SEM RÓTULOS - welcome to my world escrita por Jose twilightnmecbd


Capítulo 34
Epílogo




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EPÍLOGO

Olhar para a filha assim, tão alegre, fazia Isabella se desmanchar em lágrimas. Ela havia completado 15 anos na última quarta-feira, mas seu aniversário estava sendo comemorado no domingo. Motivo? Final da Copa do Mundo: Brasil x EUA. A menina não quis uma daquelas festas tradicionais de 15 anos, com trocas de vestidos e valsa... Aliás, nada em Renesmee Carlie Cullen, era tradicional.

Renesmee era a melhor de sua turma do 3º ano do Ensino Médio, mas era tão descolada e popular, que ninguém a chamava de nerd. Adorava ler e ouvir rock, sem usar preto o dia todo. Era atleta do time de futebol de salão feminino profissional sub-15, mas não dispensava um bom vestidinho rodado na hora de sair. Enfim, a primogênita de Bella e Edward, jamais poderia ser rotulada.

– Bella? – Jéssica chamou vendo que a tia parecia distante. A panela de pipoca já estava abarrotada em cima do fogão.

– Jess! Desculpe! – Isabella desligou o fogo e pegou as bacias da mão de Jéssica. – Renesmee veio aqui me avisar que o tal Nahuel chegou e eu fiquei nostálgica. – ela sorriu.

– Humm – Jéssica sacudiu a cabeça. – Tio Edward já sabe disso?

– O que eu deveria saber?

Edward como sempre aparecendo não se sabe de onde nem como e pegando as duas de surpresa. Também, com uma cozinha enorme daquela, podia-se surgir de qualquer canto.

– Estávamos falando do amiguinho da Renesmee. – Isabella falou derramando pipoca na bacia.

– Amiguinho? – Edmundo e Vandinha perguntaram rindo e dando risadinhas.

Ah, sim. Edmundo de 10 anos e Vandinha de 8, eram irmãos de Renesmee. Edmundo usava óculos e aparelho nos dentes, era péssimo em matemática, mas adorava jogos e computadores. Seu sonho era ser um nerd, mas o que levava jeito mesmo era para a arte. Desenhos e pinturas. Vandinha levava jeito com os esportes, ganhava qualquer brincadeira que envolvesse uma corrida. Odiava ficar trancada dentro de casa, preferia passeios em lugares ao ar livre, praia e montanhas. Ela era tão esperta e desenvolvida para a idade, que se equiparava ao irmão. Algumas pessoas pensavam que eles eram gêmeos.

– Não gostei dessa ironia. – Edward puxou a orelha de cada um, brincando.

– Não seja ciumento, tio. – Jéssica falou pegando a bacia cheia e entregando outra a Isabella. Depois ficou alisando seu barrigão de 8 meses de gravidez. – Aliás, onde está o Edward “pra frente” que apoiou Lauren quando ela apareceu grávida aos 17 anos?

– Opa! Em falar nisso, vamos ligar para o Robert para ele trazer aquele jogo de dança! – Edmundo e Vandinha pularam dos banquinhos e saíram correndo em direção à sala.

– Pois eu fiz muito bem. Hoje ela tem uma vida estável com o marido, um filho lindo e...

– Com o filho dos outros é mais fácil, não é Edward? – Emmett apareceu na cozinha com o neto, filho de Tyler, no colo.

– Ok, ok! Eu me rendo. Vou dar uma chance ao rapaz. – Edward coçou o queixo e todos riram.

– Vamos! O jogo já vai começar! – Angela, que ainda trazia sua veia de rockeira, estava com os cabelos repicados nas pontas, usava uma legging preta e um camisão com o, antigo e famoso, símbolo dos Rolling Stones enorme na frente.

Todos foram para a sala onde uma TV de 90 polegadas, exibia o estádio de Moscou, sede da final da Copa na Rússia. Isabella arregalou os olhos ao ver a sala de vídeo lotada. Ela havia questionado com a cunhada Alice se não seria melhor fazer isso na área da piscina, mas Alice afirmou que não, que ali o som era melhor e provavelmente iria chover. Ana e Célia, as duas empregadas escaladas para hoje, ajudavam a servir, as comidas e bebidas, e distribuir os enfeites em verde e amarelo para os convidados, ou melhor, torcida.

Edward abraçou Isabella e suspirou ao olhar a sala cheia. Isabella sabia que o marido sentia falta da mãe que morrera três anos antes. Mas seu pai estava ali, tentando sobreviver, sugando forças dos netos e bisnetos. A mãe de Isabella estava em Nova Iorque, agora ela tinha uma empresa enorme de buffet e um programa de culinária na TV, não pode estar presente hoje, mas estivera no dia mesmo do aniversário, quarta-feira, juntamente com Jane, Aro e os gêmeos. Eles voltaram para Nova Iorque na Quinta pela manhã.

– Liz mandou uma mensagem linda para Renesmee. Laurent e Tanya também mandaram lembranças. – Isabella comentou cortando o silêncio.

– Eu os convidei, mas Laurent disse que ficaria difícil vir de Floripa nessa época.

– Entendo.

O olhar de Isabella foi direto para o marido quando Renesmee atravessou a porta com o amigo Nahuel. Edward se aprumou esticando a coluna.

– Pai, mãe. Esse é meu amigo Nahuel.

– Olá, senhor Cullen. É um prazer.

– Olá. – Edward ficou encarando o rapaz.

– Olá, Nahuel!

– Oi, senhora Isabella. Como sempre, linda. – Nahuel beijou a mão de Isabella.

Edward ergueu as sobrancelhas.

– Ok! Vamos, Nahuel, o jogo já vai começar! – Renesmee, muito esperta, tirou logo o rapaz da presença de seu pai.

– Como...? – Edward esticou o braço.

– Edward, seja gentil. Não assuste o menino.

– Ele me parece um pouco velho, não? Quem fala dessa maneira nos dias de hoje? Ele não é nenhum tipo de vampiro adolescente com 200 anos de idade, não né? Ou é?

Isabella gargalhou.

– Querido, dê uma chance ao rapaz. Olha como ele olha para Renesmee. Parece gostar dela. E eles estão na mesma sala, ele deve ter uns 16 anos.

– Mas faz 17 quando?

– Edward?

– O quê? – Edward olhou para Isabella, ainda um tanto irritado.

– Sem rótulos, querido. Sem rótulos... – Isabella passou a mão no peito ainda definido de Edward e se esticando, deu um beijo casto em seus lábios, o que pareceu “amansar a fera”.

Edward balançou a cabeça devagar, consentindo.

O locutor começou a falar sobre o jogo e quando enfim ele apresentou os jogadores, todos na sala começaram a gritar. A transmissão logo passou para os jogadores já em forma para a execução dos hinos e Isabella e Edward correram para perto da TV.

– Olha lá o papai. – Jéssica falou baixinho para seu bebê na barriga, apontando para a TV, no momento exato em que Mike apareceu cantando o hino nacional brasileiro.

Durante toda a Copa foi uma grande emoção ver Mike em campo. Essa era a sua 4ª Copa e seria sua despedida da seleção. Ele tinha dado uma coletiva no dia anterior e havia explicado que continuaria a jogar no Vasco, mas que para a próxima Copa não garantia nada. Queria se dedicar ao máximo ao filho que estava para nascer e nada e ninguém, nem o futebol, iria lhe tirar isso.

E antes de começar a partida, respondeu ao repórter:

“O hexa é meu presente de aniversário para Nessie Cullen. Minha prima/irmã que essa semana completou 15 anos de idade. E eu vou fazer um gol nessa final, para cada pessoa que teve uma participação importante nessa minha trajetória. Aguarde, Brasil, a taça é nossa!”

Todos foram à loucura. Lágrimas escorriam dos olhos de Bella e Renesmee. De Karen, no Rio Grande do Sul e de Renée, nos EUA. O celular de Renesmee começou a pipocar com menções à ela em todas as redes sociais por causa da fala de Mike, o jogador “sensação” do momento, artilheiro da Seleção e capitão do time. Além do título de “gato da Copa 2018.”

O jogo foi uma emoção à parte. Os EUA chegavam junto e empatavam cada gol. Todos achavam que a decisão seria nos pênaltis. Mas, Mike tinha todo o domínio e confiança nos pés. Fez todos os gols da partida. Um minuto antes do jogo encerrar, com todos já esperando uma prorrogação, Mike recebe um cruzamento e com um chute numa velocidade recorde, faz o sexto gol, desempatando a jogada. Fim de jogo, Brasil conquista o título com o placar de 6x5.

– E então, Mike – o repórter aborda Mike, já com a taça na mão, para uma entrevista rápida – Acho que sua promessa foi cumprida, não? Hexa com seis gols, parece até que foi planejado! Afinal, mate a curiosidade do povo e diga, para quem foram os gols?

Mike passou a mão na cabeça, agora com cabelo cortado à máquina, todo suado, mas feliz. Abriu um largo sorriso antes de responder.

– O primeiro foi para meu tio/pai e treinador Edward, que sem o apoio dele e tudo o que fez por mim, não estaria aqui hoje. Um para meu avô Phil, que está no céu. Outro para minha avó Renée, de Nova Iorque. Para minha tia Karen no Sul do Brasil. Um para minha tia/mãe Bella que fez de mim tudo o que sou hoje e o último, o gol da vitória, foi para minha esposa Jéssica e meu filho que são a razão da minha vida. A vitória, em homenagem ao aniversário da Nessie. – Mike parou e deu um sorriso convencido – Mas a taça, essa é do BRASIL! – falou erguendo a taça ao alto e logo em seguida seus companheiros de time chegaram correndo e tamanha foi a comemoração que o repórter nem teve tempo de encerrar a entrevista direito.

***

22 de setembro de 2018.

– Está escorregadio! – Isabella falava e ria ao mesmo tempo, tentando se equilibrar.

– Se não tivesse largado as aulas de pilates, seria mais fácil. – Edward provocou e puxou-a pela mão.

– Muito engraçadinho. Estou melhor que muita garotinha novinha, tá? – ela fez uma careta para ele.

– Claro que está, meu amor. Não troco você por duas 20! – Edward agarrou Isabella pela cintura e deu um beijo nos lábios dela.

– E nem dois de 23 teriam a disposição que o meu coroa tem! – Isabella aproveitou para provocar também.

– Entre logo aqui e eu vou te mostrar quem é o coroa!

A chuva apertou um pouco e Edward sem muita dificuldade, destrancou a porta lateral da nave. As luzes fracas que vinham da The Selection Plus, davam a iluminação necessária para eles.

– O que tem nessa bolsinha? – Isabella perguntou se acomodando na poltrona.

– Champanhe. 16 anos de nossa primeira vez, merece um brinde. – Edward logo estourou a bebida e encheu a taça que entregara a Isabella, enchendo a sua em seguida.

– Um brinda a...? – Isabella parou com a taça no ar.

– A nós?

A nós diz tudo. – Isabella sorriu e após brindar com ele, levou a taça à boca.

Edward sorriu com a taça nos lábios ao ver que ela também pegara o velho anelzinho de fios.

– Lauren não acreditou quando mostrei a ela nossos aneizinhos no ano passado. Chegou a ficar emocionada.

– Não é certo se desfazer de sua primeira aliança de casamento. – Isabella sorriu e olhou para o anel também.

– Eu, às vezes, acho que isso é um portal do tempo. – Edward virou o champanhe todo na boca e se aproximou de Isabella.

– O tempo só nos fez bem. Apesar de algumas perdas.

– Perdas nos fazem descobrir o quanto podemos ser fortes e ajudam a nos ensinar a dar valor ao que temos. A quem temos.

– Aqui dentro, me sinto numa bolha. – O rosto de Edward estava tão próximo que Isabella começou a traçar as linhas do rosto dele com o dedo. Ele parecia tão mais jovem ali, como se tivessem realmente voltado no tempo.

– Trouxe os óculos? – Edward perguntou e Isabella assentiu sorrindo.

Ela não usava mais óculos desde que operara as vistas, mas aquilo era uma situação à parte.

– Pronto. – ela falou olhando para ele após colocar os óculos enormes, agora com lentes sem grau.

– Você é e sempre será minha nerd ET. – Edward deu um beijo no nariz dela. – Cada ano mais linda. – ele beijou próximo à boca de Isabella e alcançou o primeiro botão da blusa dela. – Mais minha. – ele beijou seu queixo. Ela deu um leve gemido.

– Você me deu os maiores presentes da minha vida. Foi você que, de uma certa forma, trouxe Mike de volta pra mim, me deu a bolinha e mais dois filhos lindos.

– Você me tornou uma pessoa melhor. Me fez ter um motivo para não voltar a ter uma vida sombria, sem graça e violenta.

– “Eduardo e Mônica”, como diria Renato Russo. – Isabella falou e jogou a cabeça para trás quando Edward liberou seu seio e pressionou seu mamilo com os dedos.

– Você agora é tão brasileira, quanto eu, mocinha. – Edward abocanhou o seio de Isabella sugando o mamilo com delicadeza. – E ninguém pode mesmo dizer que não existe razão nas coisas feitas pelo coração.

Isabella sorriu e Edward continuou a tirar a roupa dela, bem devagar, depois a dele, sem pressa. Tinham a noite e a madrugada chuvosa inteira para eles. O corpo dela era o templo que ele venerava a cada beijo, o cheiro dele era o toque especial para despertar qualquer desejo. Isabela passava as mãos pela cabeça e sentia os mesmos cabelo espetados do começo, talvez um pouco mais ralo, mas o tempo estava sendo generoso com eles.

Quando Edward a penetrou, Isabella gemeu como se o tivesse recebendo pela primeira vez. Edward fechou os olhos e aproximou o rosto para sentir a respiração da esposa, e começou a se movimentar devagar. Isabella, agora madura, uma mulher conhecedora de seu corpo e do seu marido, o tocava com dedos precisos, fazia caminhos com as unhas nos braços dele, na lateral das costas...

Hoje eles se permitiram um sexo suave, tranquilo, que condizia com o momento em que viviam. Sabiam o que era fazer amor e faziam muito bem. Tinham um ao outro e todas as diferenças eram essenciais para que se completassem. Isabella respirou mais fundo, sentindo o prazer chegando ao ápice, jogou a cabeça para trás se deliciando. Edward abocanhou seu seio e arfava a cada investida mais profunda.

– Não se contenha. – ele sussurrou ao ouvido dela.

Isabella sorriu ainda de olhos fechados. Ela lembrava bem, mesmo depois de 16 anos, essa foi a frase que a fez liberar-se para ele. Entre gemidos e sussurros, os dois chegaram juntos ao orgasmo. Edward deitou a cabeça na poltrona, com o rosto bem próximo ao de Isabella e ficou olhando para ela. As bochechas ainda coravam depois do prazer. Ela abriu os olhos e o pegou olhando para ela.

– Nem pense que paramos por aqui, coach. – ela sorriu.

– Que bom que, com o tempo, você passou a ler meus pensamentos, mocinha... – Edward sorriu, aquele mesmo sorriso torto de tantos anos atrás, daquele treinador gostoso, badboy, que usava o boné com a aba para trás e enfiava as mãos nos bolsos da calça de tactel com ar de garanhão. Apesar de algumas rugas que antes não estava ali, as marcas do tempo só o fizeram ainda mais belo.

Ele se esticou e antes de beijar Bella, passou o dedo contornando a bochecha e parou com o dedo no queixo dela. Os olhos verdes dela brilhavam, o cabelo, que agora ela pintava, era quase o mesmo. O sorriso e a expressão de menina nerd que sabe de tudo e não sabe de nada ao mesmo tempo, quando se trata de paixão, coração. Ela poderia envelhecer, mas sempre seria sua mocinha. Hoje ela era uma excelente mãe, administradora do lar e amante. Sim, amante. Amante é “aquele que ama” e isso ela sabia muito bem.

Os lábios colaram-se simultaneamente, como um ímã. Um beijo profundo e apaixonado. As mãos começaram a mover-se novamente... A noite estava apenas começando e aquela era a nave que os levava para onde quisessem ir. Tempo e espaço. Eles só precisavam um do outro, e isso eles tinham.

O sexo entre eles foi amadurecendo com o tempo e nunca deixou de ser bom, ao contrário. A vida dos dois moldara-se uma a outra. Isabella, mesmo com 41 anos, não deixara de ser fã de She-Ra ou Star Wars, agora então, havia ainda mais filmes, séries e desenhos para ela ficar fissurada. Edward continuava amando o futebol e administrando as outras 5 filiais da TS (The Selection) – duas no Brasil, duas nos EUA, e uma na Alemanha. Seus filhos se divertiam com essas diferenças tão distintas entre seus pais que os uniam com uma força sem igual. E cresceram aprendendo a não sentirem vergonha de quem eram, aprenderam a lutar por seus ideais e a respeitarem ao próximo e nunca rotularem alguém sem antes dar a chance de conhecê-los primeiramente. “Sem rótulos” – esse era o lema.


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Notas finais do capítulo

Aiai deixei p falar no final, pq só d postar esse Epílogo eu já comecei a chorar.... rs Sério, essa foi minha 2ª Fic, e assim como na primeira (q virou livro) eu sei q tive as MELHORES leitoras do planeta! Quantidade p mim não interessa se não tiver qualidade. E vcs foram perfeitas! O q seria dessa história sem vcs??? NADA!!!! vcs foram meu termômetro e minha força (pelos poderes de... kkkkkk) Mt OBRIGADA de todo meu ♥ Não qro q isso pareça uma despedida pq espero ver vcs em breve, uma nova Fic ou pelo Facebook, sei lá, não me abandonem, please!!! Amo vcs e essa história não acaba aqui, ela vai ficar conosco para sempre, (parafraseando Amanhecer...) FOREVER!! ♥
BJksssss *----------------------------*