Um novo olhar sobre uma nova Seleção escrita por Gato de Cheshire


Capítulo 40
Estou apaixonado/apaixonada por você


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora, dessa vez o que aconteceu foi que uma amiga minha convenceu-me a começar a escrever uma fic de TVD, eu já tinha tido a ideia há algum tempo, então resolvi acatar a ideia.
Aqui está mais um capítulo, espero que gostem e que seja o suficiente para que desculpem minha demora.



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P.O.V Taylor

A demora de Sam já estava me deixando impaciente. Não que eu fosse uma pessoa impaciente, mas estava muito ansioso para questioná-la sobre hoje mais cedo. Será que ela e Shane estavam tendo alguma coisa? Porque se estivessem não havia problema algum, eu só gostaria que eles tivessem me contado, afinal estávamos falando dos meus dois melhores amigos e eu não queria que eles guardassem segredos, queria que eles confiassem em mim tanto quanto eu confio neles. Certo, isso já está ficando muito melodramático. Ri do meu próprio pensamento.

Finalmente avistei seu corpo pequeno passando pelas grandes portas.

–--Então, o que quer falar comigo? – perguntei quando ela parou na minha frente.

Sam riu com sarcasmo e revirou os olhos antes de responder.

–--Qual é, Tay, eu sei que real motivo de você estar aqui é porque quer me encher de perguntas sobre eu estar no quarto de Shane. Então vamos dar um passo de cada vez, primeiro eu passo pelo seu interrogatório e depois falamos sobre o que eu preciso falar. Ok?

Ela conseguiu me deixar sem palavras e completamente chocado durante alguns segundos antes que eu finalmente concordasse com a cabeça e em seguida começasse com as minhas perguntas.

–--O que há entre vocês dois? – comecei a andar pelo jardim enquanto falava e ela me acompanhou.

–--Nada. – respondeu sem hesitar.

–--Como conseguiram passar uma noite inteira juntos sem se matar?

–--Já faz um tempo que, de vez em quando, quando estamos sozinhos, nós conversamos como pessoas normais, rimos juntos e essas coisas que geralmente amigos fazem.

–--Se é assim, por que não respondeu que são amigos?

–--Porque nós não somos. – disse simplesmente.

Parei de andar enquanto tentava achar algum sentido no que Sam dizia. Eu podia até imaginar minha expressão totalmente confusa, podia sentir meu cenho franzido, sobrancelhas unidas e o boca um pouco (na verdade, pouco é um eufemismo) torta. Ela obviamente notou minha reação e parou ao meu lado, quando viu que eu não conseguiria entender sozinho, tentou explicar.

–--Olha, é... Complicado. Eu realmente consigo me divertir ao lado dele, nossas conversas, embora raras, são... Legais. Mas, ele ainda consegue me tirar do sério, me deixar louca de raiva. Shane continua me desafiando e eu não consigo me decidir se eu gosto disso ou não.

E, mesmo que ela mesma não tenha entendido o que tinha me explicado, eu entendi. Sam estava confusa, não sabia o que sentia em relação a Shane, ela estava lidando com um conflito interno e eu tinha certeza de que meu amigo estava do mesmo jeito. Entretanto, eles não admitiam nem pra si próprios.

–--Vocês já se beijaram? – perguntei de repente.

Eu não fazia ideia de onde aquela pergunta havia surgido, porém, eu estava feliz em tê-la feito. Sam arregalou os olhos e ficou me encarando durante longos segundos até responder o que sua reação já denunciava.

–--Sim.

Era tudo o que eu precisava saber para que pudesse ajudá-los a superar essa confusão interna pela a qual estavam passando.

–--E sobre o que você queria falar?

A súbita mudança de assunto surpreendeu-a, mas ela estava claramente agradecida e não contestou.

–--Sobre a sua vida.

–--Qual parte dela exatamente? – perguntei sem entender nada.

–--A parte amorosa.

Disparei a rir, não sei exatamente o porquê estava rindo, mas algo naquela frase soou extremamente engraçado.

–--Essa parte da minha vida é inexistente, Sam. Achei que soubesse disso, já que meus pais me mandaram aqui para cuidar da vida amorosa do meu melhor amigo, não da minha.

–--O fato de você não estar em um relacionamento não significa que não tenha sentimentos por alguém.

Aquela conversa estava muito esquisita e eu não fazia ideia de onde Sam queria chegar com aquilo. Até passou pela minha cabeça que ela estivesse achando que eu estava apaixonado por ela, como Justin, mas logo descartei a ideia.

–--O que você quer dizer? Pode ser direta, por favor?

–--Estou falando da Alice, lerdo.

–--Nós re-realmente te-temos andado-do mu-muito-to proxi-ximos. – gaguejei – Mas somos só amigos. – completei recuperando o controle.

–--Eu até poderia ter acreditado se não te conhecesse bem e você não tivesse gaguejado. Quero deixar claro que se essa negação for por causa da Seleção e toda essa história de ela estar aqui pelo seu melhor amigo, não tem problema nenhum, tenho certeza que Shane não sente nada por ela além de amizade e o sentimento é recíproco.

–--Eu sei disso, na verdade, acho até que ele já fez sua escolha.

Não deu certo, Sam percebeu que eu estava tentado mudar o rumo da conversa e me encarou irritada.

–--Se é assim, por que você não pode admitir o que sente?

Encarei-a de volta. Eu sabia a resposta para aquela pergunta, mas se a respondesse se tornaria real e ainda mais amedrontador. Entretanto, se não respondesse eu teria grandes chances de ser assassinado pela minha melhor amiga.

–--Porque é assustador sentir o que sinto! – exclamei exaltado – Porque nunca estive apaixonado por ninguém antes. Claro que já tive os meus casos e gostei de outras garotas, mas nunca me apaixonei. E esse é um sentimento estúpido porque ele faz de você um covarde, faz com que tenhamos medo do que sentimos, de que não sejamos correspondidos e de que nos machuquemos... E isso tudo é uma droga tremendamente frustrante!

Não havia mais raiva no violeta dos olhos de Sam, agora havia um misto de compaixão, pena e... Entendimento. Sim, eu sabia que ela me entendia, porque ela sentia o mesmo e disso eu tenho certeza.

–--Tay, sei que está assustado, mas posso garantir que você não precisa se preocupar com um dos seus medos, você não precisa temer não ser correspondido.

+ + +

P.O.V Alice

Eu estava entediada. Julie estava com Justin, Sam estava com Taylor e eu não fazia a mínima ideia de onde Belle estava, fazia quase meia hora que a procurava pelo palácio, sem obter sucesso em minha busca.

Andei pelo jardim a procura da loira, já que aquele era seu lugar favorito. Mas acabei por encontrar Sam e Tay. Ao me ver, minha amiga acenou e sorriu, então se virou para o garoto e praticamente o empurrou em minha direção.

–--Oi, Lice. – disse meio tímido ao se aproximar.

Eu adorava o apelido que ele me dera, pois apenas ele me chamava assim. Porém, eu não estava entendendo o seu estranho comportamento.

–--Oi, Tay. – respondi sorrindo – Sobre o que você e Sam conversavam?

Ele finalmente olhou-me nos olhos, seu olhar era intenso e acabei por me perder naquele lindo verde. Depois do que pareceram séculos em silencio, ele respondeu.

–--Sobre você.

–--Eu? – perguntei completamente confusa e surpresa – Não estavam falando mal de mim, não é? – tentei fazer uma brincadeira, mas minha voz saiu tensa.

Taylor riu, aquela risada contagiante e gostosa dele.

–--Não, claro que não. Na verdade, nós falávamos sobre meus sentimentos por você.

Será que Sam tinha mesmo sido tão indiscreta ao falar com ele sobre isso? Será que ela tinha dito que eu estava apaixonada? Será que eu ia levar um pé na bunda agora? Só sei que tomei uma decisão: eu ira matar Samantha Ryan.

–--C-Como assim? – gaguejei.

–--Alice Bynes, - ele disse olhando profundamente em meus olhos e pegando delicadamente em minha mão – eu estou completa e perdidamente apaixonado por você.

Fui atingida por um misto de sentimentos. Felicidade, choque, alegria, surpresa. Eu queria chorar, eu queria pular, eu queria gritar. Entretanto, tudo o que fiz foi ficar completamente paralisada com os esbugalhados. Só despertei quando vi decepção passar por seus olhos, que eu tanto amava, e senti ele começar a desprender sua mão da minha.

Antes que ele se afastasse completamente, puxei-o para mim através de nossas mãos ainda unidas e beijei-o. Aquele beijo continha tudo o que eu sentia: amor, carinho, paixão. Era lento e delicado, mas completamente viciante. Sua mãe livre foi colocada de forma suave sobre minha cintura, enquanto a minha foi para sua nuca. O beijo foi aumentando o ritmo e tivemos que nos separar por falta de ar.

–--Eu também estou apaixonada por você. – declarei com minha testa colada a dele.


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