SEM RÓTULOS - welcome to my world escrita por Jose twilightnmecbd


Capítulo 22
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Notas iniciais do capítulo

Ps.: CONTÉM CENAS ERÓTICAS



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– O sr. Rilley sabe que não tem a menor chance comigo. – Isabella estava falando sobre seu trabalho, quando Edward frisou que não gostava de saber que o chefe de Isabella a rondava como um gavião.

– Pois eu não acho que ele seja o tipo de homem que aceita não como resposta. Aliás, dizer não, se fazer de difícil, deve ser ainda mais instigante para ele.

– Não acho que aquela sua amiga, a tal de Chelsea, tenha sido tão “difícil” para ele.

Isabella soltou e Edward puxou o ombro dela para olhar em seu rosto.

– Como assim?

– Eu os vi entrando num taxi, naquele dia da... – Isabella empurrou uma espuminha para longe. – No dia em que nos encontramos na boate.

Edward desfez a ruga na testa ao compreender do que ela falava, e voltou a se recostar na banheira, a puxando mais para perto.

– Ponto para Chels. – ele sorriu fazendo parecer descontraído. – Ela disse que não terminaria aquela noite sozinha.

– Mas não foi só ela quem terminou a noite acompanhada... – Isabella falou tão baixo que Edward ficou com o olhar perdido pensando se ela realmente teria dito aquilo ou fora ele quem pensara.

– Bella, eu...

– Deixa pra lá. Não quero falar sobre aquele dia. E pensar que foi apenas há uma semana.

– Não, espere. – Edward virou o corpo e eles ficaram quase de frente um para o outro. – Você voltou aquele dia. Eu sei. Por que voltou?

Isabella ergueu uma sobrancelha.

– Preciso mesmo responder?

– Mas eu não entendo! Você foi tão... taxativa quanto a não ficar comigo...

– Você tinha bebido aquele dia...

– Sim, tinha. Mas minha recuperação foi tamanha que hoje me permito beber, se eu quiser, e não voltarei a ser um alcoólatra. Comecei a beber assim que cheguei lá, precisava de um pouco de álcool se não quisesse ser tão grosso com a Chels, ao dizer não no dia do aniversário dela.

– Mas pelo que vi o seu não só valia para ela e não para a loira...

– Olha, Bella, por favor... – Edward segurou Isabella pelos ombros para que ela olhasse para ele. – Acho que pedir que entenda seria demais... Mas então peço que me perdoe. Você pode me perdoar? Eu não devia... eu fiquei péssimo, eu...

– Edward, - ela o calou com os dedos. – Quer saber, foi até bom. Não vou mentir, eu fiquei mal aquele dia, até porque eu não sabia exatamente o que sentia com relação a você e sabia que não tinha o direito de exigir nada. Mas aquilo me fez ver que se eu quisesse mesmo ficar com você, eu não poderia ficar sentada no meu trono de cristal, eu teria que ir à luta.

Edward não pode evitar de suspirar aliviado. Ele inclinou a cabeça na palma da mão de Isabella e a beijou.

Ela sorriu e se acomodou novamente no peito dele. As costas dela encostadas no peitoral dele, o cabelo com as pontas molhadas. Edward começou a brincar com o dedo indicador fazendo caminhos imaginários pelos braços dela, pela clavícula, o colo do seio...

– Edward?

– Hum.

– Eu também tenho algo para contar. Do passado, mas que é muito presente e sei que pode ter consequências no futuro.

Todos os músculos dele se retesaram. Automaticamente ele adquiriu uma expressão preocupada.

– Não vai me dizer que você faz parte do “lado negro da força”?

Isabella ergueu as sobrancelhas completamente incrédula com aquele comentário.

– Não me diga agora que gosta de Star Wars?

– Não vai se animando. Eu até gosto, mas não para passar uma tarde inteira assistindo isso. – ele deu um beijo na lateral da testa dela.

Na verdade, o comentário, foi apenas uma tentativa de não deixar um clima pesado seja lá o que ela fosse dizer. Ela o havia escutado e o aceitado como ele era. Não era ele que iria julgá-la agora. Não haveria rótulos, seja lá o que fosse.

– É sobre o Mike. – Edward ajeitou o dorso e assentiu para que ela continuasse. – Tem uma parte da história dele que eu deixei de fora. Eu, meus pais e o sr. Phil. Não que a gente tenha mentido para ele, mas omitimos. Mike sabe do acidente. Quando ele tinha 10 anos de idade ele explodiu de repente numa enxurrada de perguntas sobre a morte dos pais. Acho que também estava cansado de viver se mudando de cidade em cidade. Daí nós contamos tudo a ele, do relacionamento da Marie e do Michael, que o Michael era brasileiro... Mas não contamos que o próprio Mike era brasileiro. Ele nasceu aqui, Edward. No Brasil.

– Bella, isso é... – Edward abria e fechava a boca tentando encontrar as palavras. – Isso é muito sério.

– Bom, daí entra a parte em que nós tivemos que mentir um pouquinho. Porque dissemos para ele que nunca soubemos da família do Michael, que a Marie e ele namoraram escondido, isso era verdade, mas até certo ponto. Não a parte em que eles fugiram e se casaram no Brasil. O acidente aconteceu quase dois anos depois, quando eles estavam vindo para Nova Iorque para tentar se reconciliar com minha família. Marie tinha certeza de que quando vissem o menino, iriam esquecer tudo. Eu sei disso porque sempre que dava eu me correspondia por e-mail com ela.

Edward passou as duas mãos na cabeça e quando pousou o olhar sobre Isabella, ele as deixou cair e em seguida a puxou num abraço apertado. Ela começou a tremer sob os braços dele. Estava chorando.

– Por favor, meu amor, não chore. Vamos cuidar disso, mocinha. – ele segurou o rosto dela entre as mãos. – Está me ouvindo? Nós dois. Eu te ajudo a contar a verdade pra ele.

– Vo-você faria isso? Estaria ao meu lado?

– Lógico! A não ser que você não queira...

– Não! Eu quero. Quero muito. Vou me sentir muito mais segura se você estiver comigo. Ele adora você. Vai ser mais fácil para todo mundo.

– Então, está combinado. Assim que voltarmos ao Estados Unidos, vamos ter essa conversa com ele. – Isabella deu um sorriso ainda triste e deitou a cabeça no peito dele. – Mas... me diga uma coisa. E a família do pai dele, do Michael?

– De fato não conhecemos ninguém. Mas não demos chance para isso. Nos mudamos na mesma semana do acidente. A certidão de nascimento do Mike foi feita como segunda via e colocamos o local de nascimento como Manhattan. Sempre que achávamos que estávamos sendo observados demais, nos mudávamos. Mas depois de 10 anos, achamos que ninguém mais está procurando por ele.

– Isabella, isso é...

– Crime? – ela bufou de leve. – Eu sei. Nós sabemos. Na verdade não se caracteriza um crime propriamente dito pois nunca fomos arguidos. Nunca chegamos a receber nenhum telefonema ou carta. Apaguei todos os registros de e-mails entre mim e Marie. Nenhum vestígio. Nenhum rastro. E não estaríamos mentindo se disséssemos que simplesmente não sabíamos como contatá-los.

– Mas o Michael deveria ter algum tipo de documento com ele, as passagens.

– Dei um jeito de apagar isso também.

De repente Isabella assumiu uma postura altamente profissional. Edward perscrutou o rosto dela e não havia dúvidas, estava diante de uma hacker, provavelmente daquelas que poderia derrubar um governo.

– Mas a família dele aqui no Brasil deve ter provas de que o Mike nascera aqui.

– Sim, podem ter. Mas eles não têm provas de que nós sabíamos da existência deles. É como se achássemos que Marie e Michael nunca saíram dos Estados Unidos. Tipo, não tiveram tempo de nos contar. Eles sofreram o acidente e...

– Já entendi. Por isso é de suma importância que o Mike saiba a verdade. Caso contrário...

– Ele também não saberia que nós sabíamos. Mas eu sinto que... sinto que eu tenho que contar a verdade para ele, custe o que custar, nem que eu seja presa...

– Não fale uma coisa dessas! – Edward apertou Isabella contra si. – Vamos resolver isso. Tudo vai ficar bem, você vai ver. Confia em mim?

– Confio. – ela o olhou dentro dos olhos e involuntariamente Edward ficou excitado.

E quando ele achava que aquele não era o momento, Isabella o surpreendeu mergulhando a mão na água e ao alcançar seu membro, apertou com força.

Edward girou o corpo ficando encostado na cabeceira da banheira e, segurando Isabella pelos quadris, a sentou sobre ele. Ele começou a beijá-la e ficaria beijando-a por horas, se ela mesma não tivesse se movimentado e se acomodado, descendo o quadril até a base, gemendo ao senti-lo todo dentro dela.

Num ritmo gostoso e embalado pelo balançar da água, eles se movimentavam um de encontro ao outro, os beijos quentes e molhados, o cabelo de Isabella embolado na mão de Edward. Os sussurros e gemidos ao pé do ouvido, os sorrisos entre os beijos, entre as expressões obscenas, aquelas exatas, que somente o casal decide se vale a pena ou não falar, e tudo que Edward dizia valia, valia muito a pena de se ouvir.

– Libere-se, Bella. – ele sussurrou. – Libere-se pra mim... – Edward mordiscou o lóbulo da orelha dela e sentiu quando ela relaxou sobre ele.

Ele apertou o corpo dela contra o seu e a segurou sem se mexer. Deixando que seu gozo a preenchesse.

– Edward, você... – Isabella teve medo até de se mexer.

– Calma, mocinha. – Edward falou arrumando o cabelo dela. – No caminho de volta para cá, eu lembrei de uma pílula chamada Pílula do Dia Seguinte. Amanhã de manhã, vou a farmácia e você toma. Não precisa se desesperar. – ele sorriu tentando acalmá-la.

– Caramba, agora me senti de fato uma ET. Nunca ouvi falar sobre isso.

– Você, provavelmente, nunca precisou. A gente aprende com as experiências da vida, e com a experiências dos outros.

Isabella saiu de cima dele e também se recostou na banheira, próxima a ele. Pensativa.

– Sou uma nerd, Edward. Nunca tive vida social. E ainda dei uma de mãe precoce de um filho que não é meu.

– Pare de se rotular.

Isabella estreitou os olhos e cruzou os braços. Edward riu.

– O que foi? – ele perguntou em defesa.

– A mulher no avião. Foi ela que lhe contou sobre essa pílula?

– Ah..., minha mocinha inteligente. – Edward foi em direção a ela e ela quase afundou quando ele se jogou em cima dela. – Sim. Ela disse “se eu tivesse tomado a pílula a tempo, nada disso seria preciso.” Não conversamos muito, mas ela me explicou rapidamente do que se tratava. – ele capturou os lábios dela e a beijou com paixão, antes que ela pudesse dizer mais alguma coisa.

– Eu tive de me segurar o máximo que pude para não agarrá-la no meu apartamento na Barra. Foi todo um trabalho psicológico fortíssimo! – Edward comentou enquanto eles se enxugavam no banheiro.

– E eu achando que você não estava nem um pouco interessado. – Isabella falou tímida.

Interessado é apenas a primeira palavra do vocabulário para descrever todo o sentimento com relação a você, mocinha. – ele agarrou Isabella pela cintura e ficaram se encarando por um longo tempo.

Seria essa a hora de dizer as três palavrinhas? Existia uma hora certa para isso?

– Tem uma palavra que o Mike me disse que só existe na língua portuguesa.

Edward sorriu.

Saudade. Essa eu não quero ter que dizer tão cedo com relação a você. – ele beijou a ponta do nariz dela.

– Mas, se o significado que ele me deu é o correto, ela define a semana posterior à viagem para Indiana. Existe sentir saudade do que nunca se teve?

– Acho que existe sim. Porque foi exatamente como eu me senti, também. – Edward caminhou agarrado a ela e quando chegou aos pés da cama, jogou Isabella de costas no colchão. Ela colocou a mão na boca para abafar um risinho histérico.

Edward a encheu de beijos e depois se acomodou puxando as cobertas sobre eles. Isabella repousou a cabeça no peito dele e ficou acariciando a barriga dele de leve. Edward fazia carinho nos cabelos dela e mirava o teto, estava se sentindo tão completo que não conseguia pensar em nada que não fosse os momentos que tiveram desde a nave. Ele sentiu Isabella bocejar, provavelmente o champanhe que tomaram antes de sair da banheira já estava fazendo efeito.

– Edward.

– Fale, mocinha.

– Mesmo ainda achando terrível, eu agora compreendo o porquê você ficou com as três garotas da foto...

– Foto? – Edward perguntou sem entender, mas logo um lampejo lhe veio à mente. – Bella, eu preciso me acostumar com suas mudanças repentinas de assunto. – ele sorriu. – A foto que você viu na biblioteca, não é?

– É.

– Obrigado por entender. Mas, eu não fiquei com três garotas da foto. – ele fez uma pausa sabendo que ela se viraria para olhar para ele. E foi o que ela fez. – Eu fiquei com todas elas.

A expressão “ficar de queixo caído” nunca teve um sentido tão literal. Isabella ficou buscando o que dizer, mas todas as palavras haviam sumido de sua mente.

– Okay... – ela falou devagar.

– Não vai surtar agora, vai?

– Confesso que é algo chocante. Mas, tudo bem, eu posso superar essa também.

– Bella, eu... – ele segurou o queixo dela mantendo seu olhar. – Acredite em mim. Eu não sou mais aquele da foto. Eu jamais faria isso com você. Eu... eu...

– Eu sei, Edward. Eu já disse que confio em você, não disse? – ela esticou o corpo e colou os lábios nos dele. Bocejando assim que se soltaram. – Desculpe. – ela sorriu, sem jeito.

– Sem problemas, mocinha. É melhor mesmo dormimos um pouco. – ele beijou o topo da cabeça dela e em seguida, a virou de lado, ficando na posição conhecida como “conchinha”. – Tenha bons sonhos, meu anjo.

– Você também. – ela respondeu sonolenta.

– Não preciso dormir para sonhar, já tenho um anjo comigo. – ele apertou o corpo dela ao seu.

Edward puxou a cordinha acima da cabeceira da cama e o quarto ficou num breu total. Ele ainda sentia seu corpo agitado, ansioso. Sabia que demoraria a dormir.

– Bella? – Chamou baixinho depois de alguns minutos em silêncio. Ela não respondeu. Somente um suspiro suave em resposta. – Já dormiu. – ele sussurrou para si. – Eu amo você, Isabella Swan. – Edward falou baixinho e beijou a cabeça dela, fechando os olhos em seguida.

Isabella abriu os olhos e sentiu que seu coração acelerava. “Eu também te amo”. Ela respondeu. As palavras penetraram o subconsciente de Edward e ele caiu num sono pesado e tranquilo.


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