South Kingdom escrita por Ernie, Caty Bolton, Ernie 2


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

ooooolá ! dessa vez eu não demorei tanto o
Este capítulo vai ser focado em Dip



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Kyle on.

Finalmente Stan acabou de me mostrar todo o castelo, ele era enorme e tinha muitas salas, tinha até sala de música, eu realmente não entendo estes nobres. O último lugar que estávamos indo era o jardim, eu particularmente queria muito ir vê-lo, eu tinha visto um pouco dele no dia anterior, da janela, e o pouco que eu vi me surpreendi.

– Bem, este é o último lugar – Stan voltou seus olhos azuis escuros para mim – o melhor lugar deste castelo, o jardim real ! – disse num tom animado.

– Caraca... – falei encantado, enquanto olhava para o jardim.

Era lindo, tinha plantas verdinhas, flores de todos os tipos e cores variadas, tudo estava muito bem cortado e cuidado, tinha alguns caminhos de pedra pela grama – para não pisarmos nela – e no centro do jardim havia um chafariz ligado. Estava perdido em meus devaneios quando senti a mão de Stan em meu ombro.

– Você ta ai Kyle ? – perguntou divertido.

– Sim – disse rindo – foi mal, eu estava...

– Apreciando o jardim – completou – ele é muito bonito, eu acho que uma certa Toupeira cuidou muito bem dele – disse falando um pouco mais alto.

O olhei confuso, o moreno só me lançou um sorriso gentil, quando ao lado do mesmo uma pá caiu literalmente do céu.

– Cale a boca idiota, para de puxar o meu saco – resmungou uma voz misteriosa, que eu não sabia da onde tinha vindo – este é a droga do meu trabalho.

– É, é o seu trabalho – afirmou Stan – mas o faz muito bem, tenho que admitir.

A voz soltou uma risadinha e logo um garoto desceu da arvore que estava ao nosso lado, ele era alto, tinha cabelos castanhos arrepiados, os olhos negros, o rosto estava sujo, estava com um cigarro no canto da boca. Pegou a pá do chão e a colocou nas costas, encostando-se no tronco da árvore, pegou o cigarro com a mão e soprou a fumaça.

– Então, não vai me apresentar a donzela ? – perguntou divertido.

O moreno rolou os olhos.

– Este é Kyle, Kyle Broflovski – disse, apresentando-me – o Príncipe que o trouxe para cá.

– Hum... azarado – murmurou um pouco baixo – Sou Christophe, mas todos me chamam de Toupeira.

– É um prazer Toupeira – falei.

– O prazer é meu, boneca – respondeu.

Cerrei os punhos e fiz uma careta.

– O que eu fiz para merecer este apelido ? – perguntei para mim mesmo.

Toupeira riu.

– Você fica mesmo nervosinho – continuava a rir – se ficar assim toda a vez que te chamam de boneca, ai que não vão parar de usar o apelido.

– Como soube do apelido ? – perguntei curioso.

– As notícias correm rápido por aqui boneca, nada passa despercebido pelos olhos das empregadas – disse.

Fiz uma careta confusa, os outros dois ficaram rindo de mim, eu realmente não entendi aquilo, para que ficar vendo a vida dos outros ? Patético.

Kyle off.

Damien on.

Andava com passos rápidos procurando o pequeno britânico naquele grande castelo, ia em direção ao único lugar mais provável que o loiro poderia estar. Chegando lá abri a porta, a sala encontrava-se em silêncio, só o barulho do relógio era ouvido, passei entre as prateleiras cheias de livros daquela sala, era como uma biblioteca particular, mas ninguém a usava, somente um garoto, e lá estava ele sentado em uma das mesas lendo um livro com a expressão serena.

Parei de andar e fiquei fitando o outro, a pele pálida e macia, os lábios finos e vermelhos, os cabelos dourados chegando nos ombros, os olhos azuis cintilantes, a estatura pequena, o jeito que sorria de leve enquanto lia, não me contive em soltar um pequeno sorriso. O garoto não tinha percebido que eu estava ali encostado em uma das prateleiras, suspirei e andei sem fazer barulho até o mesmo.

– O dia esta lindo lá fora, por que não sai um pouco daqui rato de biblioteca ? – sussurrei no pé de seu ouvido.

O menor tomou um susto e tremeu um pouco, pude ver os pelos de sua nuca se arrepiarem, ri maldoso.

– D-Damien – falou virando a cabeça, encontrando seu olhar com o meu – que susto – continuou, respirando fundo.

Continuei a rir, enquanto as bochechas do loiro adquiriam um tom avermelhado, sinal de que estava ficando envergonhado. Puxei-o fazendo o menor ficar de pé, derrubando o livro na mesa, fui chegando cada vez mais perto do mesmo, seus olhos se fecharam lentamente, então eu tomei aqueles lábios para mim.

O loiro beijava-me timidamente, envolvi uma das mãos em suas costas, descendo-a para sua cintura, e com a outra puxei sua nuca fazendo o beijo se aprofundar. Ouvimos passos pelo corredor, e o barulho das empregadas fofocando e rindo, o menor parecia um pouco receoso, quando o ar infelizmente faltou nos separamos.

Olhei para o loiro a minha frente, ele estava com as bochechas coradas, os olhos fitavam o chão e ofegava, não resisti e depositei um selinho em seus lábios vermelhos – agora inchados por conta do beijo.

– O Príncipe quer te ver Philip – sussurrei.

Ele levantou o olhar e disse irritado.

– Damien, você devia ter me falado antes ! sabe como o Príncipe odeia ficar esperando - rolou os olhos azuis.

– Mas se eu tivesse te dito antes não ganharia o beijo – murmurei malicioso.

Seu olhar, mesmo irritado, era encantador, o garoto andou até perto da mesa, pegando o livro, fechando-o e guardando-o em uma das prateleiras, virou-se para mim e sorriu.

– Vamos logo – pegou em uma das minhas mãos e foi me puxando para fora da sala.

Andávamos pelos corredores de mãos dadas, quando alguém aparecia Pip as soltava imediatamente, mas depois que a pessoa saia eu entrelaçava de novo nossas mãos. Chegamos até nosso destino, o escritório do Príncipe, olhei para o loiro, o mesmo me lançou um sorriso caloroso, soltou minha mão, bateu na porta e entrou pedindo licença.

Encostei-me na parede do lado da porta, eu e Philip estávamos juntos fazia um tempinho, lógico que ninguém pode saber, o que falariam de nós ? não, eu não me importo com o que falem de mim, mas sim de Philip. Por isso estamos namorando em segredo, só uma pessoa sabe disso, a prima do loiro, Estella.

Tomara que ninguém fique sabendo, caso ao contrário eu vou atrás da loira.

Os minutos passavam lentos enquanto eu esperava o meu loiro, vi Stan e o garoto novo que todos chamavam de boneca passando pelo corredor algumas vezes, finalmente ouvi a porta abrindo e os três saindo da mesma, Butters, o Príncipe e Philip.

– Eric, vamos achar o Kyle ! – Butters puxava o Príncipe – ele deve estar por ai.

– Acalme-se Butters, nós vamos achar a boneca – falou o Príncipe, com uma ponta de irritação, mas o loiro não percebeu isto.

Butters, ou Leopold, é um garoto sem qualquer tipo de malícia ou maldade, ele é... puro, sempre com uma alma que emana inocência, as vezes chega a irritar. O garoto é filho de nobres, passou a infância com o Príncipe, consequentemente os dois são muito próximos, o mesmo até deu um apelido para o loirinho, Butters, isso pegou e todos o chamam assim. Ele não liga para isso, gostou do apelido.

E ele é o único que pode chamar o Príncipe de Eric.

Philip Pirrup ou Pip, como é chamado pela maioria, também é nascido de nobres, eles são britânicos, não franceses, o loiro da boina odeia ser chamado de Frances, quando era mais novo deu uma surra em um dos “amiguinhos” que o caçoava chamando-o de Frances. Ele me chamou a atenção desde o primeiro momento que o vi, sentado de baixo daquela grande árvore no jardim, lendo um livro silenciosamente, com aquela expressão serena que só ele tem.

Meu pai também era Chefe da guarda real, por causa disso eu entrava no castelo quando bem entendia sem ninguém me parar, em uma dessas “visitinhas” que eu fiz pelo castelo encontrei um garoto loiro, ele era diferente. Enquanto os nobres de sua idade corriam pelos corredores fazendo travessuras para todos os lados, ele estava sentado em qualquer lugar lendo.

Passei dias o observando de longe, sem ser percebido, quando em uma situação digamos engraçada, eu me sentei de baixo da mesma árvore que o loiro estava, então pela primeira vez os olhos azuis encontraram os vermelhos, e pela primeira vez conversamos. Depois disso eu e ele ficávamos cada vez mais próximos, e num certo ponto de minha vida, eu vi que não conseguiria viver sem o loirinho.

– Vamos Damien – Pip passou por mim, me coloquei a segui-lo.

Philip começou a cantarolar uma melodia baixo, enquanto caminhava dava pequenos pulinhos, sorri levemente olhando a cena. Chequei se o corredor realmente estava deserto, para minha felicidade estava, empurrei o loiro contra a parede, encurralando-o.

Seu olhar surpreso encontrou com o meu, na maioria das vezes eu tenho autocontrole, mas ver ele tão próximo de mim, despertou uma vontade doida de toca-lo imediatamente. Ele separou os lábios para dizer algo, mas não deixei, os tomei violentamente, em um beijo cheio de luxúria, eu precisava daquilo, Pip não estava conseguindo seguir o ritmo muito bem, mas aquilo não importava agora.

Infiltrei minhas mãos por dentro da camisa de Philip, acariciando-o, parei o beijo e desci para seu pescoço pálido e indefeso, mordiscando-o e lambendo-o.

– D-Damien... alguém pode... nos... ver – sussurrava, sua voz estava tremula.

Soltei um fraco riso e continuei, o loirinho protestava mas eu sabia que estava gostando, tentava abafar os gemidos baixos que dava, inutilmente. Quando ouvi passos se aproximarem, nos separamos rapidamente, Pip ajeitou as roupas e a boina, enquanto eu limpava a boca com as costas da mão.

– Pip – a voz da morena preencheu o local – eu estava te procurando e... – ela parou de falar, olhando para nós dois.

Olhei para Pip, ele estava realmente alterado, as bochechas em um vermelho intenso, os lábios da mesma cor, a respiração estava pesada e barulhenta, seu peito subia e descia rapidamente, revirei os olhos, ele não sabia fingir.

– Vocês estão bem ? – Perguntou Wendy.

– Estávamos apostando corrida – disse.

– Oh, sim – a garota soltou uma risada – vejo que você perdeu para Damien outra vez Pip.

Eu e Philip brincávamos de apostar corrida quando éramos crianças, isso continuou então a morena não percebeu nada, ele sempre perdia, mas as vezes eu o deixava ganhar só para ver aquele sorriso vitorioso que o loiro dava.

O loiro afirmou com a cabeça.

– Bem Pip – continou a empregada – Estella me pediu para chama-lo, ela quer falar com você – sorriu e retirou-se do corredor.

Quando a morena desapareceu de nossas vistas recebi um tapa da parte do loiro, no ombro, o olhei inexpressivo, o mesmo me olhava totalmente irritado.

– Nunca mais faça isso em público de novo ! – avisou-me, seguindo em frente no corredor.

Soltei uma gargalhada.

– Então quer dizer que se eu quiser fazer isso quando estivermos a sós, eu posso é ? – perguntei maldoso, o loiro parou um pouco de andar, mas logo saiu correndo.

Fiquei fitando o garoto correndo para longe, ele era adorável até quando corria, suspirei virando-me para o sentido contrário do loiro, seguindo para nenhum lugar em especial.

Damien off.


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Notas finais do capítulo

É isso, até o próximo !
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