Shingeki no Kyojin- Uma historia desconhecida escrita por WannaFries


Capítulo 2
As tropas


Notas iniciais do capítulo

Inspirado em um sonho..



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P.O.V KIARA

O ano era 846, um ano após a queda da Wall Maria, um ano depois dos refugiados começaram a viver na cidade. Doze meses desde que eles realmente existiam. Eles apareceram centenas de anos atrás, até onde temos registrado, apareceu o único predador da humanidade, os titãs. Sua altura são superiores a qualquer ser humano e dependem entre catorze á mais de vinte metros. Sua fisionomia é igual a nossa, a diferença é que eles não tem sexualidade, não sabemos como se reproduzem. E sua única presa somos nós. Os seres humanos.

A situação está cada vez pior, a comida e dinheiro não estão sendo suficientes para todos, desde a grande perda de territórios não tem espaço para a criação de gado e hortas. A procura é alta, mas os preços são maiores ainda, principalmente no subterrâneo da capital, onde a riqueza não existia.Todo aquele suprimento que fiquei anos guardando não deu nem para um semestre e meio. Pietro ainda é um garoto que tem pesadelos de noite, sei disso, as marcas fundas de noites mal dormidas está em sua cara. Luca está cada vez mais interessado por historia dos titãs, não o julgo, é um grande mistério. E Anabethy não é nada além de uma bêbada que dorme com homens nojentos em troca de algumas moedas em um bordel, mas pelo bem dos meninos não posso arranjar briga com ela. Não tive outra opção além de procurar algum jeito de sustenta-los, foi então que eu comecei a trabalhar.

–Tome cuidado - Anabethy fala enquanto bebia perto da janela.

–E oque isso tem haver com meu trabalho?- Falo fechando a porta do quarto, me certificando que os meninos estavam dormindo.

–Desculpa, só queria ajudar- ela levanta a garrafa- Em uma noite dessas ainda irão pegar é mais.. mais.. Hic!

Ela já estava bêbada. Subo na mesa e empurro uma tábua do teto, enfio minha mao e retiro um sobre tudo preto com gorro e uma caixa de madeira, abro-a e pego minha bolsa e duas polchetes, amarro-as em torno de mim e guardo as caixas de volta.

–Kiaraa~- Anabethy me chama enquanto cada uma ia para um lado da rua- Quanto vou poder contar para o Pietro? ?

–Por mim? Nunca- sigo meu rumo sem olhar para ela, bêbada ainda, me enjoa.

Ando até entrar em um beco escuro no pior lugar da cidade, no final dele havia um boteco. Coloco meu sobretudo preto e puxo minha gola de minha blusa para cima, deixando apenas meus olhos á mostra. Entro no boteco, estava quase vazio, havia duas pessoas em uma mesa perto da porta, e uma mesa com quatro pessoas do outro lado do recinto.

–Chegou cedo hoje,K!-Domenic fala enquanto empilhava as garrafas de bebidas vazias- Tenho alguns trabalhos para você.

Domenic era um senhor gordo, dono do bar, careca e com uma barba mal feita. Olho para cima do balcão, havia uma pasta com três fichas com um desenho de uma pessoa. Leio todas duas vezes, escolho apenas a ficha que tinha um garoto com um olhar macabro e cabelos divididos.

–Quero esse- falo e me sento em um dos bancos.

–Mas e os outro? São uma grana preta!

–Não ligo pra isso..- levanto do banco.

–Espere um minuto...- Domenic levanta sua mao e chama alguém da mesa com quatro pessoas- Ela está interessada.

Uma mulher se aproxima, ela era alta, cabelos castanhos presos por um rabo de cavalo franja repartida ao meio, usava um óculos de lentes arredondadas e uma camisa amarelada.

–Então essa é a K!- a mulher bate nas minhas costas, seu sorriso mostrava interesse- A famosa K!! Que sorte.

–Não diria famosa- por alguma razão não gostei dessa mulher.

–A Srt. Zoe é a cliente- Domenic fala antes de nos deixar sozinhas.

Ela senta do meu lado e fica me encarando, não hesito em encara-la de volta. Seu nariz era meio peculiar, comparado ao meu..

–Como você trabalha, caçadora K?- Zoe me pergunta- Você tem alguma preferencia? Dinheiro, perfil.. Fome de sangue?

–Pessoas em que a tropa não dá conta- faço uma pausa olhando para a mulher- Eu dou. Não pego pessoas inocentes, mas sim apenas pessoas que desrespeitam a lei.

–Mas isso não é contraditório? No final você mesma que está fora das leis.

–Digo o mesmo para você, Srta. Zoe- me levanto, a curiosidade daquela mulher me irritava-Alguém que contrata uma assassina também está fora.

–Eheheh-ela ri- Acho que você me pegou!

–Até amanha, senhorita- Sigo em direção á porta, ao fecha-la vejo Zoe se levantando como se quisesse falar algo para mim.

Sim, mato pessoas por dinheiro. Não tenho vergonha disso, nem medo, já matei várias pessoas, a primeira faz um ano. Se for boa nisso, então não tem problema eu arriscar. Ando enquanto olhava a ficha. Só peço algumas coisas para executar meu trabalho: nome, idade, altura, lugares que frequenta e um motivo. Se eu julgar justo, eu pego o caso, se não, prefiro que Domenic de para alguém ou queime. Para um cara de um e sessenta de altura, ele parece bem durão.

Ando pelos telhados, tomando cuidado com qualquer barulho que eu poderia fazer, quando acho um dos endereços da ficha, sigo em frente. A rua era perto de um riacho com pontes e casas de dois á três andares. Estava movimentada. Pego a ficha novamente. “Assassinatos, roubo, violência” Foi assim que Zoe colocou. Sento no telhado, Observo as pessoas, uma por uma, até visualizar um garoto de capuz encostado em uma parede perto do rio. Tao quieto, fazendo nada além de olhar as pessoas, será que é ele mesmo? De repente ele olha para onde estou e sai. Não, aquele olhar não mente. Sigo-o correndo pelos telhados, ele tinha me visto, tenho de ser rápida. Na primeira chance que tive com minha adaga, que guardo em minha bolsa, já em mãos pulo do telhado de uma casa de dois andares, um ataque inesperado quando a presa não espera por nada terá um grande efeito.

Eu estava errada, o garoto virou brutalmente defendendo meu ataque com uma lamina das tropas. Agora entendo o motivo de Zoe. Avanço sobre o baixinho, um golpe atrás do outro. Não consigo acertar uma!! Ele desviou de todas!

–Fraca demais- ele fala sem expressão, parecia que tudo aquilo estava sendo entediante demais a nossa luta, me irrito, acabo levando um chute na barriga.

Ele é rápido demais! Recuo com a mão em minha barriga, respiro fundo, não posso perder a cabeça, e sim levar a serio.

–Será?- tiro da minha polchete um par de laminas- Nunca pensei que teria de usar isso..- Junto-as formando uma única- Vamos brincar!

O garoto abre um sorriso e vem pra cima, laminas e laminas se batendo, montando uma sinfonia mortal ecoando pelo beco, até ser quebrada. Por pouco não tenho minha garganta cortada, mas minha blusa de gola já era, puxo-a até rasga-la deixando a mostra o meu rosto. Sem pensar duas vezes chuto uma caixa de madeira perto de mim, um movimento que ele não esperava, a caixa se quebrou com o choque e o machucou. Ele não disse nada, apenas avançou, tentou me acertar com a lamina em um corte da direita pra a esquerda, consigo abaixar e chutar a costela dele. Ele agarra minha perna com o braço, com a outra, sou recebida com um soco no rosto, passou uma rasteira em minha perna esquerda que estava me sustentando me fazendo cair no chão sujo de costas. Quando abro os olhos, o garoto agarra meu cabelo. Ele vai dar o golpe final!

–Segurem o Levi!- Alguem grita de alguma das janela.

Saindo das casas aparecem pessoas das tropas com suas máquinas de locomoção pulando para fora das janelas das casas em volta, os primeiros a chegar pegam o garoto separando-o de mim, os outros me colocaram de joelhos com os braços amarrados para trás, com os pulsos amarrados.

–Me solta!- O garoto chamado Levi se debate- Estou pouco me lixando pras suas intenções. Já não basta eu ter que voltar para esse lixão.. Vou mata-la..

–Fique calmo Levi- alguém fala atrás de mim, um homem alto e loiro passa por mim, ele estava com uma jaqueta das tropas de exploração, ele deve ser o capitao- Isso não vai resolver nada.

–Essa luta foi muito louca!- Zoe aparece do meu lado- Sorte que impedimos o Levi antes dele te matar! Ahah Mas jogar uma caixa suja para cima dele.. Aiai..

–Voce..!!-Tento ir para cima dela, mas agarram meu braço.

O loiro se vira. Que sobrancelhas enormes! Ele olha para mim com pena.

–Hanji menos por favor..- o cara que parecia comandar fala e a mulher sai de perto de mim.

–Desculpa Kiara, mas não tinha como você escapar de nós..- Hanji fala- O Loiro ai é o capitão Erwin Smith!

–Voce é apenas uma criança.. E já tem olhos de uma assassina, que cruel..- ele chega perto de mim -Acha que Pietro e Luca iriam te perdoar, Kiara?

Escutar o nome dos meninos foi um grande choque.

–Como você.. COMO!?- grito.

–Uma pessoa que sair por ai de noite como uma justiceira iria certamente chamar atenção da policia não acha?- Erwin fala ao abaixar para pegar minha lamina do chão- Temos te investigado por algumas semanas. Anabethy e álcool, vamos dizer que não é a melhor combinação para se guardar um segredo- ele analisa minha arma- Onde comprou isso?

Não respondo a pergunta. Ele a faz novamente, esses caras sabem dos meninos, eu tenho que responder.

– Não comprei de lugar algum- levanto o rosto- Eu mesma que construí!

–Ohh! Sabia que você era o máximo K!- Hanji olha ao lado do capitão, ela estava curiosa- A espada é dobrável! Um punhal com uma parte de lamina de metal fina ligado por outra um terço maior, presa por um tipo de dobradura, assim ficaria mais fácil de carregar sem ser notada!

–Estão esperando oque?? Vamos acabem logo com isso!- abaixo a cabeça- Não vieram para me matar? Vamos! Ande logo com isso!!

Hanji começa a rir. Minha cara é espremida contra o chão de pedra, sinto sangue escorrer pela minha testa. Hoje é o meu fim.. Bom, não tenho arrependimentos..

–Que pirralha mais irritante!- escuto a voz de Levi, sinto sua mao no meu couro cabeludo, e sou puxada para cima pelo cabelo- Já desistiu da sua própria vida?- não respondo, lágrimas começaram escorrer pelo meu rosto- Hein?

–N-não!- começo a chorar mais inda- Não! E-eu queria dar uma boa vida para eles.. mas.. mas quem iria aceitar uma garota de quinze anos trabalhando? Principalmente eu que nem tenho pais?! Apenas dois garotos pra cuidar.. Eles não tem culpa de nada! Por favor não os machuque! Eu aceito a punição que for, mas por favor..

Levi solta meus cabelos e vai ao lado de Erwin.

–Dois anos atrás, eu encontrei um dos melhores soldados que já vi em minha vida- Erwin fala- Ele tinha uma vida muito parecida com a sua, mas ele mudou.

–Isso por causa da sua oferta- Levi cruza os braços.

O loiro abre um sorriso antes de dizer:

–Kiara, em troca de todos seus pecados cometidos, por uma vida melhor, tanto para você quanto para seus irmãos, você aceitaria entrar nas tropas de exploração?


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem )o)