The proposal that changed my life escrita por Afia Messer Giovinazzo


Capítulo 49
Capítulo 49


Notas iniciais do capítulo

Oi, que saudade que estava de vocês!
Infelizmente fiquei praticamente dois meses sem atualizar a fanfic, mas venho me desculpar. Os trabalhos da escola acumularam e não sobrava tempo pra pensar em nada legal... Eu consegui fazer esse capitulo somente agora, e espero que vocês amem assim como eu estou apaixonada por ele *u* Obrigada à todos(as) que me mandaram mensagem elogiando e perguntando por esse capítulo.
* NAS NOTAS FINAIS, TERÁ UMA VOTAÇÃO E PRECISO DE VOCÊS.



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(...)

Flack:- O que tem de errado com o nome Golias?

Jessica:- O cachorro é meu, portanto o nome é escolha minha!

Flack:- Eu não vou deixar o coitado chamar Floquinho... Este nome está fora de questão.

Jessica:- Golias também. – Sentou-se na cama terminando de calçar o coturno.

Flack:- Pelo visto você será chamado bebê pelo resto da vida, amigão... – Passou as mãos no filhote que os observava.

Jessica:- A mamãe promete pensar em um nome bonito pra você. Agora vem logo me dar o ultimo abraço...

A morena tomou o filhote dos braços de Flack e o abraçou recebendo algumas lambidas. Ela havia se apaixonado de fato por seu presente de aniversário.

Flack:- Hoje iremos passar o dia inteiro juntos, assistiremos ao jogo, enquanto sua mãe fará um trabalho muito chato na delegacia... – Gargalhou tomando o filhote nos braços.

Jessica:- Eu nem queria estar de folga mesmo. – Deu de ombros pegando as chaves do carro.

Flack:- Mas quando você chegar, nós estaremos esperando com um jantar bem gostoso...

Jessica:- Só não se esqueça de que precisa comprar ração, uma cama bem espaçosa e brinquedos para ele... Ah, e pelo amor de Deus, lembre-se que ele é um FILHOTE e tudo que encontrar pela frente irá comer...

Flack:- É a quinta vez que você me diz isso, confie em mim – piscou – nós ficaremos bem.

Jessica:- Você eu sei que sim, mas ele... Cuidado Don. – Deu-lhe um beijo nos lábios.

Flack:- Amor, já pensei em um nome ótimo – cortou o beijo e a encarou com um sorriso enorme – Hércules!

Jessica apenas negou com a cabeça e saiu do apartamento, deixando Flack com cara de bobo e o filhote chorando na porta.

Flack:- Vem aqui, ela volta logo... – Ambos seguiram para o corredor que levava a sala – O que acha do nome Hércules? Ele foi alguém muito forte e valente, assim como você...

(...)

Lindsay sentou-se na sala que dividia com Danny e começou a organizar seus pensamentos. Logo que acordou saiu de casa, deixando o mesmo coberto por um lençol transparente, não conseguiria encara-lo depois de terem transado à noite inteira. Aquilo parecia errado, as coisas estavam fugindo de seu controle e a sensação não era das melhores.

Sua cabeça e seu estomago ainda sentiam o resultado do excesso de álcool, e com as mãos tentava massagear as têmporas. Olhando fixamente para as paredes de vidro, viu o tempo parar diante de seus olhos assim que seu pai saiu do elevador. Joseph trazia consigo um olhar de magoa que fez Lindsay se levantar.

Ficaram se encarando sem dizer nada por minutos até que o homem de pouco mais de cinquenta anos deixou as lágrimas rolarem e Lindsay aproximou-se com cautela.

Lindsay:- Pai...

Joseph:- O que foi que você fez? – Disse por fim com a voz alterada. Alguns técnicos olharam em direção aos dois.

Lindsay:- Podemos conversar em outro momento?

Joseph:- Não, não podemos... Eu estou decepcionado com você. Quantas vezes eu falei que aqui não era o seu lugar, que há consequências por nossos atos, Lindsay? E mesmo assim se casou com qualquer um...

Lindsay:- Perdoa-me pai, eu não queria que fos...

Joseph:- Deixa-me terminar. – Seu tom de voz era agressivo – Eu pensei que você confiasse em mim, por que não ligou? Casou-se por um contrato com alguém que te iludiu... Pensei que era mais inteligente...

Lindsay:- Como é? – Seu rosto já estava coberto por lágrimas.

De sua sala, Stella pode ouvir a discussão e se apressou chegando a tempo de evitar uma briga pior.

Stella:- O que está acontecendo aqui? – Se pôs entre Joseph e a filha.

Joseph:- Dê-me licença senhora, a conversa é entre mim e a minha filha.

Stella:- Conversa? Contenha-se, não é hora e nem lugar para brigarem.

Lindsay:- Por favor, estão todos nos olhando...

Joseph passou as mãos pelos cabelos grisalhos respirando profundamente.

Stella:- Lindsay, leve o seu pai para a sala de descanso e resolvam o que tiverem para resolver...

Depois que tomou seu quinto copo de água, Joseph encarrou Lindsay encostada na porta. A raiva estava amena, mas a decepção ainda se fazia presente em seus olhos castanhos.

Joseph:- Eu só queria que você tivesse me contado... – Virou-se de costas encarando o chão com as mãos dentro dos bolsos da calça – Está casada há quanto tempo?

Lindsay:- Faz alguns meses... Pai, como soube?

Joseph:- Por coincidência a madrasta do seu... –virou-se novamente – marido é uma velha conhecida minha...

Lindsay:- Regina? Mas por que...

Joseph:- Ela soube de alguma forma que sou seu pai e se preocupou com você sua nova vida.

Lindsay:- “Claro” – revirou os olhos.

O silêncio pairou sobre a sala, nenhum dos dois sabia como encarrar a situação.

Joseph sempre esteve presente em todos os momentos da vida da filha, desde a morte de Laura e a tragédia que ocorreu alguns anos mais tarde, esforçou-se para ser o porto-seguro dela. Mas Lindsay guardava tudo para si, sempre dizia que estava tudo bem mesmo não estando, se afundava em trabalho esquecendo-se dos problemas pessoais e ele sabia que certamente não estava sendo fácil esse relacionamento.

Com o passar dos minutos, Lindsay começou a contar tudo que havia acontecido nesses meses longe de Montana para o pai que saiu de sua inércia ouvindo todos os detalhes com atenção. As lagrimas se fizeram presente nos olhos de ambos, que não esperaram mais por um abraço.

Joseph:- Eu senti sua falta... – Apertava Lindsay em seus braços, há tempos esperava por esse momento.

Lindsay:- Não mais que eu...

Joseph:- Então quer dizer que você o ama?

Lindsay:- Desde o dia que nos conhecemos. – Suspirou frustrada.

Joseph:- Filha, daqui a alguns anos você estará mais arrependida pelas coisas que não fez do que pelas que fez.

Lindsay:- As coisas não são tão simples assim...

Joseph:- É sim meu anjo, somos nós que complicamos tudo em nossas vidas. Quando estiver com minha idade entenderá tudo que estou dizendo, só irá pensar que o tempo não volta. O que volta é a vontade de voltar no tempo... – Ele acariciava o rosto aliviado de Lindsay.

Lindsay:- Precisava ouvir seus conselhos... Eles sempre me ajudaram tanto. Pai, o senhor me perdoa por não ter contado?

Joseph:- Quem precisa de perdão aqui sou eu, cheguei fazendo escândalo no seu trabalho e nem me preocupei em ouvi-la primeiro... Vou repetir o que disse naquela noite horrível para você: Conte comigo para tudo! – Esfregou as mãos se recordando da mesma ação há anos atrás.

Lindsay:- Obrigada! Eu amo você... Muito!

Joseph depositou um beijo no topo na cabeça de sua filha e sorriu passando-lhe segurança.

Após a conversa, a perita levou o pai para conhecer o laboratório. Muitos olhavam sem entender o que havia acontecido, mais cedo ele era alguém gritando e agora parecia a pessoa mais encantadora do mundo.

Joseph:- Seu marido trabalha aqui, certo? – Olhava os microscópios supermodernos que Adam manuseava.

Lindsay:- Certo...

Joseph:- E onde ele está?

Lindsay:- Bem... Eu acho que está acordando no exato momento...

Joseph apenas assentiu não sentindo necessidade de perguntar o que fazia dormindo até àquela hora.

Lindsay:- Vai ficar para o casamento da Jessica?

Joseph:- Como? – Arregalou os olhos – Ela o que?

Lindsay:- Ela está noiva, se casa em dois meses.

Joseph:- Eu pensei que ela nunca teria um pingo de juízo...

Lindsay:- Não que tenha mudado alguma coisa, mas ela está apaixonada. E falando na criatura...

Jessica vinha pelo corredor segurando o copo de Cappuccino e assim que viu seu tio deu um de seus gritos histéricos.

Jessica:- TIOOO. – Deu-lhe um abraço tão apertado que suas costas estralaram.

Joseph:- Você continua muito... Forte!

Jessica:- Quando foi que chegou?

Joseph:- Hoje mesmo... Fiquei sabendo da novidade. – Sorriu.

Jessica:- E aposto que ainda não acredita, mas... – Estendeu a mão para que pudesse ver sua aliança – Não é linda?

Joseph:- Muito bonita. E quem é o noivo?

Jessica:- Ele está de folga, mas trabalha no departamento comigo...

Joseph:- Os homens desse laboratório não trabalham? E namorar colegas de trabalho é regra aqui? – Coçou a cabeça.

Lindsay:- Bem... Não. – Corou assim como Jessica.

Joseph:- Então já vou indo, vou deixar minhas meninas trabalharem.

Lindsay:- Pai, temos um quarto sobrando...

Joseph:- Ah não querida, tudo bem eu prefiro ficar em um hotel...

Lindsay:- Eu imaginei... Assim que se instalar, me liga passando o endereço?

Joseph:- Claro! É bom vê-la tão feliz pimentinha – recordou o apelido de infância de Jessica – você merece!

Jessica:- O senhor ainda lembra-se desse apelido? Nossa, que memória fantástica.

Joseph:- Como esquecer já que fui eu mesmo que o dei, assim que peguei a senhorita roubando as amoras da Lindsay...

Lindsay:- Isso só prova que precisamos marcar um jantar para contar todos os podres da Jess. – Semicerrou os olhos.

Joseph:- Iremos marcar sim. Bom trabalho meninas e Lindsay – segurou o queixo da filha – lembre-se: Um tropeço não pode atrapalhar a caminhada.

Despediram-se com muitos abraços e palavras de carinho, a saudade que os três sentiam não seria completamente cessada em apenas um encontro. As mulheres caminharam-se para a sala de Stella, Lindsay sentiu necessidade em pedir desculpas pelo que acontecera mais cedo.

Stella:- Está desculpada. E como foi a conversa?

Lindsay:- Eu estava precisando das palavras sabias do meu pai, ele sempre sabe o que me dizer...

Stella sorriu.

Jessica:- E como vai o meu bebê? – Aproximou-se da grega.

Stella:- Hoje eu e o Mac iremos vê-lo, temos uma ultra às 18h00min...

Lindsay:- Você tem algum palpite quanto ao sexo?

Stella:- Sinceramente eu não sei às vezes me imagino com um menino outras com uma menina... Mac gosta de especular que será uma menina.

Lindsay:- Ah Stell, como você faz para não pirar sabendo que dentro de você está crescendo uma coisinha muito linda? Não tem medo? Será que dói?

Stella:- Esperar é complicado, você se pega imaginando por horas a fio como será... Se irá se parecer comigo ou com o Mac ou se será uma boa mistura dos dois. Medo é o que eu mais sinto nesse trabalho você se depara com tantas coisas que começa a pensar se realmente o mundo é o lugar que gostaria para o seu filho... Sobre a dor até agora está tudo bem, minhas costas já está sentindo a mudança, mas nada insuportável.

Jessica:- E os nomes?

Stella:- Não temos nenhum em mente, quer dizer, eu ainda não pensei já o Mac eu não sei... – Encarava a amiga confusa.

Jessica:- Bem, ainda teremos cinco meses para pensar em nomes...

Stella:- Então vamos ao trabalho, precisamos achar o motorista...

Os policiais do departamento receberam denuncias de onde o motorista do caminhão estava se escondendo, com algumas horas de investigação e uma analise minuciosa das câmeras de segurança de supermercados e farmácias, Jessica e Mac fizeram a prisão do individuo.

Passava das 16h00min quando Lindsay conseguiu encarar Danny, o mesmo não tocou no assunto quando chegou ao laboratório, apenas fez seu trabalho.

Lindsay:- Tudo bem? Está tão quieto...

Danny:- Lindsay... O que foi que nós fizemos? – Perguntou sem cerimonias.

Lindsay:- Receio que saiba a resposta... Não está certo, Dan. – Suspirou sentando-se.

Danny apenas concordou.

Lindsay:- Meu pai esteve aqui hoje, acredita que sua madrasta contou sobre nosso casamento?

Danny:- Eles se conhecem? E o que Regina acha que está fazendo se metendo em nossa vida?

Lindsay:- Fiquei surpresa quando ele me disse que se conheciam. E eu quero conversar com ela, isso já passou dos limites, Danny...

O loiro novamente concordou com a esposa e ambos voltaram a preencher a parte burocrática do trabalho.

(...)

Mac:- Mês que vem já podemos saber o que será. – O detetive olhava a imagem borrada do ultrassom com um sorriso largo. Estava amando a ideia de ser pai.

Stella:- Nosso filho já possui impressões digitais, já boceja... Será uma questão de dias para o sentirmos mexer. – Acariciava a barriga arredondada.

Mac:- Está com fome? Ouviu o que a Dra. Megan disse sobre “As preocupações ficam para o crescimento e desenvolvimento”?

Stella:- Mesmo se não tivesse escutado tenho você me lembrando disso 24 horas por dia...

De mãos dadas, foram até a praça de alimentação do shopping, pois Stella estava pirando por comida grega, e há uma semana acabara de se instalar uma franquia no local. A comida estava maravilhosa, todos aqueles ingredientes levava a mesma há uma viagem por suas origens e Mac olhava toda a felicidade que agora estampava o rosto da namorada.

Andaram pelo shopping comendo Baklava; doce pelo qual Stella comeria centenas e nunca se enjoaria, e pararam diante a uma loja infantil. Os olhos dos dois brilharam diante às vitrines que traziam roupas de todas as cores e estilos. Assim que entraram, uma funcionaria da loja fez a recepção e os convidou a conhecer as novidades que compunha a nova coleção.

Stella:- Amor, isso parece o paraíso...

Mac:- Stell, nós precisamos levar um desses. – Havia um par de All Star preto enfiado em seus dedos.

Stella:- Olha só essa tiara, é tão fofa...

Xxx:- Vocês procuram produtos femininos ou masculinos?

Stella:- Ainda não sabemos o que será...

Xxx:- Ah sim, mas temos roupas com cores neutras na próxima fileira.

A funcionaria deixou-os às sós enquanto colocavam todas as coisas que gostaram na cestinha. Assim que pegaram varias roupas incluindo o All Star e a tiara vermelha, foram para a sessão de brinquedos. Um item em especial chamou à atenção do casal; era um mordedor em forma de lupa escrito “CSI”.

Stella:- Isso definitivamente precisa ser comprado...

Mac:- Concordo!

Pôs o mordedor junto aos outros itens e foram em direção ao caixa passando pelo playground da loja, mas Stella parou no meio do caminho olhando uma mãe negociando um brinquedo com um garoto de aproximadamente quatro anos. O mesmo gritava deitado no chão pelo soldadinho que a mãe não queria comprar, ela alegava mau comportamento por parte da criança e que não iria beneficia-lo, mas bastou alguns chutes e um choro incontrolável para acabar cedendo.

Stella:- Mac olha esse garoto... – Seus olhos estavam arregalados.

Mac:- Ele é terrível, completamente sem limites. – Também havia se assustado.

Stella:- É isso que nos aguarda, imagina daqui a três anos... Eu não estou preparada.

Mac:- Amor, não se preocupe com isso. Seremos bons e nosso filho não terá uma mãe tão “sem pulso”...

Ainda atordoada, voltaram a caminhar para o caixa.

No lado norte de Manhattan, Jessica entrava no apartamento com uma garrafa de vinho tinto que comprara no caminho. Assim que ouviu a porta, o filhote correu até a dona eufórico.

Jessica:- Olá meu amor. Estava com saudades, é?

Foram aproximadamente dez minutos até que o cachorro se acalmasse e deixasse que ela terminasse de entrar em casa.

Jessica:- Amor?

Silêncio.

Jessica:- Don? Está em casa? – Acendeu a luz da sozinha e pode ver um bilhete em cima da mesa.

“Oi gata!

Eu e o filhote nos divertimos tanto juntos que eu acabei esquecendo-me de comprar o que você pediu =/ E bem, espero que não me mate por isso.

Amo você!

Flack.”

Jessica sorriu olhando para o bilhete e continuou andando pelo apartamento, ou melhor, o que restou dele. Ela sabia que filhotes faziam bagunça, mas não imaginava que o mesmo rasgaria os travesseiros, embolasse todo papel higiênico, tampouco derrubar o abajur.

Jessica:- Você fez isso sozinho?! – A pergunta era mais para si mesma – Inacreditável você é um monstro...

Às horas foram passando, o noticiário das 22h00min chegava ao fim e nada de Flack chegar em casa. Jessica havia ligado muitas vezes e todas elas caiam na caixa postal, tentou as mensagens e nada. Fazia horas que seu noivo estava fora de casa e isso não era de seu feitio.

Pegou o celular e já estava ligando para à delegacia quando ouviu a companhia tocar.

Jessica:- Graças a Deus. – Levantou-se do sofá com a taça de vinho na mão e abriu a porta.

Seus olhos não acreditavam no que viam. Suas mãos e todo o resto do corpo sentiu uma descarga de adrenalina que fizeram sua cabeça rodar.

Flack estava ali, bem diante dela coberto da cabeça aos pés por sangue. Um corte no supercílio fazia seu rosto tornar-se completamente assimétrico. Ele se segurava para não deimaiar ali mesmo.

Flack:- Jess... Eu matei alguém...


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Notas finais do capítulo

O nome mais votado será dado ao filhotinho Flangell *-*
1- Sebastian
2- Oliver
3- Luke