Can't Go Back escrita por Gessikk


Capítulo 8
Capítulo 8- Banshee


Notas iniciais do capítulo

Oi genteee, finalmente consegui postar um pouco mais rápido e estou muitooo ansiosa para postar o próximo capitulo, porque é algo que eu tinha planejado antes mesmo de começar a escrever a fic, então não deixem de comentar para eu postar o próximo rapidinho!! Beijos s2

No capitulo anterior...


“ - Só vamos tornar as coisas mais divertidas...Provoca-la um pouco- Ela disse com a expressão travessa, os lábios a centímetros do meu rosto- É só continuarmos ficando normalmente e deixar ela ver.”

“...mas principalmente, mais do que tudo, ela quer se vingar de você, mata-lo lentamente e bem...raptar L-lydia...”

“A Argent acredita que Lydia é a única coisa que pode a proteger dessa escuridão, então, ela a quer de qualquer maneira.”



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Pov. Stiles

Eu estava imóvel dentro do Jeep, não tinha forças para sair e encarar o meu pai, então permaneci dentro do carro estacionado na frente da minha casa sem saber o que pensar ou fazer, meu estômago dava cambalhotas e a visão estava turva, meus pensamentos rondavam em torno da conversa com Scott.

Kate querer me matar já era horrível, mas imaginar ela caçando Lydia, querendo usar seus dons...Não conseguia suportar esse pensamento.

Minha cabeça estava contra o volante do carro quando escutei duas batidinhas na janela, olhei para o lado sem levantar o rosto e vi meu pai, a expressão preocupada me olhando através do vidro. Abri a porta silenciosamente e lutei para reprimir as lágrimas que ameaçavam a transbordar.

– Stiles, o que aconteceu?- Meu pai perguntou delicadamente e eu apenas dei de ombros, ele suspirou e segurou meu braço- Vamos, vem para a casa, está muito frio aqui fora.

Concordei com a cabeça e o segui tropeçando pelo caminho, minha visão embaçada fazia meus pés se atrapalharem mais do que o normal. Meu pai me guiou até meu quarto, deitei na cama e ele me cobriu com um edredom, só ai percebi que estava tremendo de frio. Ele ficou um tempo sentado na cama, até que suspirou longamente e passou a mão no meu cabelo emaranhado.

– Descansa um pouco- Ele murmurou e saiu do quarto.

Não conseguia dormir, encarava a escuridão do quarto balançando os dedos de maneira inquieta, pois não conseguia relaxar nem me manter parado, virava para todos os lados buscando uma posição confortável e sentia meu corpo cansado, minhas pálpebras pesavam pelo passar da hora e mesmo assim, o sono não vinha. Talvez, eu não quisesse mesmo dormir, apesar de ansiar a inconsciência para me livrar das preocupações que me atormentavam, eu sabia que os sonhos nunca me traziam paz e eu temia ainda mais os meus pesadelos do que a própria realidade, pois sabia que no momento em que fechasse os olhos as lembranças tortuosas iam me atingir e em algum momento tudo seria tão real que contaria os meus dedos para diferenciar o real da minha imaginação. Ninguém sabia disso, mas a loucura ainda rondava meus pensamentos toda vez que acontecia algo muito ruim para eu ser capaz de suportar.

Já havia perdido a noção do tempo quando escutei um barulho vindo da janela. Congelei da cabeça aos pés e me sentei imediatamente, olhei em direção a janela e pude ver o vidro se abrir lentamente. Prendi a respiração e peguei o taco de baseball que sempre estava ao lado da minha cama, apertei os dedos com força em volta do taco e fiquei de pé silenciosamente, levantei o braço tomando impulso enquanto via um par de pernas entrando pela janela.

Impulsionei o taco para frente com toda minha força quando a mulher ficou de pé no meu quarto. Um grito surpreso escapou de seus lábios e eu percebi, tarde demais, que a mulher era a Malia, ela impediu no último segundo que eu a atingisse no rosto segurando o taco por reflexo e me encarando surpresa, os lábios escancarados e olhos arregalados.

–Eu...Desculpa! Mas o que você...?- As palavras que jorravam da minha boca foram interrompidas quando meu pai entrou no meu quarto, a expressão preocupada e arfando após vir correndo vestindo apenas uma calça de moletom.

– Alguém pode me explicar o que aconteceu aqui?!

– Hãm..É só que ela veio e ai bem eu quase bati nela com o tac...

– Me desculpe, senhor Stilinski, eu só vim ver seu filho e acabei o assustando - Malia falou me interrompendo e eu invejei a forma calma como ela falou.

Meu pai pareceu se acalmar e concordou com a cabeça, depois me encarou de maneira sugestiva e eu sabia o que ele estava pensando: “O que me filho está fazendo com essa garota no meio da madrugada?” Desviei o olhar corando levemente ele saiu do quarto sem dizer nada.

– O que você veio fazer aqui? Quase me matou de susto! Não tinha como avisar antes? Sei lá, podia ter me ligado e dito que estava prestes a invadir meu quarto!

– Eu só queria dormir com você...

– O q-que?- Gaguejei ao perceber a formar sugestiva que ela falou “dormir”.

– Eu fiquei com muita vontade depois de hoje na escola e achei que você também tivesse- Ela falou enquanto tirava o taco de baseball das minhas mãos. – E já que não conseguia dormir pensando nisso,então resolvi fugir de casa e vir.

– V-você, q-quer dizer, v-você veio aqui para..- Minha voz falhou e a garota envolveu os braços em volta do meu pescoço quando eu finalmente desisti de falar, ao observar seu short curto deixando suas pernas a mostra.

– Eu ainda não aprendi a controlar meus desejos. – Sua voz era apenas um ronronado sussurrado na minha orelha, os lábios deslizando pelo meu pescoço.

– Já havia percebido isso- Murmurei rouco e um gemido involuntário escapou de meus lábios quando ela mordeu pescoço.

As mãos da garota arranhando as minhas costas tiraram o meu raciocínio, ela beijou minha boca com ansiedade enquanto me empurrava em direção a cama. Em poucos segundos ela havia rasgado a minha camisa e a jogado no chão, eu a derrubei na cama deitando sobre seu corpo e me desfazendo de suas roupas com ansiedade. Ela me olhou provocante quando terminei de me livrar de suas roupas e mordeu a lábio inferior com força quando deixei minha boca mergulhar em seu corpo exposto, explorando-a com os lábios e recebendo seus suspiros e gemidos como resposta.

# Abertura#

Pov. Terceira Pessoa

Lydia havia chegado mais cedo do que todos na escola e ficou na biblioteca até dar a hora do primeiro tempo, ela ficou procurando incansavelmente livros de mitologias que pudessem falar algo sobre Banshee e escuridão, achou poucas informações que copiou em um caderno, sublinhou as partes importantes e palavras que não conhecia e pegou alguns livros para levar a casa.

As aulas passaram devagar e no intervalo ela fugiu de todos e ficou sozinha na arquibancada, lendo o tempo todo para tentar encontrar algo que pudesse a ajudar. Scott havia falado no dia anterior sobre os planos de Kate para captura-la e de matar Stiles, explicando também a “visita” inesperada que Derek e Callie haviam recebido.

Lydia lutava para não pensar no que podia acontecer a ela se Kate a capturasse, em vez disso, ocupava a mente em aprender coisas que podiam torna-la útil de alguma forma, para se defender e proteger os amigos.

O fato da Argent temer algo que ela chamou escuridão fez com que a menina ficasse intrigada, pois seus poderes estavam evoluindo sem que ela percebesse, afinal ela já havia previsto a escuridão, as vozes que a atormentavam falavam sobre ela e durante os sonhos era atacada pela névoa negra.

Para a Banshee, pior do que se imaginar nas mãos de uma caçadora sádica era imaginar Stiles morto. Esse pensamento revirava seu estomago e provocou um choro copioso na noite anterior. Ela já havia perdido a melhor amiga e não iria suportar perder mais ninguém, ela não tinha forças para enfrentar a morte novamente e sabia que quem lhe deu apoio para continuar firme foi ele, o garoto imperativo e irritante trazia a ela, de alguma forma inexplicável, força e proteção, ele era o aconchego e o consolo que a reconfortava, e nos últimos dias, ele havia se tornado algo a mais, algo que ela não queria confessar para si mesma, mas era impossível evitar as borboletas que se remeiam no seu estomago e aos mãos úmidas de suor só de pensar nas reações que o garoto provocava nela.

Ela havia se apaixonado pelo garoto, a menina teve essa certeza ao sentir sua boca contra a dele e sentir algo se encaixar dentro de si, ela própria não sabia explicar o desejo enlouquecedor que fez com que ela o beijasse e a mesma se surpreendeu ao perceber o quanto beijo foi doce e inocente, apesar do calor que preenchia seu corpo. Stiles era totalmente diferente de todos os garotos que a Banshee tinha se envolvido e ela não sabia como agir em relação a ele e nem aos sentimentos que transbordavam dela, pois era algo tão forte que ela não se sentia capaz de suportar esse amor em seu frágil coração.

Uma mão em seu ombro fez Lydia pular de susto, ela olhou para trás surpresa e viu Stiles que ria discretamente do seu susto, ele se sentou ao seu lado na arquibancada com um meio sorriso sarcástico.

– Pelo visto você não está afim de companhia já que sentou aqui.

– Se você percebeu isso por que não me deixou sozinha?- O garota a olhou surpreso pela sua rispidez, mas a menina não pode evitar, ela estava magoada após ter visto Stiles se agarrando com a Malia no dia anterior.

–Eu... Desculpa, achei que não fosse sem importar se eu ficasse aqui com você.

– Não acha melhor ir atrás da Malia? Ela deve estar andando pela escola procurando um parceiro sexual para saciar seus instintos de reprodução.

– Você não gosta mesmo dela né?- O garoto disse suspirando.

– Só não vi necessidade de vocês darem aquele show no corredor.

– Você não devia ter se importado com nosso show, já que estava tão entretida com aquele seu amiguinho. – Stiles se arrependeu no segundo seguinte de ter dito aquilo, pois sua voz soou extremamente possesiva e enciumada e ele não pretendia demonstrar daquela forma.

– Você está falando do Felipe?- Lydia perguntou surpresa, encarando o garoto de forma incrédula. – Você sabe que ele é gay né? A gente se aproximou porque ele quer umas dicas para ficar com o Danny.

– Gay...?- O humano falou com a boca escancarada sentindo o rosto queimar de timidez.

– Bem, não importa, eu estou ocupada tentando pensar em alguma coisa que me empesa de ser sequestrada por uma caçadora louca que quer usar meus dons, que eu nem mesmo conheço, para se proteger de uma escuridão que só existe nos meus pesadelos.

– Eu posso te ajudar- O garoto propôs imediatamente.

– Como? Você pode dizer uma única forma que tem para me proteger?- Os olhos verdes da menina estavam tempestuosos e o garoto se encolheu com a pergunta. – Você não consegue nem proteger a si mesmo, muito menos de me ajudar de alguma forma.

Lydia se levantou, pegou suas coisas e sai andando com fúria, os saltos batendo com força no chão, a expressão firme e mandíbula trincada para evitar que as lagrimas transbordassem de seus olhos úmidos. Ela sentia o sabor amargo da culpa a atingir, ela não devia ter sido cruel com o garoto e sabia que devia se desculpar imediatamente, mas o orgulho e a magoa de perceber que o garoto estava finalmente a esquecendo fez com que ela não olhasse para trás e fosse direto para sala, sentando ao lado de uma garota qualquer para evitar de ficar perto de Stiles.

Após Jackson, Lydia havia descido que não queria se apaixonar, nem ter nada sério com ninguém, queria apenas distrações amorosas que não a fizessem se machucar, apenas se entreter com um cara sem se apegar em nenhum aspecto. Esse plano parecia perfeito para não se magoar, mas ela havia fracassado miseravelmente em seu proposito e estava apavorada com a ideia de estar se apaixonando por Stiles, mas a cada minuto ela sentia mais dependente dele, de escutar a sua voz e de estar envolvida em seu abraço.

O coração da menina havia se espatifado tantas vezes e parecia estar prestes a quebrar novamente, pois, como se não fosse estupido o suficiente se apaixonar, ela havia ironicamente, esperado que o garoto que sempre foi louco por ela deixasse de sentir qualquer coisa, para finalmente perceber que correspondia o sentimento. E para piorar, ela sabia que podia o perder a qualquer instante, em qualquer momento Kate poderia tirar a sua vida sem que ela pudesse fazer nada para impedir.

A aula começou e Lydia não prestou atenção em nada, apenas se concentrou em evitar o olhar ansioso de Stiles que a encarava o tempo todo e ficou lendo em um livro da biblioteca as poucas coisas que tinham a respeito de Banshee. Ela suspirou e escreveu as coisas mais importantes: “Os dias de vida podem ser contados pelos gritos de uma Banshee, se for apenas um grito, no mesmo dia a pessoa morre” a caneta tremeu ao escrever isso no caderno e a menina percebeu que suas mãos tremiam, respirou fundo e continuou escrevendo: “ Seu gemido é um som melancólico e pode ser ouvido a longas distancias.” Respirou mais uma vez e escreveu outro tópico: “ Banshee é a mensageira da má sorte e da morte, o som de seus gemidos e gritos são um aviso da morte.”

Lydia largou a caneta na mesa e pôs as mãos tremulas escondidas apoiados em suas pernas, sua respiração era irregular enquanto digeria o fato de que era uma espécie de vidente de desgraças. Não adiantaria tentar fugir da morte, essa certeza amarga invadiu a menina, ela sempre estaria ligada as mortes, era seu destino.


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Notas finais do capítulo

No próximo capitulo...

“Os tentáculos flutuavam acima do chão serpenteando na direção do meu corpo adormecido.... era como se a própria noite criasse vida.”

“Meu rosto estava em chamas, sentia as labaredas de fogo lamberem a minha face tirando todos os meus sentidos e meu corpo parecia se partir em milhões de frangalhos...”

“ Lydia se aproximou vagarosamente, ficou na ponta dos pés e deixou que seus lábios se roçassem provocativamente...”

“ ...se viu sozinha na rua, chorando e gritando, incapaz de ser mover pela dor...sentiu o sangue quente que jorrava dali...”



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