Um Erro Inocente escrita por Lady Light Of Darkness


Capítulo 7
Capítulo VI




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Taylor encarou-a com firmeza:

_Tenha um filho... Disse

...

Um silencio pesado caiu como um manto sobre o casal enquanto ela o fitava chocada e incrédula.

O próprio Mac não podia negar que estava chocado. Raramente havia pensado em ter filhos. Decisão não parecia necessária até que descobrisse a mulher perfeita e se unisse a ela.

Mas, estranhamente ia se acostumando de maneira muito rápida e sutil a ideia. Não tinha duvida de que Stella seria uma excelente mãe. E tinha toda intenção de ser um pai dedicado.

Porque não começar uma família.

Recuando um passo, Stella o fitou com um ar que indicava que ela não estava tão preparada quanto a ele para assumir a responsabilidade de criar um filho.

_Bom deus, nada o detém?... Ela conseguiu perguntar com um fio de voz, superando a perplexidade. – e capaz de dizer e fazer qualquer coisa para conseguir se deitar na minha cama! Isso e ridículo!

O fato de ter tentado ao menos dessa vez considerar as necessidades dela ameaçava inflamar seu temperamento sempre tão volátil. Ele cruzou os braços e a olhou de cima a baixo, como se de repente houvesse crescido alguns centímetros.

_Não e tão irresistível quanto julga ser, minha querida. E posso afirmar que, se estivesse tão desesperado para tê-la, já a teria seduzido há muito tempo.

Incapaz de resistir a um desafio, ela jogou a cabeça para trás.

_Está enganado.

_Não estou, e nós dois sabemos disso... Mac cobriu que distância que os separava, erguendo a mão para remover os pentes que mantinha presas as madeixas brilhantes. Cachos robustos e exuberantes caíram sobre seus ombros. –devo provar o que digo aqui e agora?

Os lábios carnudos se entre abriram enquanto ela lutava contra uma súbita onda de calor. A tensão era quase palpável. Mac estava perigosamente consciente de que ela nunca havia parecido mais encantadora, com os cabelos brilhando como fogo a luz dos candelabros e emoldurando seu rosto corado e suave. Para aumentar o perigo, tinham uma cama bem perto deles.

Muito, muito perto.

Àquela deliciosa veia na base de seu pescoço começou a pulsar num ritmo frenético, revelando que Stella estava longe de sentir indiferença pelos dedos que fazia deslizar por seus ombros.

_quero que saia dos meus aposentos agora mesmo... Ela decidiu incerta.

Taylor sorriu com um ar triunfante.

_Está com medo, Stella?

_Apenas enjoada. A simples noção de que você...

Qualquer que fosse o insulto que ela se preparava para proferir foi bruscamente silenciado pelos lábios que se apoderaram dos dela.

Durante cinco meses, Stella havia negado a paixão que pulsava entre eles. Mais do que isso, fizera melhor possível para indicar que o marido era repulsivo como uma praga.

Francamente, era hora de por um ponto final nessa tolice.

Sem hesitar, Taylor usou toda sua experiência suavizando deliberadamente o beijo, provocando seus deliciosos lábios até se abrirem.

Sentindo o temor que a sacudiu, ele a tomou nós braços com ardor, puxando-a contra o peito. O propósito inicial do beijo havia sido o de fazê-la calar e silenciar sua incessante rispidez, mas a intenção se perdia rapidamente no prazer que o dominava.

Era delicioso tê-la em seus braços.

A suavidade de suas curvas se se encaixavam perfeitamente na rigidez de seus músculos, os cabelos acetinados eram como um delicado manto sobre suas mãos e desprendiam um perfume doce e sedutor. E àquela boca? Os lábios sensuais e carnudos poderiam levar um santo à loucura.

Uma loucura que o consumia com velocidade espantosa.

Uma admissão difícil para um cavalheiro que se tornara renomado por sua capacidade de ter sempre nas mãos controle da fina arte da sedução. Uma admissão difícil... E alarmante.

Recuando, ele fitou o rosto corado com um olhar cheio de promessas de sensualidade.

_Quero lhe dar um conselho meu amor... Disse com um tom rouco. – jamais desfie a virilidade de um homem. Tais desafios sempre aumentam a determinação de um cavalheiro em provar seu valor como amante.

Um brilho amedrontado cintilou nós olhos verdes.

_Solte-me.

_Em um instante.

_Tem ideia de como e atraente?... Ele indagou em voz baixa, os olhos vagando encantados pelos traços harmoniosos. –A cor de seu cabelo, lembram o pôr-do-sol, seus olhos são exuberantes e verdes como uma densa floresta, e sua pele... Ah sua pele e macia como a seda.

Por um momento, ela pareceu tão encantada quanto ele, depois com grande esforço, obrigou-se a lembrar que não gosta dele.

_Quero que saia daqui.

Taylor olhou para cama com um ar eloquente.

_Tem certeza?

Com maior relutância do que gostaria de admitir, Taylor soltou-a e, deixando cair os braços ao longo do corpo, recuou alguns passos. Mas ainda não se sentia preparado para abrir mão de sua astuta ideia.

_Pense em tudo que eu disse Stella. Está sozinha e carente, e seria muito bom e reconfortante ter alguém a quem pudesse dedicar seu tempo e seu coração. Um filho só traria felicidades.

Ela empurrou para trás os cachos mesclados, revelando que a mão tremia.

_Isso tudo e só mais um meio para tentar seduzir-me.

Ele riu uma gargalhada seca e fria.

_Para ser franco, essa e a primeira vez em que estou realmente pensando em você. Não havia percebido em que medida havia sido forçada a fazer sacrifícios. Admiro sua força e gostaria de encontrar um meio de proporciona-lhe felicidade.

Uma emoção que podia ser amargura escureceu os olhos dela.

_E você e um amante disponível e interessado que, por acaso, está à mão neste momento.

_Porque reluta tanto em admitir que também me deseja?... Ele perguntou com toque de impaciência. – Somos casados. Não há nada de vergonhoso em desfrutar das caricias de seu marido.

_Já disse que não serei mais uma de suas conquistas.

Ele tocou seu queixo para poder fitá-la nós olhos.

_Deseja ouvir uma promessa de que serei fiel?

_Jamais presumiria em pedir o impossível... Ela retorquiu esquivando-se ao toque de suas mãos.

_Mais uma vez, está cometendo um lamentável engano.

_Então afirma que nunca tomaria uma amante se eu o aceitasse em minha cama?

Taylor sorriu, divertindo-se com a pergunta incrédula.

Havia momentos em que sua reputação era um terrível e enfadonho estorvo.

_Estou dizendo que jurei ser fiel no dia em que nós casamos... Disse Taylor.

_Não seja ridículo.

_Por que acha que isso e ridículo?

_Por que... Você sempre teve amantes.

_Nem sempre... Ele negou, hipnotizando-a com seu olhar penetrante. – E nunca depois de ter me casado.

Stella balançou a cabeça.

_E quer que eu acredite que uma esposa vai fazer alguma diferença para você?

_Faz toda a diferença... Com esforço, Mac lutava contra a crescente impaciência. Sua esposa preferia acreditar no pior a seu respeito. Cabia a ele fazê-la acreditar que se casara com um homem descente, não com um devasso escandaloso que a desrespeitaria sem nenhum escrúpulo. E para isso precisava manter a calma, ou estrangularia antes de convencê-la. – Apesar das infelizes circunstâncias que provocaram nosso casamento, agora você e minha esposa. Nessa posição tem todo o direito de exigir meu respeito, e eu não farei nada que possa embaraçá-la.

Sua expressão até então obstinada exibiu um momento de incerteza.

_Não e comum que um marido procure prazer fora de sua casa.

Taylor não pode deixar de lembrar os pequenos pecados do pai, e a recordação causou um certo desconforto. Ele nunca havia tomado o cuidado de esconder ou disfarçar sua infidelidade, nem mesmo para poupar a esposa que, recatada e devotada, o honrava e cuidava dos filhos e da casa sem nunca desrespeitá-lo. Não que ele fosse um homem cruel. Seu pai apenas presumia que aquele era o comportamento típico de todos os nobres cavalheiros

_Talvez não... Ele admitiu em voz baixa. –mas, depois de ter testemunhado o sofrimento de minha mãe quando meu pai exibia sem nenhum pudor suas conquistas, tomei a decisão de nunca causar tal vergonha a minha família. Por mais que ame meu pai, jamais o perdoei por ter magoado minha mãe.

Um silencio pesado se estendeu por alguns instantes, enquanto ela estudava o estudava com expressão indecifrável. Taylor preparou-se para ouvir mais palavras de condenação. Nunca antes havia revelado o profundo e oculto desapontamento causado pelos deslizes do pai, e sabia que a esposa não confiava nele.

Ela consideraria a confissão mais um truque para seduzi-la?

O silencio prolongado perdurava, e quando ele já se preparava para reconhecer a derrota. Stella suspirou resignada.

Seus traços ganharam uma inesperada suavidade.

_Eu sinto muito.

Pego de surpresa pelas palavras proferidas em voz baixa, ele a encarou com as sobrancelha erguidas.

_Sente muito... Por quê?

_Sei que e muito ligado ao seu pai... Ela explicou perturbada, como se lutasse contra a emoção. –Por isso eu...

_Sim? Você o quê?

_... Por isso eu presumi que estaria disposto a seguir seu exemplo.

Taylor respirou fundo, compreendendo que ambos haviam tirado diversas conclusões precipitadas e erradas.

_Devia ter falado comigo antes de simplesmente imaginar o pior, não acha?... Ele sugeriu com um sorriso pálido.

_Você nunca deu nenhuma indicação de que considerava nosso casamento como algo mais do que uma terrível piada.

_Tem razão. Creio que nós dois erramos. Nenhum de nós jamais tentou dar o primeiro passo na direção de um melhor entendimento.

_Não... Ela concordou.

_Talvez devamos considerar a palavra do reverendo.

_Que palavras?

_Ele sugeriu que tentássemos tirar o melhor proveito possível de nossa situação. Afinal estamos ligados um ao outro.

Mais uma vez, emoções indefiníveis escureceram os profundos olhos verdes antes de ela se virar repentinamente.

_Não e tão simples.

Taylor engoliu um suspiro impaciente e passou a mão na cabeça, um sinal claro de impaciência. A mulher era teimosa como um touro!

_Prefere passar os próximos cinquenta anos me insultando, suportando meus insultos e dedicando-se a transformar nossa vida num inferno em vida?... Ele disparou irritado.

_É claro que não. Mas não posso deixar de considerar o fato de que somos pouco mais do que estranhos forçados a essa nossa situação porque você queria seduzir minha prima.

Ele ficou tenso. Não aceitaria sozinho toda a culpa da situação que viviam.

_E porque você estava fugindo com um idiota e, para encobri pistas, fingia ser sua prima... Acusou-a. – caso tenha esquecido, duas pessoas foram surpreendida naquela cama.

Recusava-se a encará-lo, pois não poderia esconder o constrangimento que, sabia, estava estampado em seus olhos.

_Você a amava?

_O quê? De quem está falando agora?

_Minha prima... Você a amava?

_Por Deus, não!... Pensar em Lady Whitney o enchia de repulsa, embora antes a houvesse cogitado como uma possível conquista. Bela, porém fria como um predador, a mulher era um perigo para todos os cavalheiros que dela se aproximasse. Era incrível que ela tivesse algum laço de sangue com Stella, mesmo que remoto. – sei que coro o risco de ser indelicado, talvez até grosseiro, mas lutei com valentia contra suas tentativas de sedução ao longo do ultimo ano.

Uma gargalhada sufocada cortou o ar.

_Perdoe-me se tenho uma certa dificuldade para acreditar nisso.

Ele conteve o impulso de sacudi-la. Não estava habituado a necessidade de explicar-se quem quer que fosse, muito menos a uma gazela inocente que não sabia nada sobre os jogos insignificantes com que se divertiam os membros mais experiente da sociedade.

_Se precisa mesmo conhecer todos os detalhes dessa sórdida realidade, ela me seguiu desde Chicago... Taylor revelou com tom ríspido, descobrindo que não se sentia inteiramente orgulhoso de suas ações naquela noite fatídica. – e não foi a primeira vez que ela tomou uma atitude tão... Ousada. Certa vez, lady Whitney teve o atrevimento de se esgueira-se para dentro da minha casa na cidade, usando a entrada dos empregados. Como não desejava ser seguido por ela até o campo, esperava que, oferecendo finalmente o premio que ela buscava com tanto empenho, pudesse por fim ter paz.

Ela se virou lentamente para encará-lo com evidente perplexidade.

_Oh...

Os lábios dele se distenderam num sorriso gelado. Não era simples discutir seu comportamento escandaloso com uma inocente virtuosa. Com toda a honestidade, começava a se sentir um pouco culpado... O que era absurdo, certamente.

_Ficou chocada com as minhas revelações minha querida?

_Não compreendo como pode ser tão casual ao tratar de assuntos tão delicados... Sua desaprovação era evidente.

Taylor balançou a cabeça lentamente enquanto se aproximava dela. Não a deixaria pensar que a considerava apenas mais uma mulher. Ela era sua esposa, sua companheira de vida.

_Não a nada de casual na maneira de como reajo a sua presença, Stella. Creio que nenhuma outra mulher jamais me atormentou com tão frustrante persistência.

_Certamente, porque nenhuma outra mulher jamais se incomodou em resistir aos seus avanços.

_Oh, não e mais do que isso. Eu... As doces palavras de sedução que planejava murmura foram rudemente interrompidos por um grito distante e agudo.

Intrigado ele olhou para a porta.

–Que diabos foi isso?

_Creio ter identificado à voz do reverendo Sid... Ela disse movendo-se com velocidade surpreendente para abrir a porta e desaparecer no corredor.

Sozinho. Taylor ergueu as duas mãos como se pedisse clemência ao domínio superior.

Só podia presumir que estava sendo punido por sua longa lista de pecados. Por que mais o destino o unira a única mulher que não podia seduzir em todo Estados Unidos? Era realmente uma ironia surpreendente.

_Maldição... Ele murmurou para seguir a irritante esposa.

...


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Notas finais do capítulo

Beijos, ate o próximo capítulo meninas. Comentem, favorite ou quem sabe recomendem.