SEM RÓTULOS - welcome to my world escrita por Jose twilightnmecbd
Notas iniciais do capítulo
Amores, esqueci de explicar rsrs Essa história se passa no ano de 2002. Último ano em q o Brasil ganhou uma Copa. ;)
E vencido: Vai continuar BEWARD! *---*
BoA lEiTuRa!!!
Isabella subiu as escadas correndo e entrou no prédio sem nem olhar para trás. Pegou o elevador, não iria arriscar rasgar ainda mais o vestido subindo até seu andar, mas o pouco tempo que levava para chegar até o segundo andar pareceu uma eternidade. Colocou a chave na fechadura e antes mesmo de abrir a porta se assustou com a gritaria que vinha de dentro.
– Não vai e pronto! – dizia sua mãe, já sumindo no corredor. Isabella encostou a porta devagar, tentando entender do que se tratava a discussão.
– É a minha vida! É o meu futuro! – Mike gritou do outro lado da sala.
– Mas que gritaria é essa? Mike, você não pode falar assim com sua avó. Peça desculpas.
– Você não sabe de nada. – Mike falou e voltou a encarar a TV.
– Então me diga para eu passar a saber. – Isabella quis cruzar os braços, mas viu que na situação em que se encontrava, não conseguiria. Ajeitou o blazer e segurou com mais firmeza o vestido por baixo.
– Rá. Se ela diz que não, imagina você!
– Diz que não para o que, Mike?
Mike tirou os olhos da TV e encarou Isabella. Ele sabia que ela tinha saído para conversar com seu treinador, não era possível que não soubesse.
– O senhor Edward não falou nada?
– Sobre? – Isabella levantou uma sobrancelha.
Mike pensou por um instante, olhou Isabella de cima a baixo e ainda não sabia o que pensar dessa tal conversa.
– Meu treinador conseguiu um teste na equipe do Vasco da Gama, pra mim.
Agora foi a vez de Isabella franzir o cenho não fazendo a menor ideia do que seria aquilo.
– Vasc... o quê?
– Clube de Regatas Vasco da Gama. É um dos maiores times do futebol brasileiro. Se eu conseguir a vaga, posso jogar pela seleção!
A euforia de Mike era tanta que nem se percebia a fúria que ali estava minutos antes. Isabella olhou na direção do corredor, sua mãe provavelmente estaria na cozinha. Por que será que ela não estava querendo deixar que Mike fizesse o teste? Não poderia ser apenas por que...
– E onde é esse teste? Se sua avó não pode te levar, eu peço uma folga na empresa e levo você.
Mike soltou uma risada debochada. Isso não era bom.
– No Rio de Janeiro. Daqui 15 dias.
– No Brasil?! Nem brincando! – Isabella nem precisou pensar. A resposta era não. Sua mãe estava coberta de razão.
– Mas Bella...
– Não, Mike. A resposta é não. Esse seu treinador que deve ter enchido sua cabeça com isso, não é? Pois eu devia ter deixado ele falar e cortar logo essa história de uma vez! Onde já se viu! – Isabella foi se dirigindo ao outro corredor que levava aos quartos. Sacudindo a cabeça em negativa.
– Você não é a minha mãe. – Mike falou cada palavra pausadamente.
Isabella estacou. Aquilo doía demais quando ele ousava dizer. Sim, ela não era sua mãe biológica. Mas fora ela que o havia criado, se anulado. Por ele. Mas ela sabia que também não podia dizer isso a ele, afinal, ele nunca havia lhe pedido que fizesse isso. Ela só soube que precisava fazer.
– Mike... – ela se virou, mas ele já tinha saído porta a fora. Isabella tirou os óculos e esfregou o rosto com força.
– Mamãe? – Isabella chamou quando entrou na imensa cozinha que era o local de trabalho de sua mãe. Já tinha tomado banho e usava um conjunto de moletom cinza escuro, com o emblema do Capitão América no peito.
– Oi, filha. Como foi o encontro? – sua mãe perguntou parando um segundo de apertar a massa no balcão para olhar para ela.
Isabella bufou e se recostou na ponta da mesa.
– Não foi um encontro propriamente dito, mamãe. Era uma tentava de suborno. – ela riu.
– E funcionou? – Renée perguntou voltando a apertar a massa. Seus braços rechonchudos salientavam os músculos já acostumados com o movimento.
– Não.
– Ele é brasileiro, não é? – Renée perguntou sem olhar para Isabella.
– Isso não tem nada a ver, mamãe.
– Ele quer levar Mike para o Brasil. – esta frase saiu quase como um sussurro.
Isabella ajeitou os óculos se sentindo uma inútil. Poderia ter deixado Edward falar e ter resolvido tudo antes de chegar a casa. Ou pelo menos, antes de seu vestido se partir em dois.
– Mamãe, sabe que uma hora ou outra, Mike terá de ir. – Isabella falava isso com dificuldade.
– Ainda é cedo. – Renée apertou a massa com mais força. – Fale com ele, ele vai te ouvir. – ela olhou para a filha.
– Não sei. Ele não anda muito de bem comigo ultimamente.
– Mike não anda de bem com nada e ninguém, é a idade. A adolescência é a pior fase. – Renée foi para o fogão e mexeu a panela.
Isabella ficou na sala até que Mike voltasse da rua. Ela viu pela janela quando ele chegou com sua turma do skate. Ele passou por ela e seguiu para seu quarto. Era Quarta, amanhã era dia do futebol, ela sempre o levava e o buscava. Mas só de pensar em ver Edward ela sentia um arrepio na barriga. Apertou os braços em volta de si, havia tirado o casaco de moletom e por motivos que preferia ignorar, deitou-se vestida com o blazer de Edward. Inalou o blazer, porém não reconheceu o perfume, mas podia jurar que aquele era simplesmente o cheiro natural dele.
Pela manhã, como de costume, foi até o quarto de Mike para acordá-lo para tomar café e ir para o colégio. Ele não estava na cama. “Que ótimo. Gênio indomável. E viva a aborrescência.” Resolveu arrumar sua cama e encontrou debaixo do travesseiro, o álbum de figurinhas da Copa deste ano. Onde, para variar, o Brasil foi o campeão. Ela se sentou e folheou o álbum, era um álbum todo em português que Edward havia dado de presente para o menino e eles compravam juntos as figurinhas pela internet. Levantou os olhos e resolveu prestar atenção ao quadro de cortiça preso acima da cama. Fotos, papéis, ingressos de jogos, retalhos. Mapas. Não, um mapa. Um mapa do Brasil, circulado de vermelho o estado do Rio de Janeiro. Ela notou que os alfinetes coloridos só tinham apenas 4 cores: verde, amarelo, azul e branco.
Isabella retirou uma foto recente que ela ainda não tinha visto. Era na escolinha de futebol. Mike com um sorriso que ela não via há muito tempo, todo suado, o cabelo colado na testa, agarrado ao treinador, que também sorria, e que também estava suado. A camisa de tecido leve colada aos gominhos na barriga, o short azul escuro mostrando suas coxas grossas... “cof, cof!” Isabella forçou uma tosse ao se dar conta que estava prestando atenção demais no treinador. Mas, ora essa, ela somente o via de calça de tactel, nunca de shorts, e nunca suado daquele jeito...
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