Olhos negros escrita por Yukia, Ms White


Capítulo 3
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Olááá! Como vããão? xD
Yukia: Primeiramente, nos desculpem pelo atraso e a culpa é minha kkkkk xD
E, também quero avisar-lhes, que viajarei sabado e só volto lá por dia 26... Eu escreverei algumas coisas em meu tempo de tédio, mas não sei se postarei. Talvez xD
Boa leitura doidos(as), avisem se tiver erros, e obrigada por lerem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/506840/chapter/3

– Qual o motivo desse seu sorriso? – Bob, o fantasma da praça pergunta.

– Eu fiz... amigos! – digo, eufórica.

– Como eles são? – Bob pergunta, estranhamente... preocupado? – Não quero que seja enganada novamente. Vou visitar seu colégio para vê-los!

Rio. Depois de me ver chorar bastante, aqui nessa praça, nessa gangorra... ele preocupa-se bastante e posso chama-lo de amigo. Apesar de ser estranho, foi quem esteve comigo esse tempo todo. Não podia falar com a minha mãe, ela já sofre bastante, por ter que ter deixado meu pai e por ter uma aberração como filha...

Também não posso falar com Bob sobre meu “dom”. Sem ele, não poderia vê-lo.

– O.k. – olho para o relógio, que marca meio dia e cinquenta. – Preciso ir... Até mais!

Levanto e aceno, ele acena de volta.

O caminho para casa seria tranquilo, se eu não encontrasse Jeremy. Ele está sentado em um banco na rua da casa onde moro. Penso em várias coisas para fazer, como passar reto e fingir não tê-lo visto, falar com ele ou ficar parada no meio da calçada, encarando-o.

E fiz a última alternativa, que não passou despercebida. Ele me percebeu, e não se passou nem trinta segundos. Ele se levanta e começa a vir em minha direção.

– Você já almoçou? – pergunta Jeremy. Ele parecia estar curioso sobre algo.

– Na verdade, não... – solto um risinho nervoso.

– Quer almoçar comigo? Quero te perguntar algumas coisas...

Perguntas? Será que ele ouviu algum rumor...?

– Claro, já que moro logo ali, só avisarei minha mãe...

Eu saio andando, e sinto que ele me segue. Pensei que fosse esperar lá, mas já que está vindo, não posso parar e simplesmente dizer “Espere lá, seu animal!”. Sim, animal. Meu vocabulário de palavrões não é nada renovado.

Chegando na frente de casa, coloco minha mochila no sofá e vou até o quarto dela, para avisá-la que almoçarei com Jeremy.

– Jeremy...? – ela me olha, feliz. – É a primeira vez que trás alguém em casa! Vou pelo menos vê-lo... – Mas antes de sair, ela me observa. – Filha! O que são esse machucados? – encosta em meu rosto, agora demonstrando preocupação. Suspira. – Não responda, pelo menos, não agora... Depois conversaremos.

– Mãe, n... – sou cortada, ela sai da forma mais rápido que já vi.

Vou até a sala e ela está perguntando coisas básicas, extremamente feliz. Dou um sorriso, vê-la desse jeito é o que mais sinto falta... É o que mais precisava no momento.

– Melanie! Ele é tão adorável... Quando se conheceram?

– Hoje, estamos fazendo um trabalho juntos... – minha barriga ronca.

– Trabalho do quê? Acho que quero falar com esse professor e dizer obrigada!

Eu rio, espontaneamente e Jeremy me olha, ele ri também. Saudades de sorrir verdadeiramente. Fico na frente dele e digo:

– Mãe, nós vamos indo. Outra hora vocês terminam de conversar – eu ainda estava sorrindo. – Até depois!

O puxo pelo braço até o portão.

– Seu sorriso é muito lindo – não vi seu rosto, mas tenho certeza que estava me olhando.

Eu coro e olho para o chão. Enterrar minha cabeça no chão é uma ótima opção! Estou virada num tomate.

– Obrigada!

Andamos até uma lachonete, perto de casa. Sentamos na mesa mais afastada e pedimos comida. Eu já não aguento mais e esperar dez minutos me matará!

– O que são esses machucados em seu rosto? Por mais que tente escondê-los, ainda aparecem...

– Ah, isso... – coloco a mão no meu olho roxo. – Eu cai de cara no chão – devo continuar fiel a mentira de Katlin. Mas como já disse, não sou boa mentindo. – Isso... eu cai!

Ele me olha, como se dissesse: “Você acha mesmo que caírei em uma mentira dessas?”. Não posso contar a verdade... na verdade, não quero contar a verdade.

– É... Ah... – eu ia inventar mais uma farsa, mas não encontrava criatividade nenhuma para isso. – Eu não quero falar.– disse finalmente.

– Pode confiar em mim. Guardarei seu segredo, não rirei de você ou qualquer coisa.

– Eu não quero falar e pronto! – esbravejei irritada. O que está acontecendo comigo? Por que eu fiz isso? Eu sou maluca?

– Tudo bem então, não vou te obrigar a nada – completou meio triste e decepcionado.

– Me desculpe, eu me alterei à toa...

Eu não quero contar o que aconteceu a Jeremy, não quero estressá-lo com meus problemas, mas este parece tão curioso e apto a escutar o que eu tenho a dizer que não consigo esconder o motivo dos meus machucados.

– Eu levei alguns socos de alguns garotos do colégio e é por isso que estou com esses machucados. Mas isso não é nada de mais...

– Nada de mais? Eles te agrediram! E se eles fizerem isso novamente a você? – me corta indignado. – Esses monstros... Quem são eles?

– É serio, não é nada demais... Eu já estou acostumada a isso – Ih, falei besteira.

– Como assim? Eles já te bateram outras vezes? Outras pessoas também já fizeram isso?

– É... – nem termino de falar pois ele me corta novamente.

– Melanie, por que eles fazem isso contigo?

Eu não sabia o que responder. Não quero mentir, nem falar a verdade. Eu só quero que ele esqueça isso.

– Dessa vez por favor não me faça falar!

Ele ia dizer alguma coisa, mas para a minha enorme sorte a garçonete chegou com o nosso almoço. A agradeci mentalmente.

Comemos em silêncio e esperamos uma outra garçonete trazer a conta. Jeremy que pagou o nosso almoço. Eu tentei argumentar mas ele não mudou de ideia.

– Você tem compromisso agora? -Jeremy perguntou.

– Não, por que?

– Podemos então terminar o trabalho de história?

– Claro! Mas vamos fazer aonde?

– Pode ser na minha casa? Eu já conheço a sua, queria que você conhecesse a minha.

– Tudo bem! Mas eu primeiro tenho que ver com a minha mãe...

– Você não tem celular?

– Não.

– É serio? Pode pegar o meu emprestado – ele oferece o aparelho móvel de bom grato.

– Tem certeza?

– É claro.

Disquei o número da minha casa casa e esperei até que minha mãe atendesse.

– Mãe...

– Filha, aconteceu alguma coisa? Por que você está me ligando? Como você está me ligando?

– Calma mãe, eu estou usando o celular do Jeremy emprestado. Ele deixou que eu ligasse para avisar que vou fazer o trabalho de história na casa dele, tudo bem para a senhora?

– O.k., mas se comporte e tente não chegar em casa tarde.

– Claro, mãe! Beijos! Te amo! Tchau!

– Também te amo, tchau!

Ele estava me encarando de modo curioso. O que ele está pensando?

– Você mora muito longe? – pergunto com preguiça.

– Não, moro naquele outro quarteirão. – ele responde rindo com a minha pouca vontade de sair do lugar.

– Vamos então?

Assinto com a cabeça; Ele ia me dar a sua mão, mas eu fiquei com tanta vergonha que ele desistiu.

Ficamos conversando assuntos banais até chegarmos na sua casa. Quero dizer, na sua mansão. O gramado daquele lugar era maior do que toda a minha casa e só a porta já era mais chique do que todos os moveis que eu tenho ou poderia ter na minha casa.

– Você... Você é milionário! –Falei estranhamente assustada.

– Não exagera Melanie...

– Você... É... não vai querer ficar perto de mim. Eu não sou que nem você. –Antes que eu pudesse sair de perto daquele lugar monstruosamente lindo, Jeremy segura meu pulso com um pouco de força.

– Eu não quero que você seja minha amiga por causa do seu dinheiro, Melanie! Eu quero por causa de você – ele me olha nos olhos. – Não vá embora! Por favor!

É, eu acho que está bem óbvio que eu não resisti ao seu sorriso e olhar meigo.

– Vamos entrar logo, então. – murmuro simplesmente.

Por favor, não me pergunte mais nada sobre os machucados agora... Não quero lhe perder.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Merecem reviews? ><
Bia: O que acharam?
Ficou maravilhoso, legal, ruim, tão horrível que seus olhos estão doendo??? Mandem reviews!!! *---*