South Kingdom escrita por Ernie, Caty Bolton, Ernie 2


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

oooooi de novo gente, trouxe aqui mais um capítulo, tomara que gostem



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Eu não acredito que isto esta acontecendo, ele não pode fazer estas coisas comigo quando bem entende, idiota. Fechava os olhos com força, apertando-os, arfava baixo, as vezes, tentava morder meus lábios para os sons constrangedores não saírem da minha boca. O príncipe mordiscava, lambia e distribuía beijos por toda a extensão de meu pescoço, eu estava arrepiado, já sabia onde aquilo iria acabar.

Tentei em vão empurrar o Príncipe para longe de mim, porém não conseguia, ele tirou todas as minhas forças quando atacou meu pescoço, ele era o meu ponto fraco. Estava totalmente submisso ao maldito Príncipe, senti um toque frio em minha barriga, logo percebi que era uma das mãos do digníssimo, arregalei os olhos de leve quando a senti subindo.

Oh deus, se você estiver ai, me ajude pelo amor.

Virei meu rosto para o lado, ainda com os olhos fechados, mordi meus lábios com froça, quase tirando sangue dos mesmos, foi quando eu ouvi a porta abrir e uma voz doce ecoar pelo quarto.

– Docinho, você esta ai ? – era uma voz de mulher, doce de ser ouvida, parecia uma melodia.

O Príncipe Cartman parou o que estava fazendo e olhou para trás, sem se mexer.

– Mãe ? – perguntou.

– Sim, meu bebezinho – respondeu fazendo uma voz infantil – querido você esta... ora, ora – a voz soltou uma risadinha divertida – meu bebê esta na cama com um garotinho.

Me sentei na cama as pressas, fazendo a majestade sair de cima de mim – finalmente. Olhei para a mulher que estava na porta, ela estava vestida com uma camisola de seda negra, com um tipo de casaco fino por cima, do mesmo tecido e da mesma cor, estava com um chinelo nos pés, tinha os mesmo cabelos castanhos e lisos do Príncipe, os olhos castanhos, com um brilho de simpatia e doçura – bem diferente do filho.

– Sério mesmo mãe... – o garoto ao meu lado bufou irritado.

– Desculpe amorzinho, eu vim aqui te dar um beijinho de boa noite, mas pelo visto você estava recebendo muito mais do que isso – ela começou a rir, sua risada era adorável.

Senti minhas bochechas queimarem de vergonha, eu queria sair dali naquele instante, pular pela janela seria uma boa opção no momento.

– Se você não tivesse interrompido, talvez ganharia muito mais do que um simples beijinho – falou com um tom malicioso olhando em meus olhos.

– N-NÃO MESMO ! – gritei gaguejando ao mesmo tempo.

Percebi o que tinha feito depois de alguns segundos e abaixei minha cabeça para o colchão, fiquei ainda mais vermelho, deveria ter passado da cor de meus cabelos.

– Ele é tímido – murmurou a rainha – qual é o seu nome, querido ?

–Kyle Broflovski – sussurrei ainda com a cabeça baixa.

– Kyle... que nome bonito – ficamos em silêncio um pouco e ela logo tornou a falar – bem eu vou ir dormir, boa noite docinho, boa noite Kyle.

Ouvi o barulho da porta fechar, fiquei um pouco mais tenso, até porque o doido do Príncipe pode tentar me agarrar outra vez. Ficou um silêncio constrangedor no lugar até eu sentir uma agitação na cama, levantei de leve meu rosto e vi o Príncipe indo para o seu armário e abrindo-o. Fiquei o fitando por um tempo, ele pegou um pijama vermelho – também de seda – olhou para trás e disse.

– Eu vou me trocar, tem alguns pijamas aqui que já faz um tempo que eu tenho – ele pegou outro pijama da cor azul e me entregou – eu não sei se eles vão estar servindo mas... – ele me olhou.

– Obrigada – sorri para o mesmo, acho que foi o primeiro sorriso que eu abri para o Príncipe, um sorriso de verdade.

Ele ficou parado me olhando por um tempo, como se estivesse em transe, mas logo voltou a si, virou-se e foi para o banheiro fechando a porta.

Levantei-me devagar da cama, estava meio receoso em tirar a roupa ali e o Príncipe me encontrar pelado, olhei um pouco para a porta, quando constatei que ele não ia mesmo sair me troquei com pressa, estava abotoando o último botão da camisa do pijama quando ele abriu a porta.

Olhei para ele de relance, o mesmo carregava as roupas que usava, estava todas amaçadas e reviradas, rolei os olhos. Peguei minhas roupas e as coloquei em cima da cadeira que estava perto da cama, elas estavam totalmente dobradas e bonitinhas, o Príncipe jogou a roupa dele em qualquer lugar e ficou ali, o olhei reprovador.

– Não consegue nem dobrar as roupas sozinho ? – perguntei divertido.

– Cala a boca, lógico que não consigo, tenho pessoas que fazem isso por mim – falou, com seu típico tom ríspido.

Revirei os olhos.

– Mimado – sussurrei baixo, indo pegar sua roupa no chão e a dobrando, colocando-a ao lado da minha – prontinho – disse sorrindo.

– Não disse que tinha pessoas para fazer isso por mim ? – respondeu sacana.

Bufei, ele tirou as cobertas da cama e deitou-se, cobrindo-se logo em seguida, e eu continuei ali parado, de pé olhando para o Príncipe. O mesmo virou-se para mim e ficou me fitando, bateu de leve ao seu lado.

– É para mim ir ai com você ? – meu tom era de surpresa.

– Acha que vai dormir aonde ? – perguntou levantando uma sobrancelha.

– No chão... – sussurrei.

Ele se sentou na cama, olhando-me indignado.

– Se fosse outra pessoa sim, mas eu já disse que você não vai ser tratado igual os outro, não disse ? – afirmei com a cabeça – vem logo boneca – sorriu maldoso.

Hesitei um pouco mas logo me deitei na mesma, era macia e confortável, e com as cobertas ficava quentinho ali em baixo. Primeiramente fiquei preocupado com o Príncipe, ficava dando algumas olhadas desconfiadas no mesmo, mas ele estava virado de costas para mim, virei-me de costas para ele e senti minhas pálpebras ficarem pesadas, lentamente foram se fechando e eu cai no sono.

***

Ouvi a porta se abrir, ainda estava com os olhos fechados, já podia sentir a dor da claridade neles sem mesmo os abrir, soltei um gemido desconfortável, me mexi um pouco e tomei coragem para abri-los, lentamente. A primeira coisa que eu vi foram duas grandes bolas azuis intensas me fitando, soltei um grito assustado e me afastei rapidamente, a outra pessoa também soltou um grito e caiu para trás, sentei-me na cama.

– V-Você esta bem ? – perguntei – desculpe foi minha culpa, não devia ter gritado assim.

– N-Não – a pessoa se levantou do chão sorrindo, limpando as vestes de nobre – foi minha culpa, eu estava te espionando fazia um tempinho – sorriu docemente.

O garoto na minha frente tinha uma estatura bem baixa, parecia até ser mais baixo que eu, tinha os cabelos lisos com fios dourados, os olhos eram grandes de um azul intenso, tinham um brilho de curiosidade, tinha a pele pálida. Ele que parecia uma boneca, deveria chamar ele de boneca não eu.

– Sou Leopold Stotch – se apresentou – qual é o seu nome ? – sorriu, agora mostrando os dentes, brancos, brilhantes, todos alinhados perfeitamente.

– Sou Kyle Broflovski – retribui o sorriso.

– Prazer em conhece-lo Kyle – o menor completou.

– O prazer é meu – falei.

– B-bem o Eric saiu do quarto agora pouco, se corrermos conseguimos alcança-lo, vou pedir para a Wendy preparar seu banho Kyle – virou-se e abriu a porta chamando a empregada.

Depois de chama-la a mulher colocou a água na banheira, me enfiou lá dentro e insistiu em me dar banho, e Leopold também ficou junto comigo no banheiro, tagarelando sobre coisas aleatórias, eu gostei do loirinho. Finalmente depois de colocar a roupa saímos do quarto, o menor me puxou por vários corredores até parar e dizer frustrado.

– Eu realmente pensei que ele estaria por aqui – olhou para os lados e sorriu – os guardas podem ajudar ! – novamente o loiro me puxou para perto de alguns guardas – pessoal, vocês viram o Eric por ai ? – perguntou.

– Não Butters, infelizmente eu não o vi – disse um moreno.

Ele era alto, forte, estava com a típica roupa de guerreiro, tinha olhos negros e alertas, os cabelos rebeldes, jogados para qualquer lado, parecia que nem os penteava.

– Entendo... e você Stan ? o viu por ai ? – tinha um tom animado na voz.

– Sinto muito Butters – o outro riu – não o vi também.

Olhei para o garoto que tinha falado, era do mesmo tamanho do outro ao seu lado, pele pálida, cabelos jogados para o lado, negros, fios lisos e bem cuidados, olhos de um azul escuro como o céu de noite, tinha um sorriso encantador.

– Que pena... – falou, suspirando tristemente.

– Hey Butters, quem é este ai ? – perguntou o moreno de olhos negros, olhando-me desconfiado.

– Ah, desculpem não fazer as apresentações antes – disse ruborizando – Este é Kyle Broflovski, ele chegou ontem no castelo, o Príncipe o trouxe.

Dei um sorriso para os dois guardas.

– Oh... que azar – murmurou o mesmo moreno, que agora não me olhava desconfiado, mas sim com... pena ?

– O Eric não é tão ruim assim – o loirinho indagou.

Os dois guardas se entreolharam e riram, deixando Leopold confuso e corado. Soltei um sorriso de leve.

– Bem eu sou Craig Tucker – falou o moreno que parou de rir – e este aqui é Stan Marsh – sorriu apontando para o garoto ao seu lado.

O mesmo ficou me fitando com os olhos azuis escuros, era estranho o jeito que me olhava, logo que percebeu que o clima estava ficando “estranho” soltou um – lindo – sorriso, corei um pouco.

– Agora se realmente precisarmos disso... – ouvi a voz do Príncipe se aproximar, junto com passos firmes.

– ERIC ! – gritou o garoto ao meu lado, puxando-me junto com ele até o Príncipe – estávamos te procurando !

– Ora, ora, a boneca decidiu acordar – falou sarcástico.

Revirei os olhos.

– Logo de manhã já começa, hun ? – perguntei irritado.

Trocamos farpas com os olhares, ele não tirava aquele sorrisinho sacana dos lábios, aquilo me irritava. Os guardas olhavam para mim e o Príncipe, levantando as sobrancelhas. O único que parecia não entender o que realmente acontecia ali era o loiro, que sorria inocentemente.

– Damien, chame Pip para mim, preciso conversar algumas coisas com ele – disse olhando para o homem ao lado.

O mesmo era alto, tinha cabelos negros, pele muito pálida, e o que se destacava nele eram os olhos, vermelhos como sangue, trajava roupas negras, deixando-o sombrio. O mesmo fez um breve aceno com a cabeça e foi para a esquerda do Príncipe, provavelmente indo chamar o tal do “Pip”.

– Como você vê boneca eu estou ocupado – falou tentando parecer dramático – Butters, eu, você, Pip, sala agora.

O menor ficou olhando para o Príncipe por alguns longos segundos, como se estivesse tentando entender o que tinha sido mandado.

– Ah sim ! – quase gritou – entendi, vamos sim, mas e o Kyle ? – perguntou me olhando.

O Príncipe ficou me fitando pensativo.

– Stan leva ele para conhecer o castelo, certo ? – mandou o Príncipe – agora temos assuntos a tratar Butters, vamos logo – disse puxando o garoto pela mão, levando-o para algum lugar.

Fiquei os olhando por um tempo, eles pareciam serem muito próximos, já que o loirinho chamava-o de Eric, até agora só vi ele o chamando de Eric. Finalmente sai dos meus devaneios e olhei para o guarda ao meu lado, ele sorria gentilmente para mim.

– Vamos ? – perguntou – tem muita coisa para você ver, quer dizer este castelo é enorme ! – falou rindo – eu demorei semanas para decorar todos dos lugares.

Comecei a rir.

– Semanas ? caraca ! isso deve ser grande mesmo – sorri.

– Você ainda não viu nada – constatou andando comigo para outro corredor vazio.

Ficamos em silêncio um pouco.

– Ei, por que vocês chamam o Leopold de Butters ? – perguntei curioso.

– Ah, sabe o Leopold é molenga que nem manteiga, tem um coração grande, é gentil, inocente, parece uma manteiga – riu – lógico este foi o apelido dado pelo Príncipe ao garoto, quando eles ainda eram crianças.

– Sério ? – perguntei, novamente, surpreso – é eles me pareciam ser bem próximos.

– E como são, ele é o único que chama o Príncipe de Eric, tirando a mãe dele obvio – murmurou – e o Príncipe é o único que ele admite que o chame de Eric.

Fiz um som de interesse e continuamos a andar pelo castelo, passamos por alguns empregados que Stan cumprimentou e foi me apresentando, o moreno estava certo aquele castelo era enorme !


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Notas finais do capítulo

Eeeeeh, acabou aqui hehehe, até o próximo !