Can't Go Back escrita por Gessikk


Capítulo 22
Capítulo 22- Cala a boca e dirija


Notas iniciais do capítulo

LEIAM! IMPORTANTE!

Olá leitores lindos!! Queria fazer um pedido importante para vocês, como já disse no capítulo anterior, a fic está encaminhando para o final e com isso estou pensando em fazer uma segunda temporada, pois percebi que eu teria o que explorar em uma continuação, mas para isso queria saber a OPINIÃO de vocês, porque só vou fazer uma segunda temporada se vocês apoiarem a ideia e quiserem realmente ler, então por favoor peço que todos COMENTEM SE QUEREM UMA CONTINUAÇÃO!

P.s- Só escrevi em maiúsculo para chamar a atenção de quem não lê as notas inicias!

Nos capítulos anteriores...

"-Depois ele apelidou o colar de minha pequena força, para ele ter dado isso a você, quer dizer que é a nova força dele."

" - A vida sem você é um inferno Stiles.- Ela falou com a testa colada na minha.- Por favor, nunca mais se afaste de mim."

"(...)eu te tornarei forte e você me tornará livre."

"Pisei no freio com desespero e a figura pálida, que não pude distinguir, parou no meio da pista com os braços estentidos como se esperasse que eu o atropelasse."

" A escuridão me levou a inconsciência."



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Pov. Lydia

Abri os olhos assustada e arfei, obrigando o ar entrar em meus pulmões. Olhei para os lados, confusa, e percebi que ainda estava no carro, devia ter desmaiado em questões de segundos.
Sai do carro com dificuldade
e percebi aliviada que só estava com machucados superficiais, graças a baixa velocidade que eu estava dirigindo. Observei o carro por alguns instantes analisando que apesar do amassado no capô, ainda funcionaria perfeitamente.
Só então, procurei em meio a escuridão absoluta quem era o causador do acidente. Meu coração batia alto em meus ouvidos, o medo e desespero me atingiram com força, não consegui sentir novamente o alívio por não estar muito ferida, pois meus pensamentos se focaram nos corpos na floresta, nos gritos que dei, na forma como parei na casa de Derek e o desenho que havia provocado tantas perturbações.
Andei com cautela para perto de um poste de luz onde teria melhor visão para ver quem era a pessoa que ficou na frente do carro. Finalmente o vi.
Não pude acreditar ao encarar Stiles, ele estava escondido na escuridão, próximo a floresta e segurava algo em uma das mãos.
– Stiles!- Gritei seu nome e corri em sua direção, pois só enxergava a sua silhueta. - O que você.... - Minha voz minguou assim que vi o estado do garoto.
Stiles vestia uma calça de moletom e blusa de malha, o cabelo estava um ninho, bem mais bagunçado que o normal, olheiras roxas manchavam o seu rosto e lágrimas despencavam de seus olhos cor de mel que estavam estranhamente doentios. Ele encarava o nada a sua frente e seu olhar não era feito de ouro líquido como eu estava acostumada, mas sim sólidos e duros, não havia nenhuma expressão em seu rosto, eu poderia jurar que estava tranquilo, se não fosse as lágrimas e o olhar enlouquecido.
– Stiles? - Chamei com receio e então, finalmentemente vi o que ele segurava.
O caixa do Nemeton, que prendia o Nogtisune, estava em uma de suas mãos trêmulas e a tampa estava entreaberta, bastava um movimento mínimo e o espírito ficaria liberto novamente.
– O que você está fazendo? - Perguntei com medo, as lágrimas caindo assustadoramente. - Stiles olha para mim! - Implorei, mas seu olhar continuava perdido.
– Eu vim liberta-lo. - A voz de Stiles era rouca e sem vida, não havia emoção. - O caos reinará novamente.
– Não! Stiles! Não faça isso! - Gritei em desespero ao ver o humano deslizar uma mão por cima da tampa. - Stiles! Por favor! Não!
Não sabia o que fazer, Stiles parecia preso em um estranho transe e não reagia a minha voz, seus olhos haviam se focado na tampa em que seus dedos apertavam. Se eu pulasse para cima dele como deseja, a tampa terminaria de abrir e o Nogtisune estaria liberto e possuiria Stiles novamente. Não! Eu não podia o perder!
– Stiles! Você não quer fazer isso!
– Eu quero o poder. - O garoto respondeu, me surpreendendo, e seu olhar se voltou para mim. - Quero estar no controle de tudo, cansei de ser sempre fraco e indefeso. - As palavras pareciam verdadeiras apesar dele obviamente estar fora de si.
– Stiles! Me escute, você não é fraco! Você não precisa disso!- Minha voz saia com difuldade em meio as lágrimas que tornavam meu corpo trêmulo. - Você é forte Stiles, nunca precisou de poderes sobrenaturais para sobreviver a tudo isso.
O humano ficou parasilado olhando para mim, seus olhos endurecidos pareciam se derreter aos poucos, ao ouvir minhas palavras. Respirei profundamente e estiquei a minha mão até alcançar o seu rosto, ele não recuou ao meu toque quandoo encarei fixamente e com a outra mão segurei o colar que pendia no meu pescoço, o colar que Stiles me deu, o que era de sua mãe e que ele apelidou de "pequena força".
– Não faça isso Stiles, eu preciso de você, nunca ia sobreviver a toda essa loucura se não o tivesse por perto. - Falei me abrindo completamente, expondo minhas fraquezas para ele. - Você é o único que mantém as vozes longe da minha cabeça, é a única sanidade que me resta, então por favor Stiles, não deixe que levem quem você é. - Soltei a mão do colar para pegar a mão de Stiles que ainda segurava a tampa e a tirei dali lentamente, a levando até o colar, fazendo com seus dedos se eroscassem no pingente de coração. - Me deixa ser essa nova força.
Assim que sussurei a última frase os olhos de Stiles se focaram no colar e então, a compreensão voltou ao seu olhar, as poucas lágrimas que escorriam se transforam em choro copioso, seu peito rompeu em soluços e ele finalmente encarou meus olhos e pude navegar no ouro líquido que me analisava com temor e admiração.
Puxei a caixa do Nemeton de sua mão e fechei a tampa rapidamente, antes que algo desse errado, depois a joguei longe, para evitar que Stiles chegasse perto dela.

#Abertura#

– Meu Deus! O que você estava fazendo?- Perguntei chorando compulsivamente. - Pensei que fosse te perder novamente! - Falei trêmula e me joguei em seus braços.
Minhas mãos afundaram na nuca do humano e os seus braços me envolveram com força desacerbada, colamos nossos corpos e permanecemos assim por longos instantes. As minhas lágrimas banhavam seu peito e ele apoiou a cabeça na curvatura do meu pescoço, onde permanecia chorando.
– Me perdoa. - Ele falou baixo afastando o rosto para encarar os meus olhos. - Me perdoa eu não sei como...- Sua voz falhou e ele respirou fundo antes de continuar.- É melhor você se afastar de mim, não sei por quanto tempo vou ter controle do meu corpo e não posso suportar...
Stiles sempre falou demais na hora errada, e naquele momento eu fiz o que sempre tive vontade de fazer ao ouvir ele falando insanidades. Eu o beijei.
Nossas bocas se uniram por necessidade, eu suguei o lábio de Stiles e ele aproveitou para explorar minha boca com sua língua deliciosa. Eu conseguia reconhecer que o garoto não era muito experiente e era levemente desajeitado ao mover os lábios contra os meus, mas de alguma forma isso tornava o beijo enloquecedor e extremamente prazeroso.
O humano movia a sua boca com ansiedade, a língua conhecendo pontos novos na minha boca que me faziam estremecer de prazer. Suas mãos agarraram minha cintura com fúria e eu fiquei na ponta dos pés para lhe dar maior liberdade no beijo.
Stiles tinha controle sobre o beijo, provocando reações desconhecidas no meu corpo, que me deixavam completamente vulnerável. Minhas pernas tremiam, meu coração pulava para fora do peito e minha mente girava sem parar, me sentia embriagada com o sabor de Stiles e me entregava completamente a ele, degustando os arrepios que subiam pela minha coluna a cada vez que ele apertava meu quadril.
Era impossível pensar em qualquer problema ou medo quando estava completamente submersa no carinho que estava recebendo de suas mãos calejadas, meu corpo se tornava cada vez mais pesado e mole, até que quando me dei conta percebi que era Stiles que sustentava completamente o meu peso. Eu estava completamente jogada em seus braços, o beijando insamente.
As lágrimas ainda banhavam o nossos rostos, deixando nossas faces pegajosas e úmidas enquanto nossos lábios se moviam com desespero, cada célula do meu corpo gritava em agonia ao pensar que estive tão perto de perde-lo e isso fazia com que eu o puxasse para mais perto, desejava fundir os nossos corpos para que ele nunca mais se afastasse de mim.
– Lydia. - Stiles falou rouco e trêmulo, separando as nossas bocas e eu gemi contrariada, pois meu corpo ardia de desejo. - É melhor nós sairmos daqui.
Ignorei o que o humano disse e o beijei novamente, chupando a sua língua e deslizando os dedos pela sua nuca. O garoto estremeceu e eu percebi claramente que ele havia se arrepiado, suas mãos automaticamente deslizaram para debaixo da minha blusa, roçando os dedos nas minhas costas nuas, até que ele soltou um gemido contrariado e interrompeu o beijo novamente.
– Lydia, por favor, não estou com um bom auto controle. - O menino falou relutante e eu me afastei dele, emburrada, até finamente olhar em volta e me lembrar do que havia acontecido, nós ainda estávamos no meio da rua em plena madrugada, meu carro estava amassado e a caixa do Nogtisune tremia no chão a poucos metros de distância.
– Acho melhor irmos até a casa de Scott. - Sugeri e garoto concordou rapidamente enquanto eu pegava o celular e ligava para o alfa avisando que estávamos indo até sua casa.
Enquanto eu dirigia, com o carro amassado, Stiles permanacia em silêncio, ele parecia pensativo e uma hora ou outra algumas lágrimas escapavam de seus olhos. Eu já havia parado de chorar, mas minha cabeça latejava com uma dor aguda enquanto eu pensava em tudo o que havia acontecido naquela noite e principalmente, pensava na caixa do Nemeton guardada no porta malas.
– Stiles, olha para mim. - Falei com firmeza assim que estacionei o carro na frente da casa de Scott. - Stiles! - Chamei mais uma vez até o garoto finalmente me encarar, seu olhar estava destruído e pesaroso.
Antes de ter coragem de falar, eu puxei o rosto de Stiles e fiz com aquele ele apoiasse a cabeça em meu peito, não havia nenhuma malícia na atitude, o garoto estava frágil e precisava de aconchego, eu conhecia aquele seu olhar desesperado e sabia que naquele momento ele se sentia novamente como uma criança que perdeu a mãe, sem rumo e desolado.
– Eu estou aqui com você. - Sussurei enquanto afagava os seus cabelos embaraçados. - E por favor, nem pense em se afastar de mim, nós vamos dar um jeito nisso, esse demônio não vai mais...
– Ele não me obrigou a nada Lydia, eu quis liberta-lo, se você não aparecesse... - O garoto me interrompeu e depois sua voz falhou quando ele engasgou com o próprio choro.- A caixa estava debaixo da minha cama, assim que a achei eu não lembrei de nada, mas depois...o Nogtisune mostrou que fui eu Lydia, fui eu mesmo que roubei a caixa há meses atrás.
– Você que trouxe a caixa para o seu quarto? - Perguntei engulindo em seco.- Por que você faria isso?
– Ele tem mais controle sobre mim do que eu imaginava. - O menino choramingou baixinho e afastou o rosto de mim, voltando a se sentar rígido no banco do carro.- Na primeira vez que fui possuído eu não tinha consciência disso, eu fazia as coisas e simplesmente não tinha memórias das minhas atitudes e isso está acontecendo de novo, ninguém pode confiar em mim ou se aproximar, eu não sei até que ponto estou sendo controlado.
– Não! - Falei mais rígida do que esperava e Stiles se sobressaltou quando virei de frente para ele e coloquei a mão em seu rosto. - Lembra o que te falei de como é a minha vida sem você? Eu não vou suportar isso Stiles, você nunca mais vai se afastar de mim.
– Mas é para...
– Que droga Stiles! Será que você não percebe o quanto eu te amo? - Minha voz saiu raivosa e eu bufei saindo do carro, batendo a porta com fúria, o humano cambaleou para fora do carro logo após de mim e me encarou com uma expressão idiota que era, infelizmente, linda. - Eu não me importo se você está prestes a se possuído e que a qualquer momento pode tentar me matar!- Eu praticamente gritava na madrugada, sem me importar se eu acordasse todos os vizinhos. - Da mesma forma que você não se importou de ser torturado por minha culpa, então não fale isso sem nem saber como foi a minha noite! Eu acabei de ver três corpos estraçalhados, escutei os gritos de uma mulher antes de morrer, tive várias premunições de mortes e tudo isso porque antes eu o vi morto Stiles, eu o desenhei sem vida e não posso deixar que isso torne realidade.
– Lydia, eu...- A voz de Stiles estava sufocada, seu rosto estava perplexo e eu o interrompi antes que terminasse de falar.
– Eu não posso deixar que você morra, então para de ser estúpido e não fuja de mim! - Respirei fundo enquanto ele se aproximava lentamente de mim.- Eu só quero que você fique comigo e tente agir como se tivesse uma vida normal, com problemas humanos e nós vamos dar um jeito em tudo, vamos matar a desgraçada da Kate, expulsar essa névoa miserável e impedir que o Nogtisune te possua, nós podemos fazer tudo isso, desde que você fique comigo. - Stiles segurou meu rosto com as duas mãos e me encarou com os olhos marejados e firmes. - Eu só preciso que esteja perto de mim, que me beije quando tudo der errado, que durma comigo para espantar os pesadelos, que...
Os lábios de Stiles se expremeram contra os meus por breves intantes, imóveis, apenas desfrutando dos segundos intermináveis, depois afastou nossas bocas e colou nossas testas, ele ainda chorava com as pálpebras fechadas quando seus dedos começaram a deslizar pelo meu rosto, como se quisesse ter certeza de eu era real.
– Eu também te amo Lydia Martin. - Ele sussurrou rouco, fazendo com que meu coração falhasse uma batida. Tentei aproximar nossas bocas novamente, mas Stiles se afastou com um sorriso discreto. - Você não consegue ficar com raiva de mim não é mesmo?
Encarei seu olhar irônico e seu sorriso sarcástico. Não pude evitar de sorrir também, pois apesar de tudo o que estava acontecendo a nossa volta, todos os problemas e perigos, Stiles continuava sendo Stiles, o garoto irritante, sentimental e irônico, que de alguma forma conquistou meu coração.
Enquanto Stiles fosse ele mesmo eu sobreviveria a tudo.

***

3 meses depois.

Pov.Stiles

Eu não conseguia acreditar que ainda estava vivo, mas apesar de tudo meu coração ainda batia em meu peito, e ao me encarar no espelho eu conseguia reconhecer os olhos cor de avelã, eu ainda era eu mesmo.
Respirei fundo e me afastei do espelho, pegando o casaco de moletom e o celular, que era o que faltava para poder sair de casa.
Quando ia sair do quarto, parei com um pensamento que me ocorreu e olhei com receio para debaixo da minha cama.
Tomei coragem e fui até a cama com passos largos, me ajoelhando no chão e esticando a mão para debaixo na cama e então, senti novamente o cilindro em meus dedos trêmulos. Puxei a caixa com rapidez e encarei incrédulo a caixa do Nemeton, eu havia feito aquilo mais uma vez enquanto dormia.
– De novo Stiles? - A voz do meu pai falou cabisbaixa e eu me virei em sua direção, envergonhado, e lhe entreguei com certa relutância a caixa em que o demônio estava preso.
– Nós sabemos que só estamos adiando o inevitável.- Falei firme, eu não estava enganado ninguém, deixava claro para meu pai e para toda a acalteia que era só uma questão de tempo até eu ser possuído.
– Não Stiles! Scott e Deaton estão fazendo todo o possível para...
–Todos os planos deles deram errado. - Murmurei me lembrando do dia em que eu e Lydia contamos para o alfa o que estava acontecendo em relação ao Nogtisune e a primeira solução foi sempre colocar alguém da matilha de olho em mim, para que eu não fizesse nenhuma besteira, logo depois decidiram que eu não iria saber de nenhum plano que fizessem, para impedir que eu os traisse se fosse possuído. - A única coisa que mudou é que agora tenho babás diariamente.
– Você sabe que isso é para seu próprio bem Stiles... - Meu pai falou segurando em meu ombro quando tentei sair do quarto. - Tenho certeza que eles vão encontrar outro lugar para esconder a caixa, algum lugar que você não possa achar.
– E vai acontecer a mesma coisa que aconteceu todos os dias, a caixa vai retornar debaixo da minha cama. O Nogtisune sempre acha uma maneira de me usar. - Lágrimas ameaçaram a cair dos meus olhos ao lembrar das noites em que acordava sujo de terra ou tinha apagões repentinos na sala de aula e quando acordava estava no chão do meu quarto, ao lado da caixa. Mesmo com toda a proteção da alcatéia, sempre acontecia uma mínima brecha da vigilância deles e eu simplesmente desaparecia por horas.
– Stiles... - A voz do meu pai ficou sufocada e eu precisei o encarar por apenas alguns segundos para entender o que ele estava pensando. - Não posso ficar sem meu filho.
Sem pensar, me joguei nos braços do Xerife e o abracei com força, não suportava ver aquele olhar triste por minha causa e nem queria imaginar como seria sua vida sem que eu estivesse ao seu lado para cuidar dele. Meu pai já havia perdido a mulher que amava e agora estava prestes a perder o único filho.
– Eu preciso ir. - Falei contendo a emoção e me afastando dele, pois não suportaria aquele sentimentalismo por muito tempo. - Lydia e Malia estão me esperando.
O homem apenas concordou com o rosto e eu sai o mais rápido possível de casa, entrei no Jeep e coloquei o som no último volume em um rock qualquer, eu precisava esvaziar a minha mente das coisas sombrias, então deixei que meus pensamentos se voltassem para as duas mulheres da minha vida. Minha não oficial irmã e a garota que eu amava, minha "quase namorada".
Malia havia voltado a se aproximar de mim após explicar que não estava indo na minha casa porque durante a semana que Lydia ficou comigo ela sentia o cheiro da Banshee e de nossos hormônios, logo decidia que era melhor não ir dormir comigo, deduzindo que Lydia e eu estávamos fazendo algo que, infelizmente, nunca havíamos feito.
Aos poucos a nossa relação pareceu ser acertar, apesar da coiote continuar sem pudor na minha frente, ela nunca mais tentou ficar comigo e não demonstrava incomodo quando me encontrava com Lydia, apenas mostrava curiosidade e fazia algumas perguntas indiscretas do que fazíamos ou não fazíamos. E além disso, havia um garoto na escola, um tal de Brad que parecia interessado nela e inclusive havia a convidado para o baile e apesar dela negar, eu achava que a menina podia estar se interessando por ele.
Revirei os olhos ao pensar no baile, eu nem a menos sabia como havia sobrevivido até o final do ano e agora tinha que me preocupar com o baile, já que de alguma forma Lydia me convenceu a ir. Meu rosto queimou de vergonha ao me lembrar como a garota havia me convencido, ela tinha jogado sujo. Estávamos no carro dela, nos beijando com ela no meu colo e então a Banshee começou a me provocar até eu dizer que iria ao baile e ela apenas sorriu vitoriosa e me expulso do carro, dizendo que tinha uma prova e que precisava estudar. Eu não suportava mais as provocações de Lydia, ela estava me enlouquecendo, era a única coisa que eu pensava mais do que meus próprios medos, perto dela não havia perigo algum, eu sentia somente um desejo devastador e uma felicidade estúpida e incoerente por estar com a garota que sempre amei. Não me importava que Lydia havia previsto a minha morte e que era atormentado todas as noites pelo demônio que destruiu a minha vida, ainda assim, a garota me trazia uma paz inexplicável.
Estacionei na frente da casa de Lydia e a garota já me esperava com uma expressão raivosa. Sai do Jeep na tentativa de a cumprimentar, mas a menina passou direto por mim, rebolando execisavamente enquanto andava, como sempre fazia quando estava irritada e entrou no carro batendo a porta do carro com força.
– Desculpa pelo atraso... - Falei quando entrei no carro com minha melhor expressão de coitadinho, mas a Banshee tinha um enorme bico nos lábios e bufou, revirando os olhos. - Ou você ainda está com raiva por causa da Malia..?
– Eu não esperava outra atitude de você, está sempre se atrasando!- Lydia falou bufando e eu mordi a boca com força para não rir de sua expressão adorável de impaciência.- E não vejo necessidade da Malia ir com a gente, eu pedi primeiro para você fazer compras comigo!
– Mas é a primeira vez que ela vai em um baile Lydia, ela também precisa de ajuda para escolher a roupa.- Falei, tentando a convencer inultimente que era necessário que Malia fosse com a gente para o shopping comprar o vestido para o baile. - Para falar a verdade eu nem sei porque você me chamou, como você espera que eu te ajude a escolher um vestido?
– Para a Malia você não se importa de ajudar! - Ela falou irritada.- Agora para mim que sou a sua...- Lydia parou de falar, percebendo o que estava prestes a dizer e pareceu ficar mais pálida do que o normal.
– Namorada? - Perguntei a provocando e a garota me fuzilou com o olhar.
– Cala a boca e dirija logo Stilinski!


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Notas finais do capítulo

Eu coloquei misturado algumas cenas do próximo capítulo com cenas do final da fic, então espero que gostem dessas pequenas amostras do que está para acontecer e que isso os deixem ansiosos apesar do final desse capítulo não ter sido com suspense!

Nos próximos capítulos...


"...sua boca passeava pelo tronco da menina, chupando e mordendo a sua pele com crueldade e ansiedade, ele sentia a necessidade de explorar cada centímetro daquele corpo de curvas exuberantes..."

" Frações de segundo se passaram e os cacos de vidro desabaram a sua volta(...)atingindo a todos(...)"

"Eu não posso te perder!"

"(...)caiu no chão em um baque doloroso e eu me joguei de joelhos ao seu lado, sem me importar com o perigo que estava correndo."

"(...)as bocas se movendo com desespero e desejo, as línguas se misturando e dançando sensualmente, explorando a boca um do outro enquanto Stiles corria as mãos pelo corpo da menina sem nenhum pudor(...)"

"(...)ela pode sentir o calor vir do seu peito, inundar sua garganta e se derramar pelos seus lábios escancarados, rasgando a atmosfera com um som agudo e desesperado(...)"

"(...) acabou com outra vida e por nada, pois agora é você que vai morrer."

" - Me mata!- O desespero saiu pela minha voz, eu não queria e nem merecia viver, pois só causava sofrimentos a todos a minha volta."

" - Você não pode fazer isso comigo! Você não pode me deixar! -(...) gritava com raiva (...)só queria obrigar que a sua voz causasse algum efeito no corpo inerte
(...) não correspondia a nada."

"(...) naquele momento eu não me importava com minha própria dor, apenas chorava encarado o corpo caido de modo desplacente em uma poça de sangue."



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