Olhos negros escrita por Yukia, Ms White


Capítulo 8
Cápitulo Sete


Notas iniciais do capítulo

Desculpa gente! Eu demorei! Eu, Yukia, assumo toda a culpa por essa demora! A Bia escreveu tudo há tempos mas eu acabei de enrolando pra postar.
Como recompensa, um cap. cheio de acontecimentos para vocês
Bia: GEENTE! Me desculpem pela demora! Não escutem a Yukia, ela não demorou quase nada, eu que fiquei um tempão sem escrever... É que sempre que eu tentava passar algo pro papel... Não saia absolutamente nada. Nadinha. Eu estava tendo um daqueles chamados: "Bloqueio criativo". E também estava sem tempo pra nada :/
Enfim, aqui está! Um capítulo prontinho, saido do forno! Espero que gostem! E que não desistam da fic!
Boa leitura! :3



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Eu já tive muitos dias estranhos na minha vida, mas esse, definitivamente, foi o mais louco de todos.

Primeiramente, eu comecei tendo um sonho um pouco assustador.

Não conseguia ver onde estava, mas o lugar abrigava uma imensa escuridão.

Pessoas gritavam e choravam horrorizadas com o homem morto deitado no chão.

E o sangue, deixado em seu corpo, escorria, deixando o local mais sombrio do que já era.

Vozes, não reconhecidas, zumbiam e faziam barulho, me irritando profundamente.

Oh, Melanie, é isso que você quer pra você? Sofrimento? Morte? Dor?

E acordei em um baque só.

Olhei para o relógio, 5h31min e 25 segundos.

Não estava atrasada nem adiantada, por isso, levantei da cama, quase morrendo de sono, e fui em direção ao banheiro para tomar meu banho.

Tirei minha roupa, coloquei no cesto e liguei o chuveiro.

Fechei meus olhos enquanto a água descia pelo meu rosto. Pisquei algumas vezes e voltei a realidade.

Meu grito invadiu o banheiro.

O espírito de uma mulher tentava me enforcar. Ela era estranha, seu rosto deformado, com toda a certeza, era uma alma sem luz. Se debatia contra mim e puxava meus cabelos.

Você quer que eu vá embora, não é, Melanie? Quer que eu desapareça! Você me odeia! Você... Você... Você tem medo de mim!

E começou a gritar, com sua voz afinada.

Você vai ver! Eu não vou embora fácil, vou voltar! Vou voltar pra você!

E foi embora, antes que eu ficasse mais assustada do que já estava.

A água, milagrosamente, tinha parado de cair.

Eu estava sentada no chão, nua e chorando.

Minha mãe apareceu correndo, preocupada.

— Aconteceu alguma coisa, filha? Eu ouvi você gritando e... Você está chorando?

— Não, mãe! É que eu cai... e... Levei um susto tão grande que acabei chorando...

— Mas você está bem? Vai faltar o colégio?

— Não! Não! Hoje tem trabalho de história, não posso faltar de jeito nenhum. Eu estou bem, sim.

Ela me olhou um pouco desconfiada, me conhecia mais do que eu mesma, mas preferiu ficar calada.

— Ok, então, estou fazendo seu café da manhã.

— Obrigada...

Me levantei do chão, me sequei e botei minhas roupas. Fui até à cozinha, tomei

Rapidamente meu café da manhã e parti ao colégio.

Cheguei lá e fui direto para a minha sala. Já estava no horário. Era aula de história e eu precisava apresentar meu trabalho.

Bati na porta e entrei.

Jeremy estava explicando para a professora que não poderia apresentar novamente a pesquisa quando eu apareci. Eu estava cansada, um pouco pálida, mas de jeito nenhum eu iria atrapalhar de novo meu amigo, faltando.

— Melanie! — Ele exclamou, surpreso.

— Cheguei — Levantei meus braços, parecendo feliz. — Bom dia, professor!

— Bom dia, senhorita Levy! Por que faltou esses dias?

— É que eu estava doente... Mas já estou melhor, graças à Deus. Obrigada por perguntar!

— Ok, então, poderia, agora, apresentar seu trabalho sobre Revolução Francesa?

— Claro.

Chamei Jeremy e perguntei quem começaria, ele balançou a cabeça com um gesto de "tanto faz".

Então, expliquei, expliquei tudo o que sabia, tudo o que tinha aprendido e estudado. E Jery não fez pior. Com toda a certeza, o professor adorou.

Voltei à minha cadeira e tentei prestar atenção no professor falando.

Mesmo querendo, não estava conseguindo prestar atenção. Então ficava desenhando no meu caderno. Um pedaço de papel caiu em cima da minha mesa. Abri-o e li:

Melanie Levy viajando em plena aula? Tsc tsc.

Que feio!

Ass. Jeremy Lindo Galã Gostosão

Ri, internamente, com sua assinatura.

Peguei outro pedaço de papel e escrevi:

Jeremy Martin mandando bilhetinhos para uma garota em plena aula? Tsc tsc.

Lindo, galã, gostoso? Quem disse isso? Hahahha!

Peço para que Ariana dê o papelzinho para Jery.

Ela me encara de maneira estranha, mas me obedece.

Depois de 2 minutos, recebi outro papel, meio amassado:

Vai dizer que não pensa isso? Sou um deus grego rsrs

Hoje, no intervalo, não vou poder ficar junto com você por que a namorada do Matt deu um fora nele, dizendo que não quer mais nada com o pobre coitado, tá super arrasado, se eu não andar com ele, dúvido que ele não vá se cortar no banheiro enquanto escuta Like Skyscraper, chorando.

Tudo bem pra você? Qualquer coisa pode andar com a gente! :)

Pego um lápis e escrevo:

Matt arrasado por causa de garota? Que milagre é esse? Era melhor eu ter trago meu guarda chuva porque hoje vai chover hambúrguer.

Tudo bem, sem problema! É melhor você ficar sozinho com ele, mesmo, já que não nos falamos muito (não que eu fale com muita gente)

Agora vou me concentrar na aula, vá você também! ;)

Joguei a bolinha em direção a sua mesa antes que o professor pudesse me ver.

Lá de trás pude escutar sua risadinha, ele olhou pra mim de relance e começou a prestar atenção ao que o professor dizia.

Infelizmente, eu não.

(...)

O sinal tocou. Peguei o meu biscoito e sai de sala.

No caminho, vi um garoto, baixinho, devia ser do ensino fundamental, correndo em direção à escada. Como eu também tinha que passar por lá, fui atrás. Seu sapato estava desamarrado, por isso ele tropeçou, caindo. Ninguém estava vendo, mas o garoto se machucou feio.

Sai correndo em sua direção e parei-o. Ele sangrava e parecia estar todo machucado.

Gritei, assustada:

— Socorro! Alguém me ajuda!

Ninguém apareceu.

Toquei em seu rosto e fechei meus olhos.

Estranhamente, eu não estava muito nervosa.

Meu corpo aparentava estar leve como uma pluma e quase toda a minha energia parecia estar sendo enviada a ele. Minha mão repousava em cada parte machucada e em seu tronco, onde estaria seus órgãos internos.

Não é como se eu achasse que estaria o curando, não sou médica. Mas era como se meu corpo se movimentasse sozinho, como se eu precisasse fazer isso.

— Alguém? — Grito novamente, pedindo ajuda. — Por favor! AJUDA! AJU...

Antes que eu pudesse terminar minha frase, a inspetora Ione, chega, desesperada.

— O que raios aconte... Meu Deus, esse garoto está sangrando!

— Ele caiu da escada, por favor, chame os médicos!

Ela saiu correndo e após, mais ou menos, um minuto, as três enfermeiras do colégio chegaram e o colocaram numa maca. Uma delas exclamou:

— Garota, você está pálida! Vem com a gente!

Fomos até o posto médico que não era muito longe dali e enquanto o menino era levado até uma das salas, eu entrava em outra.

— Ele vai ficar bem? Não tem que ser levado à um hospital? – Perguntei, sinceramente preocupada à enfermeira que estava junto comigo na sala.

— Não temos muito tempo, se esperarmos a ambulância, ele pode chegar a ter uma hemorragia, ficar paraplégico, diversas coisas...

Ela me manda sentar na cama e me examina.

— Você está muito fraca. Não temos muito o que medicá-la, mas acho melhor você descansar em casa, não é muito recomendável você vir para o colégio nesse estado, na verdade é melhor que você veja isso em um hospital.

— Hum... Tudo bem! Eu vou... Tentar ir ao médico...

Sou interrompida por outra enfermeira.

— Karine, você não sabe o que aconteceu! O garoto está super bem! O tombo era para ter feito ele ter quebrado pelo menos uma perna, mas ele está normal. E depois você vem me falar que não acredita em Deus, isso só pode ser um milagre!

— Antes que pudessem me fazer alguma pergunta, me despedi, rapidamente.

— Vou embora! Obrigada! Tchau!

Sai e fui em direção à inspetora que tinha visto todo o acidente.

— Ione, a senhora pode me liberar? Eu estou muito assustada com tudo o que aconteceu... Eu preciso ir pra casa.

Ela olhou para a coordenadora que estava perto da gente, apenas escutando.

— Pode ir, sim, Melanie, já avisei ao diretor. — A outra mulher disse.

Entrei na minha sala, peguei minha mochila e antes que falassem algo, fui embora.

Andei até a minha casa e abri a porta da frente.

Avistei minha mãe caída no chão, chorando, com o telefone ao seu lado.

— O que aconteceu? — Perguntei sem realmente querer ouvir a resposta.

— Seu pai está em coma, Melanie.


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Notas finais do capítulo

E ai? Ficou bem rechado né? A Bia que escreveu esse, eu só revisei e coloquei umas coisinhas e tirei algumas. Mas a mudança foi mínima :3 kkkkkkkkkk
Beijos!
Bia: Está cheio de acontecimentos mesmo kkkkk. Espero que tenham gostado! Qualquer erro, só falar lá nos comentários!
Beijos! :3



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