Um Erro Inocente escrita por Lady Light Of Darkness


Capítulo 15
Capítulo 14




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O desenho não estava alcançado grande sucesso.

O arranjo de flores que o jardineiro deixará sobre a mesa de ferro da estufa era lindo, certamente. Rosas brancas, narcisos e raras tulipas holandesas criavam um vivo nicho de cores na manha ensolarada, mas Stella tinha que confessar que não se sentia muito inspirada para desenhar naquela bela manha.

Como já estava se acostumando, os pensamentos pareciam determinados a enforcar o cavalheiro que era responsável por mais uma noite de insônia.

Ainda estava furiosa por ele ter ousados comportar - se de maneira tão descuidada. Quisera puni-lo pela ousadia de expor-se ao grande perigo, mas ao mesmo tempo sentira-se feliz por ele está vivo e logo se recuperaria.

Todos estes sentimentos a amedrontavam.

Não era não indiferente ao marido como desejava acreditar.

E aquele beijo breve confirmara seus temores.

Ela fechou os olhos e respirou fundo.

Por meses se esforçava para evitar, Taylor. Mantendo-se uma distancia razoável dele, pensava proteger-se do seu poderoso charme. Mas agora não podia mais negar que não importava se estavam lado a lado ou a quilômetros de distancia ele invadia sua mente com uma persistência assustadora.

—Bom dia minha querida. –Disse uma voz suave masculina.

Stella abriu os olhos e deparou-se com o sorriso do marido.

Perturbada ela pensou há quanto tempo ele estaria ali a observá-la.  

   _Taylor, o que está fazendo fora da cama?

Bem vestido e sorridente ele parecia saudável e forte e exibia uma aparência atraente demais para que pudesse se sentir segura ao lado dele.

—Não sou um invalido Stella. Meu ombro está um pouco dolorido admito, mas e apenas isso.

—Ainda precisa tomar alguns cuidados para não abrir a ferida.

—Gostaria de conversa com você.

—Deveria ter mandando um criado me chamar, eu iria até o seu quarto.

—Confesso que pensei nesta ideia, mas julguei, mas sensato resistir à tentação.

Stella fingiu indiferença naquele momento.

—Eu não teria me incomodado.

Com movimentos lentos, porém determinados, ele percorreu a pequena distancia até a mesa e afagou o rosto da esposa.

—Temo que minha... Minha contenção não resista à outra de suas visitas aos meus aposentos, Stella. Eu a quero muito e tê-la sentada ao meu lado em minha cama provoca todos os tipos de desejos mundanos.

—Ah, eu... – Estava tremendo, resultado do fogo que ardia em seu peito e do olhar penetrante que parecia ler sua alma.

Os dedos de Taylor agora desenhavam o contorno de seus lábios. Sonhara com estes dedos na noite anterior, com o calor que eles deixariam em sua pele quando a percorressem sem pressa, despertando paixões que só podiam imaginar.

Descobrir que estás paixões já estavam sendo despertadas a fez levantar-se bruscamente.

Por deus, logo estaria desmaiando cada vez que ele entrasse em seu aposento.

Isso seria uma perspectiva humilhante.

A ponto de fugir correndo, Stella foi detida pela mão do marido sobre a sua.

—Espere minha querida, não há necessidade de fugir correndo de mim. Não vim aqui com a intenção de seduzi-la. Estou disposto a esperar que esteja pronta para vir até mim de livre e espontânea vontade.

—E se isso nunca ocorrer? – Ela inquiriu.

—Então, a culpa será apenas minha. – Mordeu os lábios em desgosto.

—Sobre o que deseja falar comigo? – Mudou o rumo daquela conversa.

—Quero que me prometa que não vai sair de casa sem mim.

Ela piscou os longos cílios surpresa.

—O quê?

—Só até o lunático que nos ameaça ser capturado.

—Mas... Não acha que eu estaria segura tendo a companhia de um ou dois criados, além do cocheiro?

—Não podemos saber ao certo até onde este maníaco está disposto a ir. Stella, não quer colocar a vida de nossos criados em risco, quer?

—E claro que não.

—Eu sabia. Serão apenas alguns dias, e terá a companhia do senhor Hammerback.

—Não estou gostando nada disso.

Ele se adiantou para segurar seu queixo entre as mãos.

—Eu não quero privá-la de sua independência. Desejo apenas que compreenda a extensão do perigo.

— Não e a isso que me refiro. Estou dizendo que e irritante saber que um homem como este senhor tem o poder e a capacidade de perturbar nossas vidas de maneiras tão intensas.

—Sim ele tem muito pecado para pagar. Não duvide de que esse homem será punido, minha querida.

Uma onda de prazer a invadiu, mas Stella não se deixou distrair. Era sensata o bastante para reconhecer o perigo, mas não tinha tanta certeza de que Taylor podia ser convencido a se portar de maneira razoável.

—E você? – Ela perguntou.

—Eu... O quê?

—Quero que me prometa que não vai mais se arriscar.

—Garanto que estarei sempre em guarda. Não permitirei que este vilão me atinja novamente.

—Não pretende sair sozinho não eh?

—Isso e uma ordem ou uma pergunta?

—E um pedido. Quero que tenha o mínimo de bom senso, só isso.

Taylor sorriu.

—Bem, suponho que seja justo estipularmos da mesma maneira os limites para os nossos movimentos. Devemos selar a promessa com um beijo?

Agora que ele havia prometido que não sairia sozinho perseguindo um louco perigoso, Stella relaxou o suficiente para perceber o quanto ele estava próximo. Um calor intenso a invadiu como uma onda perturbando o raciocínio e a impelindo a baixas barreiras entre eles. Para piorar, Taylor ainda afagava o seu rosto com aqueles dedos macios, enquanto os olhos dele se mantinham fixos em sua boca.

—Não creio que seja necessário. – respondeu Stella com a voz rouca.

—Talvez não seja muito necessário, mas será muito... Agradável.

—Taylor.

Ele segurou o seu rosto, erguendo-o até aproximar os lábios dos dela.

—Sim minha querida?

—Pensei... Você disse...

—Disse que esperaria até minha esposa estar preparada para aceitar-me. Isso não significa que não podemos apreciar um beijo inocente.

Lentamente os lábios rocaram os dela, e o contato suave e breve provocou um ardor que parecia rasgar seu coração. Queria abraçá-lo e beijá-lo realmente, colar o corpo ao dele e sentir to0da a forca daquele peito másculo. Ainda estava se deliciando com o doce sabor do beijo, quando a porta da estufa se abriu e o encanto se rompeu.

Stella afastou-se do marido sobressaltada, tentando convencer-se de que sentia aliviada pela interrupção, embora o corpo tremesse em protesto com a privação da deliciosa caricia.

O lacaio tossiu visivelmente embaraçado.

—Perdoe-me meu lorde.

Mas aborrecido do que constrangido por ter sido surpreendido beijando a esposa na estufa em plena luz do dia, Taylor pôs a mão na cintura e encarou o pobre criado.

—O quê e?

—Há um cavalheiro procurando Lady Taylor, senhor.

—Um cavalheiro? – Franziu a testa.

—Sim, um certo senhor Carter.

Stella adiantou-se.

—Frankie?

Uma rigidez perigosa apoderou-se dos ambos de Taylor que controlado, virou-se lentamente para encará-la.

— O que ele está fazendo aqui?

—Não tenho a menor ideia. –Ela retorquiu com genuína confusão.

—O senhor Carter não escreveu prevenindo-a sobre sua intensão de visitá-la? –perguntou a encarado com um ar serio.

—Não.

Sem desviar os olhos do rosto da esposa, o poderoso senhor acenou para o criado ordenando que saísse. Aliviado, o pobre homem escapou da estufa e fechou a porta.


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