Lover Eternal - por Demetri Volturi escrita por Bia Kishi


Capítulo 30
Capítulo 30 - Eterno


Notas iniciais do capítulo

- Ainda vai me amar depois disso? – eu perguntei sinalizando para meu estado esfarrapado.
Demetri segurou minha mão junto aos seus lábios.
— Linda. Como sempre, e ainda mais – ele me beijou deslizando os lábios sobre minha pele.
Baixei meus olhos, fitando as tabuas de linóleo do chão – eu não sabia como contar á ele.



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-           Devo entender isso como um sim?

            Meu coração quase parou de bater, enquanto a doce melodia enchia meus ouvidos – eu não sabia o que dizer, nem conseguia me mexer.

-           Devo, minha Senhora?

            Virei meu corpo na poltrona bem devagar, meus olhos encontraram os dele. Demetri estava sorrindo levemente. Seus olhos eram de um vermelho leitoso e quase sem vida; mesmo assim, ele estava lá, vivo, e eu teria a eternidade para cuidar dele.

            Levantei-me com calma e caminhei até a borda da cama, onde sentei. Toquei o rosto de Demetri com a ponta dos meus dedos, suavemente, bem em cima das cicatrizes.

-           Ainda vai me amar, depois disso? – ele me perguntou sorrindo.

            Eu sorri mais

-           Ainda vai me amar depois disso? – eu perguntei sinalizando para meu estado esfarrapado.

            Demetri segurou minha mão junto aos seus lábios.

-           Linda. Como sempre, e ainda mais – ele me beijou deslizando os lábios sobre minha pele.

            Baixei meus olhos, fitando as tabuas de linóleo do chão – eu não sabia como contar á ele.

            Respirei fundo e soltei de uma vez.

-           Aconteceu.

-           O que aconteceu baby?

-           Eu me transformei – eu disse entre as lágrimas – me tornei o monstro. Você tinha que ver. Eu não pude controlar. Eu... Eu... Simplesmente não pude.

            Demetri secou minhas lagrimas com a ponta dos dedos.

-           Você nunca será um monstro, baby. Nunca.

-           Você diz isso porque não viu. Não viu o enorme lobo branco. Não viu meus olhos de fera.

-           Um dia isso iria acontecer. É parte de você.

-           Parte estranha.

-           Você já me viu caçando, Satine? Já viu no que eu me transformo? Já viu o que a sede de sangue faz comigo, ou com qualquer outro vampiro?

            Eu assenti.

-           Então não me diga que é um monstro – ele acariciou meu rosto com suavidade – eu te amo baby. Sempre amei e sempre amarei.

            Eu me joguei em seus braços, apertando o corpo de Demetri contra o meu.

            Demetri sorriu.

-           Só prometa que não vai rosnar para mim! E nem me morder! – ele brincou.

-           Bobo!

            Demetri se levantou ainda me abraçando.

-           Agora me deixe cuidar de você.

            Eu não disse nada, apenas o acompanhei.

            Demetri caminhou me envolvendo em seus braços até o banheiro e ligou o chuveiro, eu permaneci parada.

-           Lembra-se da primeira vez em que eu estive aqui?

-           Não.

-           Você ainda era um bebê. Filomena disse que eu não deveria espiar uma mocinha no banho e ela tinha razão, então prometo que vou ficar de olhos fechados.

            Eu sorri.

-           Só teremos um problema – ele pontuou – de olhos fechados eu vou ter que usar um pouco mais do meu tato.

-           Isso é uma promessa, general?

            Demetri se aproximou, e com os olhos fechados deslizou a camiseta para fora do meu corpo, deixando minha pele exposta. Eu deslizei a mão em sua camisa e soltei os botões, um á um. Ele chegou mais perto, enquanto suas mãos brigavam com o fecho da minha calça jeans. Todo o meu corpo se arrepiou com o toque - eu suspirei.

-           Minha Satine. Minha – ele sussurrou em meu ouvido.

            De olhos ainda fechados, Demetri me conduziu até o chuveiro. A água estava morna e parecia especialmente agradável em meus ferimentos. O chão do banheiro ficou rosado de sangue.

            Demetri aspirou o ar cuidadosamente.

-           Ah Satine. Não faz idéia de como é doce para mim. De como eu quero. De como eu desejo.

            Eu o abracei, forçando meu corpo contra o dele. Eu podia sentir cada centímetro do corpo de Demetri colado ao meu. Em mim, existia um misto de ânsia e medo. Desejo e antecipação – eu o queria. Eu o queria com todas as minhas forças. Arqueei o pescoço em sua direção.

-           Beba.

            Demetri ofegou, arranhando minha pele com seus dentes.

-           Beba de mim. Beba de minha veia.

-           Não faça isso, Satine. Não me ofereça.

-           Beba. Eu quero sentir Demetri.

            Antes que eu pudesse completar a frase, dentes afiados rasgaram a pele do meu pescoço. A sensação do veneno fazia com que todo o meu corpo formigasse e a sucção era como uma caricia profundamente sensual.

-           Hum – eu gemi.

            Demetri deslizava a lingua em minha pele, enquanto seus dentes mantinham o ferimento aberto. Meu corpo estava comprimido entre a parede de ladrilhos e o corpo de Demetri. Eu estava nua. Completamente nua, sentindo a pressão do desejo de Demetri contra minha carne.

-           Hum – eu gemi novamente.

            O general se afastou um pouco, lambendo a ferida de sua alimentação. Sua boca passeou em meu pescoço, descendo suavemente pelo meu ombro.

-           Eu te amo, baby. Eu te amo.

            Seu toque era firme e gentil. Sua boca brincava sobre meus seios, acariciando suavemente. Lentamente, Demetri desceu até minha barriga, lambendo meu umbigo e descendo até minhas coxas – eu arqueei o corpo com um gemido.

-           Quero que seja minha Satine. Quero que seja minha hoje. Só minha. Completamente minha – ele fez uma pausa e encarou meus olhos com todo o fogo que ardia nele – você só precisa me dizer que quer.

            Eu não disse nada. Meu corpo não sabia fazer nada mais além de reagir aos toques de Demetri. Meu Demetri.

            Quando eu não podia mais suportar o desejo e o prazer com os toques do meu general, eu grunhi entre gemidos.

-           Meu ame Demetri. Eu o quero. Quero agora.

            Demetri parou sem dizer uma só palavra. Eu caminhei pelo chão de madeira respingando água do meu cabelo, enquanto meu general me beijava. A cama parecia especialmente macia, quando meu corpo sentiu os lençóis de cetim.

-           Minha – Demetri repetiu junto ao meu ouvido.

-           Sempre.

            Seu corpo forte deitou-se sobre o meu e Demetri afastou minhas pernas suavemente, acomodando seu corpo entre elas. Eu sentia um misto de antecipação e medo e desejo. Meu corpo todo ardia de desejo.

-           Eu o quero Demetri. Quero ser sua – eu repeti.

            Os movimentos ritmados se tornaram mais profundos, mais intensos. Demetri ofegava em meu pescoço arrepiando ainda mais a minha pele; e eu podia sentir meu corpo todo reagir de prazer. Minhas unhas arranhavam a pele das costas dele, enquanto seus dentes brincavam em meu pescoço. Mais e mais, até que não pudemos mais nos controlar. Gemidos e sussurros e nossos corpos se movendo juntos sobre os lençóis.

 

***

            Quando os primeiros raios de sol se infiltraram pelas frestas da cortina, eu despertei. Meu corpo parecia dolorido e relaxado ao mesmo tempo e um leve respirar soprava ar em meu peito. Vida. O que ela soprava sobre mim, uma vez mais, era vida. Beijei cuidadosamente sua testa – eu não queria despertá-la, o dia havia sido difícil para ela. Ajeitei o corpo de minha vampirinha junto ao meu e a aconcheguei ainda mais – tudo que eu poderia desejar da vida estava ali. Satine era minha. Seu corpo havia sido meu, mas mais que isso; ela havia me entregado sua vida.

            Fiquei ali, com cara de bobo, observando-a dormir. Seus leves ressonos enchendo o quarto de vida; até que seus olhos se revelaram aos meus. Ela sorriu.

-           Está aí á muito tempo – Satine me perguntou.

-           Desde sempre – eu respondi.

-           Eu te amo Demetri. Eu te amo.

            Eu a apertei contra meu peito e a beijei. Uma caricia suave, enquanto minha língua explorava sua boca, seus dentes. Eu queria mais dela, mais de Satine em mim.

-           Vai me deixar sem ar. Se não se lembra, eu ainda preciso respirar – ela brincou.

            Deslizei minha mão pela curva de suas costas e ajeitei meu corpo uma vez mais onde eu poderia fazê-la minha.

            Satine suspirou.

-           Eu a quero uma vez mais, baby.

            Quando ela me beijou, eu soube que ela pensava como eu – havíamos esperado tempo demais e não seria fácil sairmos daquela cama.

            Não me lembro bem em que momento aconteceu, mais os raios amarelos se tornara alaranjados e quentes. Eu me levantei ajeitando a calça jeans. A tarde na toscana era mágica. Satine se levantou e se juntou á mim junto á janela.

            Lá fora, a cidade desconhecia tudo que havia se passado dentro daqueles muros. Tudo parecia igual, desde alguns séculos.

-           Vamos conseguir não é? – Satine me perguntou.

            Eu beijei o topo de sua cabeça, sentindo o perfume de seus cabelos.

-           Sim baby, nós vamos.

            Os olhos dela se pareciam ainda mais com os olhinhos que eu havia encontrado tanto tempo atrás, naquela clareira na América. Ela ainda era minha princesinha. Minha pequena vampirinha. Por mais poderosa que fosse, estava assustada e precisava de mim. Eu a apertei contra meu peito e ela aconchegou sua cabeça, aspirando o ar em minha pele.

-           Eu estou com medo – ela sussurrou.

-           Não precisa – eu a acalmei – eu estou aqui. Sempre estive, e sempre estarei. Não importa o que aconteça você sempre estará segura ao meu lado.

            Naquele momento, mais do que palavras eu refiz meu juramento – Eu a protegeria, ainda que isso custasse minha própria existência.


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