você, sombrinha, anda me visitando todas as noites, e quero muito lhe conhecer.

Fred deu uma leve risada, e botou a mão na boca.

–Eu sei que está aí. Em algum lugar.

–Ela olhou para o lado, e a única coisa que via, era uma sombra divertida sem dono.

–Mais uma vez sem respostas. –disse Annie, desapontada voltando para a cama.

–Wendy deitou e fingiu dormir, até perceber o movimento da sombra, e ver o menino que entrou em seu quarto para pegá-la.

–Você pode voar! Qual o seu nome?

–Qual o SEU nome?

–Wendy Moira Ângela Darling.

–Peter, Pan.

–Onde mora?

–Segunda a direita e siga reto até ao amanhecer.

–Escrevem assim nas cartas?

–Não recebo cartas.

–Mas a sua mãe recebe.

–Eu não tenho mãe.

–Por isso estava chorando.

–Não estava chorando por causa de mães! –ele disse revoltado. –Eu estava chorando, porque não consigo grudar a minha sombra. E eu não chorei.

–Posso costurá-la de volta. Pode doer um pouco. –ela disse, abrindo um armário imaginário. –Me empresta a sua faca? Obrigada.

Ele fez uns movimentos, como a pose do Peter Pan.

–Que esperteza a minha!

–É claro, não fiz nada...

–Ajudou um pouquinho.

–Um pouquinho? Boa noite. –ela disse deitando.

–Wendy, uma menina vale mais que vinte meninos.

–Você acha mesmo?

–Eu moro com meninos, meninos perdidos. É um bom nome.

–Quem são eles?

–Crianças que caem de seus carrinhos quando a babá se descuida. Se não são procurados em sete dias vão para a terra do Nunca!

–A meninas por lá?

–Meninas são muito espertas para caírem de seus carrinhos.

–Peter, é muito lisonjeio o jeito que fala das meninas. Eu queria... Tanto lhe dar... Um... Beijo.

Ele ergueu a mão, esperando que ela lhe entregasse algo.

–Não sabe o que é um beijo?

–Vou saber depois que me der um.

Ela lhe entregou um dedal.

–Acho que agora devo lhe dar um.

–Se quiser.

Ele lhe entregou uma coisa, não sei direito o que.

–Obrigada. Quantos anos tem?

–Sou bem jovem. Eu fugi de casa. Certa noite, ouvi meu e minha mãe falando o que eu seria quando crescesse. Então fugi, e conheci Sininho.

–Sininho?

–Ela é minha fada.

–Mas não existem essas tais...

Ele tampou sua boca.

–Não diga isso. Toda vez quem alguém diz isso, uma fada em algum lugar cai mortinha. E... Eu nunca vou acha-la se ela morrer.

–Não me diga que... Tem uma fada neste quarto!

–Viemos ouvir suas histórias. Eu gosto daquela de um príncipe que não consegue encontrar sua donzela... Dos sapatinhos de cristal.

–A Cinderela! Peter ele a encontrou! E eles... E eles... Viveram felizes para sempre.

–Eu sabia!

–Peter, eu queria muito... Lhe dar... Um dedal.

Ela se aproximou dele.

–Wendy? Está falando sozinha? –perguntou Léo se levantando.

–Não, eu estava falando com...

Fred fugiu.

–Deixa, eu estava sonhando.

–Eu te acordei?

–Não, não.

–Está ótimo, pessoal. Vocês podem ir. Natália, Clarisse, Lucas e Ricardo podem subir.

...

Quem diria? Que diria que passara uma semana, e estávamos lá, ansiosos, esperando a lista com os nomes e papéis na peça do Peter Pan. Me agarrei ao Lucas, e então, Laura subiu no palco com a lista.

–Como devem saber, eu sou a Laura, e estou organizando junto com o clube de teatro e música esse incrível musical. De qualquer forma, está aqui. A lista.

Ela foi até um quadro branco, e prendeu lá. Todos pulamos em cima do palco, para ler a lista, e é claro, só li o que interessava:

Peter Pan..........Frederico

Wendy..........Catarina

Bae..........Leonardo

Capitão Gancho..........Ricardo

João..........Lucas

Sininho..........Annie

Sereia 1.......... Clarisse

É claro que tinham outros papeis na peça, mas não me importavam. Eu consegui! Sou a Wendy! Eba!

–Então, Laurinha. Não curto fadas. Não vai dar. –disse Annie.

–Mas é segunda menina mais importante. –disse Fred.

–Ok, mas não dá. Asinhas brilhantes não é comigo. Tô fora.

–E se trocarmos? –perguntou Laura. –E se você for uma sereia? Corajosas, poderosas e ao mesmo tempo encantadoras? Você pode ser a sereia 1.

–Ok, e a Cla?

–A Cla vira a sininho.

–É me parece justo. –disse Annie.

–Ótimo. –ela disse.

Yey! Eu sou a Wendy! Pera! Mas não tinha cena de beijo dela e do Peter? O-ou...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!