Can't Go Back escrita por Gessikk


Capítulo 21
Capítulo 21- O Começo do Fim


Notas iniciais do capítulo

Oii gente!! Bem...eu sei que prometi explicações para algumas pessoas nesse capítulo... Maaas acabou que não explica muita coisa Haha! Mas fiquem tranquilos que logo vocês vão entender tudo!

Novamente, para entenderem melhor estou colocando trechos de vários capítulos anteriores, provavelmente agora sempre vai ser assim, pois a história está começando a se encaixar com cenas que aconteceram no início da fic!! E ok...pesar de eu gostar disso, estou ficando preocupada porque acho que o fim está se aproximando, por isso esse capítulo tem esse nome, pois aqui começam cenas que vai nos levar para a conclusão da fic!


Nos capítulos anteriores....

"– A morte se aproxima - A caçadora falou a centímetros de distancia..."

"...eu quis gritar para ela voltasse para mim " Tome cuidado, a escuridão se aproxima novamente, outro herói irá cair." "

" - Você é meu Stiles.-.... agora o quero só para mim.- Ela confessou baixo. "

".... o e o Nogtisune se fez em pó e então, o espírito foi preso em uma caixa de madeira, com o símbolo do Triskle. Era a mesma caixa que estava nas minhas mãos.
E o ser que se agitava dentro dela era o Nogtisune."



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Pov. Stiles

A caixa do Nemeton tremia em minhas mãos, podia sentir a força sombria se mover dentro da madeira com fúria, lutando para sair.
– Abra.- Aquela voz doentia sussurrou no meu ouvido.
Olhei para o lado devagar, o suor pingava no meu rosto apesar do frio que dominava meu corpo. Assim que virei o rosto encarei Nogtisune a poucos centímetros de distancia, o rosto enfaixado quase encostando no meu.
– Abra Stiles.- Ele falou com mais força e o hálito podre de decomposição atingiu meu rosto. - Me deixa entrar!- Ele insistiu e eu fechei os olhos com força, as lágrimas despencando pela minha face.
– Você não é real.- Murmurei trêmulo tentando acreditar no que dizia, mas assim que abri os olhos pude ver que o monstro permanecia ao meu lado.
Virei a cabeça em direção a caixa que segurava e não pude resistir ao ímpeto de deixar meus dedos roçarem no Triskle gravado na madeira. Bastava girar delicadamente aquela tampa e eu liberaria o poder sombrio, novamente seria invadido por aquela força, por aquela confiança e controle, que por mais que quisesse negar, havia amado.
– Eu sei que você também quer isso Stiles.- O monstro falou ao mesmo tempo que sua mão ia até a minha, fazendo com que meus dedos se enroscassem em torno da tampa. - Abra Stiles, e será mais forte do que a primeira vez, eu darei o poder que sei que deseja, nunca mais se sentirá frágil ou indefeso.
Estremeci e comecei a girar a tampa bem lentamente, aquele desejo sombrio que havia dentro de mim parecia vir à tona. Fechei os olhos e relembrei do prazer mórbido e doentio que senti ao sugar cada dor, cada morte, deixei que todos os sentimentos e desejos que eu oprimia constantemente me invadissem. Eu podia enganar a todos, menos mentir para mim mesmo, eu havia gostado do tempo com o Nogtisune, eu havia ansiado por mais daquela força e poder descomunal, tinha absoluto controle sobre todos, não era mais o pequeno e indefeso Stiles, não era mais aquele humano patético. Eu era uma força indestrutível e todos me temiam.
Abri os olhos decidido e percebi que minhas mãos pararam de tremer. Eu nunca mais seria ridicularizado como quando tive o ataque de pânico, ninguém iria rir de mim novamente, eu não choraria e nem entraria em desespero. Nunca mais seria menosprezado por alguém e nenhuma regra poderia me deter, eu desejava manipular e enganar cada pessoa ao meu redor, desejava sentir a dor e a morte correndo pelas minhas veias e invadindo meu corpo, me tornando ainda mais forte, ficaria invencível cada vez que alguém sofresse.
– Ninguém poderá nos deter dessa vez Stiles, não o separarão de mim novamente.- O monstro falou com confiança.- Nos uniremos da forma certa e você ficará grato por cada vez que receber do meu alimento, eu te tornarei forte e você me tornará livre.

#Abertura#

Pov. Lydia

– Lydia, Lydia! Calma meu amor.- A voz da minha mãe soou preocupada e aflita, fazendo com que eu acordasse assustada.
– O que foi?- Falei grogue sem entender o porque ela havia me acordado em plena madrugada.
– Você estava gritando Lydia.
– Estava?- Falei surpresa, sem conseguir me recordar do que havia sonhado, não lembrava de nenhum pesadelo.
– Então só volte a dormir querida.- Minha mãe falou calma, mas pude perceber sua expressão preocupada.
Concordei com o rosto, afundando novamente na cama e me cobrindo com o lençol enquanto buscava em minha mente qualquer recordação do que estava sonhando minutos antes.
O sono não vinha novamente, e depois de um longo tempo inqueita na cama, os meus pensamentos simplesmente se focaram em Stiles, o que fez com que me sentisse ainda mais agitada, pois o queria perto de mim.
Por um instante pensei em ligar para o humano mesmo sendo de madrugada, mas depois desisti da ideia, pois sabia como seu sono estava sensível e como era difícil para ele conseguir dormir novamente após ser acordado, então não iria incomoda-lo apenas para me mimar.
Levantei da cama e acendi a luz do quarto, desistindo de dormir. Sentei em frente a minha mesa de estudo e peguei uma folha em branco e um lápis, deixando que minhas mãos traçassem retas aleatórias, apenas para desfrutar a sensação de desenhar, era algo que sempre me relaxava.
Minhas mãos se moviam automaticamente segurando o lapis com leveza entre meus dedos. Fechei os olhos sentindo um formingamente subir pelo meu braço e continuei riscando o papel, sem me importar nem um pouco com o que desenhava.
Minha mão parecia saber o caminho certo que seguiria, então nem sequer abri os olhos, apenas fiquei naquele estranho estado de tropor que me invadia, fazendo com que meu corpo se tornasse pesado ao mesmo tempo que o atrito com a folha era quase inexistente, o garfite mal roçava na folha.
Minha mão parou de mover por vontade própria. Abri os olhos, grogue, despertando do torpor e encarei o relógio surpresa vendo que havia se passado três horas. Soltei o lápis e estiquei meus dedos doloridos pelo esforço, estranhei o tempo que fiquei fora do ar e encarei curiosa a folha esperando encontrar traços aleatórios, mas a imagem a minha frente me fez perder o fôlego.
Meus lábios se escararam de horror e passei os dedos por cima do desenho, querendo confirmar se aquilo era real, não podia acreditar que eu tinha feito mesmo aquilo. Apesar de ter talento para o desenho, eu jamais havia feito uma imagem tão detalhista, real e macabra como aquela.
No desenho havia um corpo estirado no chão e em frações de segundos reconheci que era Stiles, pois apesar de querer negar com todas minhas forças, eu conhecia perfeitamente traços do seu rosto, uma mistura de inocência com a sensualidade que transmitia, o nariz empinado, as pintinhas espalhadas, o cabelo escuro e totalmente emaranhado.
Stiles estava com uma roupa inteiramente rasgada e suja, deitado sobre milhares de cacos de vidro que chegavam ser perturbadores de tão reais. A blusa em farrapos deixava a mostra as suas imensas cicatrizes, os braços e o rosto estavam repletos de novos machucados, sangue escorria de suas feridas e de sua boca entre aberta. Seu rosto estava inconsciente e sem vida e ao seu lado, subindo pelos seus ombros e roçando o seu rosto, havia uma névoa, com os tentáculos se esticando em sua direção.
Lágrimas escaparam dos meus olhos, levantei da cadeira assutada e dobrei a folha, a colocando logo em seguida em bolsa pequena. Tirei meu pijama e coloquei uma roupa qualquer, peguei meu celular e liguei imediatamente para Deaton.
Apesar da voz grogue de sono, assim que eu expliquei o que havia acontecido Deaton disse que iria para a clínica veterinária imediatamente e para eu ir encontra-lo lá.
Sai de casa silenciosamente, pulando pela janela como muitas vezes havia feito, quando queria sair escondida dos meus pais para me encontrar com Jackson ou ir para uma festa que meus eles não queriam que eu fosse.
Uma Banshee previa a morte. Esse pensamento rondou a minha cabeça de maneira assustadora, e apesar da verdade inegável, eu simplesmente não podia aceitar o fato de que havia presvito a sua morte. Não dele, do meu Stiles, eu não suportava sequer pensar na possibilidade de perde-lo.
Tinha que ter algum engano ou alguma forma de mudar aquilo, não me importava se isso era o seu destino, eu não deixaria Stiles morrer.
Não prestava atenção nas ruas desertas, o silêncio era ensurdecedor e a escuridão era opressora em meio a madrugada enquanto dirigia automaticamente, já que sabia chegar a clínica veterinária sem dificuldades.
Estacionei o carro e andei ainda envolvida pelo tropor, meus pensamentos concentrados somentes em Stiles. Bati algumas vezes na porta e me assustei ao me deparar com Derek.
Estava prestes a perguntar alguma coisa, mas minhas pernas se moveram por vontade própria e eu entrei no loft vendo Callie encolhida em uma cama de casal e Malia esparramada no sofá. Por alguns instantes me perguntei o que a coiote fazia ali e o mais importante, como eu havia ido ao loft de Derek, mas senti uma queimação vindo do meu estômago e subir com rapidez pela minha garganta.
Meu primeiro pensamento foi que ia vomitar, mas assim que meus lábios se abriram um grito atordoante escapou de minha boca. Senti meu coração acelerar e o mundo embaçar a minha volta, um pressimento de morte invadiu minha mente de maneira sobrenatural, nunca havia sentido tanta certeza como naquele momento.
Quando o grito se sufocou, minhas pernas e mãos tremiam. Cambalei alguns passos para trás e vi de relance que Derek, Malia e Callie tentavam se aproximar com receio.
– O que houve?- Derek falou com as mãos erguidas a minha frente, parecendo prestes a me segurar se eu ameaçasse a cair.
– Uma sensação horrível.- Falei rouca, sentindo o arrepio incontrolável subindo pela minha espinha. - Como se a morte se aproximasse.- Assim que proferi aquelas palavras me lembrei do que Allison disse em minhas alucinações "a morte se aproxima". - Acho que estou enlouquecendo.- Conclui ao me encostar na parede.
– Não acho que esta enlouquecendo- Derek falou sério.-Mas os seus dons que estão evoluindo.
– O que você quer dizer com isso?- Perguntei sem querer ouvir a resposta que já sabia.
– Acho que alguém está prestes a morrer.
Engoli em seco e olhei para os lados,confusa, me lembrando que estava indo até a clínica e de alguma forma havia ido até Derek.
– Não sei como vim parar aqui. - Sussurrei trêmula. - Mas eu preciso ir até Deaton, preciso ir agora, ele está me esperando.- Conclui tentando ao máximo não pensar no que havia me atraído para loft, pois não suportaria saber que estava prevendo outra morte.
– O que? Mas Lydia...?- Derek falou confuso e Malia me encarava ainda sonolenta, sem parecer entender o que acontecia a sua volta.
– Fica tranquilo, eu vou com ela.- Callie disse segura e começou a trocar de roupa sem se importar com os olhares.
– Eu não prec...
– Não pedi permissão.- A caçadora disse me interrompendo e eu permaneci calada, a esperando, pois minha mente estava confusa demais para racionair ou formular qualquer resposta.
Quando tentei entrar no carro no lado do motorista, Callie simplesmente me empurrou para o banco do carona, perguntou para onde eu queria ir e começou a dirigir sem falar mais nenhuma palavra.
Agradeci internamente pela caçadora estar comigo, pois meu corpo ainda tremia e não seria capaz de dirigir o carro naquele estado, sentindo arrepios percorrerem por todo meu corpo e um enjôo se retorcer no alto do meu estômago, junto com uma forte queimação que me dava agonia. Sentia como se algo horrível fosse acontecer, algo que eu não era capaz de evitar ou entender, apenas ouvia um grito mudo nos meus ouvidos, como se as vozes tentassem se comunicar comigo e eu não fosse capaz de escuta-las.
Um berro alto e agoniante soou nos meus ouvidos. Me encolhi de agonia e coloquei as mãos em cima das orelhas, as lágrimas escaparam dos meus olhos enquanto ouvia o som torturado de uma uma mulher desesperada.
Parte de mim notou que Callie dirigia normalmente como se não escutasse o som, enquanto o resto do meu ser era estraçalhado pela agonia transmitida na voz da mulher desconhecida. A queimação em meu estômago se multiplicou dentro de mim e subiu corroendo pela minha garganta novamente como se fosse vomitar, mas assim que minha boca se escancarou, um berro foi despejado de dentro de mim, enquanto tentava de qualquer forma abafar todo o som a minha volta, não suportava mais escutar a agonia da mulher.
O carro parou bruscamente e meu grito finalmente parou depois de um tempo infinito de desespero, minha garganta doía e minha cabeça parecia ser esmagada por uma força invisível que estilhaçava meus pensamentos.
– O que esta acontecendo?!- Callie falou praticamente gritando e xingou alto batento as mãos com força no volante.
– N-não sei.- Falei gaguejando, eu simplesmente não entendia nada do que estava acontecendo. Tudo era um caos dentro de mim. - Já gritei três vezes.- Falei com receio.
Abri a porta do carro por ímpeto e andei pela rua deserta escutando a caçadora me chamar. Encarei a floresta por alguns segundos e senti uma estranha força me chamar, não resisti a curiosidade e caminhei lentamente até a floresta, começando a ouvir sussuros que iam aumentando a cada passo que eu dava.
" A escuridão se aproxima " era o que as vozes diziam, cada vez mais distintas e claras na minha mente, bastava eu me aproximar das árvores para que outras frases fossem faladas em meu ouvido: " Um heroi cairá. A morte se aproxima."
As mãos de Callie foram aos meus ombros no mesmo instante que comecei a entrar na floresta, a garota tentava me puxar enquanto eu encarava horrirazada a cena a minha frente. Não tentei fugir de suas mãos, apenas ergui um dedo em direção ao o que olhava e esperei em silêncio a sua reação.
– Lydia, quantas vezes você disse que gritou?
– Três.- Falei baixinho ao escutar o arfar da garota atrás de mim.
A encarei atordoada, sem conseguir ter nenhuma reação, me sentia paralisada e a caçadora concordou com a cabeça analisando atentamente os três corpos estraçalhados no chão.
Havia uma mulher e dois homens mortos no chão, não estavam somente sem vida, mas as tripas estavam espalhadas pela terra, poucas partes de seus corpos ainda eram reconhecíveis, marcas de presas e garras eram visíveis nos braços e pernas decepados.
– Foi a Kate não foi?- Perguntei insegura, mantendo meus olhos longe da cena mórbida enquanto Callie se agachava para procurar vestígios.
– Provavelmente. - A caçadora respondeu. - E foi bem recente, acho melhor ligar para Derek.
– Eu diria que aconteceu segundos atrás.- Murmurei baixo e os olhos curiosos da caçadora me encararam. - Eu escutei os gritos da mulher, dentro da minha mente.
– É normal escutar essas coisas?
– Para uma Banshee...- Falei respirando com dificuldade.
– Acho melhor eu ligar para o Deaton e falar que vai vê-lo só amanhã. - A garota falou se levantando e me analisando atentamente.- Acha que consegue dirigir sozinha até em casa enquanto eu chamo Derek e Malia para ajudar a rastrear a Argent?
Concordei com a cabeça em silêncio e cambalei para fora da floresta, sem nem sequer olhar para trás. De alguma forma, a dor excruciante em minha cabeça parecia ter aumentado e meus olhos desabavam água constantemente, mas mesmo assim entrei no carro e comecei a dirigir devagar, com as mãos trêmulas no volante, o carro mal se movia para evitar que eu me acidentasse pela minha distração.
Apesar da minha precaução, eu devia saber que naquele madrugada caótica tudo estava dando errado e que não podia acreditar inocentemente que seria capaz de chegar em paz em casa.
Em um instante eu olhava para a pista, pisquei por uma fração de segundos para expulsar as lágrimas dos meus olhos e então, quando minhas palbebras se abriram havia uma pessoa correndo em frente ao carro.
Pisei no freio com desespero e a figura pálida, que não pude distinguir, parou no meio da pista com os braços estentidos como se esperasse que eu o atropelasse.
Girei o volante em um rompante e o carro saiu da pista no ultimo segundo, se chocando com contra uma árvore.
Meu corpo foi impulsionado para frente e bateu novamente no assento. A dor excruciante em minha mente dominou todo o meu corpo.
A escuridão me levou a inconsciência.


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Notas finais do capítulo

No próximo capítulo...

" ....não havia nenhuma expressão em seu rosto....o olhar enlouquecido."

" - O que você está fazendo?- Perguntei com medo, as lágrimas aumentando assustadoramente.....olha para mim!- Implorei, mas seu olhar continuava perdido."

" - Eu quero o poder.-... Quero estar no controle de tudo..."

" - Me perdoa.- Ele falou baixo afastando o rosto....não sei por quanto tempo vou ter controle do meu corpo..."



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