Can't Go Back escrita por Gessikk


Capítulo 14
Capítulo 14- Me deixa sair


Notas iniciais do capítulo

Oii gente, para falar a verdade nem eu sei direito como já estou conseguindo postar hoje. Eu simplesmente estava naquele tédio esperando a prova começar e fui escrevendo, então cheguei em casa, continuei escrevendo e pronto! Surgiu um capítulo que eu nem esperava que ia existir, então, como não tinha planejado que ia ser assim, aquelas cenas que eu postei como no "próximo capítulo" não acontecem nesse capítulo, devem acontecer no próximo!

Ah! Tem um diálogo nesse capítulo que eu achei importante que vocês se lembrassem dessa fala do Stiles na segunda temporada:

" Esse é o problema, você não tem medo de se machucar. Mas sabe como me sinto ? Ficarei arrasado! E se você morrer, eu vou enlouquecer. A morte não acontece com você Lydia, entende ? Acontece com todos ao seu redor. E todos que estarão no seu funeral tentando saber como vão fazer para passar o resto da vida sem você. "

Bem é isso, espero que vocês gostem e esteja bom apesar de ser o primeiro capítulo que escrevo em um dia!!

No capítulo anterior...

"– Você vai morrer da mesma forma que tentaram me matar.- Suas garras roçaram em seu pescoço e eu fiz a única coisa que podia fazer, minha única defesa que era capaz de me tirar do estado de choque.
Eu gritei."



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Pov. Stiles

Havia somente escuridão diante dos meu olhos, por mais que eu tentasse não conseguia enxergar. Me sentia preso dentro do meu corpo inútil, queria correr e fugir ao escutar as ameaças de Kate, desejava abrir meus olhos e poder analisar Lydia, ver se ela estava bem, mas a única coisa que eu era capaz de fazer era gritar de dor e sentir meu corpo ser arrastado, espancado e ferido diversas vezes.
–Você vai morrer da mesma forma que tentaram me matar.- Escutei a voz gélida no meu ouvido, a respiração pesada e nojenta de Kate batia em minha orelha provocando calafrios.
Me debatia inultimente com os braços flácidos e cansados, atingindo o vazio a minha frente. Queria flutuar para fora do meu corpo, sair da carcaça inunda que me prendia e poder me jogar nos braços da garota que eu amava e estava se arriscando por mim.
Senti pequenas pontas afiadas roçando na pele sensível da base do meu pescoço, automaticamente parei de me debater esperando a nova dor me atingir. "Acabou." foi o único pensamento que eu tive, depois de passar por tantas coisas do meio sobrenatural eu morreria daquela forma humilhante, na frente de Lydia. Eu a deixaria sozinha depois de tudo o que passou, mas pelo menos toda aquela tortura emocional iria acabar para sempre.
Então, tudo ocorreu de forma inusitada. Um grito agudo e desesperado cortou o silêncio, minha cabeça latejou em resposta e senti meu corpo desabar no chão com fúria. Gritei com a dor do impacto e pus as mãos no alto da cabeça, protengendo meus ouvidos e lutei mais uma vez para obrigar minhas palbebras dormentes e inchadas a se abrirem.
A dor era escruciante, cada centímetro do corpo doía, mas nada se comparava a dor lancinante da minha perna. Minhas palbebras finalmente se abriram de maneira dolorosa, pelos olhos semicerrados pude ver Lydia a metros de distância, seu rosto cansado estava distorcido pelo desespero, seu tronco inclinado para frente enquanto seus lábios despejavam o grito que corroia a minha mente.
Olhei para mim mesmo com dificuldade, meus olhos ardiam pela claridade do sol, e pude ver minha perna retorcida de maneira desumana. Ótimo, além de tudo havia quebrado a perna durante a queda.
Minhas mãos cravaram na terra úmida e eu forcei meu corpo para frente, eu precisava me afastar da Argent que se contorcia de agonia no chão. Não tinha forças para me manter de pé, então continuei me arrastando, minhas feridas em atrito contra o solo em uma tortura agoniante. Eu chorava em soluços que rompiam da minha boca enquanto sentia minha pele maltrada ser aberta por pedras e galhos expalhados pelo chão.
O grito parou após minutos de tortura. Paralisei de medo ainda estirado no chão, onde estava não conseguia enxergar Kate, então meu olhar se encontrou com os de Lydia, ela ficou estática, os olhos verdes torturados me analisando com agonia. Meu coração acelerou e falhou, seu rosto lindo denunciava seu choro e marcas enormes de olheira manchavam seu rosto, ela estava visivelmente mais magra, a face completamente abatida e fragilizada.
Observei a expressão de Lydia se contorcer em pavor repentinamente, seus olhos se focaram em algo atrás de mim. A agonia de não conseguir ver o perigo se contorcia no meu estômago, um rosnado alto e furioso surgiu longe do meu campo de visão. Virei a cabeça para trás com dificuldade e pude ver Kate exibindo sua pele azul e presas, ela rosnava furiosamente na direção de Lydia.
A caçadora tomou impulso e correu em direção a menina com fúria. Permaneci paralisado, não tinha capacidade de sequer gritar, o medo me mantinha algemado na terra molhada, não havia nada que eu pudesse fazer para obrigar meu corpo destruído a se movimentar. Então, um novo e familiar rugido surgiu entre as árvores e em uma velocidade assustadora um vulto se chocou contra Kate antes que ela fosse capaz de chegar até Lydia.
Era Malia. O alívio me atingiu de tal forma que não pude deixar de sorrir mesmo em meio a dor ao ver a garota furiosa e corajosa, seus olhos azuis brilhavam de fúria e ela se mantinha na frente de Lydia, a protegendo.
– Pega o Stiles.- Malia ordenou e Lydia correu a minha direção enquanto a coiote voltava a atacar.
A garota desabou ao meu lado, suas mãos foram de encontro com meu rosto e ela começou a chorar enquanto os olhos verdes me analisavam.
– Eu preciso te tirar daqui.- Ela murmurou fraca e tentou puxar meus braços.
Não consegui reprimir o gemido de dor e ela me soltou imediatamente, a expressão assustada e preocupada. Pude ver a compressão invadir seus olhos quando ela percebeu que nunca conseguiria me tirar do chão.
Apesar da dor que sentia eu estava feliz, pois já sabia que iria morrer de qualquer maneira, não tinha mais esperanças e nem queria viver com tanta culpa e medo açoitando a minha mente, então havia aceitado a morte em umas das torturas que recebi e percebi que ficava feliz em poder partir, pois não haveria mais dor e nem mais mortes a minha volta, mas eu esperava partir de forma humilhante como eu realmente merecia e não assim, tendo o privilégio de admirar o rosto de Lydia próximo ao meu, seus olhos demonstrando preocupação comigo.
Isso era muito mais do que eu podia esperar, poder morrer ao lado dela escutando sua doce voz chamando meu nome repetidas vezes. Fechei os olhos e aprecei a sensação do sangue quente jorrando da minha pele, eu nunca havia sequer imaginado que existia tipos tão distintos de dor que um corpo era capaz de suportar.
– Stiles, não desista! Por favor! Eu não sei viver sem você! - A ouvi falar em meio a soluços, seus braços ainda lutavam para me erguer, causando mais dor em meu corpo, mas mordi a boca com força para não demonstrar isso.- Isso tudo é c-culpa minha.
O que ela disse fez minha alma moribunda se erguer, entre abrir os olhos com dificuldade e tentei encontrar forças para lhe dizer que não era sua culpa, mas o ar escapava dos meus pulmões e meu coração já falhava as batidas.
Estúpida morte, eu já tinha a aceitado de bom grado e ela não era capaz de me deixar viver por breves instantes para poder falar pela última vez, eu precisava explicar o quanto eu era despresivel para que Lydia não sofresse com a minha morte, mas se alegrasse comigo. Ela precisava entender que eu não estava desistindo, pelo contrário, aquele era o meu último ataque, eu precisava morrer para manter as pessoas longe do perigo.
Morrer era a única coisa boa que eu podia fazer.
– Lembra o que você disse para mim Stiles?- Lydia chorava copiosamente, suas mãos envolviam meu rosto. - Você disse que a morte não acontecia para mim e sim para as pessoas que estavam ao meu redor. Lembra disso?- Ela perdeu o fôlego e eu senti as lágrimas quentes rolarem pelo rosto, é claro que eu me lembrava.- E eu não quero saber como passar o resto da vida sem você, eu não quero enlouquecer Stiles e é isso que vai acontecer se você for!
Abri a boca para responder, mas um liquido quente subiu queimando pela minha garganta. Virei o rosto e meus lábios despejaram sangue, não entendi o que estava acontecendo até escutar uma voz rouca, apavorante e familiar na minha mente " Me deixe entrar Stiles" .
O sangue na minha boca me impediu de gritar ao escutar aquela voz, mas em resposta a aquele som senti perder controle do meu próprio corpo. Minha cabeça tombou no chão, meus braços e pernas se cortoceram e se debateram no vazio, meu tronco começou a ter espasmos e eu tinha total consciência do que acontecia a minha volta.
" Me deixa entrar. Me deixa entrar. Me deixa entrar." a voz repetiu milhares de vezes enquanto eu buscava barreiras em minha mente que pudessem me proteger, mas a porta ainda estava aberta. Recordei imediatamente de Deaton falando da porta entre aberta em nossas em mentes e dizendo que precisavamos fecha-la. Estúpido, estúpido, me preocupei tanto em me livrar do Nogtisune, mas nunca havia fechado a porta em minha mente.

#Abertura#

Pov. Lydia

– Me deixa sair, me deixa sair.- Stiles falava enquanto tinha uma convulsão, ainda saia sangue pela sua boca e ele não parecia ter consciência do que falava. - Me deixa em paz, me deixa sozinho.
– Não Stiles! Volta para mim!- Implorei, mas o seus olhos âmbar estavam distantes, se revirando na órbita de seu globo ocular. Ele não me ouvia.
Um baque alto chamou a minha atenção e vi o corpo da Malia se arremessado a metros de distância, se chocando contra uma árvore que quebrou com o impacto. Kate rosnou vitoriosa e correu em sua direção.
– Malia não!- Gritei impotente, não havia o que eu fazer, se eu tirasse a mão da nuca de Stiles ele morreria engasgado no próprio sangue.
A Argent agarrou a coiote pelo pescoço e eu não sabia para onde olhar ou que fazer, eu apenas chorava em desespero. Malia iria morrer sem que eu tivesse sido capaz de salvar Stiles.
– Kate!- Uma voz grave, penetrante e assustorada invadiu a pequena clareira. Era a voz de Derek.
O lobisomem repleto de sangue agarrou o cabelo da caçadora a fazendo gritar e soltar Malia que caiu brutalmente no chão. A luta violenta começou de maneira devastadora, Derek estava enlouquecido de ódio, seus corpos se moviam com rapidez e agilidade, ambos atacando ferozmente.
– Malia! Me ajuda!- Gritei e a coiote se levantou cambaleando ainda confusa até que finalmente viu Stiles.
A garota não falou nada apenas tirou as minhas mãos da nuca de Stiles com rispidez e o segurou no colo como se fosse leve demais. O menino ainda se contorcia em seus braços, mas ela o segurou com firmeza, impedindo os movimentos do seu corpo.
– Naquela direção está o meu carro.- Falei apontando em direção a floresta e Malia concordou começando a correr velozmente.
A acompanhei alguns metros atrás, correndo até meus pulmões explodirem no peito. Quando finalmente cheguei até o meu carro Malia já havia quebrado a porta do carona e ajeitava Stiles no banco de trás.
– Fica com ele!- Ordenei e esperei alguns segundos enquanto ela colocava a cabeça de Stiles em seu colo, então dei a partida no carro, correndo desenfreadamente até o hospital.
Avancei diversos sinais e ultrapasse todos os carros que apareciam na minha frente enquanto Malia ligava para Melissa avisando que estávamos chegando com Stiles e logo em seguida tomava coragem de ligar para o Xerife falando para ele ir direto para o hospital.
O desespero do senhor Stilinski do outro lado da linha e a voz rouca e doentia de Stiles repetindo milhares de vezes "Me deixa sair" estava me enlouquecendo.
Ao chegarmos no hospital já havia uma maca do lado de fora. Foi preciso três enfermeiros para conseguirem conter Stiles, ele havia parado de convulcionar, mas seus olhos continuavam perdidos, sem nenhuma lucidez.
– Não! Me deixa sair!- Ele gritou quando o colocaram na maca.- Não me prendam!- Stiles falou começando a soluçar em desespero quando os enfermeiros precisaram prender seus braços e pernas para que ele parasse de se debater.
– Stiles! É para o seu bem!- Melissa falou tentando acalma-lo, mas ele continuou chorando e atrapalhando os médicos que tentavam o levar para emergência o mais rápido possível.
Seu olhar dourado se encontrou com o meu e ele choramingou, os pulsos se retorcendo enquanto tentava se livrar das amarras.
– Não deixem que me machuquem de novo! Por favor!- Ele me implorou.- Não deixem que me torturem de novo!
– Eles vão te ajudar.- Falei trêmula, um bolo se formando em minha garganta.
– Não deixa que me levem!- Sua voz era desolada como uma criança amendotrada e pude ver a clara magoa quando ele percebeu que eu não o tiraria dali, então seus olhos se voltaram para Malia que estava ao meu lado.- M-malia, por favor me mata, por favor, não deixa que eu perca minha mente novamente.
Essa foi a sua última fala antes de sumir pela ala de emergência.
– Malia.- Eu falei após minutos em que estávamos paralisadas no corredor do hospital, sem nenhuma reação.- Vai atrás de Derek.
– Mas o Sti...
– A gente não pode fazer nada para ajuda-lo agora.- Minha voz saía seca e rouca, ela abriu a boca para falar, os olhos percorrendo meu rosto de forma preocupada. - Eu vou ficar bem.- Falei e ela desistiu de dizer qualquer coisa, apenas correu para fora do hospital.
– Querida, você esta bem?- Uma enfermeira de cabelos grisalhos perguntou para mim.
Olhei para os lados confusa e percebi que ainda estava paralisada no meio do corredor, sem mover um músculo sequer.Eu havia parado de chorar e simplesmente era incapaz de ter qualquer reação, estava em estado de choque.
– Sim,estou bem.- Menti descaradamente com a voz tremula e obriguei as minhas pernas pesadas se moverem até o banco de espera.
Desabei na cadeira e fiquei encarando a parede a minha frente, escutando o grito familiar de Stiles percorrer por todo hospital. Ele de alguma forma ainda estava consciente, sentia dor e medo, além do fato de ter enlouquecido.
A voz dele pedindo para que o matassem ainda ecoava em minha cabeça. Ele preferia morrer a conviver com o medo de que o machucassem outra vez.
Tudo isso por minha culpa.


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Notas finais do capítulo

Bem, como eu já disse não era nem para esse capítulo existir, então as cenas do próximo capítulo provavelmente vão ser s que eu coloquei no "Não tenho medo"

E ahh! Como eu estou muitooo feliz com todos os comentários que eu estou recebendo, eu queria saber se vocês tem alguma idéia, alguma sugestão que vocês querem que aconteça na fic, pode ser alguma situação ou cena, vocês que sabem, que ai, na medida do possível eu tento colocar essas idéias na história, afinal eu escrevo para vocês e quero muito que continuem animados e envolvidos com tudo o que acontece!

Obs.- Relaxam que eu já comecei a escrever momentos de consolo para o Stiles, apesar de ainda ter muitos problemas e traumas para lidar, não vai ser só sofrimento não! Haha



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