The proposal that changed my life escrita por Afia Messer Giovinazzo


Capítulo 50
Capítulo 50


Notas iniciais do capítulo

Dedicado à Amanda Cahill & Júlia Angell!
Não demorei dessa vez como havia prometido :D Estou APAIXONADA por esse capitulo!



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A fita amarela envolvia toda a cena do crime hediondo que havia ocorrido ali. As sirenes ecoavam pela rua pouco movimentada, deixando uma sensação sinistra no coração de Flack. Estava sentado na porta de uma das ambulâncias recebendo pontos no supercílio, enquanto Jessica contava o que havia acontecido com o noivo.

Jessica:- Mac, eu já disse tudo que sei. O Don chegou em casa por volta das 22h00min, coberto por sangue e tão assustado que parecia ter visto fantasma... – Olhou para Flack, que tinha o olhar perdido – Liguei assim que percebi que aquele sangue todo não era dele...

Mac parou de perguntar entendendo que Jessica precisava de um tempo para organizar os pensamentos.

Nos fundos do que antes era um bar, Stella e Lindsay fotografavam e colhiam qualquer evidencia física e biológica que ajudaria nas investigações. A cena era um complexo quebra- cabeças banhado por sangue. Havia sinais de luta por todos os cantos, ração de cachorro espalhada pelo chão imundo, estilhaços de vidro e o mais importante deles: Um homem morto.

Lindsay:- Sabemos quem é ele?

Stella:- Não achei nenhum documento nos bolsos...

Sheldon se aproximou do cadáver estirado no chão e começou as analises antes de leva-lo ao laboratório.

Sheldon:- Foram desferidas cinco facadas no tórax e há um ferimento aqui... – Virou a cabeça da vitima para o lado oposto – Com certeza foi o que levou à mote, isso é massa encefálica. – O médico ergueu uma sobrancelha ao ver o cérebro que nem sopa pelo chão.

Todos ali estavam atordoados com o acontecimento. Assim que receberam o chamado da delegacia avisando de um homicídio e poucos segundos depois à ligação de Jessica desesperada informando sobre o mesmo corpo, ficaram atônitos.
Há passos lentos e com os olhos inundados de lagrimas, Jessica entrou na cena do crime amparada por Mac e Danny, que tinham uma expressão de raiva estampada nos rostos.

Jessica:- Eles o levaram... – Bastou-se para desabar em lágrimas.

Stella:- Quem?

Logo dois homens se juntaram ao grupo recebendo olhares assustados dos peritos.

Mac:- Conrad, essa é minha cena de crime e aquele show que fizeram lá fora, jogando o detetive Flack na viatura foi desnecessário. – Sua voz autoritária não intimidou os homens.

Conrad:- Quero você e sua equipe fora daqui imediatamente. Conhece os procedimentos diante a essa situação.

Stella:- Não sabemos de fato o que aconteceu aqui, mas eu posso afirmar que não foi um dos nossos que fez algo tão brutal.

Conrad:- Bonasera é por isso que a corregedoria foi chamada. Não temos envolvimento com o suspeito, então trabalharemos conforme nosso juramento.

Danny:- O que quer dizer com isso idiota? Que não sabemos ser profissionais? – Encheu o peito indo em direção ao capitão da corregedoria.

Conrad:- Mac, eu pensei que soubesse escolher quem trabalha na sua equipe... E você – se referia a Danny – Saia daqui imediatamente, recolha suas coisas antes que eu mesmo lhe prenda.

Mac:- Messer, me espera lá fora.

Stella:- E se falar com qualquer outra pessoa aqui assim, eu mesma te faço perder esse distintivo Capitão. – Stella semicerrou os olhos enquanto fitava o homem de postura impecável.

Mac:- Juntem suas coisas e saiam daqui... A cena do crime não é nossa. – Odiava o fato de estar completamente de mãos atacas.

Lindsay:- Vamos Jess... – Puxou a prima pelo cotovelo, mas a mesma se manteve firme.

Conrad:- Seu namoradinho foi levado para ser fichado e já mantei um advogado para conversar com ele.

Jessica:- Seu sarcasmo me enoja. Ele é um de nós e está sendo tratado como assassino, estão fazendo dele um exemplo, mas saiba que estarei lá para ver a decepção em seus olhos e no resto dessa corja que você chama de corregedoria, quando eu provar a inocência do meu noivo. – Sua voz era ríspida.

Mac:- Vem...

Toda a equipe voltou para a rua em completo silencio. Jessica sentou-se no meio-fio escondendo seu rosto entre os joelhos e com as mãos sobre a cabeça, assim tentava imaginar o que poderia ter acontecido e como ajudar Flack.

Lindsay: - Isso é loucura. – Sentou-se ao lado de Jess.

Stella:- Eu odeio a visão desse fado da fita.

Sheldon: - Stella se quiser ir descan...

Stella:- Nem termine essa frase, precisamos ajudar nosso amigo...

Danny:- Como eu odeio esses urubus... – Se referia ao agente da corregedoria que olhava o grupo de longe.

(...)

Flack segurava a placa com o número do artigo que estava sendo acusado e virava-se para ser fotografado de todos os ângulos. Durante todos os seus sete anos trabalhando como detetive, havia fichado diversos bandidos, mas nunca se imaginou sendo um deles. Seu rosto ganhara olheiras horríveis e seu corpo gritava de dor.

Xxx:- Coloque seus pertences aqui e deixe suas digitais no papel. – A agente olhava por cima dos óculos enquanto avaliava Flack. Todos no departamento o conheciam e tentavam imagina-lo cometendo aquele homicídio.

Depois que vestiu a roupa laranja, foi levado para a sala de interrogatórios onde um advogado o esperava. O homem de estatura baixa estendeu a mão, mas Flack não achou necessário cumprimenta-lo. Pouco depois de contar tudo que fez no dia em questão, o advogado saiu da sala com uma expressão nada boa.

Jessica abriu a porta do departamento recebendo alguns sorrisos sem graça dos colegas de trabalho e continuou andando vendo Conrad no telefone em uma das salas. De longe viu o noivo encostado do vidro da sala e correu até ele despertando à atenção do capitão que deixou o telefone de lado e correu atrás da mesma.

Conrad:- Jessica, não faça isso! – Gritava diante à porta trancada.

Jessica:- Amor... Eu preciso que me fale tudo que puder sobre ontem... Qualquer coisa que nos ajude a tira-lo daqui.

Flack:- Não sei Jessica...

Conrad:- ABRA LOGO ESSA PORTA. – Forçava a maçaneta com a ajuda de dois policias.

Flack:- Fui comprar ração para o filhote na loja de conveniência L&M Flowers & Produce... Era por volta das 18h00minh quando sai de lá.

Jessica:- E o que mais? –Apressou-se vendo que Conrad estava quase estourando a fechadura.

Flack:- Eu... Eu ouvi alguém pedir por socorro – animou-se por começar a se lembrar – e eu fui até o beco entre a 5ª e 6ª avenida, eu vi um homem sangrando e depois disso...

Jessica:- O que vem depois disso, Don?

Flack:- Eu só lembro-me de ter acordado em algum outro lugar e... Eu batia em alguém.

Conrad entrou na sala puxando a detetive pelo braço e levando-a ao corredor.

Conrad:- Tira ela daqui agora... – Mac se aproximou ouvindo a gritaria.

Jessica:- Ele é inocente, Mac... – Tentava passar pelos dois policiais e deixar suas unhas no rosto do capitão.

Conrad:- Você está ferrada, Jessica.

Jessica:- Está me ameaçando? – Apontava o dedo indicador para Conrad e novamente tentou passar pelas pessoas na sua frente.

Mac:- Deixa comigo, tá tranquilo. – Segurou Jessica de um modo que ela não podia se mover – Ela não está fazendo nada que não faríamos estando naquela sala.

Conrad:- Eu quero ela fora daqui... Está suspensa do trabalho.

O capitão deu-lhes as costas.

Jessica:- Não tive tempo suficiente com ele.

Mac:- Jessica, você pirou de vez? Veio fazer o que aqui?

Jessica:- Você realmente acha que Flack matou aquele homem de forma tão brutal? – Andava de um lado para o outro.

Mac:- Sabemos que não, mas ficar enfrentando Conrad não nos ajuda.

Jessica:- E o que nos ajuda então, ficar de braços cruzados enquanto ele está preso por um crime que não cometeu? – Elevou o tom de voz.

Mac:- Estamos fazendo o que podemos, essa investigação não é nossa e se insistirmos em participar, estaremos na rua antes mesmo de levarem o caso do Flack para o tribunal.

Jessica:- Infelizmente não sigo ordens.

Mac:- Jessica, não vai ser só o Conrad que irá te advertir se continuar agindo assim...

Jessica:- Eu vou facilitar pra vocês – Levantou a barra da blusa pegando o distintivo – Eu me demito.

Mac pegou o distintivo e guardou dentro do termo vendo a amiga sair como uma bala pela porta dos fundos.

(...)

Já passava das 10h00min quando Mac se juntou aos amigos na sala de descanso. Eles distribuíram as fotos da cena do crime pela mesa e analisavam com cuidado.

Mac:- Não temos muito tempo, Conrad está na nossa cola.

Lindsay:- Estamos esperando a Jess.

Mac:- Ela não vem, acabou de se demitir.

Stella:- Como é?

Mac:- Mas não quer dizer que ela não irá fazer sua própria investigação.

Olharam-se de boca aberta.

Mac:- Vamos ver o que sabemos – pegou uma das pastas – O que Flack fazia fora de casa?

Danny:- Jessica disse que foi comprar ração para o filhote, e achamos espalhadas pela cena. – empurrou a foto para o chefe.

Mac:- Adam procure qualquer hipermercado ou loja que tenha produtos caninos para vender em um raio de 2 km do apartamento do Flack.

Adam:- Achei seis estabelecimentos... – Virou o notebook que mapeava a região norte de Manhattan. Seis pontos vermelhos piscavam na tela.

Mac:- Temos que reduz a busca. Ele estava de chinelo, então provavelmente era um lugar popular...

Adam digitou a nova informação.

Adam:- Agora temos duas: Bloomingdale’s e L&M Flowers & Produce. Na verdade, apenas uma... A Bloomingdale’s está fechada para reforma.

Mac:- Ótimo.

Danny:- Ninguém conhecia o Flack naquele lugar, uma vizinha do antigo bar me disse que nunca o viu antes por lá...

Stella:- Opa! Falou com possíveis testemunhas? – Bufou irônica – Danny ficou maluco? Pode ser acusado de interferir no testemunho ou na investigação... Conrad está procurando qualquer coisa para nos pegar.

Danny:- Eu não quebrei nenhuma regra, apenas a curvei um pouquinho. Eu não a quebrei, caramba.

Stella virou-se de costas batendo as mãos nas pernas.

Danny:- Mas olha só, o Flack foi jogado no banco de trás de um carro da policia com as mãos algemadas nas costas e ele parecia culpado antes mesmo de qualquer investigação... Eu só queria saber se alguém ouviu alguma coisa, afinal é New York, alguém sempre ver algo acontecer.

Lindsay:- E?

Danny:- A mulher disse ter o visto saindo de lá por volta das 22h00min...

Sheldon:- A vitima já estava morta, de acordo com a temperatura do fígado foi assassinado às 19h00min.

Adam:- Querem incrimina-lo, não há outra explicação.

Lindsay:- Por que alguém iria querer incriminar o Flack?

Mac:- Porque alguém tem diferenças com ele, vingança é a causa clássica de homicídios.

Lindsay: - Foi ele Mac... O ex da Jessica. – Passou as mãos sobre o rosto retirando uma mecha de cabelo que caia sobre seus olhos.

Danny:- Esse cara vem ameaçando os dois a algum tempo, da última vez ela prestou queixa.

Mac:- Vamos procurar tudo sobre esse cara e liga-lo a cena do crime.

Sheldon:- Mac, o Sid mandou e-mail dizendo que havia pele debaixo das unhas da vitima.

Lindsay:- Precisamos do resultado do DNA. – Frustrou-se – A corregedoria provavelmente não irá fazer as analises aqui...

Mac:- Deixa isso comigo.

Stella:- Ainda não identificamos a vitima, mesmo ele me parecendo bem familiar... – Segurou a fotografia do rosto da vitima ainda na cena do crime.

Danny:- Também já vi esse cara. – Aproximou-se da amiga.

O computador de Sheldon apitou, era Sid chamando pelo Skype.

Sheldon:- Pode falar doutor...

Sid:- Esse cara não tinha a saúde muito boa, achei três costelas fraturadas há meses atrás e pela cicatrização do osso, ele não teve atendimento médico. Ele tem entre 43 a 50 anos e é usuário de metanfetamina. Vejam bem, esses hematomas são post- mortem. – Indicava os hematomas circulares do tórax da vitima.

Lindsay:- Depois de terem batido na cabeça dele ainda deram as facadas e bateram novamente no tórax?

Sid:- Isso mesmo querida, alguém queria muito esse cara morto.

Mac:- Algum palpite sobre a arma do crime?

Sid:- Os ferimentos são circulares e o assassino precisou de bastante força para quebrar o crânio...

Stella: - Um martelo?

Sid:- Algo menos centralizado...

Adam:- Um taco de beisebol?

Sid:- Eu acredito que sim...

Stella:- Flack tinha um ferimento na cabeça, é possível que tenha sido feito pelo mesmo objeto?

Sid:- Eu precisaria de uma foto do ferimento. Já ia me esquecendo, achei isso escrito na mão dele...

Sid passou as letras e números que a vitima tinha escrito na mão esquerda e terminou a chamada, pois os agentes haviam chegado à sala de autopsia para levarem o corpo.

Mac:- Preciso sair por algumas horas... Continuem investigando o ex da Jessica e me mante informado. – Se aproximou de Stella – E você não se esqueça de que precisa tirar um tempo para se alimentar.

(...)

Jessica:- Vem aqui... – Chamou o cachorro para perto dela.

A mesa de jantar parecia um minilaboratório. Havia um dossiê sobre Nate Champbell e todas as fotos da cena do crime. Antes de se trancar na sala de interrogatórios com Flack, Jessica havia deixado um pendrive baixando todas as provas sobre o caso.

Seu coração parecia querer sangrar ao ver seu noivo sendo jogado dentro da viatura e não poder ter nada além de acreditar que o mesmo era inocente.

Antes de voltar para o apartamento, Jessica foi até a loja que Flack disse ter ido antes de ouvir o pedido de socorro e pediu a vendedora para usar o banheiro. Assim que a adolescente se distraiu, a detetive foi até a sala em que ficavam as imagens das câmeras de segurança e constatou que Flack estivera ali às 17h50min como havia dito.

Jessica:- Eu não acredito como não pensei nisso... – Pegou uma das fotos onde estava um relógio.

O relógio estava a poucos metros da vitima. O vidro havia trincado e recebido algumas cotas de sangue.

Jessica:- Ele deve ter quebrado por conta da luta... E olha só – Aproximou a foto – está marcando 17h30min. É impossível o Flack ter andado tão longe em tão pouco intervalo de tempo...

Ela sorriu.

Jessica:- E aqui há um espaço... – Trocou de foto pegando uma em que a ração estava espalhada pelo chão. – Tinha alguma coisa aqui quando o saco rasgou... Alguma coisa ou alguém.

O celular rompeu o silêncio dentro do apartamento.

Ligação ON~

– Como vai, princesa? – Jessica engoliu em seco ao ouvir aquela voz.

– Foi você não foi desgraçado? – Ouviu uma gargalhada abafada.

– Meu anjo, do que está falando? Só liguei por que vi nos noticiários que seu noivo matou um homem... Você está bem? – Nate abusava do sarcasmo.

– Você não tem ideia do quanto queria lhe dar um tiro, mas oportunidades não faltarão quando meu noivo for inocentado... Nós e toda a policia de New York estaremos atrás de você. – Encerrou a chamada.

Ligação OFF~

Jessica continuou analisando o que tinha sobre a mesa na esperança de encontrar alguma outra evidencia que confirmasse que Nate havia armado para Flack, mas o que ouviu à fez jogar todas as fotos na lareira. Era Conrad gritando ao lado de fora. Ele tinha um mandado para vascular o apartamento.

Conrad:- O que faz aqui, senhorita?

Jessica:- Aqui também é minha casa.

Conrad:- Eu tenho um mandado para procurar a arma do crime. – Entrou com três policias quase fazendo Jessica cair.

Não demorou muito para que todo o apartamento fosse vistoriado já que não era tão grande. Em todos os cômodos Jessica acompanhou a equipe e teve vontade de chorar novamente quando, de trás do guarda roupas Conrad encontrou o taco de Beisebol envolvido por um papel que a mulher conhecia muito bem.

Conrad:- Mas o que é isso?

Jessica:- Isso é meu, não faz parte das investigações. – Precipitou-se para cima do capitão, tentando pegar o papel.

Conrad:- Então quer dizer que você foi estuprada. Isso de onde venho se chama acerto de contas... Imagino como o Det. Flack ficou quando soube...

Xxx:- Capitão. – O policial ergueu o taco que reagiu com o luminol revelando sangue humano.

Conrad:- Você ainda acha que ele é inocente? Acabamos de preencher as lacunas, Detetive. Encontramos a arma do crime, e o motivo do crime...

Jessica:- Pelo visto você é mais idiota do que aparenta. Esse exame de fato é verdadeiro, eu sofri uma agressão sexual – a voz falhou por segundos –mas não foi a vitima o culpado. Isso é coisa do Nate, ele me sequestrou há alguns meses atrás e... Eu não faço ideia de como isso veio parar aqui... – Olhava para o exame – O Don não sabia, eu escondi o exame dele.

Conrad:- Quem é Nate? É a segunda fez que ouço esse nome hoje...

Houve uma trégua entre Conrad e Jessica e a mesma contou-lhe tudo sobre o ex.

Conrad:- Encontramos à digital de Flack sobreposta, não demos muita importância porque poderia ser de qualquer um. Porém eu analisei algumas digitais e uma foi compatível com Nate Champbell.

Jessica:- Foi ele... Acredite em mim. – Tomou um gole da água.

O capitão virou-se de costas pegando o celular que vibrava dentro do bolso. Durante toda a ligação Jessica o encarrava tentando decifrar alguma coisa.

Conrad:- Assim como você, seus amigos não sabem obedecer a ordens de um superior.

Jessica sorriu.

Jessica:- O que eles encontraram?

Conrad:- Identificaram a vitima sendo um morador de rua que vivia nas proximidades do laboratório e parece que encontraram alguma ligação entre ele e Nate.

Foi como se estivessem retirando toneladas dos ombros de Jessica. Ela levantou-se num impulso e respirou fundo tirando toda a preocupação e medo que existia em seu interior.

Conrad:- Vamos?

Jessica:- Claro, imediatamente.

Ambos seguiram para o laboratório as pressas e foram encontrar com Mac e toda equipe que os aguardavam.

Danny sorriu pela primeira vez naquelas 12 horas em que o mundo do amigo desabava. Ele havia lembrado-se de pagar alguns cafés para o morador de rua que sempre estava andando pelas ruas do centro e assim foi questão de raciocínio para resolver o caso.

Conrad:- Poderiam me explicar o que aconteceu? – Ele ainda tentava se manter-se firme e temido por todos.

Mac:- Danny quer ter honra?

Danny:- Então Conrad, eu lamento que a corregedoria não tenha conseguido passar sua eficácia e competência para o prefeito e saiba-se lá quem mais você gosta de impressionar.

Stella:- Danny! – Por mais que concordasse com tudo que Danny falara para o capitão, tinha que respeita-lo.

Danny:- O Dr. Hammeerback encontrou alguns números e letras na mão da vitima durante a autopsia e assim que lembrei que o conhecia, fui até o beco que ele costumava dormir. Encontrei os mesmos números escritos no asfalto e em papelões que ele usava como colchão... Então a Lindsay procurou a queixa que a Det.Angell prestou contra Nate e nela havia o testemunho do Flack que dizia ter visto um caro escuro deixa-la no mesmo beco que Harry dormia. Jogamos os números no banco de dados de placas de veículos e tivemos uma ótima surpresa ao ver que o carro estava no nome de Nate Champbell...

Conrad:- Ele foi testemunha... – Começava a entender o que havia acontecido.

Danny:- Mas até então não tínhamos como provar a ligação do Harry com Nate, até que a Det. Monroe e eu conseguimos um mandado e entramos no apartamento desse canalha. E olha só o que encontramos...

O loiro entregou-lhe o tablet com fotos de papeis escrito frases como “Eu sei o que você fez com a detetive”“ Se não começar a me dar um pacote de drogas por semana, eu irei na delegacia” e varias outras ameaças.

Conrad:- Com um boletim de ocorrência nas costas, ele não precisava de um morador de rua o ameaçando... O melhor era mata-lo e incriminar o Det. Flack. Quando fizéssemos a busca no apartamento acharíamos o taco de Beisebol e o exame que incriminaria ainda mais o seu noivo... – Olhou para Jessica tão envergonhado que deixou de encara-la no mesmo instante.

Jessica:- De fato o Flack lembra-se de ter brigado com alguém, mas assim que o exame toxicológico dele sair vai achar algum sedativo... Ele disse ter ouvido um pedido de socorro, e sabemos que é de nossa natureza ajudar as pessoas mesmo estando de folga. Então assim que achou o Harry bastante machucado, ele tentou pedir ajuda, mas o Nate deve ter o acertado com o taco.

Stella:- Eu refiz o menor percurso até a cena do crime e levei 30 minutos exatamente, então o Nate chegou ao bar com os dois inconsciente às 18h35min.

Adam:- Harry era um cara pesado e bem forte, acreditamos que a quantidade de remédio não foi suficiente para ele e depois de poucos minutos acordou. Nate se desesperou e o atacou com o taco e desferiu as facas para ter certeza que ele morreria. Havia também um relógio da cena que recebeu gotas gravitacionais de sangue, o que fortalece a tese de Nate ter lutado corpo a corpo com Harry antes do óbito.

Mac:- Flack esteve o tempo todo desacordado, por isso a ração não estava nesse espaço – apontou para a foto – mas depois de alguns minutos ele começou a acordar e deu alguns socos no nosso assassino verdadeiro... A Briga que ele lembra-se era com o Nate e não com Harry.

Jessica:- Sabe Conrad, aqui é todo mundo como uma grande família... Sempre que temos problemas podemos contar uns com os outros e quando vi o Flack todo ensanguentado e todas essas evidencias apontando para ele, não deixei de acreditar que ele era a vitima e não o criminoso.

Mac:- Seus serviços não são mais necessários aqui, e eu espero nunca mais te ver no meu laboratório acusando um de meus amigos. – Se aproximou.

Jessica:- Eu disse que ainda viria à decepção em seus olhos, mas na verdade eu não vou dizer que estava com razão...

Todos se olharam, pois sabiam que Jessica adorava esnobar suas vitórias.

Conrad:- Não? – Franziu o cenho.

Jessica:- Não. Eu só quero uma coisa de você... – Ficou a poucos centímetros dele – Vá até o presídio e peça desculpas por ter feito aquele show na cena do crime.

Imediatamente o capitão pediu que todos os outros agentes fossem embora no laboratório e o mesmo pegou o carro indo em direção ao presídio que Flack havia sido levado já que o habeas corpus havia sido negado.

Danny:- Conseguimos. – Passou o braço pela cintura de Lindsay.

Stella:- Você já sabia de todas essas evidencias, não é?

Jessica:- Comecei minha própria investigação. – Sorriu.

Mac:- Jessica, eu acho que isso aqui é seu... – Procurou alguma coisa nos bolsos.

Jessica encarou o objeto na mão de Mac e não pensou duas vezes em pega-lo.

Mac:- Você sabe que vale muito mais em honra do que ouro, e hoje se mostrou uma pessoa muito merecedora do distintivo.

Jessica:- Mac... – Deu-lhe um abraço forte.

Mac:- Agora vá tomar um banho, comer alguma coisa que em poucas horas o Flack será liberado e ele vai querer te ver por lá...

(...)

Xxx:- É só assinar aqui e pegar seus pertences.

Flack terminou de assinar a papelada e deu as costas deixando aquele purgatório para trás. Sua estada ali não havia sido das melhores, ser policial o afetou diante aos outros presos e quase se meteu em uma briga horas antes de ser inocentado.

A poucos metros dele, Jessica estava sorrindo encostada no Toyota com o filhote em um dos braços. Ela o soltou deixando que corresse de encontro à Flack.

Flack:- Oi garoto, que saudade de você. – O cão estava desesperado para ter a atenção de Flack.

Jessica sorria ao vê-los de longe.

Flack:- Você veio... – Se aproximou na noiva a beijando – Obrigado por não desistir!

Jessica:- Sempre...

Flack:- Sempre. – Segurava o queixo de Jessica que deu-lhe um sorriso mostrando a covinha do lado esquerdo que Flack tanto amava.

O filhote deu um latido engraçado chamando a atenção dos dois.

Jessica:- O Luke adora ser o centro das atenções...

Flack:- Luke? Quer dizer que você já tem um nome? – Prendeu a guia na coleira e o olhou.

Jessica:- Combina com ele, não é?

Flack: - Combina e eu adorei.

Jessica:- Eu te amo, Don!

Flack:- Eu também amo você e ainda não sei se você é humana ou um verdadeiro anjo...

Jessica:- Olha, eu posso afirmar que estou longe de ser um anjo. – Gargalhou travessa.

Flack:- Nem sei como agradece-la pelo que fez...

Jessica:- Ei, pensou que iria se safar tão fácil do casamento? E você sabe sim como me agradecer... – Mordeu o lábio.

(...)

Stella:- Meu Deus, você está toda enfeitada. – Observou o décimo vestido que Jessica experimentava.

Lindsay:- Ficou ótimo. – Escorregava pela cadeira de tanto tédio.

Jessica:- Olha, vamos parar com a palhaçada! – Se irritou – Vocês dizem que todos estão ótimos porque já escolheram o de vocês. Agora o foco sou eu, sou a noiva e preciso estar deslumbrante. – Bufou se olhando do espelho da loja de noivas.

Stella:- Escolhemos o nosso à quatro horas. QUATRO!

Lindsay:- Eu estou morrendo de fome, Jessica.

Jessica:- Queridas, o casamento é daqui a um mês e até agora eu não tenho um vestido.

Stella:- Você já foi a todas as lojas de vestido aqui em New York e nunca compra o bendito vestido por sempre achar que terá um melhor.

Jessica:- Ai Stella, odeio esse seu mal humor.

Stella:- Jess, você fica linda em qualquer coisa que veste, compre logo o vestido.

Lindsay:- O primeiro ficou magnifico, tão lindo que até eu me casaria com você.

Jessica:- – Sorriu avaliando o vestido em questão no manequim – Então vou experimenta-lo de novo. – saiu em disparada para o provador.

Stella:- Eu não aguento mais... – Fingiu chorar.

Lindsay:- Os rapazes já compraram os ternos e estão ficando loucos lá fora....

Stella:- Imagina no dia do casamento...

Lindsay:- Estou cansada demais até pra imaginar...

Demorou aproximadamente quarenta minutos para as três saírem do ateliê se encontrarem com os rapazes na praça de alimentação. Stella atacou o sanduiche de Danny.

Danny:- Pode ficar à vontade... – Recebeu uma fuzilada de olhares da grega.

Flack:- Amor, quantos vestidos vocês compraram?

Jessica:- Um pra cada e são perfeitos. – Ela parecia que iria explodir de felicidade.

Flack:- Depois você me mostra...

Jessica:- Claro que não, Flack! Você sabe que dá azar?

Adam:- Jess, o azar é casar com você.

Jessica:- Adam sugiro que fique mudo antes que você mora engasgado com essa batata frita.

Todos riam de como Adam e Jessica se tratavam.

Stella:- Pessoal, eu queria um pouquinho da atenção de vocês...

Lindsay:- Ai, diga que você já sabe o que será....

Stella:- Sei sim, Lindsay.

Flack:- E o que é Mac?

Mac:- Acredita que ela não deixou a medica me contar? – Fez uma cara triste, mas Stella lhe entregou um papel.

Stella:- Aqui está a ultrassom e a resposta que todos querem saber...

A foto do bebe foi passando por todos até que Jessica deu um grito.

Jessica:- É um menino, olha só isso ...

Stella:- Jessica, isso é a perna do bebê. – Virou os olhos e ninguém conseguiu segurar as risadas.

Flack:- Amores já te falaram que você fica linda calada? – Pôs as mãos na boca de Jess.

Stella:- Pode abrir amor...

Mac abriu o envelope onde Stella havia escrito um pequeno texto:

“ Papai!!

Sei que você deve estar ansioso pela minha chegada, mas te peço um pouquinho mais de calma, pois agora faltam menos de quatro meses para minha chegada! E já te aviso que vou dar bastante trabalho, pois dentro da barriga eu não paro quieto e dou trabalho pra mamãe, imagina só fora dela...

Vou tirar suas noites de sono, vou bagunçar toda sua vida, vou arrancar vários sorrisos seus, e as vezes vou te deixar bravo, mas sei que sou o melhor presente que você e a mamãe ganharam esse ano!

Papai do céu me mandou porque sabe o tamanho do seu amor pela mamãe, então ele achou que estava na hora de presentear esse amor...

Os carinhos que você faz e os beijos que você dá na barriga da mamãe me confortam e me deixa feliz, não sei se você já consegue sentir, mas quando você acaricia a barriga da mamãe, eu dou pulinhos de alegria!

Bom amor, acho que já chega de suspense não é? Dentro da caixa que está sobre a mesa está a resposta.”

Mac olhou dentro da caixa e correu até Stella deixando os outros na curiosidade.

Jessica:- Dê-me logo isso aqui – Pegou o papel e continuou lendo.

“Então você já sabe, mas vou dizer com todas as letras para não ter duvidas: Nossa princesa está chegando...”


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Notas finais do capítulo

Obrigada à todos que votaram nos nomes para o dog Flangell :D Eu considerei as mensagens que recebi por quem não tem conta e ficou assim: Oliver 4 votos, Sebastian 4 votos, e Luke 6 votos.
Irei responder todos os comentários do capítulo 49 e deste também :D