The proposal that changed my life escrita por Afia Messer Giovinazzo


Capítulo 52
Capítulo 52


Notas iniciais do capítulo

Oiii galera! Thaayy, está ai seu pedido :)
Assim que começarem a ler sobre a lua-de-mel Flangell, ouçam Crazy- Aerosmith.
BOA LEITURA! :)



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A festa de casamento se estendeu pela noite toda, até que os recém-casados foram levados para o aeroporto. Eles ficariam quatro dias em umRESORT na Pensilvânia, enquanto Danny hospedaria Luke em sua casa.

Danny:- Lindsay, vamos? Seu pai parece estar cansado... –Olhava para o sogro encostado nas laterais da boate.

Assentiu levantando-se da mesa.

Lindsay:- Foi um prazer conhece-la, Megan!

Megan:- Igualmente. – Deu-lhe um abraço.

Stella:- Vou aproveitar que estão de saída e vamos também...

Mac:- Boa noite! E Adam, cuide bem dela. – Sorriu.

Adam:- Claro! – Segurou a namorada pela cintura.

O relacionamento de Adam havia gerado uma surpresa coletiva, mas não precisava muito esforço para perceber o quanto combinavam. Assim como ele, Megan era divertida, inteligente e seu carisma era o traço que mais se destacava em sua personalidade.

Mac manobrou o carro para que Danny conseguisse sair do estacionamento e em seguida se despediram com um “até amanhã”. Antes de irem para casa, o loiro deixou Joseph noHOTEL e esperou que pai e filha se despedissem.

Havia algo acontecendo com Lindsay nos últimos dias. Ele nunca a tinha visto daquele jeito, ela estava como o olhar perdido e mesmo negando, Danny podia jurar tê-la ouvido chorar. Assim que a mesma entrou novamente no carro, encostou-se no banco com os olhos fechados.

Danny:- Seu pai ainda quer me matar? – Hesitou-se em girar a chave.

Lindsay:- Para um primeiro encontro você se saiu muito bem... – Permaneceu do mesmo jeito que antes.

Um silêncio desconcertante pairou entre os dois.

Ele pensou em voltar a dirigir e deixa-la quieta, mas ao contrario disso, retirou a chave da ignição e olhou-a preocupado.

Danny:- Montana há algo acontecendo com você?

Lindsay:- Não, está tudo bem...

Danny:- Está mesmo? Pois não é isso que essas lágrimas dizem... – Com o polegar direito limpou as lágrimas que escorriam pelo canto dos olhos.

Ela abriu as pálpebras, envergonhada e com urgência tentou se recompor no banco.

Danny:- Não chora, eu não sei lidar com isso.

Lindsay:- Danny, isso é apenas sono. – Era como se existisse um nó em sua garganta.

Danny remexeu-se no banco, agitou a chave na mãos e a observou refletir a luz do poste.

Danny:- Não é sono...

Lindsay:- Por que tem tanta certeza?

Danny:- Decorei seu olhar quando está com sono, sua expressão é igual à de um zumbi, sabe? – Começou a fazer caretas e a detetive não resistiu e sorriu apesar do nó atado na garganta.

Ainda sorrindo, Danny afastou uma mecha do cabelo da parceira que cobria seu olho direito.

Danny:- Pode desabafar, eu e o Luke somos ótimos ouvintes... – Olhou para os bancos traseiros, onde o filhote brincava com um macaco de borracha – Odeio vê-la assim, fala comigo!

Lindsay ponderou recostando-se no banco.

Lindsay:- Está sentindo esse cheiro?

Danny torceu o nariz.

Danny:- Como assim?

Lindsay:- Meu faro de zumbi está detectando! – Sorriu sem vontade.

Danny:- Não adianta você não me parece com sono ainda.

Lindsay:- Olha, precisamos ir pra casa, ele deve estar com fome... – Se referia a Luke.

Ele se deu por vencido voltando sua atenção para o volante, e assim, foram em total silêncio para casa.

(...)

Pouco mais de duas horas, o casal desembarcou na cidade do “amor fraternal”. A Filadélfia era de fato um lugar maravilhoso, sua arquitetura antiga dava um ar acolhedor aos visitantes.

Flack já havia pensado em tudo, assim que pegaram as malas na esteira de bagagens, entraram no carro contratado para os levarem até oRESORT.

Cercado por uma cachoeira de águas cristalinas, flores de todas as espécies e árvores de vários portes, eles entraram na recepção e assim que a chave foi liberada, subiram para o quarto. O mesmo estava iluminado por velas aromatizantes e sob o lençol preto, foi decorado com pétalas de rosas vermelhas um enorme coração. Ao lado esquerdo da cama havia morangos com chocolate e duas taças para servirem o vinho tinto.

Jessica:- Eles capricharam! – Admirava cada detalhe com um belo sorriso estampado no rosto.

Depois que aproveitaram a festa, Jessica trocou o vestido de noiva por um da mesma cor, porém curto. Assim ficaria mais à vontade durante o voo e felicitaria ser despida.

E não demorou muito para que isso acontecesse. Flack começou descendo o fecho- ecler que se estendia por toda as costas da esposa, arrancando gemidos e arrepios da mesma. Sem pressa, eles terminaram de retirar as roupa; Jess estava com uma lingerie branca forrada por renda e uma fita liga de mesma cor presa a perna direita. Já Flack resolveu fazer uma surpresa: Ele havia vestido a fantasia de coelho da PlayBoy que tanto o incomodou.

Jessica:- Eu não acredito que você vestiu isso... – Entre gemidos roucos ela conseguiu dizer.

Flack:- Essa noite, você pode pedir tudo que quiser para o seu coelho...

Jessica mordeu o lábio inferior.

Flack:- Venha aqui baby, você sabe que me deixa subindo pelas paredes... – Sussurrou com rouquidão nos ouvidos da morena e a levou em direção à banheira.

Nesse ritmo de sensualidade e amor, o casal terminou de retirar as roupas intimas e foram para a banheira iluminada por pequenas luzes de led ao som de Crazy- Aerosmith.

O dia começava a amanhecer quando ambos ainda arfavam sob a cama. Perderam a noção do tempo que fizeram amor, mas sabiam que certamente estaria no topo do top 10 das melhores noites que tiveram.

Em Manhattan o laboratório estava a todo vapor, uma criança havia sido raptada de sua casa durante a madrugada e na tentativa de evitar o sequestro, a mãe havia sido executada por cinco tiros à queima roupa.

O pai da criança chorava abraçado ao casaco de lã que o mesmo amava, ele estava desolado e com cautela Danny encostou a mão em seu ombro.

Danny:- Eu sinto muito pelo que aconteceu aqui... Mas preciso fazer algumas perguntas.

O homem assentiu calado e com os olhos inchados de tanto chorar.

Danny:- Owen, não estava em casa quando aconteceu?

Owen:- Não. Eu e Jenna somos divorciados há três anos... Detetive, meu filho só tem seis anos e está perdido pelo mundo sabe-se lá com quem.

Danny:- Olha, nós vamos fazer de tudo para encontrar seu filho. Preciso de uma foto recente dele para os cartazes...

Owen subiu as escadas à procura do que Danny havia pedido e se caminhou para o departamento.

Stella analisava as evidências físicas encontradas na cena, tentando encontrar algo que pudesse restringir a busca e por fim ao desespero do pai. Ela sentou-se girando seu pescoço em 360°. A constante sensação de exaustão estava deixando Mac louco, ele aparecia sempre para ver se ela não precisava tirar alguns minutos para descansar.

Depois que voltaram para casa na noite anterior, eles conversaram e ficou decidido que o detetive venderia seu apartamento e moraria de vez com a namorada.

Lindsay:- Precisa de ajuda? – Entrou na sala segurando a bolsa e tão pálida que Stella se assustou.

Stella:- Quem precisa de ajuda é você, o que houve? E o que está fazendo aqui? É seu dia de folga...

Lindsay:- Não houve nada... Sou mais útil ajudando vocês do que ficar o dia todo fazendo absolutamente nada. – Pegou o jaleco branco e começou a ler o relatório do novo caso.

Stella:- Encontrei vidro no chão do quarto... Achamos que o assassino foi surpreendido pela mãe e acabou quebrando o vidro ao fugir com o garoto. Essas fibras podem ser da roupa dele... – Deu espaço para que Lindsay olhasse no microscópio.

Lindsay:- Poliéster. Isso é tão “bom” quanto procurar agulha no palheiro...

Stella:- Seu marido está analisando as digitais encontradas no abajur...

Lindsay:- Meu marido? Isso soou estranho...

Stella:- Desculpa, mas é isso que vocês são...

Ela deu de ombros e continuou ajudando Stella com as fibras.

Danny:- Stella? – Entrou na sala com o tablet nas mãos – Encontrei terra... – Fez uma pausa olhando sobre os óculos e encarou Lindsay.

Lindsay:- Oi...

Danny:- O que está fazendo aqui? – Coçou a cabeça com a ponta da caneta.

Lindsay:- Receio que o mesmo que você...

Ela deu a volta na mesa indo para a direção oposta a Danny.

Danny:- – Sussurrou para Stella – O que deu nela?

Stella:- Deve ser o dia da TPM.

Danny:- Ahhh... Então, encontrei terra com adubo na sacada da casa.

Stella:- Espero que você tenha algo a mais...

Danny:- Não me subestime minha querida. – Sorriu e Stella fez o mesmo – Este adubo só está sendo usado em um lugar de Manhattan, e fica próximo a casa das vitimas...

Stella:- Ótimo trabalho, Messer! Chame o Sheldon para irem até esse lugar e me mantenha informada.

Danny:- Ok... – Antes de sair dali, ele foi até Lindsay.

Ela parou o que estava fazendo ao sentir a respiração do mesmo em seu pescoço.

Danny:- Tenha um ótimo dia e... Eu adoro você. – Deu-lhe um beijo na bochecha corada.

Seu corpo entrava em choque toda vez que sentia o toque de Danny. Era tão complicado ama-lo devido à situação que compunha o casamento de ambos, e daqui pra frente ficaria mais difícil ainda. Por fim, soltou um suspiro que chamou a atenção de Stella.

Stella:- Ele, querendo ou não, mexe com você. E você, querendo ou não, adora isso... – Sorriu sem mostrar os dentes, deixando-a a sós pensando no que acabara de ouvir.

(...)

Como num piscar de olhos, Jessica e Flack estavam de volta ao trabalho. Eles se reuniram na hora do almoço e contou como havia sido maravilhoso a estada na Pensilvânia.

Jessica:- Se não fosse praticamente um atentado ao pudor, eu contaria com detalhes como foi. – Lançou um olhar safado para Flack.

Lindsay:- Ninguém quer saber os detalhes de uma lua-de-mel. – Revirou os olhos.

Stella foleava um catalogo de roupas intimas até que se espantou com a última pagina.

Stella:- Meu Deus, que posição é essa? – Seus olhos pareciam querer saltar do rosto.

Mais que depressa, os meninos abriram novamente a revista tentando entender como os modelos haviam conseguido ficarem naquela posição.

Danny:- Isso não é possível... Definitivamente.

Jessica:- É possível sim, lindinho. – Gargalhou e abraçou Flack por trás.

Stella:- Eu já ouvi muita baboseira por hoje. – Ainda gargalhando, levantou-se amparada por Mac.

Jessica:- Então, temos um caso aberto, certo?

Mac:- Sim, você vai acompanhar o Danny até a casa do principal suspeito.

Jessica:- Tudo bem...

Lindsay:- Mac, eu posso sair um pouco mais cedo hoje?

Mac:- Pode sim, afinal você está dormindo no laboratório há três dias.

Jessica:- Por quê?

Lindsay:- Por nada, Jessica... Eu preciso sair daqui. – Jogou uma nota de U$20,00 na mesa e rapidamente atravessou a rua em direção ao laboratório.

Os amigos ficaram se encarando até que Danny levantou-se para pagar a conta e seguiu para o laboratório. Estava ficando insuportável tanto gelo por parte de Lindsay. Ela sempre acordava antes dele e nunca voltava para casa antes que o dia seguinte estivesse amanhecendo novamente. Ele pensou em ligar para Joseph e pergunta-lo se sabia o que podia estar acontecendo com a filha, mas desistiu da ideia sabendo o que o sogro pensava dele.

Ao chegar ao laboratório, Owen se aproximou de Danny aos prantos.

Danny:- Owen, o que foi? – Segurou o corpo mole do homem.

Owen:- Já faz dias... Meu filho vai ser apenas um número nas estatísticas?

Danny:- Alguém me ajuda aqui... – Vendo que ele desmaiaria, Danny pediu ajuda e Flack logo se aproximou.

Owen:- Eu quero o Alex vivo... Ele é tudo que me rest... – Desmaiou por fim.

Flack:- Vamos leva-lo para a sala de descanso...

Aos poucos, Owen foi abrindo os olhos e focou no rosto de Danny.

Danny:- Como está, cara?

Owen:- Vou estar bem quando puder abraçar meu garoto... – Sentou-se enquanto recebia um copo d’água.

Danny:- Você precisa estar bem quando ele voltar.

Lindsay passou pela sala com a bolsa sob o ombro e precipitou-se quando viu Danny. Usou todos os minutos da tarde para pensar no certo a se fazer, e consistia em conversar de forma adulta e não fugir como uma adolescente assustada.

Owen:- Tem filhos, detetive?

Danny:- Não... Às vezes fico pensando em quantas preocupações me livrei.

Ela parou antes que pudesse ter aberto a porta. Não podia estar acreditando no que acabara de dizer.

Danny:- Lindsay? Quer se juntar a nós?

Silêncio.

Danny:- Você está bem?

Lindsay:- É... Estou. Só passei para avisar que encontraram o garoto. Ele estava com o jardineiro da escola, parece que ele e a esposa não podiam ter filhos e achou mais fácil sequestrar o Alex... Jessica já está trazendo-o. Bom, é isso. – Deu-lhes as costas voltando para sua sala. Não estava conseguindo manter-se de pé.

Owen:- Muito obrigado, Detetive Messer! Eu nem sei o que dizer...

Danny:- Não diga nada, apenas abrace seu filho. – Apontou com os olhos para Jessica que trazia Alex no colo.

Owen:- Filho, eu senti sua falta... Eles te machucaram?

Alex:- Não, papai... Eles machucaram a mamãe...

Danny se pôs ao lado de Jessica com um sorriso amarelo no rosto. Ele sabia que a vida de Alex e Owen não seria fácil dali para frente, mas era visível o quanto se amavam e que enfrentariam as dificuldades juntos.

Owen:- Detetive, realmente está livre das preocupações, mas quando ouvir um “Eu te amo” do seu filho, irá entender bem o que vale mais...

Danny:- Lembrarei-me disso...

Danny acenou de longe para pai e filho indo embora e foi até a sala que dividia com Lindsay, mas ouviu alguém chorar baixinho.

Danny:- Montana, você está bem? – Ajoelhou-se para ficar da altura da cadeira.

Lindsay:- Eu... Pareço bem? – entre os soluços conseguiu formar uma frase.

Danny:- Hey, você precisa me contar o que está acontecendo com você... Você parece distante, diferente.

Lindsay levantou-se secando a face.

Danny:- Lindsay! – Segurou-a pelo braço – Pare de fugir assim, eu sei que o problema é comigo, me diga logo! Porque ficar vendo você se matar de chorar me destrói.

Lindsay:- Danny, nosso contrato acaba daqui há menos de três meses, então não precisa se preocupar e não se sinta responsável por nenhum de nós.

Danny:- Do que é que você está falando? Eu fiz algo errado?

Lindsay:- Não, Danny... Foi eu que não resistir a você...

Danny:- O que quer dizer com isso?

Lindsay:- Quero dizer que estou esperando um filho seu. – A última palavra saiu como um sussurro.

Era como se tudo ao seu redor tivesse deixado de existir. Suas pernas bambearam e suas mãos foram imediatamente para a boca, na tentativa frustrada de fazê-la não perceber o susto que recebera. Seus olhos ganharam um tom azul mais acentuado, talvez devido às lágrimas que se formaram.

Lindsay o observava pronta para sair correndo dali e se enfiar em qualquer buraco de New York. Ela só conseguiu tirar a ultrassonografia no bolso e deixar em cima da mesa.

Danny:- Espera! Você não pode jogar essa bomba em mim e sair assim...

Lindsay:- Danny, conversamos amanhã...

Antes que pudesse pensar em passar pela porta, Joseph adentrou na sala com os olhos arregalados e com as mãos tremulas.

Lindsay:- Pai, o que faz aqui? – Secava as lagrimas.

Joseph:- Filha, eu sinto muito... Eu mesmo deveria ter matado aquele desgraçado.

No primeiro momento, Danny achou que o sogro falava dele, mas essa ideia se desvencilhou assim que ouviu do que se tratava.

Joseph:- O assassino das suas amigas acabou de fugir do presídio de Montana, e deixou apenas um bilhete na cela... – Entregou a ela o papel amarelado.

“Lindsay, você escapou aos 16 anos, mas não terá a mesma sorte dessa vez.”

A frase foi suficiente para tirar a detetive do eixo e leva-la ao chão.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!!